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Livro Guia de Exames ENDOCRINOLOGICOS

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G U I A D E E X A M E S
ENDOCRINOLÓGICOS
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Doutor em Endocrinologia 
pela Faculdade de Medicina 
DA�530�s�%SPECIALISTA�
em Endocrinologia e 
Metabologia pela Sociedade 
"RASILEIRA�DE�%NDOCRINOLOGIA�
e Metabologia – SBEM.
DO�SONHO�DE�OFERECER�ATENDIMENTO�PERSONALIZADO�
E�HUMANIZADO��COM�A�MAIS�ALTA�
QUALIDADE�E�CONlABILIDADE��H�
���ANOS�NASCEU�3ALOMÎO:OPPI�
$IAGNØSTICOS�
2ESPEITANDO�RIGOROSOS�PROGRAMAS�
DE�CONTROLE�DE�QUALIDADE�NACIONAIS�
E�INTERNACIONAIS�E�EMPREGANDO�O�
MELHOR�EM�TECNOLOGIA�E�CONTANDO�
COM�OS�MELHORES�PROlSSIONAIS��
NOSSA�lLOSOlA�SEMPRE�FOI�FORNECER�
O�DIAGNØSTICO�CORRETO��TENDO�COMO�
PRINCÓPIO�CRESCER�COM�QUALIDADE�
ASSEGURADA�
#OM�ESTE�ESPÓRITO�E�ACOMPANHANDO�
O�CRESCIMENTO�DA�%NDOCRINOLOGIA�
NO�"RASIL��ACABAMOS�DE�ESTRUTURAR�
UM�DEPARTAMENTO�QUE�CUIDAR�
ESPECIlCAMENTE�DOS�EXAMES�DA�
ESPECIALIDADE��PARA�ISSO��REALIZAMOS�
INVESTIMENTOS�SIGNIlCATIVOS�EM�
PROlSSIONAIS�ESPECIALIZADOS�E�EM�
TECNOLOGIA��NUM�PROCESSO�QUE�EST�
SENDO�COORDENADO�PELO 
$R���'IANFRANCO�:AMPIERI��DIRETOR�
TÏCNICO�DA�INSTITUI¥ÎO��/�SETOR�
EST�SOB�O�COMANDO�DIRETO�DO�
ENDOCRINOLOGISTA�$R��&ELIPE�'AIA�
&RUTO�DESTE�DIRECIONAMENTO���COM�
SATISFA¥ÎO�QUE�DISPONIBILIZAMOS�ESTE�
'UIA�DE�%XAMES�%NDOCRINOLØGICOS�
Ibirapuera
!VENIDA�$IVINO�3ALVADOR�����
Moema
2��!RAGUARI�����
Panamby
2��!LGEMESI����
Paraíso
2��#ORREIA�$IAS����
Portal do Morumbi 
2��0ROF��(ILÉRIO�6EIGA�DE�#ARVALHO�����
U N I D A D E S
Autor
Coordenador 
da Endocrinologia do 
3ALOMÎO:OPPI�$IAGNØSTICOS
Dr. Felipe Henning Gaia Duarte
WWW�SZD�COM�BR���\������	�����
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G u i a d e e x a m e s
EndocrinológicoS
2 0 1 3
apresentação
D o sonho de oferecer atendimento personalizado e humanizado, com a mais alta qualidade e confiabili-
dade, nasceu SalomãoZoppi Diagnósticos.
Grandes investimentos em infraestrutura, equipamentos 
e treinamento de pessoal foram realizados para fazer do 
SalomãoZoppi um centro diagnóstico completo e moderno.
Respeitando rigorosos programas de controle de qualida-
de nacionais e internacionais e empregando o melhor em 
tecnologia, nossa filosofia sempre foi fornecer o diagnósti-
co correto, sendo um suporte para o médico no tratamento 
de seus pacientes. Nossa ambição é ser o centro de diag-
nósticos de sua confiança; assim, fomos ao longo de nossa 
história incorporando novas áreas e novas metodologias 
e novas tecnologias ao nosso portfólio de serviços. Ado-
tamos uma estratégia de crescimento sustentado sempre 
baseado na premissa de nunca abrir mão da qualidade. 
Nesse processo de nos tornarmos um centro diagnóstico 
de referência,passamos a oferecer uma série de exames 
endocrinológicos e, com o crescimento da importância e 
evolução da especialidade nos últimos anos, sentimos a 
necessidade de criar um Departamento de Endocrinologia 
para coordenar de forma específica os exames de dosa-
gens hormonais, com a aspiração de posicionar a institui-
ção entre os principais centros de excelência nesse setor 
da medicina diagnóstica. A alta qualidade que estamos 
oferecendo está também relacionada com um amplo rol 
de procedimentos que tem início já na etapa pré-analítica, 
quando muitos fatores podem influenciar a estabilidade 
dos hormônios. O parque tecnológico da área de endo-
crinologia de SalomãoZoppi compreende equipamentos de 
última geração como o espectrômetro de massas, que é 
capaz de verificar os diferentes átomos que compõem uma 
única molécula. As ferramentas disponíveis avançaram 
muito nos últimos anos, produzindo várias novidades, além 
de exames mais precisos e abrangentes.
A fim de observar este alto patamar de qualidade, rea-
lizamos investimentos significativos em profissionais es-
pecializados e em tecnologia de ponta. A estruturação do 
Departamento está sendo coordenada pelo Dr. Gianfranco 
Zampieri, diretor técnico da instituição. O setor está sob o 
comando direto do endocrinologista Dr. Felipe Gaia, Dou-
tor em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP, 
Especialista em endocrinologia e metabologia pela Socie-
dade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM.
Nos últimos meses, o Dr. Felipe vem trabalhando no desen-
volvimento de um rol de exames incluindo diversos testes 
funcionais, que devem atender às principais necessidades 
de exames endocrinológicos.
O primeiro fruto deste trabalho foi a elaboração deste ma-
nual que colocamos em suas mãos no intuito de orientar 
na prescrição de exames, que serão executados com alta 
qualidade e com o rigor técnico de uma empresa certifica-
da em nível 3 pela ONA (Organização Nacional de Acredi-
tação), sendo reconhecido como o laboratório com um dos 
maiores índices de acerto diagnóstico do país.
Assim, ao optar por solicitar um exame ao SalomãoZoppi, 
esteja certo que estaremos fazendo sempre o melhor para 
fornecer um diagnóstico correto para auxiliá-lo no tratamen-
to de seus pacientes.
Boa leitura!
Luís Vitor Salomão | Paulo Sérgio Zoppi
...............................12
.......................................................................................16
.................................................14
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..........................................................................20
............................................................................21
....................................................................23
.......................................................27
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..................................32
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..............................................................................35
....................................................37
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....................................................................................41
.........................................................................43
.........................................45
..........................................47
.....................49
....................................................51
.........................................................................25
 I ExamEs hormonais 
 1.1 Ácido 5-hidroxi-indol-acético (5-HIAA)
 1.2 Ácido vanilmandélico (VMA)
 1.3 ACTH
 1.4 ADH (hormônio antidiurético) 
 1.5 Adiponectina
 1.6 Aldosterona
 1.7 Androstenediona
 1.8 Anticorpo antidescarboxilase do ácido glutâmico 
(Anti-GAD 65)
 1.9 Anticorpo anti-ilhota pancreática 512 
(ICA – Islet Cell Antibody)
 1.10 Anticorpo anti-insulina 
(anti-IAA - Anti-Insulin Auto-Antibody)
 1.11 Anticorpo antitireoperoxidade (Anti-TPO)
 1.12 Anticorpo antitireoglobulina (Anti-TG)
 1.13 Anticorpo antirreceptor de TSH (Anti-TRab)
 1.14 Calcitonina
 1.15 Catecolaminas plasmáticas
 1.16 Catecolaminas urinárias de 24 horas
 1.17 Cortisol
 1.18 Cortisol salivar 
 1.19 Cortisol urinário livre de 24 horas 
 1.20 Dehidroepiandrosterona (DHEA) 
 1.21 Sulfato de dehidroepiandrosterona (DHEA-s) 
 1.22 Dihidrotestosterona (DHT) 
ÍndiCe
......................................................................................52
..........................................................................................54
........................................................................................56
...............................................58
................................................60
.............................................................................................61
.......................................................63
...............................................65
...........................................................................................67
....................................................................................69
..................................................................71
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......................................................................77
.............................................................................................80
..............................................................................................82
.....................86
...............................................................................................88
..............................................................90
...............................................................................93
...........................................................................................95
...................................................97
.........................................................................................99
..................................................................................101
........................................................................................103
 1.23 Estradiol (E2)
 1.24 Estriol (E3)
 1.25 Estrona (E1)
 1.26 FSH (hormônio folículo estimulante)
 1.27 Fosfatase alcalina óssea-específica 
 1.28 Gastrina
 1.29 GH (hormônio do crescimento)
 1.30 Globulina ligadora da tiroxina (TBG)
 1.31 Glucagon
 1.32 Hidroxiprolina
 1.33 Hormônio antimulleriano
 1.34 IGF-1 (fator de crescimento semelhante 
à insulina tipo 1 ou somatomedina)
 1.35 IGF-2 (fator de crescimento semelhante 
à insulina tipo 2)
 1.36 IGFBP-3 (Proteína ligadora do hormônio 
do crescimento tipo 3)
 1.37 Inibina B
 1.38 Insulina
 1.39 Interligadores C terminais do colágeno tipo 1 (CTX)
 1.40 Leptina 
 1.41 LH (hormônio luteinizante)
 1.42 Macroprolactina
 1.43 Metanefrinas totais e frações (urinárias de 
