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02/03/2016 1 Ética cristã medieval Contexto histórico • Cristianismo se torna a religião oficial • Mudança da escravidão para a servidão • Sociedade medieval - Organizada em feudos - Organização estratificada da sociedade • A política depende da igreja • Igreja exerce um poder intelectual e espiritual Contexto histórico • O feudo Contexto histórico Rei Alta nobreza: Senhores feudais (duques e condes) e o alto clero (arcebispos e cardiais) Cavaleiros, bispos e monges Camponeses, servos e soldados • Organização social A ética religiosa • Ética crista: - Verdades reveladas a respeito de Deus - Relação Homem x Deus - Modo de vida para obter a salvação • Deus: - Bom - Onisciente - Todo-poderoso - Exige a obediência do homem • O que o homem é se deve a sua relação com Deus • A felicidade se deve a contemplação de Deus • O amor humano fica subordinado do Divino A ética religiosa • Virtudes: 1. Virtudes fundamentais (propostas por Platão): - Relação Homem x Homem Virtudes Razão Vontade Apetite Justiça Prudência Fortaleza Temperança 02/03/2016 2 A ética religiosa • Virtudes: 2. Virtudes supremas ou teologais: - Relação Homem x Deus Virtudes teologais Fé CaridadeEsperança A ética religiosa • Objetivos do cristianismo: - Homem com vida plena e feliz - Sem imperfeições - Desigualdades - Injustiças terrenas - Riqueza moral: Igualdade entre os homens - Todos são iguais diante de Deus - Todos podem alcançar a perfeição e justiça no mundo • Conflito com o mundo social com desigualdade - Divisão entre servos e senhores feudais - A ética cristã não condena essa desigualdade social - Igualdade apenas espiritual A ética cristã filosófica • Cristianismo é uma religião não filosofia • Uso da filosofia para esclarecer e justificar questões teológicas - Filosofia serva da teologia • Herança de Platão e Aristóteles • Surgiram pensadores que conciliaram o estudo da filosofia grega com a fé cristã • Permitindo à igreja enfrentar os descrentes e derrotar os hereges com a argumentação lógica • Abandona-se a ideia de que pela razão se alcança a perfeição moral • A busca da perfeição é centrada no amor de Deus e na boa vontade • Trata a moral do ponto de vista pessoal, como uma relação entre cada indivíduo e Deus • Atribui à subjetividade uma importância desconhecida até aquele momento A ética cristã filosófica Momentos mais importantes da idade medieval • Patrística: - O primeiros padres da igreja, se empenharam na elaboração de textos sobre a fé e revelação cristã - O conjunto destes texto ficou conhecido como patrística - Seu principal expoente foi Santo Agostinho • Escolástica: - No século VIII o imperador Carlos Magno organizou e fundou escolas ligadas as instituições católicas • Adotou-se nessas escolas a educação romana como modelo; • Eram ensinadas matérias gramática, retórica e dialética (o trivium), e geometria, aritmética, astronomia e música (o quadrivium) • Nesse ambiente cultural dessas escolas e das primeiras universidades do século XI, surge a produção filosófica denominada escolástica Herança grega • Os filósofos medievais herdaram alguns elementos da tradição filosófica grega: 02/03/2016 3 São Tomás de Aquino • Recuperou da ética aristotélica a ideia de felicidade como fim último dos homens • Cristianizou essa noção, quando identificou Deus como fonte dessa felicidade. Santo Agostinho • Ética do livre arbítrio • Transformou a ideia de purificação da alma da filosofia platônica • Na ideia de necessidade de elevação ascética para compreender os desígnios de Deus • Tenta explicar como pode existir o mal se tudo vem de Deus – que é bondade infinita. • Livre arbítrio, noção de que cada um pode escolher livremente aproximar-se de Deus ou afastar-se dele. • O afastamento de Deus é o que seria o mal. • Livre-arbítrio é o meio pelo qual o ser humano realiza sua liberdade. • Mas cada indivíduo pode usar bem ou mal esse livre-arbítrio. • Essa escolha individual acentuou o papel da subjetividade humana nas coisas do mundo. Santo Agostinho O dilema da moral cristã: Fé e obediência a Deus x Autonomia e livre-arbítrio • Se o sujeito moral é aquele que se conduz autonomamente (indivíduo com livre-arbítrio), como conciliar a liberdade de escolha com as exigências da vida moralmente correta? • Algumas tentativas de responder a esta questão surgem na Idade