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DIREITO TRIBUTARIO AULA 2 CONTEUDO ONLINE

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Aula 2 slides leg. tributaria
Direito Constitucional Tributário e Hermenêutica Tributária
A competência para legislar sobre o direito tributário: Significa o poder determinado pela Carta Magna atribuindo poderes para editar leis sobre os tributos e as relações jurídicas decorrentes da aplicação das mesmas. 
Entende-se como regras as serem traçadas sobre o exercício do poder de tributar, ou seja, quem tem o poder.
Competência tributaria: É o poder estabelecido na própria Constituição a quem deverá editar as leis que instituam tributos.
Saiba mais: O Código Tributário Nacional surgiu justamente do exercício da competência para legislar sobre direito tributário. A União o editou, abordando a lei de normas gerais sobre a matéria tributária.
A partir deste momento, foi no exercício da competência tributária, que a União institui, por meio de lei, o imposto sobre importação, exportação, rendas e proventos, COFINS etc.
Em relação à competência para legislar sobre direito tributário, os constitucionalistas utilizaram técnicas através de repartição constitucional de competência legislativa, baseando o raciocínio no Artigo 22, I CRFB, que estabelece a competência privativa à União. 
Exemplo: o Código Civil é integralmente escrito pela União, isso quer dizer que compete ao ente federativo o poder de editar lei, com algumas exceções determinadas no Artigo 22, parágrafo único, da CRFB.
Mas, ao falar em Direito Tributário, a competência para “escrever” foi repartida pela Constituição Federal entre os entes da federação (União, Estados e o Distrito Federal), observando o Artigo 24, I e §§ 1º. ao 4º.
Conclui-se então que compete à União editar normas gerais sobre a matéria tributária, pois caso contrário, os Estados e o Distrito Federal não teriam a competência legislativa para atender as necessidades necessárias.
A Constituição Federal não criou os tributos, apenas estabeleceu a competência (regra matriz de cada tributo) para que as pessoas políticas 
os criassem através de lei. Assim, não é a Constituição Federal que obriga o pagamento de um tributo, mas a lei.
Competência tributaria: Complementando, a expressão Competência Tributária pode ser definida 
Como o poder, atribuído pela Constituição Federal, observadas as normas 
Gerais de Direito Tributário, de instituir, cobrar e fiscalizar o tributo, 
Compreendendo a competência legislativa, administrativa e judicante. 
Acompanhe outras definições:
• parcela do poder de tributar conferida pela Constituição a cada ente político 
para criar tributos;
• aptidão para criar, in abstracto, tributos;
• limite do poder fiscal para legislar e cobrar tributos.
Veja o que fala os artigos:
A distribuição da Competência Tributária vem explícita no Artigo 145 da Constituição Federal, quando diz que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir tributos, em seus Artigos 153, 155 e 156, sob as epígrafes "Dos impostos da União", "Dos impostos dos Estados e do Distrito Federal" e "Dos impostos dos Municípios", estabelecendo a competência desses entes políticos. Há de se atentar ainda para a competência residual da União, Artigo 154 da Carta Constitucional.
O Artigo 146, II, da CRFB, também atribui à lei complementar a regulação das limitações constitucionais ao poder de tributar, assim como exemplo o legislador constituinte imunizou o patrimônio, a renda e os serviços das instituições de educação sem fins lucrativos, ou seja, não há arrecadação de tributos, podendo observar também o Artigo 195, § 7º., da CRFB.
O Artigo 146, I, da CRFB, prevê que a lei complementar dispõe sobre conflitos de competência, em matéria tributária entre os entes da federação, como por exemplo, a quem compete arrecadar o IPTU e o ITR, já que ambos incidem sobre propriedade de imóveis, mas se for urbano (IPTU), se for rural (ITR), a dificuldade encontra-se em definir se um imóvel é urbano ou rural. Para resolver o problema, o Código Tributário Nacional menciona em seu Artigo 32, as características essenciais.
Constituição Federal
A Constituição Federal atribui a competência em matéria tributária e traça os contornos gerais do Estado nas suas três esferas de poder. 
Como expressão pura desse pacto, distribui as competências tributárias entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, formando, juntamente com os princípios e as normas de direito tributário, o Sistema Tributário Nacional.
A Constituição determina as principais limitações ao exercício da competência tributária, com base no Artigo 150, CRFB, compreende então que as garantias ali determinadas formam um roal não exaustivo, visto que existem outras (Artigo 5º, XXXIV, CRFB).
Essas limitações constituem proteção e garantias individuais ao contribuinte. O Artigo 64, § 4º. CRFB, como exemplo garantidor, determina que é possível a realização de emendas que ampliem ou melhorem a proteção que a Constituição Federal atribui ao contribuinte.
