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Filosofia Moderna - Racionalismo, Empirismo, Positivismo e Iluminismo

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
BEATRIZ RODRIGUES SANTANA
JÚLIA DE OLIVEIRA SALIM JOSÉ
MAYARA GEMIN DE FREITAS
SAMANTHA PEREIRA
FILOSOFIA MODERNA:
CORRENTES E ILUMINISMO
Florianópolis
2016
BEATRIZ RODRIGUES SANTANA
JÚLIA DE OLIVEIRA SALIM JOSÉ	
MAYARA GEMIN DE FREITAS
SAMANTHA PEREIRA
FILOSOFIA MODERNA:
CORRENTES E ILUMINISMO
Trabalho apresentado na Unidade de Aprendizagem Teoria do Conhecimento, primeira fase, no curso de Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Professora Ana Waley Mendonça 
Florianópolis
2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
No presente trabalho, iremos abordar três correntes filosóficas – racionalismo, empirismo e positivismo – e também um movimento: iluminismo. Dentro destes, destacaremos o contexto de surgimento, as principais ideias, os principais pensadores e também a resposta da sociedade. No Racionalismo, temos René Descartes, Baruch ou Benedictus Spinoza ou Espinosa e Blaise Pascal. No Empirismo, John Locke, Thomas Hobbes, George Berkeley e David Hume. No Positivismo, temos Auguste Comte. E no Iluminismo, Charles Montesquieu, François Marie Arouet (Voltaire), Denis Diderot, Jean Le Rond d’Alembert, Jean Jacques Rousseau, Adam Smith e Immanuel Kant.
Diante da queda do Feudalismo e ascensão da burguesia, a filosofia da Idade Moderna torna-se fundamental para a organização política e social da atualidade. Alguns desses movimentos, como Racionalismo e Empirismo, resgataram proposições de pensadores gregos, esquecidos e/ou escondidos durante o período da predominância da fé sobre a razão. Porém, há ainda o Iluminismo, movimento que trouxe para a atualidade ideias como igualdade, liberdade e fraternidade, tornando assim possível a formação dos Estados atuais como conhecemos. E o positivismo trouxe a cientificidade aos nossos sistemas, sendo de grande importância para o Estado brasileiro.
Pelas razões acima citadas, é imprescindível o estudo da filosofia moderna para o entendimento e compreensão dos sistemas que temos atualmente em nossas nações.
2. RACIONALISMO
O Racionalismo, corrente filosófica que surgiu no século XVII como reação ao pensamento medieval da exaltação da fé, acreditava na existência de uma causa inteligível para tudo. Essa causa provinha do mundo das essências, que só poderia ser alcançado pelo pensamento e pela razão, fundamento e fonte do conhecimento verdadeiro. Na Idade Moderna, os filósofos adotaram a matemática como elemento essencial para o exercício da razão e para a explicação da realidade. Segundo alguns pensadores, possui três divisões: metafísica ou ontológica (que trata do caráter racional da realidade e de sua regência por leis universais), epistemológica ou gnosiológica (trata da razão como fonte de conhecimento verdadeiro e da experiência como irrelevante) e também ética (que expõe sobre a relevância da racionalidade para a ação moral). Essa corrente influenciou em muito o pensamento moderno, pois, além de ser tomado como central para o pensamento liberal, tornou-se também essencial para a organização econômica e social humana. Além disso, ele influenciou também, na pós-modernidade, o surgimento de uma divisão do cristianismo chamada de Racionalismo Cristão. Dizem que o próprio Renascimento surgiu dessa corrente influenciada pelas ideias platônicas.
2.1 DESCARTES
 René Descartes, filósofo e matemático francês, foi o pensador que inaugurou o Racionalismo. Ele nasceu em La Haye, na França, em 1596. Era filho de Joachim Descartes, advogado e juiz com título de escudeiro e de conselheiro no Parlamento de Rennes (Bretanha), e de Jeanne Brochard, que morreu quando tinha apenas um ano no parto de seu terceiro filho. Descartes foi criado pela avó. Apesar de seu pai, que o chamava de "pequeno filósofo", desejar para seu filho carreira no Direito, em 1618 ele se alistou no exército de Maurício de Nassau, na Holanda. Quase perdeu sua herança por isso. No ano seguinte, sua vida como filósofo começou, pois teve uma visão, durante o sonho, de um novo sistema matemático e científico, que dividiu em quatro partes: evidência (só podemos acreditar em algo se for evidente), análise (dividir as dificuldades em parcelas), síntese (ordenar os pensamentos em ordem crescente de dificuldade) e desmembramento (fazer enumerações). Esse método ficou conhecido como "dúvida hiperbólica", "dúvida metafísica" ou ainda "ceticismo metodológico", por causa de sua primeira divisão. Elaborou sua primeira obra de física com alguns de seus pressupostos, mas não quis publicá-la pela recente condenação de Galileu Galilei. Em 1635, nasce sua filha ilegítima, Francine, morta em 1640, nove anos antes de se mudar para Estocolmo. Na Suécia, passa a ensinar matemática e filosofia para a jovem Rainha Cristina, porém, por causa do clima rigoroso e do horário das aulas (às cinco da manhã), ele contrai pneumonia e morre dez dias depois, em 1650. Em 1667, a Igreja Católica lista seus livros como proibidos. Viveu na divisão entre duas idades: Medieval e Moderna, com ainda muita influência da Igreja Católica. 
