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Aula 3_Ética cristã medieval.pdf

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02/03/2016
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Ética cristã medieval
Contexto histórico
• Cristianismo se torna a religião oficial
• Mudança da escravidão para a servidão
• Sociedade medieval
- Organizada em feudos
- Organização estratificada da sociedade
• A política depende da igreja
• Igreja exerce um poder intelectual e espiritual
Contexto histórico
• O feudo
Contexto histórico
Rei
Alta nobreza: Senhores 
feudais (duques e condes) 
e o alto clero (arcebispos e 
cardiais)
Cavaleiros, bispos e 
monges
Camponeses, servos e 
soldados
• Organização social
A ética religiosa
• Ética crista:
- Verdades reveladas a respeito de Deus
- Relação Homem x Deus
- Modo de vida para obter a salvação
• Deus:
- Bom
- Onisciente
- Todo-poderoso
- Exige a obediência do homem
• O que o homem é se deve a sua relação com Deus
• A felicidade se deve a contemplação de Deus
• O amor humano fica subordinado do Divino
A ética religiosa
• Virtudes:
1. Virtudes fundamentais (propostas por Platão): 
- Relação Homem x Homem
Virtudes
Razão Vontade Apetite
Justiça
Prudência Fortaleza Temperança
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A ética religiosa
• Virtudes:
2. Virtudes supremas ou teologais: 
- Relação Homem x Deus
Virtudes 
teologais
Fé
CaridadeEsperança
A ética religiosa
• Objetivos do cristianismo:
- Homem com vida plena e feliz
- Sem imperfeições
- Desigualdades
- Injustiças terrenas
- Riqueza moral: Igualdade entre os homens
- Todos são iguais diante de Deus
- Todos podem alcançar a perfeição e justiça no mundo
• Conflito com o mundo social com desigualdade
- Divisão entre servos e senhores feudais
- A ética cristã não condena essa desigualdade social
- Igualdade apenas espiritual
A ética cristã filosófica
• Cristianismo é uma religião não filosofia
• Uso da filosofia para esclarecer e justificar questões teológicas
- Filosofia serva da teologia
• Herança de Platão e Aristóteles
• Surgiram pensadores que conciliaram o estudo da filosofia grega
com a fé cristã
• Permitindo à igreja enfrentar os descrentes e derrotar os hereges
com a argumentação lógica
• Abandona-se a ideia de que pela razão se alcança a perfeição moral
• A busca da perfeição é centrada no amor de Deus e na boa vontade
• Trata a moral do ponto de vista pessoal,
como uma relação entre cada indivíduo e
Deus
• Atribui à subjetividade uma importância
desconhecida até aquele momento
A ética cristã filosófica
Momentos mais importantes
da idade medieval
• Patrística:
- O primeiros padres da igreja, se empenharam na elaboração de
textos sobre a fé e revelação cristã
- O conjunto destes texto ficou conhecido como patrística
- Seu principal expoente foi Santo Agostinho
• Escolástica:
- No século VIII o imperador Carlos Magno organizou e fundou
escolas ligadas as instituições católicas
• Adotou-se nessas escolas a educação romana como modelo;
• Eram ensinadas matérias gramática, retórica e dialética (o
trivium), e geometria, aritmética, astronomia e música (o
quadrivium)
• Nesse ambiente cultural dessas escolas e das primeiras
universidades do século XI, surge a produção filosófica
denominada escolástica
Herança grega
• Os filósofos medievais herdaram alguns elementos da tradição
filosófica grega:
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São Tomás de Aquino
• Recuperou da ética aristotélica a ideia de
felicidade como fim último dos homens
• Cristianizou essa noção, quando identificou Deus
como fonte dessa felicidade.
Santo Agostinho
• Ética do livre arbítrio
• Transformou a ideia de purificação da alma da
filosofia platônica
• Na ideia de necessidade de elevação ascética
para compreender os desígnios de Deus
• Tenta explicar como pode existir o mal se tudo vem
de Deus – que é bondade infinita.
• Livre arbítrio, noção de que cada um pode
escolher livremente aproximar-se de Deus ou
afastar-se dele.
• O afastamento de Deus é o que seria o mal.
• Livre-arbítrio é o meio pelo qual o ser humano realiza sua
liberdade.
• Mas cada indivíduo pode usar bem ou mal esse livre-arbítrio.
• Essa escolha individual acentuou o papel da subjetividade
humana nas coisas do mundo.
Santo Agostinho O dilema da moral cristã: 
Fé e obediência a Deus x Autonomia e livre-arbítrio
• Se o sujeito moral é aquele que se conduz autonomamente 
(indivíduo com livre-arbítrio), como conciliar a liberdade de 
escolha com as exigências da vida moralmente correta? 