As limitações à competência tributária, previstas nos Artigos 9º a 11º  do CTN, consistem em princípios e normas jurídicas,  consubstanciadas em vedações constitucionais, que têm por objetivo a garantia do cidadão contra o abuso do poder de tributar do Estado.
Os princípios constitucionais são "aqueles que guardam os valores fundamentais da ordem jurídica. Isto só é possível na medida em que estes não objetivam regular situações específicas, mas sim desejam lançar a sua força sobre todo o mundo jurídico". Celso Antônio de Melo afirma que: 
Por isso, as limitações constitucionais ao poder de tributar são consideradas como verdadeiros Princípios Constitucionais Tributários.
São Princípios Constitucionais Tributários:
• Princípio da legalidade;
• Princípio da isonomia;
• Princípio da irretroatividade e da anterioridade;
• Princípio Da vedação do efeito confiscatório, da imunidade e isenção tributária.
Características da Competência Tributária
Inalterabilidade A Constituição Federal atribuiu competência tributária, por exemplo, aos Estados-membros para instituir impostos sobre causa mortis (Artigo 153, I, CF), e, à União para instituir impostos sobre importação de produtos. 
É fato que a alteração de competência só será admissível por meio de Emenda Constitucional, não se permitindo, assim, que o princípio da Federação seja abalado por modificações advindas da vontade do legislador infraconstitucional.
Criatividade em razão da titularidade de competência tributária que os entes políticos detêm por expressa determinação constitucional, por óbvio que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios gozam de privatividade para instituir, cobrar e fiscalizar o tributo de sua competência. 
Essa assertiva "implica a exclusividade e consequente proibição de seu exercício por quem não tenha sido consagrado com esse direito”.
Facultatividade A facultatividade do exercício da competência é um dos pressupostos da competência tributária, "em razão do que a falta de seu exercício não lhes afasta o direito assegurado pela Constituição, que não estabeleceu qualquer espécie de perda em razão de mera inércia legislativa". 
Assim, o fato da União não ter instituído o Imposto sobre Grandes Fortunas, não lhe retira a faculdade de exercer a sua competência para tal, em qualquer oportunidade.
Incaducabilidade A distribuição de competências referida na Constituição da República em momento algum fez menção, ainda que implicitamente, a um lapso temporal para o exercício da competência tributária conferida a um ente político. 
In caso, a doutrina de forma sucinta e clara tem reverberado o entendimento segundo o qual "o Artigo 8º do CTN diz que o eventual não exercício da competência tributária não a defere a qualquer outra pessoa jurídica de Direito Público diversa daquela a quem a Constituição haja entregue referida competência".
Indelegabilidade e Irrenunciabilidade O Artigo 7º do CTN dispõe que a competência tributária é indelegável, o que, não obstante,inviabiliza a delegação de uma pessoa jurídica de direito público a outra, mediante convênio, as funções de arrecadar, fiscalizar, executar leis, serviços. 
Essa delegação compreende as garantias e os privilégios processuais (Artigo 7º, § 1º, do CTN), podendo ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral de quem a delegou, mas é sempre em caráter precário.
A irrenunciabilidade, ao contrário, estabelece que "a pessoa política detentora da competência tributária não poderá renunciar a ela, no todo ou em parte".
A Constituição Federal estipula as regras procedimentais para a produção das normas. 
A validade está presente quando o processo de produção e formação da lei houver observado as diretrizes e requisitos procedimentais na Constituição Federal. 
Com sua publicação, nasce a presunção de que todos conhecem a lei, não sendo permitido a ninguém se escusar de cumpri-la alegando desconhecimento (Artigo 3º da Lei de Introdução ao Código Civil). Para obrigar os destinatários a cumprir a lei, é necessário que a mesma esteja em vigor.
A LICCB - Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro, Decreto-lei 4.657 de 4/09/1942, Lei de Ordem Pública aplicável a todos os ramos do direito, é a regra geral aplicada ao direito tributário por força do Artigo 101 do CTN, ressalvados em especial, os Artigos 103 e 104 do CTN. Acompanhe do que trata os principais Artigos dessa lei.
Artigo 1: Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Artigo 2: Trata dos critérios normativos para soluções de antinomias aparentes. São eles:
• Critério Hierárquico;
• Critério Cronológico; 
• Critério da Especialidade.
