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CULTURA ORGANIZACIONAL E GESTÃO DE PESSOAS: UMA 
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO 
E TREINAMENTO NA DIFUSÃO DE VALORES 
ORGANIZACIONAIS 
 
João Malavoti Cançado 
Carla Regina de Sousa 
Paulo Ricardo de Mendonça Brandolt 
 
Resumo 
A proposta deste estudo é verificar de que forma a influência dos processos de 
integração e treinamento auxiliam na difusão dos valores organizacionais. Para 
entender como funcionam os processos, foi aplicado em diversas empresas de 
vários segmentos da Cidade de Cachoeiro de Itapemirim/ES, uma pesquisa através 
de um questionário com dez perguntas fechadas. Observou-se na pesquisa que a 
gestão de pessoas (RH), ainda é bastante operacional e pouca estratégica, os 
empresários percebem os profissionais de RH com certa distância, pois o 
profissional tem um forte lado humanístico e que poucas organizações utilizam 
programas para incentivar os colaboradores a terem uma carreira profissional mais 
promissora, ou seja, a médio e a longo prazo, porém o lado humano das 
organizações é facilmente percebido pelos entrevistados. Também observou-se na 
pesquisa que através de reuniões as organizações disseminam seus valores 
respeitando as diferenças entre os diversos grupos na organização. 
1. Introdução 
Considerando que a organização seja um agrupamento de pessoas, os processos 
de gestão dos colaboradores é fundamental para o desenvolvimento da 
organização, visto que tais processos recrutam, selecionam e treinam as pessoas. 
Esta percepção da importância é endossada por Vergara (2000, p.9), quando a 
autora declara que a gestão de pessoas é um tema de muita relevância. Primeiro, é 
no interior das empresas que pessoas ficam a maior parte de suas vidas. Segundo, 
as empresas nada serão se não tiverem pessoas para direcionar seus propósitos, 
definirem as estruturas e processos, estratégias, esforços para administrar os 
recursos financeiros e humanos, estabelecer metas e tantas outras decisões. As 
relações humanas são de suma importância para compreender o mundo dos 
negócios e nele atuar de forma consistente. 
Vista a importância do ser humano no contexto organizacional a gestão de pessoas, 
embora não declare abertamente, tem como um dos propósitos, aprimorar a cultura 
organizacional, pois por se tratar de um sistema de valores compartilhados pelos 
membros que variam de uma organização para outra, este sistema se constitui de 
várias características que deve ser o foco da gestão de pessoas. (ROBBINS, 2004, 
p.239-240) 
Nas últimas duas ou três décadas, o lado humano da empresa tornou-se uma das 
maiores preocupações das organizações. Foram adaptados grandes números de 
diretrizes, programas e práticas que até então eram totalmente desconhecidos. Por 
 
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sorte do empregado, seja ele operário, profissional liberal ou executivo, melhorou em 
muito as condições de trabalho se comparado aos seus antecessores de 1920. Esta 
idéia é confirmada por McGregor (1999, p.51), quando afirma que a organização 
adotou, de modo geral e consistente, um conjunto de valores muito mais humanos, 
esforçou-se, com sucesso, para tratar os seus empregados com mais equidade e 
maior generosidade. 
Dessa forma, o presente artigo tem como proposta de pesquisa responder o 
seguinte problema: qual a influência dos processos de integração e treinamento na 
disseminação dos valores organizacionais? 
Para tanto, tem-se como objetivo geral verificar de que forma a gestão de pessoas 
contribui para o fortalecimento da cultura organizacional. 
2. Revisão Literária 
A partir deste tópico, o presente artigo fará uma abordagem a termos relacionados 
com a cultura organizacional, a gestão de pessoas na organização e a importância 
da influência dos processos de integração e treinamento na disseminação dos 
valores organizacionais, como forma de dar sustentação teórica ao tema proposto. 
2.1. A Cultura Organizacional na Organização 
Ao discorrer sobre cultura, não se deve deixar de falar em sociologia. Afirmar que 
cada povo tem sua cultura, e que por isso são diferentes, é omitir precisamente o 
que queremos entender sobre as diferenças. Discursar que as culturas são únicas e 
irredutíveis é acatar como inevitável a desigualdade e não aceitar o princípio básico 
de que a humanidade é uma só. Marx a Durkheim presumiam no programa de 
pesquisa delineado pelos clássicos da sociologia, que todos os fenômenos humanos 
decorrem e são explicáveis a partir da organização social e da interação entre as 
pessoas na vida familiar, na divisão do trabalho e na ocupação e defesa do espaço e 
território. O programa tinha um conjunto de conceito naturalista e materialista que 
dizia: 
“É a vida cotidiana, em sociedade, que determina as idéias, valores e 
representações, e não o contrário, uma ética democrática e progressista 
(todos os seres humanos são iguais, as diferenças não passam de estágios 
passageiros ou situações desfavoráveis, a caminho de ser superados pela 
marcha inevitável do progresso) e uma epistemologia racionalista (todas as 
manifestações humanas são inteligíveis a partir de um modelo explicativo 
comum)”. (SCHWARTZMAN, 1997, p.45-46) 
Em oposição, as teorias culturalistas, em suas diferentes modalidades, tendiam a 
afirmar o primado do espírito, conduta ou dos valores no esclarecimento dos 
fenômenos humanos, salientando as diferenças inflexíveis entre valores e modelos 
culturais e enfatizando o uso da percepção clara e da empatia, por ação inexplicável, 
para compreender o que de fato ocorre na sociedade. (SCHWARTZMAN, 1997, 
p.45-46) 
O conceito e o termo sociedade são pontos constantes de referência, especialmente 
no que se refere à antropologia social. A cultura é campo específico da antropologia, 
 