• Algumas tentativas de responder a esta questão surgem na
Idade Moderna.
A modernidade, a razão da existência e o 
futuro do homem
- Desenvolvimento científico
- Aparece uma nova classe social: A burguesia 
- Desaparecimento da sociedade feudal
- Surge os grandes Estados modernos
- A Igreja Católica perde sua função de guia
- Homem como centro da ciência, política, arte e moral
- Ética antropocêntrica no mundo moderno
Rousseau
• Jean Jacques Rosseau (1712-1778/França)
• Filósofo
• Suas ideias inspiraram a Revolução Francesa e os
processos de independência das colônias do
continente americano.
• Escreveu principalmente sobre a liberdade natural e a
igualdade entre as pessoas.
• O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe
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Kant
• Immanuel Kant (1724-1804/Prússia)
• A crítica da razão pura – limites e aplicações do
conhecimento
• Crítica da razão prática – princípios da ação moral,
a ação do homem em relação aos outros e a
conquista da felicidade.
• Sua obra sobre a moral fundamenta a ética
moderna (moral teórica X moral prática).
• Ao contrário de Rousseau, não concebe a bondade
natural do homem, mas sim a razão como meio para
se tornar bom
• Para Kant, o ser humano é por
natureza egoísta, ambicioso,
destrutivo, agressivo, cruel, ávido por
um prazer que nunca o saciará e pelo
qual matará, mentirá e roubará.
• O dever proposto pela razão é uma
necessidade imperativa para que o
homem se torne um ser moral.
Kant
Hegel
• Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831/Alemanha)
• Principal expoente do idealismo alemão
• Procura explicar o dever imposto pela cultura
• Critica Rosseau e Kant por terem dado mais atenção à
relação entre o humano e a natureza do que à relação
entre o humano e a cultura ou história.
• Para Hegel, as relações sociais e culturais é que
determinam as relações pessoais
• Segundo Hegel, somos seres históricos e
culturais.
• Além de nossa vontade individual
subjetiva, existe uma outra vontade, muito
mais poderosa, que determina a nossa: a
vontade objetiva, inscrita nas instituições,
nos valores sociais, na cultura.
Hegel
NIETZSCHE
• Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900/Alemanha).
• Em 1890 sofre uma crise e passa o resto de sua vida em
hospitais psiquiátricos
• Suas obras têm caráter polêmico e irreverente, e são voltadas
contra a tradição filosófica racionalista
• O fundamento da vida moral não é a razão, mas a emoção
• Nossos sentimentos produzem as normas e os valores éticos
Principais pontos da filosofia moral de 
Nietzsche
I - A moral racionalista foi erguida com finalidade repressora e não para 
garantir o exercício da liberdade humana
II – Essa moral transformou tudo o que é natural e espontâneo nos seres 
humanos em vício, erro, culpa, e impôs a eles, com os nomes de virtude e 
dever, tudo o que oprime a natureza humana
III – Os desejos e vontades referem-se à vida, à força vital, e não ao mal, pois 
este é uma invenção da moral racionalista
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IV – A moral racionalista foi inventada pelos fracos para controlar e
dominar os fortes, cujos desejos, paixões e vontade afirmam a vida,
mesmo na crueldade e na agressividade
V – Transgredir normas e regras estabelecidas é a verdadeira expressão
da liberdade e somente os fortes são capazes dessa ousadia
VI – A vida se manifesta como saúde, vigor e imaginação criadora. Por
isso os fortes
desconhecem medo, remorso e humildade
Principais pontos da filosofia moral de 
Nietzsche
VIII – A moral dos ressentidos, baseada no medo e no ódio à vida (às 
paixões, aos desejos, à vontade), inventa uma outra vida, futura, eterna, 
incorpórea, que será dada como recompensa aos que sacrificarem seus 
impulsos vitais e aceitarem os valores dos fracos;
Principais pontos da filosofia moral de 
Nietzsche
Sartre
• Jean-Paul Charles Aymard Sartre (1905-
1980/França)
• Os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo
na sociedade
• Apoiou causas políticas de esquerda
• A existência precede a essência - o homem
primeiramente nasce e existe, e só depois se define
• Não há natureza humana, e não há um Deus
criador para se conceber
• Se não existe Deus, então tudo é natureza, tudo é
permitido, e o indivíduo pode fazer o que bem entender
• O primeiro esforço do existencialismo é colocar todo
homem no domínio de si mesmo, assumindo total
responsabilidade por sua existência e pela existência
social
Sartre

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