Saiba mais: Artigo 2º. Critérios normativos para soluções de antinomias aparentes:
• critério hierárquico, baseado na superioridade de uma fonte de produção jurídica sobre outras. Lei de superior hierarquia revoga lei de inferior hierarquia. Em caso de conflito entre normas de diferentes níveis, a de nível mais alto, qualquer que seja a ordem cronológica, terá prevalência em relação à de nível mais baixo;
• critério cronológico, se duas normas forem conflitantes, e do mesmo nível ou escalão, prevalecerá a que por último foi editada;
• critério da especialidade, uma norma é especial se contém todos os elementos típicos da norma geral e mais alguns denominados especializantes. A norma especial acresce um elemento próprio a descrição legal do tipo previsto na norma geral. O tipo geral está contido no especial, ou seja, a norma especial contém todos os elementos da geral mais um, que é a diferença específica. É necessário sempre a presença da incompatibilidade para haver a revogação.
Artigo 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue, § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a 
Matéria de que tratava a lei anterior, § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga (salvo se houver incompatibilidade) nem a modifica a lei anterior, § 3º. Salvo disposição em  contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Para exemplificar o § 3º da LICCB: Lei municipal (A) fixando alíquota de ISS em 2% é revogada por outra lei (B) que majora a alíquota para 5%. Caso a lei (B) seja revogada por uma outra lei (C), e a (C) nada disponha sobre o tema, a lei (A) que fixava a alíquota em 2% não voltará a ter vigência, criando-se assim uma ausência de alíquota para se exigir o ISS dos contribuintes por que não ocorreu o efeito repristinatório, que só existe quando expressamente previsto em um diploma legal.
Acompanhe mais 3 artigos da LICCB também aplicáveis ao Direito Tributário:
Artigo 3º. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Artigo 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Artigo 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Artigo 6º. A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Sobre a vigência de uma lei
O legislador tem o poder discricionário para determinar o termo inicial da vigência de uma lei.
Em relação à matéria tributária o Artigo 101, do CTN, acolhe o princípio da vigência da legislação tributária no âmbito espacial e temporal.
A LICC deve ser utilizada para a vigência da legislação tributária (Artigo 101, CTN), desde que o instrumento legal não seja uma norma complementar (Artigo 103, CTN), ou que não seja uma lei tratando das hipóteses previstas no Artigo 104 do CTN, pois para esta última, deve-se respeitar o princípio da anterioridade. 
O período de tempo transcorrido entre a publicação da lei e o março da sua vigência e chamado de vacatio legis. Este lapso temporal somente não ocorrera caso a lei entre em vigor na data da publicação.
Sobre a aplicação da lei
A aplicação da lei deve respeitar, no geral, o princípio da irretroatividade. Aplica-se, normalmente, a lei no que se concerne aos fatos futuros (princípio da irretroatividade da lei) e aos pendentes, assim compreendidos como aqueles cuja ocorrência tenha se iniciado, mas não tenha se completado, conforme Artigo 105 e 116 do CTN.
Para aplicar a legislação tributária, é preciso que se busque, sempre, o sentido da lei, verificando-se o alcance da norma.
O intérprete não cria, apenas limita-se a declarar o alcance e o significado da norma.
Sobre a integração da lei
A integração da legislação tributária, por sua vez, consiste em não se permitir que nenhum evento do mundo real não se inclua nas previsões legais. 
Como todos os fatos devem estar previstos e o legislador, na sua condição limitada de ser humano, não pode abarcar todas as situações reais no conjunto de leis, impera a necessidade de se integrar a legislação, preenchendo-se as lacunas legais.
Pode-se afirmar, que a integração é uma atividade “criadora”, mas, vinculada a normas pré-existentes.
Conclusão
A vigência da legislação tributária no Código Tributário Nacional, tem sua determinação no Artigo 101, do CTN. Objetivando a interpretação da vigência espacial, que tem por fim revelar qual o âmbito territorial cada norma integrante da legislação tributária vigora, cada ente federativo possui um território claramente demarcado, em que as normas expedidas por um ente só têm vigência dentro do seu respectivo território, não sendo aplicáveis aos fatos ocorridos nos território dos demais.
Já o Artigo 102, do CTN, determina a regra da territorialidade.
Em relação à vigência temporal da legislação tributária, pode-se verificar de imediato ou após um lapso de temporal no próprio texto legal, denominado vacatio legis, com base no Artigo 1º da Lei de Introdução ao Código Civil. 
Publicada uma lei tributária, a vigência se dará de acordo com a cláusula própria que deve constar do texto legal, no caso de inexistência de disposição expressa, deve-se observar o prazo de quarentena e cinco dias após a data de publicação para o início da vigência.
Os Artigos 100 e 103, do CTN dispõem sobre as regras de vigência das normas. Por isso, o estudo da capacidade tributária, da legislação tributária e sua aplicação no nosso ordenamento, deve ser entendido em conformidade com os princípios tributários e com as fontes do direito para poder verificar a proteção ao contribuinte cidadão.

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