Descartes era um ferrenho defensor da existência de Deus, que acreditava ser a substância primeira e criadora do homem e da realidade. Além disso, ele dividiu as ideias em três tipos: adventícias (vindas dos sentidos), factícias (que provinham da imaginação) e inatas (que nasciam conosco). Para ele, a noção da existência de Deus e os conceitos matemáticos fazem parte do último tipo. 
 Apesar de acreditar em Deus, defendia o livre arbítrio e a responsabilidade humana por suas ações. Sobre a filosofia, costumava fazer uma metáfora com as árvores, dizendo que a metafísica formava a raiz; a física, o tronco; e as diversas ciências, os galhos. Assim, o mais alto grau de sabedoria era a moral, que pressupunha o conhecimento das diversas ciências, e a virtude, que consistia no raciocínio guiando nossas ações. 
Era dualista, pois acreditava na separação entre corpo e alma. Aquele era uma máquina e esta é imaterial, não seguindo as leis da natureza. Para ele, a mente comanda o corpo, mas ele é capaz de influir sobre a mente, o que caracteriza os momentos em que agimos pelas paixões.
Sua obra mais famosa é "Discurso Sobre o Método", onde ele escreve sua famosa frase "penso, logo existo" (apud CHAUI, Marilena, 2015, p.109). Isso significa que só podemos conhecer algo por meio da razão e também que o único pressuposto inquestionável é "eu sou um ser pensante".
2.2 BARUCH SPINOZA
Baruch ou Benedictus de Spinoza ou Espinosa nasceu em Amsterdã, na Holanda, no seio de uma família judia de origem portuguesa que fugia da Inquisição, em 1632. Seu pai era um rico comerciante. Spinoza viveu na Idade do Ouro holandesa, momento de grande produção econômica, social, política e cultural. Em Amsterdã, a qualidade de vida era caracterizada por um padrão geral de conforto, simplicidade, pequena distância entre classes sociais e respeito entre cidadãos. Desde pequeno, por causa de sua mudança de país e consequentemente de religião e costumes, gostava de ler textos religiosos. Quando cresceu, tornou-se pesquisador de textos bíblicos, do Talmude (livro fundamental dos rabinos), da cultura hebraica e também da cultura grega. Por conta disso, sua filosofia é quase totalmente voltada para Deus. Em 1670, publicou o Tratado Teleológico-Político em anonimato, devido ao clima de intolerância. Estimava tanto sua obra que recusou uma oferta do monarca francês Luís II, de morar na França, ganhar pensão e ensinar na Universidade de Heidelberg, para ter autonomia sobre suas produções filosóficas. Faleceu de tuberculose em 1677. Para ele, Deus é a engrenagem que move o universo; causa de tudo; substância eterna, infinita, incriada, onipotente e onisciente. Recusava o Deus católico, pois acreditava que os textos bíblicos não traduziam com veracidade a realidade do ato da criação e nem a existência do Criador. Além disso, ele considerava um erro os dogmas rígidos,os rituais sem sentido, o luxo e a ostentação. Por pressão da Igreja Católica, foi excomungado da Sinagoga Portuguesa de Amsterdã por essa heresia.
É encaixado como racionalista porque via o homem como um complexo de fenômenos psicofísicos e o pensamento como um atributo divino. Não bastasse isso, ainda acreditava que o conhecimento sensível era totalmente subjetivo, pois mesclava qualidades do objeto com as do sujeito. E sua principal obra, Ética, é muito similar a um tratado de geometria. Mas até o Racionalismo tinha influência divina: toda a realidade é deduzida de Deus racionalmente, logicamente e geometricamente. “Tudo o que existe, existe em Deus e nada pode existir ou ser concebido sem Deus” (ESPINOSA, 1677, Ética I, prop 15). Foi muito influenciado pelo estoicismo, pois não acreditava que podíamos mudar a realidade ou o futuro (não devíamos nem rezar por isso, pois o que importa é o que Deus quer). 