24 horas) 
 1.44 Osteocalcina (fragmento N-MID)
 1.45 Peptídeo C
 1.46 Progesterona
 1.47 Prolactina
Í n d i c E
..................................................................105
..................................................................................107
..........................109
..............................................................................110
.......112
...........114
..........................................116
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.............................................................122.............................................124
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..................................130
...................................132
....................................................134
.......................................................135
.....138
.140
........................................................................142
 1.48 Pró-peptídeo amino terminal do pró-colágeno 
tipo 1 (P1NP)
 1.49 PTH
 1.50 Proteína relacionada ao PTH (PTH-rp)
 1.51 Renina
 1.52 SHBG (globulina ligadora de hormônios sexuais)
 1.53 Subunidade alfa dos hormônios glicoproteicos 
 1.54 T3 livre (triiodotironina livre)
 1.55 T3 reversa (triiodotironina reversa) 
 1.56 T3 total (triiodotironina)
 1.57 T4 livre (tiroxina livre)
 1.58 T4 total (tiroxina) 
 1.59 Testosterona biodisponível
 1.60 Testosterona total
 1.61 Tireoglobulina (Tg)
 1.62 TSH (hormônio tireoestimulante)
 1.63 17 (OH) progesterona (17-OHP)
 1.64 1,25 (OH) vitamina D3
 1.65 25 (OH) vitamina D3
II TesTes endocrinológicos 
 2.1 ACTH sintético (cortrosina) com 1 μg para cortisol
 2.2 ACTH sintético (cortrosina) com 250 μg para cortisol
 2.3 ACTH sintético (cortrosina) para hiperplasia adrenal 
congênita
.......................................................144
...............................................146
........................................................148
..............................................................150
..........................................................................152
.................................................................................154
..............................157
...............................159
......................................................................................161
.......................................................................................163
.......................................................................................165
..........................................................................................167
.......................................169
...........................................................................................172
..........................174
.................................176
.........................................................................................179
........................................................................181
........................................................................183
......................................................................185
...............................................187
..............................................190
 2.4 Clonidina para GH (Atensina)
 2.5 DDAVP para síndrome de Cushing 
 2.6 DDAVP para síndrome de Cushing, após 2 mg 
de dexametasona (overnight)
 2.7 GHRH+Arginina para GH 
 2.8 Glucagon para GH 
 2.9 GnRH (LHRH)
 2.10 Sobrecarga hídrica para hiperaldosteronismo
 2.11 Sobrecarga salina para hiperaldosteronismo 
 2.12 Supressão da aldosterona com 9α-fludrocortisona 
(Florinefe®)
 2.13 Supressão do cortisol com 1 mg de dexametasona 
(overnight)
 2.14 Supressão do cortisol com 8 mg de dexametasona 
(overnight)
 2.15 Supressão do GH com 75 g de glicose (GTTo 
para GH)
 2.16 Teste combinado (teste triplo ou megateste) 
com aplicação de insulina, TRH e GnRH
 2.17 Teste de estímulo da calcitonina com infusão 
de cálcio
 2.18 Teste de tolerância a insulina (ITT) para cortisol
 2.19 Teste de tolerância a insulina (ITT) para GH
 2.20 Teste de tolerância oral a glicose com 75 g 
de glicose
 2.21 Teste de tolerância oral a glicose na gestação 
com 50 g de glicose
 2.22 Teste de tolerância oral a glicose na gestação 
com 75 g de glicose
 2.23 Teste de tolerância oral a glicose na gestação 
com 100 g de glicose
 2.24 Teste de estímulo da tireoglobulina (tireoglobulina 
estimulada endógena ou exógena) 
 2.25 Teste de estímulo do TSH com TRH
E x a m E s h o r m o n a i si
12
I ExamEs hormonais 
 
1.1 Ácido 5-hidroxi-indol-acético (5-HIAA)
O ácido 5-hidroxi-indol-acético, também conhecido pela abrevia-
ção de 5-HIAA, é um metabólito da serotonina que pode ser usado 
como marcador da presença de tumores carcinoides. Esses tumores 
são lesões originadas, principalmente, ao longo do tubo digestivo 
e no trato respiratório. Esse metabólito pode estar aumentado em 
pacientes com má absorção intestinal como (portadores de doença 
celíaca, sprue tropical, doença de Whipple, fibrose cística, etc.) e em 
pacientes com obstrução crônica do trato intestinal, além de alguns 
pacientes com tumores de ilhota não carcinoides. Os valores destes 
analitos exibem correlação ruim com a gravidade da doença. Valo-
res elevados também podem ser observados em grávidas durante a 
ovulação e em pacientes submetidos a estresse crônico. 
Material analisado
Urina de 24 horas (frasco âmbar contendo HCl 6N). Adicionar 3,5 
mL de HCl 50% para cada litro de urina. Durante a coleta e estoca-
gem manter refrigerado e protegido contra a luz. Manter pH cons-
tante entre 3 e 4. O material mantém-se estável por 5 dias entre 2o e 
8oC, respeitando-se as condições acima. 
Método de análise
HPLC (cromatrografia líquida de alta performance).
Referência laboratorial
2,0 a 9,0 mg/24 horas
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 13
Comentários
 Exame realizado em laboratório de apoio externo.
 Valores falsamente elevados de 5-HIAA podem ocorrer após 
ingestão de alimentos ou medicamentos ricos em seroto-
nina ou que possam estimular a sua secreção. Se possível, 
estes itens devem ser suspensos pelo menos 48 horas antes 
da coleta. Entre os alimentos que devem ser afastados cita-
se: chás, café, refrigerantes, chocolates, frutas, conservas, 
baunilha, vegetais e banana. Medicamentos: amoxicilina, 
eritromicina, álcool, cocaína, levodopa, metildopa, 
carbidopa, imipramina, clorpromazina, nicotina, ácido 
di-hidrofenilacético, antidepressivo IMAO, reserpina, 
prazosina, isoproterenol, teofilina, bromocriptina, alfa 
e betabloqueadores, nitroglicerina, morfina, acetominofeno, 
ácido acético, salicilatos, formaldeído, isoniazida, naproxeno 
e vitamina B.
E x a m E s h o r m o n a i si
14
1.2 Ácido vanilmandélico (VMA)
O VMA é o principal metabólito da adrenalina e da noradrenalina. 
A metabolização das catecolaminas em VMA ocorre no fígado e os 
seus níveis urinários refletem os níveis circulantes no sangue. Va-
lores elevados podem ser encontrados em pacientes com tumores 
produtores de catecolaminas: feocromocitomas, paragangliomas, 
neuroblastomas, ganglioneuromas, entre outros. Preferencialmente, 
esse teste deve ser realizado através da análise da urina de 24 horas. 
O exame tem sensibilidade inferior à da determinação dos valores 
de metanefrinas urinárias para a detecção de tumores produtores 
de catecolaminas. Esse ensaio também pode sofrer interferência de 
vários fatores que podem dar resultados falso-positivos. 
Material analisado
Urina de 24 horas (frasco âmbar contendo HCl 6N). O frasco deve 
ser acidificado com HCl 50%, colocando 10 mL para cada litro de 
urina. A coleta deve ser feita em frasco intermediário antes de ser 
colocado em frasco com o conservante. O pH deve ser mantido entre 
3 e 4. O material permanece estável por até 5 dias entre 2o e 8oC. 
Método de análise
HPLC (cromatrografia líquida de alta performance).
Referência laboratorial
Urina de 24 horas: 3,3 a 6,5 mg/24 horas.
Amostra isolada (mg/g de creatinina):
Até 6 meses 5,5 a 26,0
7 a 11 meses 6,1 a 20,0
1 a 2 anos 2,5 a 21,0
3 a 8 anos 1,5 a 12,0
9 a 12 anos 2,0 a 9,0
Adultos 1,1 a 4,1G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 15
Comentários
 Vários medicamentos ou alimentos podem alterar a 
determinação do VMA. Três dias antes da coleta no dia 
devem ser suspensos alimentos que contenham cafeína ou 
estimulantes, entre esses: chá, café, refrigerantes, bebidas 
alcoólicas, chocolates, sorvetes, amendoim e frutas (abacate, 
banana, ameixa, kiwi, abacaxi, manga, tomate, conservas, 
nozes, baunilha, vegetais e banana). O cigarro (nicotina) 
também deve ser suspenso 72 horas antes, se possível. 
 Medicamentos que podem aumentar os valores de VMA: 
alfa-bloqueadores (fentolamina, fenoxibenzamina, prazosin, 
doxazosin); antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imi-
pramina e nortriptilina); anti-histamínicos (difenidramina, 
clorfeniramina e prometazina); betabloqueadores (atenolol, 
labetolol, metoprolol, nadolol, findolol, propranolol, timolol); 
antagonistas dos canais de cálcio (anlodipina, fenodipina, 
lercadipina, nicardipina, nifedipina, verapamil); drogas cate-
colaminérgicas (L-dopa, epinefrina, norepinefrina, dopami-
na, metildopa); diuréticos (clortalidona, hidrocloroatiazida, 
furosemida); metilxantinas (aminofilina, teofilina); neurolép-
ticos (clorpromazina, clozapina, ferfenazina); simpaticomi-
méticos (albuterol, anfetaminas, efedrina, isoproterenol, me-
taproterenol, pseudoefedrina e terbulina); vasodilatadores 
(diazóxido, hidralazina, isossorbida, minoxidil, nitroglicerina 
e outros nitratos e nitritos); outros (cocaína, insulina, levodo-
pa, metilfenidato, metoclopramida, morfina, naloxona, fenta-
zocina, proclorperazina).