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há sempre o questionamento se cultura e sociedade são palavras sinônimas ou tem 
significados diferentes. Os sociólogos se mostram no geral pouco interessados a 
enfrentar o problema, da definição abstrata da sociedade, limitam-se em aspectos 
mais concretos como sistema social, organização social e outros. A distância do 
significado correto ao termo sociedade é muito inexata, pois sociedade é um grupo 
mínimo de uma família, pai – mãe - filho. O sentido e os objetivos das atividades 
deste tipo de sociedade não têm nada em comum. Mas não impele as dificuldades 
semelhantes àquelas que já foram postas em evidência em relação à cultura, pois 
continua a necessidade de tentar uma explicação da diferenciação dos dois 
conceitos. (BERNARDI, 1997, p.33) 
Geralmente quando se fala sobre cultura refere-se ao padrão de desenvolvimento 
refletido no sistema de conhecimento, ideologia, valores e rituais diários de uma 
sociedade. Também é comum ser empregada para se referir ao grau de refinamento 
em sistemas de crenças e práticas, como na noção de “ter cultura”. Cultura tem 
como conceito o significado de diferentes grupos de pessoas com modos de vidas 
diferentes. Portanto é de relevância considerável para nosso melhor entendimento 
nas organizações saber lidar com estas diferenças. (MORGAN, 2002, p.137) 
A vida diária numa sociedade é cheia de crenças, rotinas e rituais peculiares que a 
identificam como uma vida cultural específica quando comparada com a de 
sociedades mais tradicionais. Para Morgan (2002, p.139), por exemplo, em 
comunidades onde as famílias e não as empresas formais são as unidades 
econômicas e produtivas básicas, o trabalho tem um significado completamente 
diferente e freqüentemente ocupa uma parcela menor do tempo de uma pessoa. As 
diferenças entre atividades ocupacionais e outros aspectos da vida social tendem a 
ser menos claras. 
Muito utilizada em comportamento organizacional, a palavra cultura, tem o seguinte 
entendimento segundo os autores Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999), onde 
afirmam que: 
“É utilizada junto com o conceito de cultura organizacional
ou corporativa, 
em conexão com o crescente interesse na diversidade da força de trabalho 
e com respeito a amplas diferenças entre pessoas ao redor do mundo. Os 
especialistas tendem a definir cultura como a forma aprendida e 
compartilhada de fazer as coisas numa determinada sociedade – o modelo 
pelo qual as pessoas comem, vestem-se, cumprimentam-se e se tratam, 
ensinam os filhos, resolvem os problemas diários, e assim por diante. Nós 
não nascemos com uma cultura, e sim em uma sociedade que nos ensina a 
sua cultura. Como a cultura é compartilhada por pessoas, ela ajuda a definir 
os limites entre grupos diferentes”. (SCHERMERHORN, HUN e OSBORN, 
1999, p.42-43) 
Inicialmente para lidar com sucesso com pessoas de diferentes culturas, é preciso 
compreender e entender a nossa cultura. Não estar consciente deste fato pode 
atrapalhar o contato com outras culturas muito diferentes da nossa, neste caso 
precisamos ter sensibilidade. Conhecer bem a cultura ajuda a evitar conflitos que 
surgem geralmente em ambientes multiculturais, internacionais e outros. O primeiro 
conflito é paroquialismo – presumir que a nossa cultura representa a forma única e 
 