2.3 BLAISE PASCAL
Blaise Pascal, nascido em 1623 em Clermont-Ferrand, na França, foi matemático e filósofo. Seu pai, Étienne, era magistrado da "nobreza de toga" (rica burguesia que comprava postos políticos de destaque), mas largou essa carreira para cuidar do estudo do filho quando este tinha três anos e ficou órfão de mãe. Para isso, mudou-se para Paris e deu ao seu filho a mais fina educação da época, relegando o estudo da matemática para quando Blaise completasse quinze anos. Porém, frequentando as reuniões de cientistas e matemáticos com seu pai, o garoto resolveu aprender sozinho e, aos doze anos, descobriu a 32ª proposição de Euclides (soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180º). Diante disso, seu pai não teve escolha se não dar a ele seu primeiro livro: "Os Elementos", de Euclides. Aos dezenove anos, ele inventou uma máquina aritmética e uma calculadora mecânica (a primeira que se tem notícia na história) para ajudar seu pai no trabalho. Aos 23 anos conheceu a corrente religiosa do jansenismo (que tentava restaurar o cristianismo na sua forma gloriosa: intensidade da fé e disciplina severa) e se engajou. Morreu aos 39 anos, provavelmente devido a um tumor maligno no estômago, em 1662. Viveu durante um período de desenvolvimento científico e matemático.
Para Pascal, o homem nunca conseguirá atingir a verdade sem Deus ou Jesus Cristo (pressuposto para se chegar a Ele), mesmo se for com base na razão, porque esta é constantemente enganada pela nossa imaginação. Assim, vivemos no passado e/ou no futuro, mas nunca no presente. Estamos sempre projetando ações, pensamentos e atividades para zonas temporais abstratas. Ele acredita que a razão seja capaz de chegar no meio do caminho entre a verdade e a mentira, absorvendo e compreendendo algumas daquela somente se for ajudada pelo coração, que dá a base para as demonstrações racionais: as intuições fundamentais. Assim, para encontrar a religiosidade é importante ter o dom do sentimento, do coração, que é cedido por Deus a somente alguns. Aos outros, cabe dar a fé pela razão, ou seja, conduzir por meio da razão à consciência de nossa ignorância e da impotência das filosofias, e admitir que é a religião a única capaz de fornecer respostas satisfatórias para nossos anseios. Mas, estes últimos nunca serão capazes de compreender a religiosidade tão bem quanto os outros, uma vez que "as provas metafísicas de Deus acham-se tão afastadas do raciocínio humano [...]" (PASCAL, Euvres Complètes. Br. 547, L. 189). 
3. EMPIRISMO
O empirismo foi uma teoria do conhecimento, que surgiu por volta do séc. XVII, com a publicação do livro "Ensaio a cerca do entendimento humano" de John Locke. Do latim, é literalmente uma corrente filosófica da experiência.
O empirismo se baseia, principalmente, nas ideias de Aristóteles, que exaltava os dados sensoriais e da experiência para se obter conhecimento. Por causa disso, apenas com o tempo adquirimos nossa experiência, e, através das mesmas, formamos nossos ideais e, principalmente, nossa personalidade. Se opõe claramente ao Racionalismo, ainda mais quando não aceita o alcance de leis universais.
O Empirismo foi também chamado de “Empirismo Britânico”, pois nasceu com John Locke na Inglaterra e de lá se espalhou para o mundo.
Seus principais pensadores, além de John Locke, foram: Thomas Hobbes, George Berkeley e David Hume. Esses empiristas buscavam alcançar a verdade através da descoberta das leis da natureza.
Essa corrente causou uma grande revolução na ciência, pois graças à valorização das experiências e do conhecimento científico, o homem passou a buscar resultados práticos e domínio da natureza. A partir do empirismo surgiu a metodologia científica de observação.
3.1 THOMAS HOBBES
Thomas Hobbes foi um filósofo, matemático e teórico político nascido em 5 de abril de 1588, em Westport na Inglaterra. Viveu na época da Reforma Protestante Anglicana. Filho de um homem inculto, acabou sendo educado pelo tio e entrando na Universidade de Oxford aos 15 anos. Lá, ele estudou lógica e filosofia, principalmente a de Aristóteles. Ele é conhecido como um dos fundadores da filosofia e ciência políticas modernas. Defendia a ideia de que os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. O chamado contratualismo. Costumava relacionar o corpo humano a todos os objetos físicos, pois, para ele, ambos funcionavam de acordo com as mesmas leis naturais. Porém as paixões são a nossa força motora, maiores ainda que as vontades. Em seu livro Leviatã, Hobbes expressa sua ideia acerca do estado natural humano, no qual éramos todos iguais e não havia um homem mais inteligente que outro ou com alguma característica que sobressaísse sobre os demais. Eram todos proporcionais, ou seja, se havia uma característica especial em algum, esta era compensada pela falta de outra no mesmo homem. Na mesma obra, ele expressa a importância de um monarca (garantir a paz interna e externa), motivo da necessidade de um contrato social e sua ideia sobre a sujeição da Igreja ao Estado, representado pelo poder absoluto. Para ele, as impressões sensoriais eram suficientes para o homem agir de acordo com a preservação de sua vida. Suas principais obras são: Do Cidadão (1642) e Leviatã (1651). Hobbes morreu em 4 de dezembro de 1679, em Hardwick Hall na Inglaterra.
