Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
QUESTOES DE MICRO (FUNGOS E VIRUS) 1- Quais características importantes das células fúngicas que as diferenciam de outros micro-organismos? Antigamente os fungos eram considerados plantas. Diferenças entre fungos e plantas FUNGOS PLANTAS Heterotróficos Autotróficos Parede celular de quitina Parede celular de celulose Armazenam glicogênio Armazenam amido Sem pigmento fotossintetizante Pigmento clorofila 2-Quais as estruturas reprodutivas assexuadas dos fungos? conidiosporos; - artroconídios; - blastoconídeos; - clamidoconídio; - esporangiosporos. Reprodução assexuada: muito comum nos fungos, pode ocorrer pela fragmentação do micélio (cada fragmento origina novo organismo) ou pela produção de esporos assexuais. Neste tipo de reprodução não ocorre fusão de núcleos, somente ocorrendo mitoses sucessivas. 3- O que é fungo dimórfico Os fungos dimórficos são aqueles que apresentam-se de duas formas: na natureza e nos cultivos a 25°C, formam colônias filamentosas com reprodução assexuada, e nos tecidos e cultivos a 37°C eles apresentam na forma de levedura. Além da temperatura as condições nutricionais também influem neste dimorfismo. 4- Quais fatores de patogenicidade dos fungos? Definição: fator que permite o crescimento do fungo sob condições adversas do hospedeiro e que não é necessário para crescimento em cultura. Condições para patogenicidade: • Entrar no hospedeiro (tamanho, adesão). • Multiplicar no tecido do hospedeiro (mudança de forma, composição, metabólica, termotolerância, resistência à drogas). • Resistir ou não estimular os mecanismos de defesa do hospedeiro (cápsula, crescimento intracelular, citocinas, microbiota normal). • Danificar o tecido do hospedeiro (granuloma, fibrose, necrose). Fatores de patogenicidade dos fungos: Componentes da parede celular Adesão Cápsula Produção de enzimas Variabilidade antigênica, genotípica e morfológica Termotolerância Receptores hormonais Toxinas Resistência a antifúngicos Mecanismos de evasão da defesa do hospedeiro 5- Exemplifique malefícios e benefícios dos fungos para o homem Benefícios Reciclagem:através da decomposição de matérias orgânicas. Medicina:Penicillium na fabricação desta substância (penicilina) utilizado como antibiótico que foi muito importante no tratamento de sífilis e pneumonias. Alimentação:leveduras e fermentos utilizados na fabricação de queijos, pães e bebidas e de vários cogumelos utilizados como pratos de iguarias por muitos povos. Prejuízos Na agricultura: várias doenças que comprometem as lavouras no café por exemplo o fungo da ferrugem. Saúde: impinges, micoses, candidíase que atingem a pele, os dedos e órgãos internos como a vulva, mucosa da boca e língua. 6- O que são vírus O vírus nada mais é do que uma cápsula protéica, contendo uma fita de material genético que tanto pode ser de RNA (Ácido ribonucléico) ou DNA (Ácido dessoxiribonucleico).Não são seres vivos. 7- Classificação dos vírus quanto a estrutura e morfologia Eles são extremamente pequenos e de estrutura muito simples, pois possuem apenas uma cápsula, constituída de proteínas (capsídio), no interior da qual se encontram uma ou mais moléculas de ácido nucléico. Em alguns casos, além das moléculas de proteínas, o capsídio pode conter um revestimento de lipídios ou de glicoproteínas. Quanto ao ácido nucléico, alguns vírus apresentam DNA, como é o caso dos adenovírus, causadores do resfriado, e dos bacteriófagos, vírus que atacam bactérias. Já nos vírus da gripe e no HIV, causador da AIDS, é encontrado RNA. Morfologia: *Vírus Poliédricos Dotados de simetria cúbica (icosaedro), formados a partir de 20 faces triangulares eqüiláteras, 12 ângulos, 30 arestas. Compostos de dois tipos de capsômeros (hexâmeros e pentâmeros). Os capsômeros dos vértices de cada face são denominados "pentons" e os capsômeros das faces de "hexons". *Vírus Tubulares com Simetria Helicoidal A simetria helicoidal é caracterizada pela reunião de subunidades protéicas (capsômeros) ao ácido nucléico viral enrolado em uma hélice. Esse conjunto (nucleocapsídeo) por sua vez é então organizado no interior do envoltório lipídico. Diferente das estruturas icosaédricas existe uma interação entre proteína do capsídeo e ácido nucléico viral nos vírus com simetria helicoidal. *Vírus Complexos Reúne vírus que não apresentam simetria cúbica ou helicoidal simples, formados por estruturas complexas. São exemplos desse tipo de estrutura os bacteriófagos com morfologia peculiar (cabeça/cauda), que exigem síntese prévia de enzimas para organização dessas estruturas. Outro tipo de vírus com simetria complexa é representado pelos Poxvirus (forma de tijolo, com cristas na superfície externa e um núcleo com corpos laterais no seu interior). 