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Universidade Federal de Goiás - Escola de Engenharia Civil e Ambiental Permeabilidade de carga variável: Determinação da constante de permeabilidade Lucas Rocha Santos Silva Laboratório de Mecânica dos Solos – Renato Resende Angelim Introdução Com muita frequência, a água ocupa a maior parte ou a totalidade dos vazios do solo. Submetida a diferenças de potenciais, a água desloca-se no seu interior. O estudo da percolação da água nos solos é muito importante porque ela intervém num grande número de problemas práticos, como no cálculo de vazões, na análise de recalques e nos estudos de estabilidade (PINTO, 2006). Experimentalmente, em 1850, Darcy verificou como ocorre a percolação de água nos solos e sua relação com fatores geométricos envolvidos no processo e com o tipo de solo que se realiza o ensaio. A equação que relaciona esses parâmetros ficou conhecida como Lei de Darcy, essa equação indica que a vazão que percola pelo solo é diretamente proporcional ao coeficiente de permeabilidade (constante para cada solo), à diferença de carga hidráulica entre as faces do corpo-de-prova e da área de percolação; mas é inversamente proporcional ao comprimento do corpo-de-prova. 1 Revisão Teórica Para determinar o coeficiente de permeabilidade dos solos, são empregados dois procedimentos: o de permeâmetro de carga constante, e o de carga variável. No ensaio realizado foi-se utilizado da técnica do permeâmetro de carga variável, no qual o esquema é representado na Figura 1. Universidade Federal de Goiás - Escola de Engenharia Civil e Ambiental Figura 1 – Esquema de permeâmetro de carga variável. A água de um piezômetro flui através do solo. A diferença de carga inicial h1 no t = 0 é registrada e deixa-se a água fluir através da amostra de solo de modo que a diferença de carga final no tempo t = t2 é h2 (DAS, 2007). O valor do coeficiente de permeabilidade do solo é dado pela Equação 1: ݇ଶ ൌ 2,303 a L A t ݈݃ ݄ଵ ݄ଶ ൨ ܴܶ Onde “a” é a área do tubo; “L” é o comprimento do corpo-de- prova; “A” a área do corpo-de-prova; “h1” a altura inicial da coluna d’água e “h2” a altura final. Observação: o h2 é obtido pela Equação 2, onde “C” é uma constante: ݄ଶ ൌ ݄ଵ െ ݄ௗ ݔ ܥ 2 Resultados e Análises As constantes no permeâmetro de carga variável são apresentadas na Tabela 1 juntamente com os a Tabela 2 que apresenta a determinação dos coeficientes de permeabilidade. Equação 1 Equação 2 Universidade Federal de Goiás - Escola de Engenharia Civil e Ambiental Tabela 1 – Constantes do permeâmetro de carga variável. Constantes A (cm2) A (cm2) L (cm) C 81,87 5,78 12,35 1,1 Tabela 2 – Determinação dos coeficientes de permeabilidade. Universidade Federal de Goiás - Escola de Engenharia Civil e Ambiental Com os valores de coeficiente de permeabilidade encontrado no ensaio é possível determinar a classificação do solo no corpo-de-prova. Pinto (2006) fornece essa classificação de acordo com a ordem de grandeza do coeficiente, mostrada na Figura 2. Figura 2 – Classificação dos solos de acordo com o coeficiente de permeabilidade, segundo Pinto (2006). Como o solo analisado obteve valores de coeficientes entre 8,89 x 10-7 e 2,42 x 10-6 este pode ser classificado como “silte”. Das (2007) fornece outra classificação, mostrada na Figura 3. Figura 3 - Classificação dos solos de acordo com o coeficiente de permeabilidade, segundo Das (2007). Segundo a classificação fornecida por Das (2007) o solo no qual foi realizado o ensaio é uma “argila de silte” 3. Referências Bibliográficas PINTO, Carlos de Souza. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas. 4a Edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. DAS, Braja M.. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. 6a Edição. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
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