3.2 JOHN LOCKE
John Locke foi o ideólogo do liberalismo. Nasceu em 29 de agosto de 1632, em Wrington, uma pequena aldeia inglesa, em uma pequena propriedade. Viveu durante modificações políticas e religiosas da Inglaterra, caracterizadas pelo nome de Revoluções Inglesas. Estudou em Oxford por 30 anos. Entrou na academia científica Sociedade Real de Londres em 1668 para estudar medicina. Formou-se sem recuperações, mesmo não gostando do modo de ensino. Não buscou o título de doutor. Locke é considerado um dos principais teóricos do contrato social. É muito conhecido pela base que suas ideias deram para a Revolução Gloriosa. Não acreditava em ideias inatas, mas sim que todos os conceitos tinham origem nas percepções sensoriais, sendo, por isso, um grande adepto do pensamento aristoteliano. Defendia a liberdade individual, incluindo a liberdade de escolha, a igualdade, a tolerância e a livre iniciativa. Para ele, o foco das leis era o povo, uma vez que era dele que elas emanavam. Assim, era claramente um opositor ao autoritarismo. Separou a sociedade em três poderes: Legislativo, Executivo (subordinado ao legislativo) e Federativo (responsável pela política internacional). Acreditava na educação como o meio de transformar o mundo. Possuía uma visão pessimista da organização social de sua época, afirmando que esta era a origem do mau. Acreditava no parlamentarismo. Seus conceitos e questionamentos figuraram com destaque na obra de filósofos posteriores como David Hume, Jean Jacques Rousseau e Kant. Suas principais obras foram: Pensamento sobre a educação (1653), Cartas sobre a tolerância (1685), Dois tratados sobre o governo (1689) e Ensaio a cerca do conhecimento humano (1690). Locke morreu em 28 de outubro de 1704,Harlow na Inglaterra.
3.3 GEORGE BERKELEY 
George Berkeley foi um filósofo idealista nascido em 12 de março de 1685, no Condado de Kilkenny, na Irlanda. Viveu durante o período de perda dda hegemonia católica e do surgimento do materialismo, corrente filosófica que vai contra as ideias de Platão, afirmando que a única realidade existente é a física, em que vivemos. Foi aluno de Jonathan Swift, o autor de “As Viagens de Gulliver”. Ingressou na faculdade de Dublin com quinze anos e retornou a ela como professor. Lecionou hebraico, grego e teologia. Foi bispo anglicano em 1734. Tentou na América concretizar o seu projeto de uma escola para a evangelização dos selvagens. Aceita o empirismo de John Locke. Acreditava que as percepções sensoriais não são advindas da visão, mas sim do tato. Rejeitava a existência de ideias abstratas e acreditava que elas sempre se destinam a objetos particulares. Berkeley assume uma postura mais radical do empirismo, afirmando que uma substância material não existe se não for percebida pelo homem. Acreditava em Deus, pois negava a existência de um mundo sensível sem a presença de um espírito que o criasse e mantivesse. Como o homem está nesse mundo, esse espírito só podia ser Deus. Suas principais obras foram: Tratados sobre os princípios do conhecimento humano (1710) e Três diálogos entre Hilas e Philonus (1713). Berkeley morreu em 14 de janeiro de 1753, em Oxford na Inglaterra. 
3.4 DAVID HUME
David Hume foi um filósofo, historiador e ensaísta britânico nascido em 7 de maio de 1711, em Edimburgo na Escócia. Entre os doze e catorze anos de idade, estudou literatura e filosofia na Universidade e se apaixonou. Com vinte e três anos, começou a escrever uma das maiores obras da filosofia. Tornou-se muito famoso pelo seu trabalho como historiador e ensaísta. Tinha como singularidade seu empirismo radical e seu ceticismo filosófico. Viveu na época da disputa na Inglaterra entre os adeptos do parlamentarismo e do monarquismo. Um dos principais representantes do Empirismo na Escócia. Acreditava em uma ética sentimentalista, a qual se baseava nos sentimentos e emoções humanas. Segundo esse pensador, existem dois modos de se compreender a realidade: as impressões e as ideias. As primeiras são as nossas mais vívidas mentalizações, originárias de nossos sentidos. São criadas através do contado direto com o objeto visualizado. Já as outras são mais tênues, presentes somente em nossa mente. Isto é, as lembranças de objetos da nossa infância são ideias, pois não estamos em contato direto com elas no momento. Outro exemplo, ainda, são as coisas abstratas nas quais pensamos, como seres mitológicos. Porém, essas ainda podem ser divididas em simples e complexas. O primeiro exemplo caracteriza as ideias simples, meramente cópias de objetos uma vez existentes e que já configuraram impressões em nós. O segundo exemplo é uma ideia complexa, pois tem origem na nossa imaginação, podendo ou não ter como base objetos existentes na nossa realidade. Suas principais obras foram: Tratado da natureza humana (1739 – 1740), Ensaios morais, políticos e literários (1741 – 1742) e Investigação sobre o entendimento humano (1748). Hume morreu em 25 de agosto de 1776, em Edimburgo na Escócia.