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correta de fazer as coisas. A segunda é etnocentrismo – supor que a nossa cultura é 
superior a todas as outras. É paroquial, por exemplo, um americano de negócios 
esperar que todos os seus contatos locais onde estiver viajando se expressem na 
sua língua; é etnocentrismo este mesmo pensar que uma pessoa que come de 
colher, em vez de garfo e faca, não tem boas maneiras. (SCHERMERRHORN, 
HUNT e OSBORN, 1999, p.45-46) 
Para Tavares (apud Prestes, 1998), a cultura dentro da visão antropológica deve ser 
estudada pela relação cultura/biologia/meio ambiente, evidenciando-a perspectiva 
dos sistemas abertos, os quais podem ser analisados sob duas visões: diacrônica e 
sincrônica. Na primeira, a antropologia entende a cultura no decurso do processo 
histórico com um vínculo hereditário social. A sincrônica destaca-se pelo limite no 
tempo e espaço determinando situações, vislumbrando as diferenças culturais e 
subculturais regionais. Em uma análise sintética, a cultura inserida no contexto da 
antropologia caracteriza-se por diferentes linhas de pensamento. Uma visão 
evolucionista, surgida em meados do século XIX juntamente à antropologia social, 
define cultura como um método contextualizado preexistente de novos valores 
agregados que formam processo contínuo na formação cultural, destacando como 
principal representante Edward B. Tylor. Segundo Tylor (apud Crozatti, 1998), o 
sentido etnográfico das culturas e civilizações são todos os elementos que agregam 
o conhecimento, as crenças a arte, a moral, o direito, os costumes e outros atos 
adquiridos pelo homem na sua evolução. 
Na corrente funcionalista, os elementos significativos dos aspectos culturais de uma 
sociedade são representados através de sistemas que identificam traços culturais na 
forma de objetos tangíveis, por meio de instrumentos que representam influenciais 
comportamentais. A linha configuracionista destacou-se pela análise da cultura de 
uma sociedade por meio de teorias dos sistemas, em que a complexidade de 
padrões de relacionamento entre indivíduos desse grupo específico forma a base 
dos diferentes comportamentos analisados, de significados existentes. O 
difusionismo vem abordar interação de artefatos de valores e crenças representando 
maior significado da mudança organizacional. Por último o estruturalismo, assim 
como o configuracionismo, aborda uma visão sistêmica da cultura tendo o conceito 
de troca entre grupos sociais como forma de integração. A figura abaixo aborda a 
cultura dentro da antropologia por meio das visões diacrônicas e sincrônicas e suas 
correntes de pensamento: difusionismo, evolucionismo, funcionalismo, 
configuracionismo e estruturalismo. (CROZATTI, 1998) 
 
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Figura1: Visão Antropológica Cultural 
Fonte: Crozatti (1998) 
2.2. A Gestão de Pessoas na Organização 
Para Carneiro & Boog (1999, p.165-166), a área e a função de Recursos Humanos, 
como o novo papel nas organizações, há muito tem se falado. Entretanto, poucos 
são os sinais de mudança. É de suma importância avançar muito mais rapidamente. 
A “função” RH não é responsável sozinha pelas relações entre organização e seus 
funcionários, é dever de todos que nela trabalham, para desenvolver um processo 
extremamente interativo. Portanto não se deve entender o papel de RH como uma 
responsabilidade limitada a uma pequena área específica da organização. Uma 
outra maneira de entender é dizer que a área financeira é responsável isoladamente 
de uma controladoria. A responsabilidade pela saúde financeira da organização é 
dever de todos, utilizando adequadamente os recursos dessa natureza para 
viabilizar e alcançar o objetivo comum, projetando externamente uma melhor 
imagem. 
Segundo Carneiro & Boog (1999, p.165-166), a visão holística nas organizações, 
apresentam-se da seguinte forma: 
 “Essa visão holística da organização, em que todos são interativamente 
responsáveis pelos seus resultados, está totalmente coerente e 
convergente com as concepções atuais que estão mudando completamente 
a configuração das relações de trabalho (relação estas vistas de maneira 
mais ampla) nas organizações - a visão da própria pessoa como um ser 
holístico, a participação responsável, a democratização das informações, a 
busca de objetivos comuns, a valorização e o respeito pelo indivíduo e 
outros. A máxima é inexorável – “não mudou, dançou”. Essa mudança deve 
começar pelo próprio nome da área: “Recursos” soa como algo que se 
compra e se utiliza na medida dos seus benefícios até sua exaustão ou 
obsolescência, para em seguida ser descartado. Definitivamente, não é o 
caso de pessoas, que são a essência das organizações, não somente a sua 
finalidade ou muito menos seus meios”. (CARNEIRO & BOOG, 1999, p.166) 
Diacrônica 
Difusionismo 
Cultura 
Visão Antropológica 
 