 Medicamentos que podem diminuir os valores de VMA: anti-
hipertensivos (captopril, clonidina, guanabenz, guanetidina, 
guanfacina, reserpina); neurolépticos (haloperidol); agonista 
dopaminérgico (bromocriptina); análogos da somatostatina 
(octreotide, lanreotide). 
E x a m E s h o r m o n a i si
16
1.3 ACTH 
O ACTH ou hormônio adrenocorticotrófico é produzido fisiologica-
mente pelas células corticotróficas da hipófise. Tem como função 
estimular a produção do cortisol e dos andrógenos adrenais an-
drostenediona e dehidroepiandrosterona. Este hormônio pode estar 
elevado em situações como na hiperplasia adrenal congênita ou na 
síndrome de Cushing. Valores baixos podem ser encontrados em 
situações como na insuficiência hipofisária ou em pacientes em 
uso de glicorticoides. Uma aplicação clínica comum é na avalia-
ção do diagnóstico diferencial do excesso de cortisol (síndrome de 
Cushing), se dependente de ACTH (adenoma hipofisário ou tumores 
extra-hipofisários produtores de ACTH) ou independente de ACTH 
(tumores adrenais produtores de cortisol). Enquanto nos tumores 
dependentes de ACTH os valores desse hormônio podem vir normais 
ou elevados, nos caso de tumores produtores de cortisol, indepen-
dentes de ACTH, esse hormônio geralmente é baixo (indosável). 
Material analisado
Plasma. O material deve ser coletado em tubo de plástico com EDTA 
visando evitar a fixação do ACTH na parede. Devem ser utilizados 
apenas frascos pré-refrigerados. Após a coleta do sangue o mate-
rial deve ser imediatamente refrigerado no gelo e centrifugado em 
centrífuga refrigerada para a separação do plasma. Seguindo este 
método, o material fica estável por 2 horas em 22oC e por 4 semanas 
quando refrigerado a -20oC. 
Método de análise
Imunoquimioluminométrico.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 17
Referência laboratorial
 < 46 pg/mL
Comentários
 Os coeficientes de variação intra e interensaio desse método 
são menores que 9,5% e 10%, respectivamente.
 Limite inferior de detecção do método: 5,0 pg/mL.
E x a m E s h o r m o n a i si
18
1.4 ADH (hormônio antidiurético)
O ADH é um hormônio polipeptídico de nove aminoácidos sintetiza-
do pelo hipotálamo e armazenado na neuro-hipófise. Quando libe-
rado, liga-se a receptores localizados nos túbulos coletores renais 
iniciando uma série de reações que culminam com a reabsorção de 
água. A liberação do ADH é efetuada por alterações na osmolari-
dade sanguínea (aumento) e no volume de sangue (queda) visando 
manter a homeostase da água e da pressão arterial no organismo. 
A principal aplicação clínica para a determinação do hormônio an-
tidiurético e na avaliação da presença de diabetes insipidus, espe-
cialmente a forma hipofisária, situação na qual os níveis de ADH 
geralmente estão baixos. No diabetes insipidus nefrogênico, o ADH 
não age corretamente sendo incapaz de regular a excreção de água 
livre, podendo os valores virem elevados. Outra situação clínica que 
pode evoluir com excesso de ADH é a síndrome de secreção inapro-
priada de hormônio antidiurético (SIADH) que geralmente ocorre 
em alguns pacientes oncológicos. 
Material analisado
Plasma em EDTA. O material coletado deve ser centrifugado em 
centrífuga refrigerada a 4oC. O plasma removido deve ser congelado 
imediatamente a -20oC para análise posterior. A amostra se mantém 
estável por até 30 dias seguindo este procedimento. 
Método de análise
Radioimunoensaio.
Referência laboratorial
 < 6,7 pg/mL
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 19
Comentários
 Esse hormônio é analisado em laboratório de referência fora 
do país.
 Se possível, nos dias anteriores o paciente deve ser orienta-
do para evitar o uso de substâncias que estimulem a libera-
ção de ADH como: nicotina, cafeína, álcool, diuréticos etc.
 Atividades físicas devem ser evitadas no dia da coleta.
E x a m E s h o r m o n a i si
20
1.5 Adiponectina
A adiponectina é uma proteína produzida principalmente no teci-
do adiposo e está relacionada com a resistência insulínica e obe-
sidade. Estudos clínicos evidenciaram diminuição dessa proteína 
em pacientes diabéticos e com cardiopatias levando a correlação 
dos seus valores com a presença ou evolução de doenças meta-
bólicas. 
Material analisado
Soro colhido em tubo com gel separador. O material permanece es-
tável por até 7 dias se congelado a -20oC. 
Método de análise
Radioimunoensaio.
Referência laboratorial
Homens : 0,8 a 16,4 mcg/mL
Mulheres: 3,7 a 23,3 mcg/mL 
Comentários
 Esse hormônio é analisado em laboratório de referência fora 
do país.
 Os valores de referência foram obtidos em homens com IMC 
entre 24 e 30 e em mulheres com IMC entre 24 e 34 kg/m2.
 O impacto clínico da determinação desse analito ainda não foi 
estabelecido consensualmente na literatura. 
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 21
1.6 Aldosterona 
A aldosterona é um mineralocorticoide produzido pela zona glo-
merulada do córtex das adrenais sob controle rigoroso do sistema 
renina-angiotensina e pelos níveis de potássio. A aldosterona age 
nos túbulos renais distais aumentando a reabsorção de sódio e 
água visando manter o equilíbrio hidroeletrolítico. A principal indi-
cação clínica da determinação da aldosterona é para o diagnóstico 
do hiperaldosteronismo primário (doença causada, em geral, por 
um adenoma na suprarrenal), situação na qual os níveis de aldos-
terona estão elevados e os de renina estão reduzidos. A relação 
entre esses dois analitos também é utilizada para a avaliação do 
hiperaldosteronismo primário. O resultado do valor de aldosterona 
(em ng/dL) dividido pelo valor da atividade de renina plasmática 
(em ng/mL/h) acima de 40 é altamente indicativo dessa afecção. 
Outras doenças (coração e rins, por exemplo) podem ocasionar 
o aumento dos valores de renina com subsequente elevação dos 
valores de aldosterona cursando com o quadro de hiperaldostero-
nismo secundário. 
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador centrifugado. O mate-
rial deve ser posto no gelo logo após a coleta e congelado se a 
análise não for feita logo após a coleta.Permanece estável por 
até 3 dias se mantido entre 2o e 8oC ou por até 1 mês quando 
armazenado a -20oC.
Método de análise
Radioimunoensaio.
E x a m E s h o r m o n a i si
22
Referência laboratorial
Sentado : 4,0 a 31,0 ng/dL
Deitado : 1,0 a 16,0 ng/dL
Comentários
 Esse exame é realizado em laboratório de apoio. 
 O paciente deve ter os níveis de potássio corrigidos antes 
da determinação da aldosterona visando evitar falsos- 
negativos.
 A dieta deve ser normossódica nos 3 dias que antecedem 
a coleta. Tanto o excesso quanto a falta de sódio podem 
influenciar no resultado.
 Se possível, os diuréticos devem ser evitados 2 semanas 
antes da coleta do exame. 
 Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva podem 
apresentar níveis de aldosterona até 20 vezes acima do 
normal.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 23
1.7 Androstenediona 
A androstenediona é um hormônio esteroide precursor na síntese 
dos andrógenos e estrógenos. É produzido a partir da 17-hidropro-
gesterona pelas células intersticiais da teca ovariana e em igual 
quantidade pela suprarrenal. Em mulheres, a androstenediona é 
a principal fonte de testosterona circulante. Uma das aplicações 
clínicas da análise desse hormônio está no estudo das doenças 
virilizantes como a hiperplasia adrenal congênita por deficiência 
de 21-hidroxilase. Também tem papel auxiliar na avaliação de si-
tuações como suspeita de excesso de acne, tumores virilizantes 
adrenais e ovarianos. 
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. O material é estável 
após a coleta por 24 horas se armazenado em temperatura entre 
2o a 8oC e por pelo menos 1 mês se armazenado a -20oC.
Método de análise
Quimioluminescência. 
Referência laboratorial
Homens : 0,6 a 3,1 ng/mL
Mulheres: 0,3 a 3,3 ng/mL
E x a m E s h o r m o n a i si
24
Comentários
 Em mulheres, na fase ovulatória podem ser encontrados valo-
res aumentados em até 2 vezes o limite de normalidade. 
 A androstenediona exibe ritmo circadiano de secreção, sen-
do os maiores valores encontrados pela manhã e o nadir 
à noite.
 A coleta após exercícios físicos pode gerar resultados ele-
vados de androstenediona.
 A hemólise da amostra pode interferir com o resultado.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 25
1.8 Anticorpo antidescarboxilase do ácido 
glutâmico (Anti-GAD 65) 
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune caracterizada pela pre-
sença de autoanticorpos que agridem as células beta-pancreáticas 
produtoras de insulina. Essa lesão leva à deficiência da produ-
ção e secreção de insulina resultando no descontrole dos níveis 
de glicemia. O anticorpo antidescarboxilase do ácido glutâmico 
(Anti-GAD) é um dos três principais anticorpos relacionados com 
a patogênese do DM1 ao lado dos anticorpos anti-ilhota e anti-
insulina. A presença dos três anticorpos leva a um risco de 95% 
para o desenvolvimento do DM em pacientes ainda sem a doença. 