4. POSITIVISMO
O positivismo é uma corrente filosófica surgida na França no começo do século XIX e que dominou a cultura europeia até praticamente o início da Segunda Guerra Mundial. Teve como principal idealizador o pensador francês Auguste Comte (1798-1857). Para essa corrente, o conhecimento verdadeiro só pode ser alcançado através da experimentação, relegando superstições e religiões a inutilidade para o progresso humano. Para os Positivistas, o único meio capaz de nos fornecer o paraíso que buscamos tanto no além-túmulo é o avanço científco. O pensamento positivista acreditava em um modelo de sociedade organizada, onde o poder espiritual não teria mais importância. Pretendia substituir a especulação racional das filosofias pelos dados positivos de pesquisa cientifíca. Rejeitou a Democracia, a Monarquia e a Igreja, enfatizando a hierarquia e a obediência. Pregava um governo ideal formado por uma elite intelectual. Propôs uma sociologia científica, que seria a ciência mais concreta e complexa, cujo objeto de estudo é a humanidade. As ideias de Comte influenciaram muito a formação da república no Brasil. O lema da bandeira brasileira foi inspirado na doutrina positivista do filósofo francês. 
A Lei dos Três Estados é a ideia-chave da filosofia de Comte, que exprime os estágios pelos quais os conhecimentos humanos passaram e passam, como em um ciclo. Primeiramente, temos o estado teológico, no qual o ser humano acredita em seres sobrenaturais, buscando suas origens e fins. Em seguida, temos o metafísico, no qual os deuses são substituídos por entidades abstratas, como o povo e o mercado financeiro. É considerado intermediário entre o anterior e o próximo, pois continua-se buscando origens e fins. O terceiro e último estágio é o positivo. Nesta etapa, temos a substuição da busca do motivo dos acontecimentos pela busca do modo como tudo acontece, através de leis naturais.
4.1 AUGUSTE COMTE
Filósofo e matemático, Isidore Auguste Marie François Xavier Comte nasceu na cidade de Montpellier na França em de janeiro de 1798 em um berço católico e monarquista. Porém, Comte resolveu não seguir as convicções dos pais. Foi um exímio aluno desde o ensino básico até o superior, de medicina. Viveu durante o desenrolar da Revolução Francesa. Tornou-se conhecido da intelectualidade francesa depois que foi secretário do socialista e filósofo Saint-Simon, amizade rompida anos mais tarde por conta de divergências ideológicas entre suas filosofias. Para Comte, a sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para organizá-la e reformá-la depois e tais estudos deveriam ter como base a objetividade e a cientificidade. É dele a ideia-chave do Positivismo: A Lei dos Três Estados. O lema de Auguste Comte era ''amor como princípio, ordem como base e progresso como objetivo'' (apud MORAIS, 1983, p. 31). Suas ideias inspiraram o exército brasileiro e a proclamação da República do Brasil em 1889. Faleceu no dia 5 de dezembro de 1857, de um câncer no estômago. Dentre suas principais obras estão: “Plano de Trabalho Científico para Reorganizar a Sociedade” (1822), “Opúsculos de Filosofia Social” (1816-1828), “Curso de Filosofia Positiva” (1830-1842), “Discurso sobre o Espírito Positivo” (1848), “Discurso sobre o Conjunto do Positivismo” (1848), “Catecismo Positivista” (1852), “Sistema de Política Positiva” (1851-1854), “Apelo aos Conservadores” (1855) e “Síntese Subjetiva” (1856).
5. ILUMINISMO
O iluminismo surgiu no século XVIII na França, a partir da necessidade de dar instrumentos para a autoafirmação do povo. Uma metáfora foi feita com essa necessidade de dizer ao povo que ele era mais forte que um monarca e chama-se de Século das Luzes porque os pensadores se viam como messias, iluminando o povo. Partindo de um antigo regime em que o poder era absoluto, concentrado nas mãos do rei, que com o auxilio da Igreja Católica, dominava a política, a cultura e a economia. Com uma economia mercantilista, caracterizada pela intervenção do Estado, com monopólio comercial e sem liberdade. As regras eram ditadas pelo rei e não poderiam ser questionadas, pois eram frequente as punições mortais nos servos. Porém, os nobres eram julgados de modo diferente, de acordo com suas próprias leis, uma vez que eles geravam lucro para o Estado.
O objetivo do movimento iluminista era levar o Estado a uma democracia; alcançar a liberdade do povo de escolher seus próprios representantes, de expressar suas opiniões e de escolher sua religião; concretizar uma economia sem intervenção do estado, praticando o liberalismo econômico e criando a Lei da Oferta e da Procura; sair do Teocentrismo, do domínio da igreja Católica e partir para o pensamento racional, a ciênciabaseada na experimentação, que avançava significativamente com grandes descobertas e invenções, como a classificação das espécies, a escala de tempo (clima, Celsius, Fahrenheit), o balão de ar quente, entre outras.