Sincrônica 
Evolucionismo 
Funcionalismo 
 
Estruturalismo 
Configuracionismo 
 
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O nome “Gestão de Pessoas” vem dar um sentido mais amplo e ao mesmo tempo 
uma visão humanística da área, e muitas organizações já estão aderindo a essa 
denominação para, por exemplo, “Patrimônio Humano” e “Talentos Humanos”, o que 
dá um significado muito mais adequado ao nome da área. Outro ponto importante 
pode-se dizer também, é a transformação no papel da função de Gestão de 
Pessoas, que passa por uma transição total, deixando de ser centralizada e 
centralizadora, passando para descentralizada, e a ter uma função mais orientadora 
“desempenhando a liderança” na organização no que diz respeito às relações de 
trabalho. (CARNEIRO & BOOG, 1999, p.166) 
Segundo Marras (2005, p. 118-119), toda organização, em sua estrutura orgânica, 
possui uma área específica, cuja incumbência consiste em responsabilizar-se pela 
administração dos trabalhadores. Esse papel, inicialmente restrito às questões 
puramente contábeis, embora ainda evidenciado, foi se expandindo ao longo dos 
tempos, em concordância com as necessidades das empresas e também dos 
trabalhadores. No Brasil, essa trajetória deixou marcas numa história de gestão que 
teve início no século XX. Para Albuquerque (1988), essa evolução dividiu o universo 
histórico da área de pessoal em quatro fases, a saber: 
A seguir o quadro explicita e resume, na opinião do citado autor, as principais 
características de cada fase em particular. 
Quadro1: Evolução da administração de recursos humanos no Brasil – século XX 
Fase pré-histórica 
(1900-1930) 
Fase jurídico-trabalhista 
(1930-1950) 
Fase tecnicista 
(1950-1965) 
Fase administrativa 
(1965-....) 
Ausência de legislação 
trabalhista. 
Execução de funções 
“protocolares”, como 
registro
de pessoal e 
folha de pagamento. 
Surgimento do “guarda-
livros”. 
As atividades de 
pessoal são exercidas 
por um departamento 
que comporta, também, 
outras funções de 
apoio, como material, 
contabilidade e 
expediente. 
Execução das 
atividades de pessoal 
centralizada nas mãos 
dos proprietários das 
empresas. 
Intervenção do Estado 
como regulador das 
relações entre empregados 
e empregador. 
Criação do Ministério do 
Trabalho e Departamento 
Nacional do Trabalho. 
Criação das bases do 
sindicalismo brasileiro, 
vinculado ao Ministério do 
Trabalho. 
Elaboração da 
Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT). 
Surgimento da Seção de 
Pessoal e cargo de Chefe 
de Pessoal. 
Substituição do Chefe de 
Pessoal pelo Administrador 
de Pessoal. 
Surgimento de novos 
métodos: descrição de 
cargos, avaliação de 
desempenho, pesquisa 
salarial. 
O Administrador de 
Pessoal passa a contar 
com a assistência de um 
advogado na execução de 
suas atribuições. 
O Administrador de 
Pessoal deve possuir 
domínio amplo de 
conhecimentos 
psicológicos, sociológicos, 
estatístico, pedagógicos e 
administrativos. 
Utilização crescente de 
técnicas importadas dos 
EUA e da Europa. 
Substituição do 
Administrador de 
Pessoal pelo 
“Gerente de Relações 
Industriais” ou pelo 
Gerente de Recursos 
Humanos”. 
Advento da 
abordagem sistêmica 
em Recursos 
Humanos, integrando 
os enfoques 
administrativos, 
estruturalista e 
comportamental. 
Eclosão de novos 
movimentos sindicais 
(1978). 
Tendência à 
abordagem 
participativa em 
Recursos Humanos. 
Fonte: Albuquerque (apud Marras, 2005, p.119) 
 
7 
 
 
Na terceira fase, denominada de “Tecnicista” (1950-1965), seguindo a linha de 
pesquisa de Albuquerque, o perfil do profissional de RH iniciou sua transformação 
histórica. A partir de então, configurou-se o manager, com uma visão diferente dos 
perfis anteriores. Surge, assim, o primeiro e verdadeiro administrador de pessoal. 
Neste momento as organizações passaram a valorizar, nos seus processos 
seletivos, profissionais com históricos escolares mais amplos para exercer a função 
de gerir o pessoal e já começaram a aceitar a importância de profissionais com leve 
visão humanista, como fator primordial para exercer as mencionadas funções. Foi 
nessa fase que um fato histórico transformou o Brasil e o perfil desse subsistema 
organizacional. A indústria automobilística, seduzida pelo então presidente da 
República Juscelino Kubitscheck de Oliveira, instalou-se no estado de São Paulo, na 
região do ABC paulista, trazendo em seu interior um conjunto de valores culturais 
até então desconhecidos e, por conseguinte, não praticados pelas nossas 
organizações. Foi assim que as empresas empregaram à função de Departamento 
de Pessoal uma série de novas atividades, como subsistemas de RH prestadores de 
serviços. Essa transformação elevou o status dessa área, que até então não era 
visualizada, ficando na melhor das hipóteses, na terceira linha hierárquica dos 
organogramas organizacionais, sendo tão-somente uma seção (DP ou departamento 
pessoal). A partir da mudança houve uma elevação súbita ao nível gerencial, 
assumindo uma responsabilidade não mais apenas operacional, mas dai em diante, 
também tática. (MARRAS, 2005, p. 120) 
Para Marras (2005, p.132-133), os empresários ainda mantêm certa distância com 
relação aos profissionais de RH. Essa “distância” está explicada pela típica postura 
de humanismo, representada pelo profissional. E não haveria de ser diferente: o 
empresário, embora como foi dito que o seu trabalhador é visto como a possível 
solução para alcançar metas e objetivos, permanece muito mais arraigado à visão 
tecnicista disseminada por Taylor e Fayol. Aqueles empresários que embora à frente 
de suas companhias ainda teimam em visualizar o seu colaborador por uma ótica 
simplista e míope. Porém, na outra ponta da linha, existem empresários cuja visão 
ultrapassa as fronteiras e deixam claro em suas declarações que o futuro das 
organizações está alavancado pelas pessoas, como fez o ex-ministro e hoje 
empresário Oziris Silva ao afirmar: 
“A missão é bem complexa. Eu criei agora uma nova empresa de 
biotecnologia, e estou selecionando o homem de RH. Tenho todas as 
posições preenchidas, menos a do RH, porque realmente é muito difícil 
encontrar a pessoa adequada, que possa exercer essa tarefa. Eu insisto 
sempre que a área de RH é uma das mais importantes, logo depois da de 
Vendas. Nada acontece de importante na empresa senão depois da venda. 
Mas mesmo o processo de venda depende do RH”. (MARRAS, 2005, p. 
133) 
Os processos de gestão de pessoas (recursos humanos) têm como principais 
atributos nas organizações de um modo geral: recrutamento e seleção, 
remuneração; cargos e salário, benefícios, treinamentos e outros. 
Para fins deste trabalho, o foco será em Treinamento e Desenvolvimento, que será 
melhor detalhado no tópico a seguir. 
 
