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Resumo O Segredo de Luisa

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UNIVERSIDADE PAULISTA
 INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
LIVRO O SEGREDO DE LUÍSA
UNIP- Cidade Universitária - São Paulo – SP / 2016
O SEGREDO DE LUÍSA
Resumo do Livro “O Segredo de Luísa”. Escrito por Fernando Dolabela - Trabalho apresentado como exigência para o 2º semestre de 2016, do curso de Empreendedorismo e Negócios da Universidade Paulista, Campus Cidade Universitária sob orientação do Professor Carlos Alberto.
UNIP- Cidade Universitária - São Paulo – SP / 2016
 “O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu sonho em realidade” 
(Fernando Dolabela, 2006, 30 Ed. Rev., pg.29)
RESUMO
O trabalho tem como objetivo esclarecer pontos importantes do empreendedorismo, demonstrar a características de um empreendedor e os passos que um ele deve seguir para tornar seus sonhos em realidade. Para elucidar o assunto será contada a história de Luísa, uma jovem que abandona uma vida estável e previsível para realizar seu grande sonho de se tornar empreendedora, fabricando goiabada cascão, enfrentando desafios para alcançar o sucesso, a ponto de solidificar-se no mercado, chegando a importar e exportar seus produtos.
PALAVRA CHAVE: Empreendedorismo; solidificar-se no mercado;
SUMÁRIO
Introdução										5
I. A Motivação e o Perfil do Empreendedor					6
II. A Validação de Uma Ideia							9
III. O Empreendedor Busca Ajuda						15
V. A busca de recursos para implementação da empresa		19
VI. A consolidação								22
Considerações Finais								25
Referência Bibliográfica								26
Anexo
Figura 1 - Organograma GMA e Segmentação da empresa		13
		
INTRODUÇÃO
Este trabalho trata uma visão clara do que é o empreendedorismo, suas principais características e quais os passos que o pré-empreendedor deve seguir para alcançar o sucesso.
Contaremos a história de Luísa, uma jovem de 20 anos que decidiu abrir mão de uma carreira brilhante de dentista, para tornar-se uma grande empreendedora, passando pelas frustrações do percurso, planos, metodologia e sonho de uma maneira emocionante.
A MOTIVAÇÃO E O PERFIL DO EMPREENDEDOR
Um empreendedor é um Agente de mudanças. Ele está relacionado como “Motor da economia”, pois tem papel fundamental para a sociedade e para o PIB de um país.
Todos podem tornar-se empreendedores através de relações primárias, secundárias ou terciarias, inspirando-se em alguém próximo ou mesmo da família. O empreendedorismo existe desde sempre! E está relacionado a todas as áreas, tanto pessoal, quanto profissional, porém, alguns desenvolvem este dom de maneira eficaz, outros somente são eficientes e outros mantêm este dom, apesar da vontade de empreender, intrínseco. O desenvolvimento deste dom depende muito do ambiente que o futuro empreendedor se instala, é necessário que ele tenha autonomia, liberdade para pensar, formular seus sonhos inovando tudo ao seu redor e torná-los realidade. Os empreendedores que o desenvolvem tanto de maneira voluntária, quanto involuntária fazem uma junção deste dom com ética, experiências próximas e metodologias de administração para fortalecer o conhecimento e aprender novas direções e aperfeiçoar conhecimentos já existentes. Geram grandes valores e heranças sociais, ou seja, valores positivos para a coletividade em todos os sentidos. Eles transformam ideias!
 	Uma das melhores armas contra o desemprego, o empreendedorismo contribui para o bem-estar social do local que em que o empreendedor habita, trazendo sempre inovações para todos os âmbitos onde pretende agir gerir.
Luíza, 20 anos, noiva, universitária, cursando o quinto ano de Odontologia, nascida em Ponte Nova e atualmente, devido à faculdade, moradora de Belo Horizonte. Vindo de uma família de comerciantes, funcionários públicos e uma empreendedora, com carreiras de sucesso, ela almejava um futuro confortável no curso que escolhera junto aos pais. Como estava em Belo Horizonte, auxiliava sua Madrinha Fernanda, a única empreendedora da família, muito bem-sucedida, independente, em sua loja nos períodos de férias da faculdade atendendo o balcão e fazendo a alegria dos que moravam na cidade, já que possuía um charme e uma Belém diferente que chamava a atenção. 
Sua madrinha tinha tino para o empreendedorismo, sabia unir o útil ao agradável, além de ter ideias que agradassem os clientes e que eram inovadoras a ponto de cobrir com um produto, outro que estava servindo gratuitamente. Soube fazer nome, pois enxergou mais além, unindo e atraindo as classes influentes da cidade, fazendo com que a indicação fosse o ponto forte do negócio, além de variar seus serviços, tornando – os multifuncionais, o que atende muito mais público do que apenas um segmento. Além de seu estabelecimento “Sereia Azul” que se tornara ponto de encontros, investirá em outros negócios, como a fazenda de café criação de porcos e a culinária, produzia goiabadas, a qual presenteava amigos e forasteiros, uma maneira de fidelizar a clientela. Ela se adaptou ao local e se estabeleceu de maneira a compreender o que o os clientes desejavam e a ser neutra em situações onde deveria cativar a todos sem nenhuma objeção.