Observando o Brasil, neste mesmo século, notamos os reflexos do iluminismo, trazidos pelos estudantes brasileiros que iam para a Europa estudar. Em decorrência dessas ideias, tivemos várias revoltas, como a Inconfidência Mineira, em 1789, desencadeada devido à opressão do governo português, ao abuso político, às altas taxas e impostos e às leis impostas pela metrópole no período colonial que prejudicavam o desenvolvimento das indústrias e do comércio brasileiro. Os inconfidentes, assim fundamentaram uma tentativa de independência do Brasil com as ideias iluministas, tomando como exemplo a independência dos Estados Unidos. 
5.1 MONTESQUIEU
Charles Louis de Secondat, nascido em 18 de janeiro de 1689 na cidade de Bordeaux, na França. Parte de uma família nobre francesa, estudou em escola religiosa de oratória durante sua infância e, na juventude, foi para a Universidade de Bordeaux e recebeu oportunidade de estudar em Paris ao lado de grandes intelectuais que criticavam a monarquia durante algum tempo, sob indicação e proteção do seu tio Barão Montesquieu, que era presidente do parlamento. Após sua morte, o Barão deixa para o sobrinho seu título, sua fortuna e seu cargo, herdando o título de Barão de Montesquieu, pelo qual é conhecido até hoje. Então, em 1715 ele casa-se com Jeanne Lartigue e torna-se membro da academia de Bordeaux, desenvolvendo vários estudos científicos. Fez diversas viagens a fim de observar o funcionamento da política, da sociedade, dos costumes e das relações sociais. Assim, em 1740, passa a desenvolver trabalhos sobre política, criticando o governo absolutista e propondo uma nova forma de governo, no que houvesse harmonia e autonomia. Elaborou sua famosa Divisão dos Três Poderes ou Teoria dos Freios e Contrapesos (o poder do limite ao próprio poder, para que não haja abuso). Esta acontece da seguinte maneira: Legislativo (elabora as leis), Judiciário (interpreta), Executivo (administra, executa), evitando assim que os reis abusem do poder e usem-no para benefícios próprios. Apesar de todo esse pensamento com um leve viés democrático, ele defendia o critério censitário, ou seja, era preciso comprovar renda ou posse de bens para ter garantia do direito à vida política, seja para votar ou se candidatar.
	Considerado importante filosofo do iluminismo, o primeiro a estudar política e o direito constitucional, suas ideias foram as principais fontes da constituição dos EUA. Morre em 10 de fevereiro de 1755 em Paris, deixando suas grandes obras, como “O Espírito das Leis”.
5.2 VOLTAIRE
François-Marie Arouet, nasceu em 21 de novembro de 1694 na cidade de Paris, na França. Pertencente a uma família de nobre francesa, estudou em colégio Jesuíta, onde aprendeu latim e grego. Destaca-se por ser um importante escritor, ensaísta e filósofo iluminista. Escreveu diversos poemas, romances, ensaios e até peças teatrais. Foi secretário da embaixada francesa na cidade de Haia, em Holanda. Quando voltou, foi preso por disputar com um nobre Francês. Na prisão, recebeu o apelido de Voltaire. Após ser liberado, foi exilado por 3 anos e viveu em Londres, na Inglaterra. Lá, teve contato com as ideias iluministas, baseadas em Newton e John Locke e, ao retornar ao seu país de origem, começou divulgá-las e defendê-las. Assim ele passa a falar de liberdade civil, de expressão (que para ele era inegociável), política e religiosa. Criticava instituições dogmáticas, com verdades absolutas, que não permitiam questionamentos. Acreditava que somente os homens dotados de razão e liberdade seriam capazes de conhecer as vontades de Deus. Defendia o despotismo, ou seja, um governo influenciado por ideias iluministas, com a economia baseada no liberalismo e com a presença da liberdade de expressão e da tolerância religiosa. Deixando obras de grande relevância, Voltaire morre em 30 de maio de 1778, aos 83 anos, na sua cidade natal. 
5.3 DIDEROT E D’ALEMBERT
Denis Diderot, nasceu em 5 de outubro de 1713 em Lages, na França. Seu pai era cuteleiro (fabricante de materiais cortantes). Teve a oportunidade de estudar em escola jesuíta, mas isso nada influenciou sua visão sobre Deus, pois ele era ateu e extremamente materialista. Mais tarde, foi a Paris fazer faculdade de Artes, na qual se formou entre os anos de 1729-1732. Também estudou as leis, a literatura, filosofia e matemática. Foi escritor (de novelas, comédias e peças teatrais) e filósofo. Foi contratado pelo produtor Ander Le Breton para traduzir a enciclopédia inglesa para o francês. Foi assim que conheceu d’Alembert. Morre em 31 de julho de 1784 em Paris. 