Duas isoformas de Anti-GAD foram identificadas: uma com peso 
molecular de 65 KDa e outra de 67 KDa. A isoforma de 65 KDa é a 
mais encontrada nas células beta. O Anti-GAD é o anticorpo mais 
durável podendo permanecer positivo por mais de 15 anos após o 
diagnóstico. 
Material analisado
Soro em tubo sem anticoagulante com gel separador. O material 
deve ser congelado imediatamente a -20oC caso não seja anali-
sado de imediato.
Método de análise
Enzimaimunoensaio. 
Referência laboratorial
Não reagente: Inferior a 10,0 UI/mL
Inconclusivo : 10,0 a 20 UI/mL
Reagente : Superior a 20 UI/mL
E x a m E s h o r m o n a i si
26
Comentários
 Esse exame é realizado em laboratório de apoio. 
 Em mulheres, a sensibilidade para o diagnóstico etiológico 
do DM 1 é de 80%, não variando com a idade. Em homens, 
a sensibilidade é de 50% a 60% até os 10 anos de vida e 
entre 75% a 90% após essa idade.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 27
1.9 Anticorpo anti-ilhota pancreática 512 
(ICA – Islet Cell Antibody) 
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune caracterizada pela pre-
sença de autoanticorpos que agridem as células beta-pancreáticas 
produtoras de insulina. Essa lesão leva à deficiência da produção 
e secreção de insulina, resultando no descontrole dos níveis de 
glicemia. O anticorpo anti-ilhota pancreática 512 é um dos anti-
corpos relacionados com a patogenia do DM1. A positividade na 
determinação simultânea com os anticorpos Anti-GAD 65 e anti-
insulina leva à possibilidade do desenvolvimento de DM1 em 95% 
dos casos. 
Material analisado
Soro em tubo com gel separador. O material deve ser congelado 
imediatamente caso não seja analisado imediatamente.
Método de análise
Imunofluorescência indireta.
Referência laboratorial
Negativo : < 10 UI/mL
Indeterminado: 10 a 20 UI/mL
Positivo : > 20 UI/mL
E x a m E s h o r m o n a i si
28
Comentários
 Esse exame é realizado em laboratório de apoio. 
 O anticorpo anti-ilhota tem sensibilidade de 70% a 90% 
quando determinado no início do diabetes tipo 1.
 Devido à queda nos seus títulos, com o passar do tem-
po não é um bom marcador para a avaliação etiológica do 
DM1 após vários anos do seu surgimento.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 29
1.10 Anticorpo anti-insulina 
(anti-IAA - Anti-Insulin Auto-Antibody) 
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune caracterizada pela pre-
sença de autoanticorpos que agridem as células beta-pancreáticas 
produtoras de insulina. Essa lesão leva à deficiência da produção 
e secreção de insulina resultando no descontrole dos níveis de gli-
cemia. O anticorpo anti-insulina é um dos anticorpos relacionados 
com a patogenia do DM1. A determinação simultânea com os anti-
corpos Anti-GAD 65 e anti-insulina leva à possibilidade de 95% do 
desenvolvimento de DM1. Geralmente, quanto menor idade, maior 
a chance de positividade desse anticorpo. Em crianças de menos 
de 5 anos, a sensibilidade é de quase 100%, caindo progressiva-
mente de modo que somente 15% dos pacientes com DM1 com 
mais de 15 anos apresentam esse anticorpo. 
Material analisado
Soro em tubo com gel separador. A amostra deve ser congelada 
a -20oC caso a análise não seja imediata. 
Método de análise
Radioimunoensaio.
Referência laboratorial
Menor que 2,4% de ligação
E x a m E s h o r m o n a i si
30
Comentários
 Esse exame é realizado em laboratório de apoio. 
 O anticorpo anti-insulina pode ocorrer de forma espontâ-
nea ou após uso de insulina pelos pacientes. Portanto, a 
presença de anticorpos anti-insulina pode indicar o uso 
prolongado de insulina ou a presença de anticorpos de ori-
gem autoimune (DM1).
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 31
1.11 Anticorpo antitireoperoxidade (Anti-TPO)
A tireoperoxidade (TPO) está presente nos microssomas das célu-
las tireoidianas, sendo secretada nas respectivas superfícies api-
cais. É fundamental no processo de formação dos hormônios da 
tireoide. O termo anticorpo antimicrossomal ainda é utilizado como 
sinônimo e persiste desde a época em que a TPO ainda não havia 
sido identificada. O papel da determinação do anticorpo Anti-TPO 
deve-se à presença desse em cerca de 90% dos pacientes com do-
ença de Hashimoto. No entanto, um resultado negativo não exclui 
essa doença uma vez que 10% dos casos podem não apresentar 
esse anticorpo. 
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. O material é estável 
após a coleta por 3 dias se armazenado em temperatura de 2o a 
8oC e por pelo menos 1 mês se armazenado a -20oC.
Método de análise
Eletroquimioluminescência.
Referência laboratorial
< 34 UI/mL
Comentários
 Esse método foi padronizadocontra o Padrão 66/387 no 
NIBSC (National Institute for Biological Standards and Control). 
 O limite de detecção do kit é de 5 a 600 UI/mL.
E x a m E s h o r m o n a i si
32
1.12 Anticorpo antitireoglobulina (Anti-TG)
A tireoglobulina é produzida pela glândula tireoide. Assim como a 
tireoperoxidade, enzima presente na célula tireoidiana, essa par-
tícula é potencialmente autoantigênica. O papel da determinação 
do anticorpo Anti-TG deve-se à presença deste em cerca de 70% a 
80% das doenças autoimunes da tireoide, constituindo-se em um 
dado importante para o diagnóstico da doença de Hashimoto. Esse 
marcador também exerce um papel importante no seguimento dos 
pacientes com carcinoma diferenciado da tireoide (papilífero e fo-
licular), no que se refere à determinação da tireoglobulina. Na pre-
sença de Anti-TG, os valores de tireoglobulina podem se apresentar 
reduzidos devido à interferência dos anticorpos no ensaio. 
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. O material é estável após 
a coleta por 3 dias se armazenado em temperatura de 2o a 8oC e por 
pelo menos 1 mês se armazenado a -20oC. 
Método de análise
Eletroquimioluminescência.
Referência laboratorial
< 114 UI/mL
Comentários
 Esse método foi padronizado contra o Padrão 65/93 no NIBSC 
(National Institute for Biological Standards and Control). 
 O intervalo de detecção desse método é de 10 a 4000 UI/mL.
 Para o seguimento dos anticorpos é necessário que a análise 
seja feita sempre utilizando o mesmo kit laboratorial uma vez 
que diferentes ensaios, com diferentes anticorpos, podem 
resultar em valores diferentes.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 33
1.13 Anticorpo antirreceptor do TSH (Anti-TRab)
A doença de Graves é uma doença autoimune no qual o orga-
nismo produz anticorpos contra antígenos presentes na tireoide. 
O anticorpo antirreceptor do TSH (Anti-TRab) liga-se ao recep-
tor na superfície da tireoide estimulando o seu funcionamento de 
modo semelhante ao TSH humano, ocasionando o quadro de bó-
cio difuso tóxico. Esse ensaio pode ser usado tanto para o diag-
nóstico quanto para o seguimento do tratamento da doença de 
Graves. A natureza dos anticorpos Anti-TRab é heterogênea, ha-
vendo anticorpos tanto estimulatórios como inibitórios que eventu-
almente podem ocasionar o surgimento de hipotireoidismo e bócio. 
O método usado atualmente para detecção desses anticorpos não 
consegue realizar a distinção entre as formas estimuladoras e ini-
bidoras.
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. O material é estável 
após a coleta por 3 dias se armazenado em temperatura de 2o a 
8oC e por pelo menos 1 mês se armazenado a -20oC. 
Método de análise
Eletroquimioluminescência.
Referência laboratorial
Normalidade : < 1,22 UI/L
Indeterminado: entre 1,23 e 1,57 UI/L
Positivo : > 1,58 UI/L
E x a m E s h o r m o n a i si
34
Comentários
 A sensibilidade desse método para o diagnóstico da doença 
de Graves é de 85%, com especificidade de 80%.
 O Anti-TRab pode estar presente em casos de doença de 
Hashimoto, tireoidite subaguda, tireoidite silenciosa e em 
recém-nascidos de mães portadoras de doença de Graves 
devido à transferência feto-placentária. 
 O limite de detecção do método é de 0,3 a 40 UI/L. Não foi 
encontrada reação cruzada com Anti-TPO e Anti-TG.
 Esse método foi padronizado contra o 1o Padrão Internacio-
nal 90/672 do NIBSC (National Institute for Biological Stan-
dards and Control).
 O tratamento de pacientes com heparina sódica pode inter-
ferir no resultado. O tratamento com heparina fracionada 
(Clexane) não causou interferência em concentrações de 
até 5 UI/mL.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 35
1.14 Calcitonina
A calcitonina é um peptídeo produzido principalmente pelas cé-
lulas C da tireoide (células parafoliculares). Esse hormônio exerce 
um papel no metabolismo do cálcio e do fósforo, porém a totali-
dade da sua função no organismo ainda é desconhecida. A sua 
principal utilidade clínica reside no diagnóstico e no seguimento 
dos carcinomas medulares de tireoide, embora também possam 
ser encontrados níveis elevados em tumores de mama, leucemias, 
doenças mieloproliferativas, cânceres de pulmão e outros tumores 
da linhagem neuroectodérmica. 