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2.3. Treinamento e Desenvolvimento na Organização 
Ensinar pessoas a fazer algo novo existe desde que o mundo é mundo. Na verdade, 
é um mecanismo muito importante à sobrevivência da espécie. O que essa frase 
carrega de lugar-comum ela carrega também de verdade; da mãe que ensina seu 
filho a andar ou a pronunciar o tão esperado “mãn-mãn” (que aos ouvidos mais 
“preparados” da mãe soará como mamãe) ao professor de Havard que tenta fazer o 
executivo da multinacional aplicar o último (e certamente o “melhor”) sistema de 
tomada de decisões estratégicas, todos estão treinando alguém. Treinar vem do 
latim trahëre, significando trazer/levar a fazer algo. (CARVALHO & BOOG, 1999, 
p.127) 
Carvalho (1999, p.127), faz uma análise da concepção tradicional de T&D e introduz 
uma nova proposição que possa integrar serviços na empresa como vantagem 
competitiva de nossas organizações, quando afirma que: 
“O conceito, quer ele seja ou não do conhecimento de quem o utiliza, é 
simples: usando métodos mais ou menos sistemáticos, levar alguém a ser 
capaz de fazer algo que ele nunca fez antes, e fazê-lo sem a assistência de 
quem ensina. Essa conceituação, ainda que simples, contém elementos 
essenciais que ao longo da história vêm tomando formas diferentes e sendo 
executados por atores diversos: é preciso saber o que queremos que 
alguém aprenda, diagnosticar que alguém precisa aprendê-lo, preparar 
situações que possibilitem o aprendizado, verificar os resultados”. 
(CARVALHO & BOOG, 1999, p. 127) 
Uma situação incentivadora da motivação para o trabalho é a possibilidade, por 
parte do colaborador, de poder visualizar – a médio e longo prazo – uma trajetória 
ascendente na sua carreira profissional. Especificamente a possibilidade de aderir 
maiores conhecimentos, desenvolver suas habilidades e delegar suas atitudes. Em 
outras palavras desenvolver-se profissionalmente para assim poder ascender 
socialmente. Na década de 1990, foi criada uma lei que incentivava as empresas a 
investir em treinamento. Nesta época a massa de trabalhadores brasileiros elevava 
progressivamente o seu potencial de capacidade laboral – em termos quantitativos e 
qualitativos – aproximando-se dos níveis médios dos seus colegas europeus e 
americanos. Empresas como a Nestlé, por exemplo, implantaram CTs (Centro de 
Treinamentos) super modernos - modelos mundiais – para preparar e desenvolver 
seus trabalhadores, onde teve o cuidado de manter toda característica para deixar 
os trabalhadores bem à vontade, construindo bibliotecas, salas de aula 
modernamente equipadas, alojamento cinco-estrelas para os treinandos e locais de 
lazer de última geração. Contudo, no mesmo ano, o então presidente da República, 
Fernando Collor de Melo, aboliu a lei fazendo com que a qualificação, a formação e 
a especialização da
mão-de-obra no Brasil sofressem um repentino estancamento. 
(MARRAS, 2005, p. 172-173) 
Especificamente nas organizações ocidentais, o termo passou a designar o processo 
de capacitar pessoas, que consiste em habilitar, tornar a pessoa capaz para 
compreender e desenvolver uma determinada atividade, diferente de treinamento 
que tem sido entendido como preparar uma pessoa para desempenhar tarefas 
especificas, como por exemplo, adestramento para executar as tarefas exigidas por 
um posto de trabalho, definido por quem projetou/organizou a fábrica, a fazenda, o 
 