Diderot acreditava que a função da política era eliminar as desigualdades, crença que contrastava com o absolutismo da época. Além disso, acreditava que era a ciência o motor que gerava desenvolvimento e progresso humano, o que ia de encontro ao pensamento religioso de sua época. Contrariando ainda mais a Igreja, acreditava que ela devia se resumir a assuntos eclesiásticos somente e nunca participar do governo. Tinha uma visão aristotélica: via na harmonia entre a razão e a paixão a verdadeira moral. 
Jean Le Rond d’Alembert, nasceu em 16 de novembro de 1717, na França. Filho de oficial das forças armadas, Cavalheiro Destouches e da Marquesa Claudine, foi abandonado por sua mãe nas escadarias de uma capela, onde foi encontrado e adotado por um vidraceiro e sua esposa. Anos mais tarde, após a descoberta do acontecido, seu pai legítimo foi obrigado a pagar seus estudos no College dos Quatos Nations, onde aprende teologia e se forma em Direito. Tempos mais tarde descobre sua vocação para física e matemática e fica famoso por suas teorias. Por isso é, então, chamado para trabalhar ao lado de Diderot. Morre no dia 29 de outubro de 1783, aos 65 anos.
D’Alembert questionava muito o luxo e a ostentação da Igreja Católica. Via na simplicidade a consequência da elevação do espírito. Possuía, sobre a ciência, uma visão quase empirista, pois acreditava que ela devia basear-se na experiência. Além disso, negava as superstições e mitologias, acreditando que o conhecimento tinha a função de suprimi-las. A filosofia, para ele, era a junção de diversos saberes, pois ela tinha a função de investigar os princípios racionalmente.
Juntos eles começam a organizar a enciclopédia, agrupando todos os conhecimentos da época baseados em ideias iluministas e liberais. Uma coletânea com 35 volumes. O objetivo era criar um livro onde as pessoas poderiam recorrer para encontrar o conhecimento de determinado assunto por meio da razão, com vários textos, teorias, experimentos científicos e ensinamentos de diversos filósofos e estudiosos. 
5.4 ROUSSEAU
Jean Jacques Rousseau, considerado um dos principais filósofos do iluminismo, nasceu no dia 28 de junho de 1712, na cidade de Genebra (Suíça). Foi um importante filósofo, teórico político e escritor. Seu pai, Isaac Rousseau, um simples relojoeiro, educou-o até os dez anos de idade, uma vez que a mãe havia morrido no parto de Rousseau. Começou a interessar-se pela leitura e pela música, mudando-se para Paris no final da adolescência e participando, na idade adulta, da elite intelectual da cidade. Foi assim que teve contato com Diderot, organizador da Enciclopédia que o convidou para escrever alguns verbetes. Ganhou uma medalha de ouro da Universidade de Dijon por um livro publicado. Sua obra principal é ''O Contrato Social'', no qual apresenta a sua teoria sobre o bom selvagem. Isto é, o homem nasce bom e honesto, mas a sociedade não. Ela corrompe os seus participantes. Porém, ele acredita que é possível retomar a bondade inata do homem. Além disso, afirma que a sociedade funciona como um pacto social, no qual os indivíduos fazem uma troca com o Estado: abdicam de alguns direitos para garantir proteção e organização. Tudo isso está presente na obra citada.No ano de 1762, Rousseau foi perseguido por conta de suas obras, consideradas ofensivas à moral e à religião. Refugiou-se na cidade Suiça de Neuchâtel. Mas voltou à Inglaterra a pedido de David Hume. O pensamento de Rousseau influenciou as ideias da Revolução Francesa, pois via a liberdade como o valor supremo. Para ele, o estado natural era de uma liberdade verdadeira. Não havia como diferenciar bom de mau, pois todos eram simplesmente como uma folha em branco. Jean-Jacques Rousseau morreu em Ermenonville, França, no dia 2 de julho de 1778.
5.5 ADAM SMITH
Precursor do capitalismo, Adam Smith nasceu em Kirkcaldy, Escócia, no dia 5 de junho de 1723. Filho de Adam Smith e de Margaret Douglas, ele estudou filosofia moral, em 1740, na Universidade de Glasgow em Edimburgo, onde viria também a lecionar em 1751. Ao se mudar para a França, percorreu todo o país, conhecendo inúmeros intelectuais de seu tempo. Uma de suas principais obras, “A Riqueza das Nações”, aborda os princípios do futuro liberalismo: a não intervenção do Estado na economia e a necessidade de um governo que se restrigisse a garantir a segurança pública, a ordem e a propriedade privada. Isso tudo pode ser explicado pela sua crença de que o desenvolvimento e o bem estar da nação sempre provêm de uma boa e eficiente economia e divisão de trabalho. Sua principal influência hoje é a formação do capitalismo, que também a principal razão de sua crítica nada amigável, uma vez que existem sérios problemas advindos desse sistema. Algum tempo antes de sua morte, tornou-se comissário da alfândega escocesa, o que lhe valeu bons proveitos, destinados à instituições secretas de caridade. Adam Smith morreu em 1790, aos 67 anos. No entanto, Adam Smith, à sua época, ficou conhecido por ser um filósofo “benevolente” e muito excêntrico. 