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. O material deve ser 
congelado rapidamente após a coleta. Permanece estável por 
15 dias quando mantido em -15oC ou por mais tempo quando 
conservado em -70oC. 
Método de análise
Ensaio imunométrico quimioluminescente. 
Referência laboratorial
Homens : até 8,4 pg/mL
Mulheres: até 5,0 pg/mL 
E x a m E s h o r m o n a i si
36
Comentários
 Ensaio calibrado contra o padrão 2nd IRP 89/260 da OMS.
 Como esse peptídeo é metabolizado pelos rins, elevação 
nas suas concentrações pode ocorrer na vigência de insufi-
ciência renal. 
 Durante a coleta, deve-se evitar o uso de EDTA devido à 
interferência com o ensaio.
 Como o material é altamente lábil, a coleta deve seguir pa-
drões rígidos de execução.
 O coeficiente de variação intra e interensaio máximo do 
teste é de 15,7%.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 37
1.15 Catecolaminas plasmáticas 
A adrenalina, noradrenalina e dopamina são as catecolaminas de 
principal interesse laboratorial na prática clínica. São sintetizadas 
pelas glândulas adrenais na camada medular, pelo cérebro e pelo 
sistema nervoso simpático. O principal interesse clínico na deter-
minação dessas substâncias é na investigação de tumores produ-
tores como, por exemplo, o feocromocitoma e os paragangliomas. 
As catecolaminas são altamente lábeis e têm uma meia-vida curta 
de cerca de dois minutos. Os seus níveis plasmáticos são influen-
ciados por uma série de fatores ambientais, como o uso de certos 
medicamentos ou alimentos. Essas variáveis devem ser controla-
das antes da coleta do exame sempre que possível. 
Material analisado
Plasma heparinizado. Antes de realizar a coleta, o paciente deve 
ser cateterizado e posto em repouso deitado por pelo menos 
30 minutos, visando reduzir o estresse no momento da coleta. 
O frasco deve ser previamente refrigerado e ser resfriado nova-
mente no gelo logo após a coleta. O material deve ser centrifu-
gado em no máximo 30 minutos. Quando congelada, a amostra 
tem estabilidade por até 60 dias. 
Método de análise
Cromatografia líquida de alta performance (HPLC).
Referência laboratorial
Noradrenalina: até 420 pg/mL
Adrenalina : até 84 pg/mL
Dopamina : até 85 pg/mL 
 
E x a m E s h o r m o n a i si
38
Comentários
 O paciente deve evitar o uso de tabaco ao menos 4 horas 
antes do teste.
 Todos os medicamentos em uso devem ser relacionados pelo 
paciente. Aqueles com possível interferência (elevação) na 
secreção de catecolaminas como: fenoxibenzamina, metil-
dopa, antidepressivos tricíclicos ou inibidores da recaptação 
de noradrenalina e dopamina, e betabloqueadores devem ser 
evitados ou trocados pelo menos 1 semana antes da coleta, 
se possível. 
 Alimentos ou bebidas estimulantes como cafeína, chá verde, 
energéticos e chocolate devem ser evitados nos dias antece-
dentes ao exame.
 Alguns medicamentos podem reduzir a secreção de cateco-
laminas como: inibidores da ECA; agonistas dopaminérgicos 
(cabergolina e bromocriptina), análogos da somatostatina 
(octreotide e lanreotide), clonidina e haloperidol, podendo 
ocasionar resultados menores que o esperado. 
 Doenças agudas e estresses traumáticos recentes (cirurgias, aci-
dentes etc.) podem gerar valores elevados de catecolaminas.
 Sugere-se a realização da coleta logo após o surgimento de 
crises de paroxismorelativos à secreção de catecolaminas.
Referências bibliográficas
• Pereira, Maria Adelaide A. et al. Feocromocitoma. Arq Bras Endo-
crinol Metab, Out 2004, vol. 48, no.5, p.751-775. ISSN 0004-2730.
• Eisenhofer G, Goldstein DS, Walther MM, Friberg P, Lenders JW, 
Keiser HR, Pacak K.Biochemical diagnosis of pheochromocyto-
ma: how to distinguish true- from false-positive test results. J 
Clin Endocrinol Metab. 2003 Jun; 88(6):2656-66.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 39
1.16 Catecolaminas urinárias de 24 horas 
A adrenalina, noradrenalina e dopamina são as catecolaminas de 
principal interesse laboratorial na prática clínica. São sintetizadas 
pelas glândulas adrenais na camada medular, pelo cérebro e sis-
tema nervoso simpático. O principal interesse clínico na determi-
nação dessa substância é na investigação de tumores produtores 
como, por exemplo, o feocromocitoma e os paragangliomas. As 
catecolaminas são altamente lábeis e têm uma meia-vida curta de 
cerca de dois minutos. Após a secreção na corrente sanguínea, 
as catecolaminas podem ser metabolizadas e convertidas nos me-
tabólitos metanefrina e normetanefrina ou serem excretadas na 
forma intacta na urina. 
Material analisado
Urina de 24 horas acidificada. O material coletado deve ser ar-
mazenado em frasco contendo 10 mL de solução de HCl a 50% 
para cada litro de urina. As amostras coletadas desse modo são 
estáveis por 5 dias quando mantidas entre 2o a 8oC. Se as amos-
tras foram refrigeradas a -20oC, o material permanece estável 
por até 2 meses. A coleta deve ser feita em frascos intermediá-
rios antes de depositar no frasco com conservante. 
Método de análise
Cromatografia líquida de alta performance (HPLC).
Referência laboratorial
Noradrenalina: até 97 μg/24h
Adrenalina : até 17 μg/24h
Dopamina : até 500 μg/24h
E x a m E s h o r m o n a i si
40
Comentários
 Nos dias que antecedem e no dia da coleta, o paciente deve 
ser orientado a evitar o tabagismo, uso de álcool, exercícios, 
estresses emocionais, situações que desencadeiem dor e me-
dicamentos que possam gerar interferência na produção de 
catecolaminas (vide catecolaminas plasmáticas).
 A determinação concomitante da excreção da creatinina 
com a correlação com a excreção das metanefrinas amplia 
a sensibilidade do teste. 
 Sugere-se a realização da coleta logo após o surgimento de 
crises de paroxismo relativos à secreção de catecolaminas.
 
Referências bibliográficas
• Pereira, Maria Adelaide A. et al. Feocromocitoma. Arq Bras Endo-
crinol Metab, Out 2004, vol.48, no.5, p.751-775. ISSN 0004-2730.
• Eisenhofer G, Goldstein DS, Walther MM, Friberg P, Lenders JW, 
Keiser HR, Pacak K.Biochemical diagnosis of pheochromocytoma: 
how to distinguish true- from false-positive test results. J Clin En-
docrinol Metab. 2003 Jun;88(6):2656-66.
• Jacobs & DeMott Laboratory Test Handbook with Key Word Index, 
5th ed. David S. Jacobs, Dwight K. Oxley, and Wayne R. DeMott, 
eds. Hudson (Cleveland), OH: Lexi-Comp, 2001.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 41
1.17 Cortisol 
O cortisol é um esteroide produzido pelas glândulas suprarrenais 
sob regulação do ACTH hipofisário. Este hormônio é essencial para 
a manutenção de várias funções metabólicas do organismo, sendo 
fundamental para a resposta adaptativa do organismo ao estresse 
exercendo funções anti-inflamatórias, imunossupressoras e hiper-
glicemiantes. O cortisol é secretado seguindo um ritmo circadiano 
no qual os valores mais elevados são encontrados nas primeiras 
horas do dia, logo ao amanhecer. Seguem-se novas elevações, 
em menor amplitude, no fim da manhã e no final da tarde, per-
manecendo nos seus níveis mais baixos à noite. O cortisol circula 
no sangue ligado a uma proteína transportadora chamada CBG 
(Cortisol Binding Globulin). 
A determinação basal do cortisol no plasma praticamente não tem 
relevância na maior parte das situações clínicas. A sua maior uti-
lidade é na avaliação de insuficiência adrenal quando os valores 
estão abaixo da referência. Para a avaliação do excesso de cortisol 
deve-se recorrer a dosagem das formas livres na saliva, na urina ou 
a testes de supressão do cortisol. Fatores que alterem a concentra-
ção de CBG devem sempre ser avaliados junto à determinação do 
cortisol, uma vez que podem influenciar na análise do resultado. 
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. O material permanece 
estável até 5 dias quando conservado entre 2o e 8oC ou por até 3 
meses se conservado em refrigeração a -20oC. 
Método de análise
Eletroquimioluminescência.
E x a m E s h o r m o n a i si
42
Referência laboratorial
4 a 18 μg/dL 
Comentários
 Recomenda-se que a coleta do material seja realizada entre 
8 e 9 horas da manhã, visando a determinação do cortisol 
matutino. A necessidade de repouso antes da coleta é opcio-
nal, não influenciando na avaliação da maioria das doenças 
adrenais. 
 A determinação do cortisol vespertino pode ser realizada 
em qualquer horário entre as 15 e as 18 horas. Essa de-
terminação serve apenas para auxiliar na avaliação do rit-
mo circadiano de cortisol no qual espera-se redução em 
comparação com o valor obtido pela manhã. Entretanto, os 
guidelines mais recentes não consideram essa medida no 
diagnóstico do hipercortisolismo. 