8- Características que diferenciam os virus de seres vivos: Diferem-se dos demais seres vivos por não possuírem organização celular, metabolismo próprio e por não serem capazes de se multiplicar sem auxílio de uma célula hospedeira. São parasitas intracelulares obrigatórios. São acelulares. 9-Quais os ciclos da replicação viral 1)Adsorção A primeira etapa na infecção de uma célula é a fixação à superfície da célula. A fixação se dá via interações iônicas que são independentes de temperatura. As proteínas de fixação virais reconhecem receptores específicos, que podem ser proteínas, carboidrados ou lipídios, na parte externa da célula. Células sem os receptores apropriados não são susceptíveis ao virus. 2)Penetração O virus entra na célula e várias maneiras de acordo com a natureza do virus. Virus envelopado: Alguns virus envelopados requerem um pH ácido para que a fusão ocorra e são incapazes de fusionar diretamente com a membrana plasmática. Esses virus são interiorizados pela invaginação da membrana formando endossomos. À medida que os endossomos se tornam acidificados, a atividade latente de fusão de proteínas do virus se torna ativada pela diminuição do pH e a membrana do virion se fusiona com a membrana do endossomo. Isso resulta na liberação dos componentes internos do virus para o citoplasma da célula. Virus não envelopados :Virus não envelopados podem cruzar a membrana plasmática diretamente ou podem ser interiorizados em endossomos. Eles então cruzam (ou destroem) a membrana endossomal. 3)Desencapamento Os ácidos nuclêicos tem que estar suficientemente desencapados para que a replicação viral possa se iniciar neste estágio. Quando o ácido nuclêico estiver desencapado, partículas virais infecciosas não podem ser recuperadas da célula – isso é o início da fase de ECLIPSE – que dura até quando novos virions infecciosos forem produzidos. 4)Transcrição Mecanismo pelo qual a informação específica codificada na cadeia de ácido nucléico, é transferida para o RNA mensageiro 5)Tradução O processo de tradução do RNA-mensageiro viral pode ocorrer no citoplasma (DNA bicatenário; RNA mono e bicatenário) ou no núcleo (DNA monocatenário). 6)Replicação A replicação do genoma de cada classe de vírus é tão especializada quanto sua transcrição. A replicação se refere à formação, a partir do genoma viral, de novos genomas que serão associados às proteínas virais. Pode ocorrer no citoplasma ou no núcleo, sendo independente da síntese do genoma celular, com exceções. Normalmente começa algum tempo após a transcrição e pode continuar por um tempo curto, gerando um “pool” de moléculas que são mais tarde integradas na progênie viral. 7)Maturação Após terem sido sintetizados, as proteínas e o ácido nucléico viral têm de ser reunidos para formar partículas virais maduras, processo geralmente chamado de maturação viral. A maturação ou montagem da partícula viral pode ser um processo espontâneo. As evidências acumuladas durante anos indicam que os principais constituintes dos vírus, como subunidades protéicas e o ácido nucléico, não estão ligados por pontes covalentes. Os capsídeos são formados por auto-reunião de monômeros em capsômero e de capsômeros em capsídeos. O ácido nucléico não parece ser necessário, pois em cortes ultrafinos de células infectadas com vírus podem ser vistos capsídeos vazios, sem ácido nucléico. Os vírus icosaédricos são concentrados em grande número no local da maturação e tendem a formar cristais intracelulares. Nos vírus com envelope, inicialmente ocorre reunião do capsídeo e do ácido nucléico, para formar o nucleocapsídeo, circundado pelo envelope. 8)Liberação A maioria dos vírus não pode coexistir indefinidamente com as células onde se multiplica; a célula pode morrer ou simplesmente cessar de suprir todos os fatores para a continuação da multiplicação viral. Os vírus devem se disseminar de uma célula para outra. Para tanto, a partícula infecciosa deve deixar a célula na qual houve a maturação e penetrar numa célula não infectada. 9- Fases da replicação viral: São quatro as fases do ciclo de vida de um vírus: 1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular. 2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade. 3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus. 4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias
Compartilhar