5.6 IMANNUEL KANT
Considerado como o principal filósofo da era moderna, Immanuel Kant nasceu no dia 22 de abril de 1724 em Königsberg, Reino da Prússia. Filho de Georg Kant, um artesão fabricante de correias e de Regina, ambos protestantes, recebeu uma educação rigorosa. E, apesar de ter estudado em um colégio muito religioso quando garoto, tornou-se cético em relação à religião, sem nunca negar Deus. Kant nunca deixou a Prússia e raramente saiu da cidade natal. Em 1755, doutorou-se em filosofia. Em 1770, tornou-se catedrático em matemática e lógica na Universidade de Königsberg. Após estudar o pensamento de David Hume, sentiu-se na obrigação de corrigi-lo, uma vez que seus argumentos eram irrefutáveis, porém suas conclusões, errôneas. Depois de dez anos, publicou sua grande obra “A Crítica da Razão Pura”, livro no qual expõe sua reflexão sobre os limites da razão e do conhecimento de modo que continue a contribuir para o desenvolvimento científico. Preocupou-se muito com a ética, a arte do bem viver. ”A Fundamentação da Metafísica dos Costumes” é considerada por muitos filósofos a mais importante obra já escrita sobre a moral. Formulou uma interessante teoria acerca da oposição racionalismo-empirismo, realizando quase que uma síntese. Para ele, existem duas formas de conhecimento: juízo analítico e juízo sintético. Este é ligado ao Empirismo e caracterizado pela percepção sensorial e pela experiência. Por isso, ele sozinho não caracterizava um conhecimento seguro. Já o outro tinha como base a lógica e a matemática, servindo para deduzir e raciocinar de forma segura. Porém, mesmo sendo confiável, por si só, não é capaz de gerar conhecimentos. Era necessário, para ele, juntar as duas formas em uma: juízo sintético a priori. Assim, ele alia racionalismo e empirismo, confiando à ciência duas bases: a dedução e a experiência. Faleceu em 12 de fevereiro de 1804 em Königsberg, na Alemanha.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste trabalho, acerca da Filosofia Moderna, focando em três correntes e um movimento, pudemos conhecer melhor as maravilhas humanas da Idade Moderna. Essa idade foi cheia de conflitos e revoltas, culminando em mudanças que foram hoje fundamentais para a nossa organização social e política. Vimos surgir, no início dessa época, uma corrente valorizando a razão (Racionalismo), que teve como principal objetivo marcar a mudança de época e de pensamento. Encontramos nela, vários pensadores com ideias parecidas sobre a matemática, como René Descartes, o cético; Baruch ou Benedictus de Spinoza ou Espinosa, com seu pensamento ainda muito voltado para a religião; e, por último, Blaise Pascal, o prodígio. Em seguida, vivenciamos os pensadores modernos irem de encontro a essa corrente, criando uma com base na experiência (Empirismo). Então, apareceram novos expoentes: Thomas Hobbes, quem diz que somos objetos físicos movidos pela paixão; John Locke, o primeiro defensor da liberdade, em todos os aspectos; George Berkeley, que aliava a existência de substâncias materiais à percepção humana; e David Hume, o inovador, que estabeleceu dois modos de ver a realidade nunca antes citados. E, a partir dessa exaltação da experiência, surge com muita força o Positivismo, que traz a cientificidade como pré-requisito para o conhecimento verdadeiro. Nessa corrente, temos como expoente Comte, o formulador da Lei dos Três Estados e que influenciou o Exército Brasileiro. Agora, por último, temos o único movimento filosófico do trabalho: o Iluminismo, que surge para abalar e derrubar as bases do modo de governo e de sociedade. Com ele, temos diversos pensadores, como: Montesquieu, com a sua Divisão dos Três Poderes, usada até hoje; Voltaire, com a defesa do despotismo e da liberdade de expressão; Denis Diderot e Jean Le Rond D’Alembert, criadores da Enciclopédia, símbolo da Revolução Iluminista; Rousseau, com a teoria contratualista e a do bom selvagem; Smith, com o liberalismo econômico; e Kant, com a sua inédita Teoria dos Juízos, que põe um fim na alastrada luta entre Racionalismo e Empirismo.
Assim, nas ideias defendidas durante toda a Idade Moderna, vemos tantas particularidades ainda hoje praticadas que não há como não se interessar e até mesmo se maravilhar com o progresso do nosso pensamento nesse período.
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