 Valores elevados de cortisol, sem correlação com adenomas 
produtores de cortisol, podem ser encontrados em:
 • Mulheres grávidas ou usando anticoncepcionais por via 
oral devido ao aumento da proteína carreadora de cortisol 
(CBG). 
 • Pacientes usando prednisona, metilprednisolona e predni-
solona devido à reatividade cruzada com o ensaio.
 • Pacientes submetidos a estresse intenso e depressão.
 • Pacientes com obesidade e usuários crônicos de álcool.
 Os resultados do exame devem ser sempre interpretados de 
acordo com o quadro clínico do paciente.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 43
1.18 Cortisol salivar 
Uma vez que o cortisol plasmático sofre interferência das concen-
trações da proteína carreadora CBG (Cortisol Binding Globulin), o 
cortisol livre na saliva se apresenta como uma opção importante 
na determinação do excesso de cortisol circulante. Assim como no 
soro, o cortisol salivar exibe as mesmas características de ritmo 
circadiano. A determinação desse exame às 23 horas pode ser útil 
tanto para avaliar o excesso de cortisol (hipercortisolemia) como 
também para avaliar a perda de ritmo circadiano ocasionada por 
uma lesão (adenoma) funcionante.
Material analisado
Saliva. Um pedaço de algodão é fornecido em um disposto plás-
tico. O algodão deve ser mastigado cuidadosamente por cerca 
de 2 minutos para que fique saturado por saliva. Em seguida, 
deve ser colocado dentro do recipiente e guardado na geladeira, 
se possível, até a entrega no laboratório para análise. As amos-
tras centrifugadas de saliva têm estabilidade de 5 dias quando 
conservadas entre 2o e 8oC e por até 3 meses se armazenadas a 
-20oC. 
Método de análise
Eletroquimioluminescência.
Valores de referência
Horário da coleta
Manhã: 
Tarde : 
Noite : 
< 6,9 ng/mL 
< 4,3 ng/mL 
< 2,5 ng/mL 
(7 às 10 horas)
(15 às 18 horas)
(23 às 24 horas)
E x a m E s h o r m o n a i si
44
Comentários
 Evitar realizar o exame se o paciente estiver com processos 
inflamatórios infecciosos em cavidade oral. Da mesma for-
ma, deve-se evitar escovação vigorosa dos dentes cerca de 
30 minutos antes do exame sob o risco de contaminação da 
saliva com sangue.
 Os resultados do cortisol salivar da manhã e tarde foram 
fornecidos pelo fabricante. 
 O valor de referência do cortisol das 23 horas foi obtido 
através da referência abaixo. Nesta, o cut-offpara exclusão 
de hipercortisolemia foi de 2,5 ± 1,0 ng/mL. Valores acima 
de 3,5 ng/mL são altamente confiáveis para confirmação 
de síndrome de Cushing, enquanto que valores abaixo de 
1,5 ng/mL afastam a possibilidade dessa síndrome.
 Os resultados devem ser sempre interpretados de acordo 
com quadro clínico do paciente. 
Referência bibliográfica
• Castro M, Moreira AC. Screening and diagnosis of Cushing’s syn-
drome. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2007 Nov;51(8):1191-8.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 45
1.19 Cortisol urinário livre de 24 horas 
A determinação do cortisol livre urinário é um dos métodos de 
eleição para a investigação da hipercortisolemia (síndrome de 
Cushing), uma vez que o valor total da excreção de cortisol na uri-
na de 24 horas não está sujeito ao ritmo circadiano e tem menos 
interferência das alterações da CBG. 
Material analisado
Urina de 24 horas colhida em tubo(s) limpo(s) sem conservante. 
A amostra é estável por até 7 dias se armazenada entre 2o e 8oC 
e por até 3 meses se armazenada a -20oC. 
Método de análise
Eletroquimioluminescência.
Valores de referência
36 a 137 μg/24 horas
Comentários
 Esse ensaio apresenta reatividade cruzada com prednisona, 
metilprednisolona e prednisolona, o que pode ocasionar va-
lores elevados de cortisol quando dosado em pacientes em 
uso desses medicamentos. 
 Sugere-se a determinação em paralelo da creatininúria de 
24 horas com o objetivo de avaliar a adequação da coleta 
de urina.
E x a m E s h o r m o n a i si
46
 Valores elevados de cortisol livre urinário também podem 
ser encontrados em:
 • Mulheres grávidas.
 • Pacientes submetidos a estresse intenso e depressão.
 • Pacientes obesos ou alcoolistas. 
 Na investigação de hipercortisolismo sugere-se realizar ao 
menos 3 amostras, uma vez que pacientes portadores de 
síndrome de Cushing podem apresentar 25% dos exames 
normais. 
 Os resultados devem ser sempre interpretados de acordo 
com o quadro clínico do paciente. 
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 47
1.20 Dehidroepiandrosterona (DHEA) 
A DHEA e a sua forma sulfatada (DHEA-s) são andrógenos produ-
zidos nas mulheres pelas glândulas suprarrenais. Nos homens, es-
ses hormônios são produzidos principalmente pelas suprarrenais, 
mas uma pequena fração também é produzida pelos testículos. 
São considerados andrógenos fracos, porém podem ser conver-
tidos nos tecidos periféricos em esteroides mais potentes como a 
androstenediona, a testosterona ou mesmo em estradiol.
A meia-vida do DHEA é de cerca de três a quatro horas, enquan-
to que o DHEA-s é de 10 a 20 horas. Em pessoas normais, as 
concentrações de DHEA-s são cerca de 300 a 500 vezes maiores, 
possivelmente em função do seu clearance. Os valores de DHEA 
aumentam na puberdade, caindo progressivamente após os 30 
anos. A principais aplicações clínicas desse exame é no estudo 
das doenças virilizantes como: hiperplasia adrenal congênita por 
deficiência de 11 e 21 - hidroxilase, síndrome dos ovários policísti-
cos e tumores virilizantes, por exemplo. 
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. O material permanece 
estável por 24 horas quando conservado entre 2o e 8oC ou por 
até 3 meses se conservado em refrigeração a -20oC. 
Método de análise
Enzimaimunoensaio.
E x a m E s h o r m o n a i si
48
Valores de referência
Adultos
Homens 1,8 a 12,5
Mulheres 1,3 a 9,8
Pós-menopausa 1,4 a 5,0
Pré-puberal Masculino Feminino
6 a 9 anos 0,1 a 1,9 0,2 a 1,9
10 a 11 anos 0,3 a 2,1 1,1 a 2,2
12 a 14 anos 0,8 a 2,6 1,0 a 3,6
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 49
1.21 Sulfato de dehidroepiandrosterona (DHEA-s)
O sulfato de DHEA (DHEA-s) é um andrógeno de origem predo-
minantemente adrenal através da sulfatação do DHEA. Na mu-
lheres, praticamente a totalidade é produzida pelas suprarrenais, 
enquanto que nos homens 10% são produzidos pelos testículos. 
É considerado um andrógeno fraco por uns e um pró-hormônio 
por outros, pois pode ser convertido nos tecidos periféricos em 
esteroides mais potentes como a androstenediona, a testosterona 
ou mesmo em estradiol. Enquanto que a meia-vida do DHEA é de 
cerca de três a quatro horas, o DHEA-s é mais estável permane-
cendo cerca de 10 a 20 horas na circulação. Em pessoas normais, 
as concentrações de DHEA-s são cerca de 300 a 500 vezes maio-
res do que as concentrações de DHEA, possivelmente em função 
de um menor clearance. Do mesmo modo que o DHEA, a principal 
aplicação clínica desse exame é no estudo das doenças virilizantes 
como: hiperplasia adrenal congênita por deficiência de 11 e 21-
hidroxilase, síndrome dos ovários policísticos e tumores virilizantes, 
por exemplo. Devido às suas maiores concentrações, a sua meia-
vida mais prolongada e à pequena variação circadiana, o DHEA-s 
é considerado o exame de escolha para avaliação dos androgênios 
adrenais. 
Material analisado
Soro coletado em tubo com gel separador. Após a centrifugação 
mantém-se estável por 2 dias se armazenado entre 2o e 8oC e por 
até 2 meses se armazenado a -20oC. 
Método de análise
Eletroquimioluminescência.
E x a m E s h o r m o n a i si
50
Referência laboratorial (em µg/dL)
Comentários
 Valores de referência foram fornecidos pelo fabricante do 
ensaio. Os dados foram obtidos a partir de estudos em uma 
determinada população europeia. 
 Para valores em ng/mL, multiplicar o resultado por 10. 
 Limites de detecção: de 0,100 a 1000 μg/dL. Em caso de va-
lores acima de 1.000, a amostra pode ser diluída até 5 vezes 
(limite superior de 5.000 μg/dL)
 Os coeficientes de variação intra e interensaio máximos são 
3,2% e 2,5%, respectivamente. 
 Não foi observada reação cruzada deste ensaio com outros 
hormônios.
