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TRABALHO DIREITO PENAL IMUNIDADE DIPLOMATICA E PARLAMENTAR

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IMUNIDADE DIPLOMATICA
Os agentes diplomáticos é quem representa seu país em um país estrangeiro os agentes diplomáticos possuem alguns direitos inerentes ao cargo que servem para proteger o exercício de sua função.
A ideia não é criar um benefício para essas pessoas, mas possibilita-las a exercerem suas funções de forma eficiente protegendo os interesses de ambos os países, sim ambos o país a imunidade diplomática protege tanto os interesses do país emissário por exemplo evitando que seu embaixador seja preso no país hospedeiro sob falsas alegações e quanto do país hospedeiro, por exemplo o governo do país pressionado por sua população a agir contra o agente diplomático.
A convenção de Viena sobre as relações diplomáticas diz que não pode fazer nada porque tal Convenção garante imunidade aos agentes diplomáticos. 
A inviolabilidade diplomática significa que a pessoa não está sujeita a prisão ou detenção e o país hospedeiro deve tomar precauções necessárias para proteger o diplomata inclusive contra-ataques à sua dignidade e o mesmo acontece com sua residência pessoal, suas correspondências e papeis, além, claro da inviolabilidade do local da missão diplomática, embaixada ou consulado e das correspondências e papéis diplomáticos.
É uma espécie de eu protejo e não toco em seus servidores e propriedade em meu país.
A imunidade significa que o agente diplomático não está sujeito a processos administrativos, civis ou penais nos país hospedeiro, exceto em processos relacionados a propriedade imóveis particulares, sucessões, heranças e atividade profissional e comerciais exercidas por ele fora de suas funções diplomáticas.
Existiu um caso em 2012 de um Diplomata Iraniano suspeito de abusar de 4 crianças em Brasília Distrito Federal.
Um Diplomata do Irã é suspeito de ter abusado de 4 meninas entre 9 e 15 anos em um clube de Brasília no fim de semana, segundo a Polícia e segundo relatos dos pais, ele tocou as partes intimas das garotas enquanto mergulhava na piscina, foi levado a uma delegacia e liberado. Ele tem imunidade diplomática disse o delegado adjunto Jonhnson Monteiro.
Reportagem da folha em 18/04/2012.
No caso da matéria citada se os fatos narrados realmente ocorreram houve um crime, isso quer dizer que o diplomata iraniano pode cometer qualquer delito no Brasil e sair impune? Mais ou menos, isso depende, tem exceções.
Ele é imune por que seu país diz que ele o representa logo o país emissário no caso o Irã pode simplesmente dizer ao país hospedeiro, no caso o Brasil, que está permitido ao Brasil remover a imunidade diplomática daquela pessoa, nesse caso ela passa a estar sujeita ao processo no país hospedeiro.
Além disso a imunidade diplomática no país hospedeiro não o isenta de um processo no país de origem, logo o diplomata iraniano pode ser processado no Irã por sua conduta no Brasil se as leis de lá disserem que a lei iraniana é aplicável as condutas de seus agentes fora de seu território e o que fez é delito.
Se o agente diplomático for residente permanente ou nacional do país hospedeiro, por exemplo se tiver dupla nacionalidade ou já morava antes de ser nomeado diplomata sua imunidade é apenas em relação aos atos oficiais, em relação a todo o resto ele é tratado como qualquer outro residente do país hospedeiro, por exemplo frequentar a piscina de um clube não é ato oficial de um diplomata.
Os membros da família do agente diplomático também estão protegidos pela imunidade e inviolabilidade.
Por fim quem gosta de filmes de espionagem, repare que agentes secretos ou infiltrados não são agentes diplomáticos, se não foram credenciados como diplomatas pelo país hospedeiro não estão protegidos pela imunidade diplomática e inviolabilidade concedidas aos diplomatas, e é por isso que tantos diplomatas acabam exercendo a função dupla de diplomatas e agentes secretos pois se forem descobertos estarão protegidos pela imunidade e inviolabilidade até serem expulsos do país hospedeiro.
IMUNIDADE PARLAMENTAR
A igualdade no Direito Penal é um mito, as pessoas nessa área não são tratadas de forma isonômica, a desigualdade vem do tempo da sociedade aristocrática. Os iguais ou considerados tais pelas elites governantes sempre tiveram privilégios, de pena menor, de serem julgados pelos seus pares, e isso perdura até os dias de hoje.