Luísa estava sempre atenta aos acontecimentos, gostava de aprender com as experiências das pessoas, a curiosidade aguçada a fazia bater papos longos sobre diversos assuntos com as pessoas e essas informações e troca de experiências a fazia bem e lhe traziam uma emoção e empatia sem igual, conseguia assimilar e encontrar soluções práticas e rápidas com facilidade. “Quando não estava atendendo o balcão, estava na cozinha. Cozinhar era um de seu hobbys favoritos. 
No balcão acompanhando as atividades da tia, sentia alegria em atender os clientes, receber seus pagamentos e sentir a evolução dos negócios, isso faz com que começasse a pensar em algo que pudesse ter e chamar de seu. Suas ideias emergentes começavam a se interligar e ela percebeu que poderia agregar ao que gosta comercializá-lo e vender.
Numa noite estava com um colega de faculdade em sua residência quando lhe ofereceu um pouco da goiabada cascão produzida por Fernanda. Seu amigo extasiado com o sabor e qualidade pediu a Luísa que lhe desse um pouco para levar para a mãe, ela concedeu e ele foi embora muito feliz. 
Passou a noite em claro tentando compreender o que a goiabada causou nele para que implorasse por aquele pedaço que sobrará e como num estalar de dedos, percebeu que poderia fazer deste produto uma grande oportunidade de negocio.
Luiza deixou seu dom de ser empreendedora florescer, espelhou-se em sua tia e madrinha Fernanda, por conta da relação primaria que tinham (Família, um empreendedor espelhando em suas gerações) sendo o empreendedorismo cultural, influenciou-se e apaixonou-se pelo sonho de ser uma “Agente de mudanças” e transformar o mundo. Tinha anseio por aprender sobre o ramo de goiabada cascão, pois vislumbrou que este seria um ramo de sucesso já que percebeu que o produto atendia a necessidade dos clientes, além de verificar que atraia públicos consideráveis. Discretamente, pois tinha uma noção interna de sucesso, pesquisou durante dois anos sobre o assunto, a praça onde começaria a empreender, o público, o produto em si e enquanto amadurecia a ideia, sonhava com os lucros que poderá obter. Dividiu seus sonhos com uma colega intima da faculdade e foi percebendo que dali em diante sua vida mudaria e que teria grandes decisões a tomar quanto ao seu futuro nos estudos e na vida amorosa, porém estava disposta a batalhar por esse sonho que fazia seu coração pulsar velozmente.
Decidiu depois de muito pensar em compartilhar seus sonhos com sua madrinha, para amadurecer e tornar real sua ideia. Conversaram sobre suas estratégias, afinal empreendedores sonham e como Fernando Dolabela diz: “transformam o sonho em realidade”. No começo foi difícil convencer a tia deque era uma boa ideia modificar todo o seu futuro, porém, com jeitinho, muito doce e refrigerante na madrugada já obtinha um retorno positivo e uma promessa de ajuda de Fernanda.
A VALIDAÇÃO DE UMA IDEIA
Luísa, muito ansiosa decidiu adiar suas férias com o noivo e a família em Ponte Nova. Estava extasiada com as ideias sobre a oportunidade de ter um negocio próprio que desejava arregaçar suas mangas e trabalhar neste projeto que lhe deixava emocionalmente feliz. A família achou a atitude estranha, principalmente seu noivo que há tempos estava com pensamentos negativos e desconfiados a respeito dela, porém, nada a segurou no local. Percebendo a estranheza do povo, Para não desapontar totalmente a família e não causar falatórios incipientes decidiu concluir o curso de odontologia, mesmo não seguindo a carreira.
	Na conversa com a madrinha, ela com sua experiência no ramo aconselhou que Luísa procurasse pessoas que entendem do assunto e que pudessem conversar. Um colega de faculdade lhe indicou o professor Pedro, ele lecionava computação, porém tinha grandes interesses sobre o assunto de empreendedorismo, por esse motivo criara um curso de Empreendedorismo onde poderia acompanhar sua paixão pelo assunto e repassar seu conhecimento para outras pessoas, compartilhando suas ideias. Luísa decidiu que iria procurá-lo.
	É necessário que o empreendedor estude sobre o assunto academicamente, pois apesar de o ensino no Brasil ser incipiente, sem este suporte que o conhecimento e a visão global sobre o assunto traz, ensinando ao futuro empreendedor a ser eficaz dominando todos os setores de uma e até mesmo sendo um colaborador é necessário hoje em dia ter essas características, e sem elas à empresa tem maiores chances de não evoluir e acabar fechando.