Idade/
anos Mulheres Homens
10 a 14 33,9 a 280 24,4 a 247
15 a 19 65,1 a 368 70,2 a 492
20 a 24 148 a 407 211 a 492
25 a 34 98,8 a 340 160 a 449
35 a 44 60,9 a 337 88,9 a 427
45 a 54 35,4 a 256 44,3 a 331
55 a 64 18,9 a 205 51,7 a 295
65 a 74 9,4 a 246 33,6 a 249
> 75 anos 12,0 a 154 16,2 a 123
Idade/ambos 
os sexos
< 1 semana 108 a 607
1 a 4 
semanas 31,6 a 431
1 a 12 
meses 3,4 a 124
1 a 4 anos 0,47 a 19,4
5 a 9 anos 2,8 a 85,2
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 51
1.22 Dihidrotestosterona (DHT) 
A dihidrotestosterona (DHT) é produzida a partir da testostero-
na após sofrer ação da enzima 5α-redutase no interior de células 
sensíveis aos andrógenos como as da próstata, as da pele e da 
genitália. É um potente androgênio sendo importante para o de-
senvolvimento dos tecidos a ele sensíveis. Esse ensaio pode ter 
alguma utilidade em situações na qual seja necessário monitorizar 
a ação de medicamentos como os inibidores da 5α- redutase (fi-
nasterida) no tratamento de patologias relacionadas à ação dos 
andrógenos nos tecidos. Outras aplicações podem incluir o estudo 
de hirsutismo idiopático, no qual 40% dos pacientes têm níveis au-
mentados de DHT, na síndrome de Klinefelter (níveis baixos) e no 
diagnóstico de pseudo-hermafroditismo masculino por deficiência 
da 5-alfa-redutase.
Material analisado
Soro coletado em tubo com gel separador. Após a centrifugação 
mantém-se estável por até 24 horas se armazenado entre 2o a 
8oC e por mais tempo se armazenado a -20oC. 
Método de análise
Enzimaimunoensaio. 
Referência laboratorial (em µg/dL)
Comentários
 Os coeficientes de variação intra e interensaio máximos 
são 11,4% e 12,1%, respectivamente. 
Homens: 250 a 1070 pg/mL
Mulheres:15 a 49 anos: 20 a 430 pg/mL • > 50 anos: 30 a 240 pg/mL
Crianças pré-púberes: 20 a 110 pg/mL
E x a m E s h o r m o n a i si
52
1.23 Estradiol (E2) 
Os estrógenossão os responsáveis pelo desenvolvimento das ca-
racterísticas femininas. O estrógeno biologicamente mais ativo é o 
17β-estradiol, um hormônio esteroide produzido principalmente pe-
los ovários nas mulheres em fase reprodutiva. O estradiol produzido 
circula no sangue ligado a proteínas carreadoras, principalmente a 
SHBG (Sex Hormone Binding Globulin). A secreção do estradiol é 
bifásica no ciclo menstrual, sendo suas maiores concentrações no 
período folicular até a ovulação. A importância da determinação do 
estradiol está na avaliação de doenças que cursem com hipogona-
dismo, infertilidade, ginecomastia, tumores produtores de hormô-
nio, infertilidade, puberdade precoce etc. A dosagem de estradiol 
também pode ser empregada na monitoração do desenvolvimento 
folicular durante a indução da ovulação.
Material analisado
Soro coletado em tubo com gel separador. Após a centrifugação 
mantém-se estável por até 24 horas se armazenado entre 2o a 8oC 
e por mais tempo se armazenado a -20oC. 
Método de análise
Enzimaimunoensaio. 
Referência laboratorial
Homens/ Adultos: 7,63 a 42,6 pg/mL
Mulheres:
Pré-púberes : até 21 pg/mL
Fase folicular : 12,5 a 166 pg/mL
Fase ovulatória : 85 a 498 pg/mL
Fase lútea L : 43,8 a 54,6 pg/mL
Pós-menopausa: até 54,7 pg/mL
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 53
Comentários
 Os valores de estradiol podem estar baixos com o uso 
de anticoncepcionais orais, uma vez que os estrogênios 
utilizados nesses compostos não são determinados pelo 
ensaio de estradiol (17β-estradiol). 
 Rastreabilidade: O ensaio foi padronizado utilizando o 
ID-GC/MS (Isotope Dilution Gas Chromatography Mass 
Spectometry). 
 O limite de detecção do ensaio vai de 5 a 4.300 pg/mL.
 Os coeficientes de variação máximo intra e interensaios, 
com concentrações inferiores médias de 35,4 pg/mL, 
foram de 3,3% e 4,7%, respectivamente.
 Valores de referência foram fornecidos pelo fabricante do 
ensaio. Dados obtidos a partir de estudos em uma deter-
minada população europeia. 
 Esse ensaio tem um limite de sensibilidade funcional de 
12 pg/mL. Valores abaixo desse limite podem sofrer varia-
ção na sua determinação de mais de 20%.
E x a m E s h o r m o n a i si
54
1.24. Estriol (E3) 
O estriol é o principal estrógeno produzido na gestação. É produzido 
pela placenta a partir da alfa-hidroxidehidroepiandrosterona fetal. 
Desse modo, a sua determinação foi associada com o status de in-
tegridade da unidade feto-placentária, sendo útil, em alguns casos, 
na pesquisa de anormalidades cromossômicas na gravidez. Atual-
mente, o papel desse exame ainda é controverso na literatura. 
Material analisado
Soro coletado em tubo com gel separador. O material deve ser cen-
trifugado logo após a formação do coágulo. Mantém-se estável após 
a centrifugação por 7 dias se armazenado entre 2o e 8oC e por até 6 
meses se armazenado a -20oC. 
Método de análise
Quimioluminescência.
Referência laboratorial
Gestação Semanas (ng/mL)
27 2,3 a 6,4
28 2,3 a 7,0
29 2,3 a 7,7
30 2,4 a 8,6
31 2,6 a 9,9
32 2,8 a 11,4
33 3,0 a 12,0
Gestação Semanas (ng/mL)
34 3,3 a 12,0
35 3,9 a 12,0
36 4,7 a 12,0
37 5,6 a 12,0
38 6,6 a 12,0
39 7,3 a 12,0
40 7,6 a 12,0
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 55
Comentários
 Se armazenado a -20oC, alguns relatos apontam aumento 
de até 15% nos valores do estriol. 
 Devido ao ritmo circadiano, o estriol deve ser dosado no 
mesmo horário do dia, de preferencia de manhã. 
 Limite de detecção: de 0,07 a 12 ng/mL.
E x a m E s h o r m o n a i si
56
1.25 Estrona (E1) 
A estrona é um dos três estrogênios produzidos pelas mulheres jun-
tamente com o estradiol e o estriol. É produzido através da aromati-
zação da androstenediona principalmente nos ovários, mas também 
nas suprarrenais. 
Enquanto que o estradiol é a principal fonte de estrogênios na fase 
reprodutiva das mulheres, a estrona é forma circulante mais abun-
dante no período da pós-menopausa. Ao longo do desenvolvimento 
na infância ocorre aumento da produção deste hormônio na puber-
dade em coincidência com o pico de produção do S-DHEA, refletin-
do a maturação do córtex adrenal. No período fértil, os valores de 
estrona são semelhantes aos do estradiol com elevação na fase foli-
cular, pico na ovulação e com discreta redução na fase lútea. Após a 
menopausa, os valores de estrona podem não cair na mesma ordem 
que os valores de estradiol. No tecido adiposo pode ocorrer conver-
são em larga escala da androstenediona em estrona, elevando os 
valores de modo significante em obesos. 
A determinação desse hormônio pode ser útil na avaliação da pro-
dução estrogênica na menopausa, no estudo de ovários policísticos 
(valores elevados) e também no estudo de tumores feminilizantes. 
Em homens, pode ser importante na avaliação de ginecomastia, na 
detecção de tumores produtores de estrona e no estudo de hipogo-
nadismo em obesos.
Material analisado
Soro coletado em tubo com gel separador. Mantém-se estável 
após a centrifugação por 7 dias se armazenado entre 2o e 8oC e 
por até 6 meses se armazenado a -20oC.
Método de análise
Radioimunoensaio.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 57
Referência laboratorial
Comentários
 Devido ao ritmo circadiano, a estrona deve ser dosada no 
mesmo horário do dia, de preferência de manhã.
3,7 a 13,8 ng/dL
5,0 a 11,4 ng/dL
6,0 a 22,9 ng/dL
1,4 a 10,3 ng/dL
Mulheres:
• Fase folicular.........:
• Fase lútea ..............:
• Pico ovulatório......: 
• Pós-menopausa...:
Homens:
• Pré-púberes...........: 
• Adultos....................: 
Inferior a 2,5 ng/dL 
Inferior a 6,5 ng/dL
E x a m E s h o r m o n a i si
58
1.26 FSH (hormônio folículo estimulante)
O FSH (hormônio folículo estimulante) é uma glicoproteína produ-
zida pelos gonadotrofos hipofisários que têm como finalidade agir 
sobre as gônadas (ovários e testículos), estimulando o seu funcio-
namento. No homem, o FSH vai interagir com as células de Sertoli 
testiculares, exercendo um papel importante na espermatogênese 
e na manutenção do trofismo testicular. Nas mulheres, vai interagir 
com os folículos ovarianos, estimulando a sua maturação e a pro-
dução do estradiol. A importância clínica principal é na investigação 
dos quadros de hipogonadismo visando distinguir entre as causas 
hipofisárias, no qual o FSH pode vir inapropriadamente normal ou 
baixo, e as causas gonadais, nas quais o FSH apresenta-se elevado. 
Também é utilizado comumente como adjunto no diagnóstico da 
menopausa, situação em que o FSH está muito elevado.
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. Permanece estável 14 
dias quando mantido entre 2o e 8oC e por até 6 meses quando 
armazenado a -20oC. 
Referência laboratorial
Homens:
Adultos..:
Tanner 1:
Tanner 2:
Tanner 3:
Tanner 4:
Tanner 5:
1,5 a 12,4 UI/L
0,1 a 0,9 UI/L
0,1 a 2,8 UI/L
0,3 a 3,0 UI/L
0,4 a 5,0 UI/L
1,6 a 5,0 UI/L
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 59
Notas
 Esse método foi padronizado contra o “2nd IRP standard 
78/549” da Organização Mundial da Saúde (OMS). 