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órgão público, o banco e outros. A idéia casou muito bem com o princípio da divisão 
do trabalho em pequenos conjuntos de tarefas proposto por Adam Smith (e 
canonizado por Taylor e Ford), na medida em que o homem é visto como mais uma 
peça a ser moldada para completar o ciclo de produção (ou melhor, para substituir o 
que ainda não se conseguiu fazer por meio de uma máquina). Como essa peça é 
preparada, o processo de treinamento ganha relevância; no início exercido por 
engenheiros conceptos, mais tarde por operários ou supervisores mais experientes, 
rapidamente chegamos aos especialistas em treinamento e desenvolvimento. 
(CARVALHO, 1999, p. 127) 
Despreparado para desempenhar suas tarefas e responsabilidades, o colaborador é 
fonte de inúmeros problemas, como: i) acidentes no trabalho; ii) desperdício de 
matéria-prima e material de consumo; iii) máquinas e equipamentos danificados; iv) 
conflitos e desentendimentos com colegas e lideranças; v) produtos ou serviços de 
baixa qualidade; vi) quantidade insuficiente de produção; vii) custos elevados; viii) 
excessiva dependência do líder; ix) reclamações de clientes; outros. (CARVALHO, 
1999, p.127) 
Para contornar tantas preocupações e danos, as organizações precisam projetar 
seus sistemas de treinamentos antes dos colaboradores iniciarem o serviço. Esta 
medida impede que o colaborador comesse suas tarefas despreparado e seja 
influenciado por colegas não habilitados para ensinar, evitando assim trabalho 
insatisfatório e baixa motivação da mão-de-obra. Assim, sistemas estruturados de 
treinamento no ambiente de trabalho, planejados para obter resultados satisfatórios 
com gestores e instrutores devidamente capacitados para treinar, têm surgido com a 
mesma rapidez das mudanças econômicas e tecnológicas. A oficialização do 
treinamento em serviço presumiu-se na hipótese de que as habilidades prementes à 
execução de tarefas podem ser aprendidas com mais eficiência por meio de 
métodos formais de treinamento de mão-de-obra. (PINTO, 1999, p. 399-400) 
Segundo Pinto (1999, p. 400), os sistemas de instrução de trabalho seguem de uma 
forma geral, o seguinte esquema: 
I. Análise do trabalho: focaliza a seqüência do trabalho (encadeamento de 
tarefas), a importância de cada fase operacional, instrumentos e 
equipamentos necessários para sua execução. Isto é feito por meio de 
observação metódica acompanhada de entrevistas com executores e 
respectivas chefias. 
II. Descrição do trabalho: identifica e descreve as tarefas e responsabilidades de 
determinado posto de trabalho; deve ser clara e concisa. 
III. Desenvolvimento de padrões de desempenho do trabalho: explicita o 
resultado ideal para cada tarefa em relação a determinadas categorias, tais 
como: quantidade, qualidade, tempo de execução e outros. 
As três etapas são primordiais na elaboração de um programa de treinamento. 
Também é importante complementar o esquema analisando o treinamento no que 
diz respeito aos conhecimentos e habilidades anteriores, dos treinandos qual o grau 
 
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de motivação para com o ambiente de trabalho a realizar futuras perspectivas de 
melhoria na organização. (PINTO, 1999, p.400) 
Todas as organizações modernas dispensam atenção aos seus colaboradores tanto 
quanto aos seus clientes/usuários. Percebem a importância de mecanismos de 
criação e manutenção de clima organizacional produtivo e de conseguir a adesão 
dos colaboradores às suas metas e resultados. As questões de competitividade e 
subsistência da organização, como produção, custos e qualidade, são reflexos 
associados ao envolvimento, participação nas decisões e nos resultados, 
repercutindo diretamente na qualidade de vida no trabalho, no treinamento e 
desenvolvimento. O empregado hoje precisa ser visto como um colaborador e que 
seu êxito como profissional tem relação direta com o sucesso da organização. 
(ZAKIR, 1999, p. 439) 
Com base na revisão literária, em que a argumentação teórica objetiva condições 
para elaboração da pesquisa de campo, o tópico a seguir irá apresentar a 
metodologia que se utilizará para confrontar a teoria pesquisada com a prática, 
apresentando, dessa forma, a realidade de algumas empresas. 
3. Metodologia do Trabalho 
Num primeiro momento, o presente artigo concentrou-se na pesquisa bibliográfica 
como pré-requisito para a sustentação teórica do tema proposto. Segundo Gil (1999, 
p.65), pesquisa bibliográfica é desenvolvida com a seleção dos materiais coletados, 
constituído principalmente de livros e artigos científicos e outros. Embora em quase 
todas as pesquisas seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há estudos 
desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. 
A pesquisa bibliográfica habilitou-nos a construção de um questionário que fosse 
capaz de captar a aplicabilidade dos temas propostos no âmbito das organizações, 
uma vez que este trabalho tenha optado por um estudo de campo. 
No que diz respeito ao questionário (ver anexo), o mesmo foi desenvolvido com um 
total de dez perguntas, que com respostas fechadas possibilitou a mensuração das 
mesmas com a utilização do aplicativo da Microsoft® Excel/2007. Segundo Gil 
(1999, p.72), os estudos de campo apresentam semelhanças com os levantamentos. 
Porém o diferença entre os dois aspectos consistem. Primeiro um procura ser 
representativo de um universo, enquanto o segundo procura mais aprofundamento 
das questões propostas. 
O questionário foi aplicado na Cidade de Cachoeiro de Itapemirim-ES, no período de 
10/2009 a 11/2009 para um grupo de empresas dos mais diversos setores, cujos 
representantes possuem cargos superiores e ou supervisores. 
Os resultados encontrados na pesquisa realizada são apresentados e comentados a 
seguir: 
 
