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SEVEN OS SETE CRIMES CAPITAIS

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SEVEN OS SETE CRIMES CAPITAIS
CULPABILIDADE
Antes de analisarmos vale uma pequena explicação sobre o filme que foi de grande sucesso no seu lançamento.
O filme mostra dois detetives de Los Angeles tentando solucionar um difícil caso de serial killer, um deles está próximo da aposentadoria e o outro vem para substitui-lo.
O serial killer John Doe realiza seu trabalho seguindo os sete pecados capitais, são vítimas dos seus próprios hábitos, o pecado voltando-se contra o pecador, e são obrigados a se destruir através da gula, avareza, luxuria, ira, Inveja, preguiça e vaidade.
A cada morte a polícia tem mais um motivo para se preocupar, um crime para solucionar e o sangue de outro cidadão em suas mãos, é uma corrida policial contra o tempo e uma mente que trabalha com uma coordenação brilhante.
Para o policial mais novo, Mills, ele não passa de um maluco e lunático, doente mental, é pura maldade, completamente louco, já para o policial mais velho interpretado pelo ator Morgan Fremam, acha que não faz sentido pois ele não conta com a sorte, é inteligente, sente prazer e quer fazer essas coisas, metódico e paciente, é um estudioso, rico e culto.
Instrui seu advogado a fazer um acordo como ele queria, e se não aceitasse iria alegar insanidade e com certeza ganharia. Ele faz papel de Deus e acredita que ele lhe deu esta missão, sem sentimento de culpa, dita sua lei e se identifica com o todo poderoso.
É dentro deste contexto e atmosfera que será feita esta comparação com a culpabilidade, o bom é que não precisamos desvendar nenhum crime, porém devemos para ampliar nosso repertório jurídico, confrontar com os conhecimentos obtidos na disciplina de Direito Penal no tópico culpabilidade.
Devemos analisar o caso em tela na nossa realidade, o que aconteceria com John Doe no ordenamento jurídico no que tange a culpabilidade. Seria culpado, inimputável ou imputável, em que classificação ele seria colocado, doente mental, desenvolvimento mental retardado, incompleto é exatamente isso que vamos conceituar.
A culpabilidade é a possibilidade de se considerar alguém culpado pela pratica de uma infração penal, é um juízo de censurabilidade e reprovação exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito.
No filme John Doe pratica este fato típico e ilícito, ele mata várias pessoas sem nenhum motivo, a culpabilidade não é elemento do conceito de crime, mas um pressuposto para imposição de pena.
Na culpabilidade o que se olha é apenas se o agente deve ou não responder pelo crime cometido em hipótese alguma será possível a exclusão do dolo e da culpa ou ainda da ilicitude nesta fase, por isso a culpabilidade não tem nada a haver com o crime, não podendo ser qualificada como seu elemento.
É uma ideia de reprovação, desagrado, de censura diante dos crimes de homicídio cometidos pelo serial killer.
Temos a culpabilidade do autor e do fato, na culpabilidade do autor leva-se em conta, o caráter do agente, seu estilo de vida, personalidade, antecedentes e conduta social, no caso do filme, se isso fosse levado em conta ele teria pelo menos uma diminuição de pena, pois era para a sociedade uma pessoa bem vista, no ordenamento jurídico brasileiro a culpabilidade do fato que é levada em consideração, então os homicídios que ele cometeu é reprovado pela sociedade veementemente, pois assim quanto mais censurável o fato e piores os indicativos subjetivos do autor maior será a pena. Por isso este enfoque duplo na culpabilidade do fato e do autor.
Segundo a teoria unitária do Código Penal os elementos da culpabilidade são imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.
A imputabilidade é a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se conforme o entendimento, no caso do filme o assassino tem esse entendimento completo, mas não possui controle, pois acredita que está fazendo algo apesar de saber hediondo, não controla seus impulsos, diferente do doente mental que esfaqueia com dolo uma pessoa, mas não tem discernimento sobre a gravidade do seu ato.
Existem causas que excluem a imputabilidade, que são, doença mental, desenvolvimento mental incompleto e retardado, embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior e não podemos conceituar o serial killer do filme em nenhum destes casos, ele não tem doença mental e sim um transtorno de personalidade que não tem cura. É um psicopata inteligente e metódico.
É comprovadamente um psicopata e vemos isso através do filme que nos apresenta o lado obscuro da mente de um serial killer que pensa e age de uma forma muito particular, que viola as normas sociais sem o menor senso de culpabilidade ou arrependimento.
Os transtornos de personalidade são anomalias do desenvolvimento psicológico que perturbam a integração psíquica de forma continua e persistente. É uma falha na formação da personalidade, no qual a característica principal é o padrão de desrespeito e violação dos direitos dos outros, a extrema crueldade e insensibilidade emocional, assim como a manipulação e o engodo das outras pessoas, são aspectos centrais deste transtorno da personalidade.
Para concluirmos, existe uma grande dificuldade no Direito Penal em classificar os inimputáveis e semi imputaveis, pois o artigo 26 diz que somente aqueles que por conta de doença mental são incapazes de compreender o caráter ilícito do fato.
Existem teorias que o serial killer por exemplo por mais doentia que possa parecer sua atitude deve ser devidamente punido, já que o fato de tentar esconder dos outros os crimes cometidos é sinal de que sabe seu caráter ilícito.
No ordenamento jurídico do Brasil o psicopata é semi imputável porque compreende parcialmente o que cometeu, mas em geral pode seguir dois caminhos no seu julgamento na justiça brasileira, o juiz pode declara-lo imputável ou semi imputável, não consegue controlar seus atos embora tenha consciência deles, neste segundo caso o juiz pode reduzir de um a dois terços sua pena ou envia-lo para um hospital de custódia (medida de segurança).
Nos Estados Unidos da América John Doe poderia ser executado, mas no nosso caso não poderia e pasmem poderia ter sua pena reduzida, Brasil!

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