Um dos grupos escandalosamente privilegiado é dos parlamentares que desfrutam ainda hoje de várias imunidades e prerrogativas, inviolabilidade ou imunidade penal, processual, prisional, foro especial por prerrogativa de função, imunidade probatória e prerrogativa testemunhal.
Considerando que estamos na iminência de saber os nomes de todos os parlamentares envolvidos comprovadamente no escândalo da Petrobras, dizem que são de 40 a 100 é importante saber a extensão de suas imunidades observando-se que elas não impedem de forma alguma a cassação do mandato por falta de decoro é o que deveria acontecer prontamente.
Imunidade penal e civil, por força do artigo 53 caputs da CF 88 os deputados e Senadores são invioláveis civil e penalmente por quaisquer de suas opiniões palavras e votos, essa imunidade alcança qualquer tipo de manifestação do pensamento no exercício da função dentro ou fora do congresso.
Não há aqui nenhuma responsabilidade ou qualquer tipo de indenização nem penal ou civil, essa imunidade não protege crimes cometidos pelo parlamentar fora do mandato ou das suas opiniões, palavras e votos, corrupção ou ofensas eleitorais durante campanha. Mesmo se o fato for publicado em órgão de imprensa do mesmo modo não gera responsabilidade para o parlamentar que goza de liberdade de crítica no exercício da função.
Imunidade processual está prevista no artigo 53 parágrafos 3º da CF permite crime ocorrido após a diplomação o STF dará ciência a casa respectiva que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros poderá até a decisão final sustar o andamento da ação, para crime ocorrido antes da diplomação não permite a suspensão do processo, sustada a ação não ocorre a prescrição até o final do mandato respectivo. A suspensão do processo é ato deliberativo, unilateral e vinculativo e nenhum outro poder pode formalmente tentar interferir nessa decisão.
Imunidade prisional, onde os parlamentares não poderão ser presos salvo em flagrante de crime inafiançável. Os parlamentares envolvidos em corrupção da Petrobras não podem ser presos como os executivos foram enquanto não forem condenados definitivamente não salvo em flagrante de crime inafiançável, não pode sofrer prisão preventiva e temporária nem tampouco cabe prisão em flagrante a não ser crime inafiançável.
Foro especial por prerrogativa de função, eles tem esse vergonhoso foro especial sendo submetidos a julgamento perante o STF nas infrações comuns, nos crimes de responsabilidade, ou seja, nas suas infrações funcionais, falta de decoro etc. o parlamentar é julgado pela respectiva casa legislativa, a cassação por falta de decoro não é ato do STF e sim do próprio Poder legislativo, o foro especial por prerrogativa de função não alcança causas de natureza civil, protesto judicial, sem nenhum caráter penal.
Imunidade probatória, o parlamentar também conta com certa imunidade probatória, isto é, não é obrigado a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações, tal regra tem o propósito de preservar sua liberdade de atuação assim como independência do parlamento.
Prerrogativa testemunhal, como testemunhas os parlamentares podem combinar com o juiz o dia, hora, local de sua oitiva, esta prerrogativa só é deferida as testemunhas quando ele é acusado será interrogado no dia designado pelo tribunal.
Cassação do parlamentar comprovadamente envolvido na corrupção da Petrobras, as imunidades analisadas não impedem a cassação do parlamentar se comprovado o envolvimento na corrupção da Petrobras
Havendo provas indiciárias, cabe ao Conselho de Ética já dar início aoprocesso de cassação por falta de decoro. Esse processo não depende do STF. Sem mobilização popular, no entanto, nada disso vai acontecer porque essa cassação é do próprio Parlamento. É uma aberração deixar que o parlamentar envolvido na citada corrupção de forma provada continue exercendo seu mandato. Respeitado o direito de defesa, todos esses parlamentares deveriam ser cassados prontamente. Com isso nossa democracia seria menos corrupta e o povo não correria o risco de novos delitos praticados por eles. 
Fontes:
http://direito.folha.uol.com.br/blog/para-entender-o-que-imunidade-e-inviolabilidade-diplomticas
http://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/154729331/quais-sao-as-imunidades-dos-parlamentares-podem-ser-presos

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