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Introdução / Conceituação Básica em Saúde Coletiva Universidade Nove de Julho - UNINOVE Disciplina de Enfermagem em Saúde Coletiva I Curso Bacharel em Enfermagem Profo. Jefferson Garcia Saúde? Doença? Mundo impregnado por constantes opostos Doença Saúde Contexto de Doença e Saúde • Se nunca ficássemos doentes, não saberíamos o que significa a saúde (Heráclito de Éfeso – filósofo, a.C 540-480 a.C.). Doença • René Descartes (filósofo, físico e matemático francês, Séc. XVII) – Concepção Mecanicista. Doença • René Descartes (filósofo, físico e matemático francês, Séc. XVII) – concepção mecanicista. – Corpo humano máquina; – A doença ocorreria, simplesmente, devido ao mau funcionamento de parte da máquina; – Peça defeituosa reciclada ou trocada máquina recuperada; – Morte = total impossibilidade de conserto da máquina humana; – Compreendia-se que mente e corpo eram absolutamente separados e distintos; – Não levava em conta o funcionamento global ou integral do corpo humano. • Hoje, é impossível compreender alguns tipos de patologias (HAS, DM), apenas sob a ótica mecanicista. Doença • Desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo, ou uma ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto (ROUQUAYROL, 1986). Doença • Alteração ou desvio do estado de equilíbrio de um indivíduo com o meio (Ministério da Saúde/Brasil – MS/BR, 1997). Saúde Vida ÓrgãoSilêncio Saúde é a vida no silêncio dos órgão (René Leriche). Saúde • É um estado de completo bem estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença (Organização Mundial de Saúde – OMS, 1947). Saúde • É a perfeita e contínua adaptação do organismo a seu ambiente (FORATTINI, 1980). Saúde • É um estado de relativo equilíbrio da forma e da função do organismo, resultante de seu sucesso em ajustar-se às forças que tendem a pertubá-lo. Não se trata de uma aceitação passiva, por parte do organismo, da ação das forças que agem sobre ele, mas de uma resposta ativa de suas forças operando no sentido de reajustamento (PERKINS, 1938). Saúde – Fenômeno Social • “Em seu sentido mais abrangente, a saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida” (8ª Conferência Nacional de Saúde, 1986). Saúde na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 • “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação” (Art.196) A normalidade e o conceito de saúde • O profissional da saúde ao examinar um cliente espera encontrar um estado de NORMALIDADE. • Pressão arterial; • Temperatura; • Batimentos cardíacos; • Glicose no sangue; • Colesterol. A normalidade e o conceito de homeostasia Saúde Pública • Atividade social destinada a promover e preservar a saúde da população. • Ciência e arte de prevenir as enfermidades, melhorar a qualidade e a esperança de vida, e contribuir para o bem- estar físico, mental, social e ecológico da sociedade (OMS, 1992). • Saneamento e a preservação do meio ambiente controle das enfermidades. • Diagnóstico e tratamento precoces das enfermidades, conhecimento dos princípios de higiene medidas que melhoram a saúde individual e coletiva. • Foco homogênio. Quando uma doença é um problema de Saúde Pública? • Quando é causa frequente de morbidade e mortalidade. • Quando existem métodos eficientes para sua prevenção e controle, mas esses métodos não são adequadamente empregados pela sociedade. • Quando ao ser objeto de campanha destinada ao controle, ocorre sua persistência com pouca ou nenhuma alteração. Saúde Coletiva • Forma de pensar e agir em relação aos problemas de saúde, com estímulo à participação da população e o controle social. Vai além do binômio saúde-doença. Busca alcançar a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva, especialmente pela educação e exercício pleno da cidadania. • É uma resultante, uma média do estado de saúde dos membros de uma sociedade, dessa forma a saúde individual tem importância, porém se torna mais importante a medida que possa interferir na saúde da coletividade. • Foco Heterogêneo. Saúde Comunitária • Comunidade organizada que busca soluções para seus problemas de saúde. • Programa de saúde pública local, com a participação organizada dos membros da comunidade. Fatores Determinantes das Doenças • Determinantes biológicos; • Determinantes psicossociais; • Determinantes culturais; • Determinantes socioeconômicos; • Determinantes ambientais. Determinantes Biológicos • Referem-se ao conjunto de fatores relacionados diretamente ao próprio homem e que dizem respeito às suas características constitucionais, inerentes à anatomia e à fisiologia do organismo, bem como à herança genética. • Idade, sexo, grupo étnico (sarampo, varicela, DM, HAS). Determinantes Psicossociais • Força da indivisível relação que existe entre o corpo (nossa estrutura biológica) e a mente (os aspectos psíquicos). • Agressividade , raiva, comportamento depressivo, tendência ao isolamento doenças psicossomáticas e mentais. • Asma, gastrite, úlcera péptica, dermatites, HAS – doenças psicossomáticas (conseqüentes a problemas da mente). Determinantes Culturais • Relacionados ao estilo e às condições de vida de um indivíduo ou da coletividade, como suas crenças, a educação, seus hábitos, etc. • Alimentação inadequada, consumo de bebidas alcoólicas, uso de fumo ou outras drogas e estado sedentário. Determinantes Socioeconômicos • Determinam o perfil, o modo de viver e, até mesmo, a forma de consumir das pessoas (poder de compra). • Habitação, lazer, alimentação, transporte, saúde. Determinantes Ambientais • Condições e características químicas, físicas e sociais presentes no meio externo que definem esse conjunto de fatores, responsáveis ou não pela ocorrência de doenças e, às vezes, de morte entre os indivíduos. • Ar, água, solo, clima, alimentos de origem animal ou vegetal, etc. Determinantes do infarto agudo do miocárdio • Determinantes biológicos: • Fator de proteção = não-ingestão de gordura; • Fator de risco = idade. Determinantes do infarto agudo do miocárdio • Determinantes Psicossociais: • Fator de proteção = lazer; • Fator de risco = estresse. Determinantes do infarto agudo do miocárdio • Determinantes Culturais: • Fator de proteção = hábito de fazer exercícios físicos; • Fator de risco = fumar. Bibliografia – KAWAMOTO, E. E.; SANTOS, M. C. H.; MATTOS, T. M. Enfermagem comunitária. São Paulo: EPU, 1995. – MELO, E. C. P.; CUNHA, F. T. S. Fundamentos da saúde. 2 ed. Rio de Janeiro: Senac, 2006. – NATAL, D. Conceito de saúde e doença. Aula n. 2. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. – FIGUEIREDO, N. M. A. (org.). Ensinando a cuidar em saúde pública. São Caetano do Sul: YENDIS, 2005. – RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul. Escola de Saúde Pública. Epidemiologia: Exercícios e anotações. Rio Grande do Sul: Escola de Saúde Pública, 2008. – WALTER, R.; KOCH, R. M.; BARRA, C. R. R. Saúde Coletiva. 2 ed. Curitiba:Século XXI, 2005.
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