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PARVOVIROSE A parvovirose canina é uma enfermidade infecto-contagiosa causada por um vírus, o Parvovírus canino tipo 2 (CPV-2). É caracterizada por uma gastroenterite moderada a grave com quadro agudo e altamente contagioso de cães. Em alguns casos a parvovirose pode evoluir para miocardite, porém, é um caso raro. Em casos mais graves o animal pode vir a óbito, principalmente se o cão for muito jovem, devido a uma alta desidratação, desequilíbrios eletrolíticos e a infecções secundárias associadas à baixa imunidade. O vírus pode sobreviver de meses a anos no ambiente, e ainda é resistente a maioria dos desinfetantes disponíveis no mercado. O hipoclorito de sódio (água sanitária) é um dos poucos desinfetantes comuns contra o vírus. É transmitido pela eliminação fecal, e a porta de entrada para infecção é oronasal. A viremia inicia-se cerca de 24 a 48 horas após infecção e mantem-se por mais dois a quatro dias. Depois, o vírus é distribuído por todo o organismo, mas tem tropismo por células de divisão rápida, como a medula óssea, epitélios intestinais podendo levar até a necrose das células. Cães com parvovirose vão apresentar febre, vômito, diarreia (pode vir acompanhada com sangue), desidratação e depressão. A gravidade e duração da doença variam muito. Muitos cães recuperam-se rápido, não apresentam vômito ou diarreia. Febre se torna comum em casos mais graves. A perda de peso e desidratação pode acontecer de forma muito rápida. O diagnóstico clínico pode ser sugestivo, mas deve ser diferenciado de outras gastroenterites, e doenças que provoquem vômito e diarreia. É preciso fazer uma boa anamnese, tendo em vista a idade do animal, aparecimento dos sinais, em especial aos cães sem histórico de vacinação. Exames complementares devem ser feitos para a confirmação da doença. No hemograma podem ser observados leucopenia com neutrofilia. O diagnóstico laboratorial pode ser realizado pela detecção do vírus nas fezes, vômitos ou em tecidos "post-mortem". Diversas técnicas podem ser utilizadas, mas na rotina clínica o mais viável para é o teste de ELISA por ser rápido, eficiente e ter um custo acessível. O tratamento recomendado para parvovirose é apenas suporte, pois é uma doença viral. Nas primeiras 24 horas é recomendado suspender completamente a alimentação e ingestão de líquidos, para que assim possa cessar o vômito. Deve ser feita fluidoterapia para reestabelecer o desequilíbrio eletrolítico que vai ser causado pelo vômito e diarreia. Administração de antibióticos para prevenir infecções secundárias, e antieméticos. O prognóstico é reservado, pois depende de alguns fatores como: idade do animal, carga viral, duração da infecção e também da resposta ao tratamento. A prevenção é a vacinação dos filhotes, e que mesmo vacinados podem correr o risco da exposição e infecção pelo vírus. Limpeza e desinfecção completa do ambiente também podem ser medidas profiláticas.
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