 
11 
 
 
4. Resultado da Pesquisa 
A partir deste, o presente artigo apresentará as respostas com resultados mais 
significantes obtidas na aplicação do questionário junto às empresas. 
4.1. A cultura organizacional e a gestão de pessoas (RH) 
Uma das perguntas feita aos entrevistados teve por objetivo verificar a importância 
da cultura organizacional e a gestão de pessoas (RH), como influenciador nos 
processos de integração e treinamento na organização. 
O gráfico abaixo apresenta os resultados obtidos. 
 
Gráfico 1: Cultura organizacional e a gestão de pessoas 
 Fonte: Os autores. 
Conforme se observa no gráfico 1, a grande maioria dos entrevistados 60% 
consideram freqüentemente a cultura organizacional e gestão de pessoas como 
influenciador nos processos de integração. Isto vem confirma o que Carvalho (1999, 
p.127), diz que “o conceito, quer ele seja ou não do conhecimento de quem o utiliza, 
é simples: usando métodos mais ou menos sistemáticos, levar alguém a ser capaz 
de fazer algo que ele nunca fez antes, e fazê-lo sem a assistência de quem ensina. 
Essa conceituação, ainda que simples, contém elementos essenciais que ao longo 
da história vêm tomando formas diferentes e sendo executados por atores diversos: 
é preciso saber o que queremos que alguém aprenda [...]”. 
4.2. A importância do ser humano no contexto organizacional 
Outra pergunta feita aos entrevistados teve por objetivo verificar a importância da 
disseminação dos valores compartilhados
como aliado para fortalecimento da cultura 
organizacional. 
 
12 
 
 
 
 Gráfico 2: A importância do ser humano no contexto organizacional 
 Fonte: Os autores. 
 
De acordo com o gráfico 2, é possível constatar que 80% das empresas dão maior 
importância aos valores disseminados através de reuniões e 20% através de 
palestras. Neste caso observa-se a importância das reuniões para melhor 
disseminar os valores das empresas. 
4.3. O lado humano das empresas nas últimas décadas 
Esta pergunta do questionário teve por objetivo verificar com que freqüência as 
organizações se preocupam com o lado humano dos colaboradores. 
 
 Gráfico 3: O lado humano das empresas nas últimas décadas 
 Fonte: Os autores. 
Conforme se observa no gráfico 3, 70% dos entrevistados consideram 
freqüentemente o lado humano das empresas uma grande preocupação e somente 
30% consideram parcialmente. Esta idéia é confirmada por McGregor (1999, p.51), 
quando afirma que a organização adotou, de modo geral e consistente, um conjunto 
de valores muito mais humanos, esforçou-se, com sucesso, para tratar os seus 
empregados com mais equidade e maior generosidade. 
4.4. Estrutura de funções e planejamento estratégico a longo prazo 
Outra pergunta do questionário teve por objetivo verificar se as organizações tem 
planejamento estratégico a longo prazo para estruturar as funções e obter 
colaboradores bem treinados. 
 
13 
 
 
 
 Gráfico 5: Estrutura de funções e planejamento estratégico a longo prazo 
 Fonte: Os autores. 
Conforme se observa no gráfico 5, a grande maioria dos entrevistados, ou seja, 70% 
consideram que as organizações fazem planejamento estratégico a longo prazo para 
estruturar suas funções e ter colaboradores bem treinados e apenas 30% 
consideram parcialmente freqüente. Para Marras (2005, p.172-173), uma situação 
incentivadora da motivação para o trabalho é a possibilidade, por parte do 
colaborador, de poder visualizar – a médio e longo prazo – uma trajetória 
ascendente na sua carreira profissional. Especificamente a possibilidade de aderir 
maiores conhecimentos, desenvolver suas habilidades e delegar suas atitudes. Em 
outras palavras desenvolver-se profissionalmente para assim poder ascender 
socialmente. 
4.5. Cultura organizacional e a importância de lidar com grupos 
diferentes 
Finalizando o questionário a ultima pergunta teve por objetivo verificar se as 
organizações se preocupam com as diferença e sabem perceber está diferença 
como modo de vida. 
 