Moderna. A modernidade, a razão da existência e o futuro do homem - Desenvolvimento científico - Aparece uma nova classe social: A burguesia - Desaparecimento da sociedade feudal - Surge os grandes Estados modernos - A Igreja Católica perde sua função de guia - Homem como centro da ciência, política, arte e moral - Ética antropocêntrica no mundo moderno Rousseau • Jean Jacques Rosseau (1712-1778/França) • Filósofo • Suas ideias inspiraram a Revolução Francesa e os processos de independência das colônias do continente americano. • Escreveu principalmente sobre a liberdade natural e a igualdade entre as pessoas. • O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe 02/03/2016 4 Kant • Immanuel Kant (1724-1804/Prússia) • A crítica da razão pura – limites e aplicações do conhecimento • Crítica da razão prática – princípios da ação moral, a ação do homem em relação aos outros e a conquista da felicidade. • Sua obra sobre a moral fundamenta a ética moderna (moral teórica X moral prática). • Ao contrário de Rousseau, não concebe a bondade natural do homem, mas sim a razão como meio para se tornar bom • Para Kant, o ser humano é por natureza egoísta, ambicioso, destrutivo, agressivo, cruel, ávido por um prazer que nunca o saciará e pelo qual matará, mentirá e roubará. • O dever proposto pela razão é uma necessidade imperativa para que o homem se torne um ser moral. Kant Hegel • Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831/Alemanha) • Principal expoente do idealismo alemão • Procura explicar o dever imposto pela cultura • Critica Rosseau e Kant por terem dado mais atenção à relação entre o humano e a natureza do que à relação entre o humano e a cultura ou história. • Para Hegel, as relações sociais e culturais é que determinam as relações pessoais • Segundo Hegel, somos seres históricos e culturais. • Além de nossa vontade individual subjetiva, existe uma outra vontade, muito mais poderosa, que determina a nossa: a vontade objetiva, inscrita nas instituições, nos valores sociais, na cultura. Hegel NIETZSCHE • Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900/Alemanha). • Em 1890 sofre uma crise e passa o resto de sua vida em hospitais psiquiátricos • Suas obras têm caráter polêmico e irreverente, e são voltadas contra a tradição filosófica racionalista • O fundamento da vida moral não é a razão, mas a emoção • Nossos sentimentos produzem as normas e os valores éticos Principais pontos da filosofia moral de Nietzsche I - A moral racionalista foi erguida com finalidade repressora e não para garantir o exercício da liberdade humana II – Essa moral transformou tudo o que é natural e espontâneo nos seres humanos em vício, erro, culpa, e impôs a eles, com os nomes de virtude e dever, tudo o que oprime a natureza humana III – Os desejos e vontades referem-se à vida, à força vital, e não ao mal, pois este é uma invenção da moral racionalista 02/03/2016 5 IV – A moral racionalista foi inventada pelos fracos para controlar e dominar os fortes, cujos desejos, paixões e vontade afirmam a vida, mesmo na crueldade e na agressividade V – Transgredir normas e regras estabelecidas é a verdadeira expressão da liberdade e somente os fortes são capazes dessa ousadia VI – A vida se manifesta como saúde, vigor e imaginação criadora. Por isso os fortes desconhecem medo, remorso e humildade Principais pontos da filosofia moral de Nietzsche VIII – A moral dos ressentidos, baseada no medo e no ódio à vida (às paixões, aos desejos, à vontade), inventa uma outra vida, futura, eterna, incorpórea, que será dada como recompensa aos que sacrificarem seus impulsos vitais e aceitarem os valores dos fracos; Principais pontos da filosofia moral de Nietzsche Sartre • Jean-Paul Charles Aymard Sartre (1905- 1980/França) • Os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade • Apoiou causas políticas de esquerda • A existência precede a essência - o homem primeiramente nasce e existe, e só depois se define • Não há natureza humana, e não há um Deus criador para se conceber • Se não existe Deus, então tudo é natureza, tudo é permitido, e o indivíduo pode fazer o que bem entender • O primeiro esforço do existencialismo é colocar todo homem no domínio de si mesmo, assumindo total responsabilidade por sua existência e pela existência social Sartre
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