 O valores para adultos e para mulheres, de acordo com 
o período menstrual, foram fornecidos pelo fabricante do 
kit. O valores de referência relativos ao estadiamento de 
Tanner foram obtidos da publicação de Resende e colabo-
radores (vide abaixo). 
Referências bibliográficas
• Resende EA, Lara BH, Reis JD, Ferreira BP, Pereira GA, Borges 
MF. Assessment of basal and gonadotropin-releasing hormo-
ne-stimulated gonadotropins by immunochemiluminometric 
and immunofluorometric assays in normal children. J Clin En-
docrinol Metab. 2007 Apr;92(4):1424-9. Epub 2007 Feb 6.
• BritoVN, Latronico AC, Arnhold IJ, Mendonça BB. Update on 
the etiology, diagnosis and therapeutic management of sexual 
precocity. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2008 Feb;52(1):18-31.
Mulheres: 
• Fase folicular.......: 
• Fase ovulatória...: 
• Fase lútea.............: 
• Pós-menopausa.:
3,5 a 12,5 UI/L
4,7 a 21,5 UI/L
1,7 a 7,7 UI/L
25,8 – 134,8 UI/L
Tanner 1:
Tanner 2:
Tanner 3:
Tanner 4:
Tanner 5:
0,1 a 2,1 UI/L
0,4 a 2,8 UI/L
0,8 a 4,6 UI/L
1,0 a 8,8 UI/L
0,1 a 6,7 UI/L
E x a m E s h o r m o n a i si
60
1.27 Fosfatase alcalina ósseo específica
A fosfatase alcalina ósseo-específica (BSAP - Bone Specific Alkaline 
Phosphatase) é uma das várias izoenzimas da fosfatase alcalina. A 
BSPA é sintetizada pelos osteoblastos e está envolvida na minerali-
zação da matriz óssea, sendo liberada durante o processo de forma-
ção dos ossos. Esse analito tem sido bastante utilizado no estudo 
das doenças osteometabólicas com o objetivo de avaliar indireta-
mente o processo de formação óssea. Também pode ser usado na 
monitorização da terapia farmacológica dessas doenças. Os níveis 
de BPSA encontram-se bastante elevados em situações como na 
doença de Paget, no hipertireoidismo, na osteomalácia e em neopla-
sias malignas. Pode estar aumentado ou diminuído na osteoporose.
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. Permanece estável por 
até 5 dias quando mantido entre 2o e 8oC e por até 6 meses quan-
do armazenado a -20oC. 
Método de análise
Ensaio imunoenzimático por quimioluminescência.
Referência laboratorial
Mulheres: 
• Pré-menopausa: 3,00 a 19,0 mcg/L
• Pós-menopausa: 6,00 a 26,0 mcg/L
Homens: 
6,00 a 30,00 mcg/L
Comentário
 Exame realizado em laboratório de apoio.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 61
1.28 Gastrina
A gastrina é um hormônio produzido pelas células G da mucosa 
antral gástrica e pelas células duodenais proximais. A principal for-
ma de gastrina na mucosa antral é um heptadecapeptídeo com 17 
resíduos de aminoácidos (G-17) que representa 90% da gastrina 
produzida nessa região. Já na circulação, dois terços da gastrina 
sérica são representados por uma molécula maior, com 34 amino-
ácidos (G-34). A gastrina é o estimulador mais potente da secreção 
ácida gástrica conhecido até o momento. A determinação desse 
analito é realizada no estudo de doenças onde haja suspeita de ex-
cesso de produção de ácido pelo estômago como nos Gastrinomas 
(síndrome de Zollinger-Ellisson). Valores elevados também podem 
ser detectados em situações que cursem com acloridria ou hipo-
cloridria, como nas anemias perniciosas, na gastrite atrófica, na 
insuficiência renal crônica, no carcinoma gástrico e nos pacientes 
que estão em uso de bloqueadores da bomba de prótons (omepra-
zol, pantoprazol, lanzoprazol etc.) ou bloqueadores H2 (cimetidina 
e ranitidina).
Material analisado
Soro. Deve-se aguardar a completa retração do coágulo após a 
coleta para posterior centrifugação e separação. O material deve 
ser congelado imediatamente após esses procedimentos. Per-
manece estável por 30 dias se mantido entre -5o e -25oC. 
Método de análise
Quimioluminescência.
Referência laboratorial
13,0 a 115,0 pg/mL
E x a m E s h o r m o n a i si
62
Comentários
 Exame realizado em laboratório de apoio.
 Valores de gastrina acima de 1.000 pg/mL, em pacientes 
com hipercloridria, tornam bastante provável o diagnóstico 
de gastrinoma, porém 50% dos casos dessa doença têm va-
lores abaixo.
 A ingestão de aminoácidos e drogas como o carbonato de 
cálcio, cloreto de cálcio e insulina são capazes de elevar os 
níveis de gastrina, enquanto a atropina diminui. 
 Se possível, deve-se suspender o uso de inibidores da bom-
ba de prótons e bloqueadores H2 cerca de 7 dias antes da 
coleta. 
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 63
1.29 GH (hormônio do crescimento)
O hormônio do crescimento (GH) é um polipeptídeo produzido pelos 
somatotrofos da adenohipófise. É secretado em cerca de 10 a 15 pul-
sos por dia. Durante o intervalo entre os pulsos, a secreção do hor-
mônio é reduzida a um mínimo. Uma vez liberado na circulação, o GH 
tem meia-vida de cerca de 20 minutos. No sangue ele se apresenta 
sob diferentes isoformas, sendo as principais as de 22 e 20 kDa que 
correspondem a cerca de 75% e 15%, respectivamente, do volume 
total produzido. Um montante do GH circula na forma livre, enquanto 
que cerca de 40% circula ligado a uma proteína carreadora chamada 
de GHBP (GH Binding Protein). O GH age no organismo de forma di-
reta nos tecidos ou através do IGF-I, que, por sua vez, é produzido pelo 
fígado por estímulo do próprio GH. Esses hormônios exercem diversas 
funções no metabolismo. Durante a infância e puberdade, a sua prin-
cipal ação é a de promover o crescimento. Na vida adulta, influencia 
o metabolismo lipídico, ósseo, a manutenção da composição corporal 
e os níveis de energia do organismo. Clinicamente, a determinação 
dos valores basais de GH não tem relevância para o diagnóstico de 
distúrbios da secreção de hormônio do crescimento na maioria das 
situações. A avaliação do excesso ou da falta desse hormônio deve ser 
feita através da realização de testes de secreção ou supressão.
Material analisado
Soro colhido em tubos com gel separador. O material é estável 
durante 8 horas quando mantido entre 15o e 25oC, por até um dia 
se armazenado em temperatura entre 2o e 8oC e por pelo menos 1 
mês se armazenado a -20oC.
Método de análise
Eletroquimioluminescência.
E x a m E s h o r m o n a i si
64
Referência laboratorial
< 5 ng/mL
Comentários
 Esse exame deve ser interpretado pelo médico de acordo 
com o quadro clínico do paciente. São relatados picos de 
secreção de até 30 ng/mL em pacientes jovens saudáveis. 
 O ensaio foi padronizado contra o IRP (International Refe-
rence Preparation), NIBSC (National Institute for Biological 
Standards and Control) código 98/574. 
 Esse é o método considerado de referência para avaliação 
internacional do GH.
 São detectadas as formas de GH com massas moleculares 
de 22 e 20 kDa. 
 O ensaio é afetado pelo uso de pegvisomanto, não sendo 
adequado para pacientes em uso desse medicamento. 
 Em grávidas ocorre reação cruzada com o GH placentário, 
podendo ocorrer valores aumentados. 
 Limites de detecção: de 0,030 a 50 ng/mL. Valores acima 
da medição podem ser diluídos.
Referências bibliográficas 
• Trainer PJ, Barth J, Sturgeon C, Wieringaon G 2006 Consensus 
statement on the standardisation of GH assays. Eur J Endocrinol 
155:1–2.
• A. Giustina, P. Chanson, M. D. Bronstein, A. Klibanski, S. Lamberts, 
F. F. Casanueva, P. Trainer, E. Ghigo, K. Ho and S. Melmed. A 
Consensus on Criteria for Cure of Acromegaly. JCEM, 2010 vol. 
95 no. 7 3141-3148.
G u i a d E E x a m E s E n d o c r i n o l ó G i c o s 65
1.30 Globulina ligadora da tiroxina (TBG)
A TBG (Thyroid Binding Globulin) é uma proteína produzida pelo fígado 
que tem como finalidade se ligar aos hormônios tireoidianos (T3 e T4), 
carregando-os na circulação. Além da TBG, outras proteínas (albu-
mina e a transtiretina) também carreiam os hormônios tireoidianos 
porém com menos afinidade. A TBG, teoricamente, além de aumentar 
a meia-vida dos hormônios tireoidianos acaba servindo de reservató-
rio circulante. A sua produção pode ser afetada por várias situações, 
sendo a mais comum o uso de estrógenos por via oral como em anti-
concepcionais, situação que acaba elevando as suas concentrações. 
A gravidez, pelo mesmo mecanismo, também cursa com elevação nos 
valores séricos de TBG. Algumas situações podem reduzir os valores 
de TBG, como a síndrome nefrótica e o uso de medicamentos como 
andrógenos e corticoesteroides. A determinação desse analito tem

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