 Gráfico 6: Cultura organizacional e a importância de lidar com grupos 
 diferentes 
 Fonte: Os autores. 
Conforme se observa no gráfico 6, 60% das pessoas entrevistadas consideram que 
as organizações sempre percebem as diferenças e 40% às vezes percebem. Para 
Schermerrhorn, Hunt e Osborn (1999, p.45-46), inicialmente para lidar com sucesso 
com pessoas de diferentes culturas, é preciso compreender e entender a nossa 
cultura. Não estar consciente deste fato pode atrapalhar o contato com outras 
 
14 
 
 
culturas muito diferentes da nossa, neste caso precisamos ter sensibilidade. 
Conhecer bem a cultura ajuda a evitar conflitos que surgem geralmente em 
ambientes multiculturais, internacionais e outros. 
5. Conclusão 
A Gestão de Pessoas tem como proposta principal influenciar na disseminação dos 
processos de integração, treinamento e desenvolvimento, valorizando a importância 
do ser humano no contexto organizacional e o fortalecimento da cultura. Nas ultimas 
décadas o lado humano tornou-se uma das maiores preocupações nas empresas, 
com isto a área de Gestão de Pessoas vem trabalhando em conjunto com diversas 
áreas para verificar quais os tipos de treinamento e desenvolvimento são 
necessários. Outro ponto importante é a estruturação das funções na organização 
buscando aprimorar os conhecimentos dos colaboradores, através de planejamentos 
a médio e a longo prazo. 
Na pesquisa realizada, percebeu-se que a Gestão de Pessoas ainda é muito 
operacional, precisando urgentemente se tornar estratégico, para com isso procurar 
desenvolver programas de incentivos a motivação para o trabalho, que visem à 
ascensão dos colaboradores na empresa, com programas de gestão de carreiras e 
ou cargos e salários. Desta forma observou-se, no presente artigo, que muito ainda 
tem-se a fazer para que os processos de integração e treinamento se tornem 
instrumentos eficazes de difusão dos valores organizacionais. 
Este artigo contribuiu para a literatura na área de Administração, pois mostrou que 
nas empresas entrevistadas na região, existem grandes necessidades de pesquisa 
para explorar e contribuir com as melhores práticas de administração de pessoas, 
processos de integração e treinamento na difusão dos valores organizacionais. No 
entanto, teve como limitação o pouco tempo de exploração dos dados, o que 
impossibilitou uma análise mais apurada do tema explorado. 
Sugere-se que, em pesquisas posteriores, sejam estudados temas relacionados à 
importância do capital intelectual para fortalecimento da cultura organizacional. 
6. Referências 
BERNARDI, Bernardo. Introdução aos estudos etno-antropológico. Lisboa: 
Edições 70, 1997, p. 33. 
CARNEIRO, C. & BOOG, Gustavo G. Manual de treinamento e 
desenvolvimento - ABNT. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 1999, p.165-166, 
Capítulo 9 – T&D e a estratégia de recursos humanos. 
CARVALHO, Luiz Carlos F. de. & BOOG, Gustavo G. Manual de 
treinamento e desenvolvimento. - ABNT. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 
1999, p.127, Capítulo 7 T&D estratégicos. 
CROZATTI, Jaime. Modelo de gestão e cultura organizacional - conceitos 
e interações. Revista contabilidade e finanças, FEA/USP, v.10, n.18, 
maio/agosto 1998. 
 
15 
 
 
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São 
Paulo: Atlas, 1999, p.65,72. 
MARRAS, Jean P. Gestão de pessoas. São Paulo: Futura, 2005, p.118-119, 
120, 132-133, 172-173. 
MCGREGOR, Douglas. O lado humano da empresa. 3ª ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 1999, p.51. 
MORGAN, Gareth. Imagens da organização. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2002, 
p.137, 139. 
PINTO, Osmar de P. & BOOG, Gustavo G. Manual de treinamento e 
desenvolvimento. ABNT. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 1999, p. 399-400, 
Capítulo 19 Técnicas de aprendizagem em ação. 
PRESTES, João Maria. A cultura organizacional como estratégia de 
controle administrativo: Um estudo comparativo de casos. Dissertação de 
Mestrado do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração da 
Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 1998. 
ROBBINS, Stephen P. Fundamentos do comportamento organizacional. 
7ª ed. São Paulo: Prentice, 2004, p. 239-240. 
SCHERMERHORN, John R. Jr., HUNT James G., OSBORN Richard N. 
Fundamentos de comportamento organizacional. 2ª ed. Porto Alegre: 
Bookman, 1999, p.42-43, 45-46. 
SCHWARTZMAN, Simon. A redescoberta da cultura. São Paulo: Fapesp, 
1997, p. 45-46. 
TARIFA, Marcelo R. Cultura e comportamento nas práticas de 
controladoria empresarial: Estudo de caso em uma companhia de café 
solúvel do norte do Paraná, lattes.cnpr.br/3993007378116090, p.3-4. 
VERGARA, Sylvia C. Gestão de pessoas. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000, p.9. 
ZAKIR, Zilma Aparecida N. & BOOG, Gustavo G. Manual de treinamento e 
desenvolvimento. ABNT. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 1999, p. 439, 
Capítulo 21 O novo funcionário.

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