	Andando pelo bairro, Luísa se viu em frente a uma mercearia e decidiu comprar uma goiabada cascão para ler mais sobre o produto, verificar como era fabricada, suas indicações, comprou o produto em tablete e também a granel. Ela teve seu primeiro contato com os concorrentes e o mercado que desejava atuar. Chegando a sua residência pediu que a irmã experimentasse o produto e para sua surpresa o mesmo não tinha a mesma qualidade que a goiabada que Fernanda a ensinou a produzir. Sentiu que realmente tinha um diferencial a apresentar.
Chegou à sessão de consultoria marcada com o Professor Pedro antes do horário, estava ansiosa para dar inicio ao seu projeto e ouvir o que ele teria a dizer a respeito, estava com receio de que copiassem sua ideia, mas a vontade de ouvir de alguém que não está próximo de que valeria a pena persistir neste sonho falava muito mais alto. O professor lhe encheu de perguntas tanto a respeito do produto que deseja industrializar e vender, quanto de sua vida pessoal e comportamento, o que a frustrou, pois muitas delas, sobre a empresa, ela mal sabia responder e elas davam voltas a sua cabeça. Sabia que o nome seria Goiabadas Maria Amélia em homenagem a sua avó, porém não sabia de mais nada, na verdade se sentiu pequena diante do amontoado de perguntas que estavam em sua mente. Ele justificou o porquê de tantas perguntas e lhe disse que “Para o empreendedor é sempre mais importante o ser do que o saber, pois a empresa é a materialização dos sonhos e de tudo que está em seu interior”. É necessário que o empreendedor saiba lidar consigo mesmo para que ele possa tomar boas decisões diante dos problemas utilizando suas intuições mais profundas, por isso é importante que haja um amplo conhecimento de si mesmo, para buscar o conhecimento que precisa e as respostas para tudo que deseja. Não basta apenas saber produzir ou entender de toda parte operacional, é necessário ir muito além para transformar seus sonhos e fazê-lo sobreviver dentro de um mercado tão volátil, aprender a lidar com todos os aspectos do negócio. Empresas emergentes são pequenas, não tem tantos funcionários quanto uma empresa de grande porte que já estão estabelecidas no mercado, neste caso o empreendedor é obrigado a lidar com diversos setores e com um mercado limitado, quando só tem experiência com o produto, acaba pecando no restante que também é de suma importância para sua sobrevivência. 
Em casa, parou e começou a analisar cada passo daquela conversa, começou a fazer anotações e trabalhar em cima de tudo que foi conversado. Ela sentiu ao começar a preencher o papel uma autoconfiança de que colocaria mesmo com muito trabalho e sacrifício as coisas no eixo, sentiu uma energia florescendo e lembrou-se que ele disse a ela que sim! Sua ideia era relativamente boa e era uma grande oportunidade de negocio que se bem trabalhado faria sucesso. Começou a folhear e se inteirar dos livros que havia trazido da consultoria. Lembrou-se sobre o que o professor Pedro falará de um mentor, ela com certeza precisaria pensar em um empresário experiente que está próximo ao ramo que deseja atuar e que pudesse lhe ensinar e acompanhar, lhe auxiliando a andar no caminho certo e alcançar seus objetivos. Que fosse um desconhecido, porém, que obteve sucesso em sua carreira, pois assim ela poderia começar a formar sua ”Rede de Relações”, com novos amigos que poderiam ajudar na criação e desenvolvimento da empresa. É importante que o empreendedor estabeleça uma rede de relações sólida, onde ele conseguirá encontrar ótimas oportunidades de parcerias em seus negócios, isso auxilia no crescimento da empresa e na maneira com que ela se estabelece no mercado, pois através destas indicações estão os mais preciosos contatos. 
Respirou fundo, continuou sua leitura e percebeu que o primeiro passo a ser dados seria a Análise de viabilidade técnica, mercadológica e financeira do negócio, deveria fazer um plano de negócios, onde conteria todos os passos e como seria a formação da empresa, além de demonstrar tudo o que necessitaria, para por fim detalhar o futuro e verificar se realmente deveria ou não fundar a “GMA”.
Passaram-se duas semanas da conversa com o professor Pedro, já era dezembro, pensava demais no que o professor falou, pesquisará demais sobre o assunto e até procurou o SEBRAE e a FIEMEG (Instituições que lhe dariam auxilio e informações) em busca de ideias e esclarecimentos, procurava o diferencial, algo que apontasse a direção certa para realização de seu sonho, algo que iluminasse este caminho tão cheio de pedras. Foleando uma revista enquanto cuidava de sua beleza no salão que Fernanda montou em sua loja funcional teve um estalo ao ver uma matéria falando da importância de se manter saudável, foi ai que decidiu qual seria o público alvo que seu produto atingiria. Começou a associar seu produto a imagens de esportistas, sendo vendidos para crianças em escolas, academias e diversos locais. Pensou no processo de produção que tornaria o produto mais saudável e menos perecível e realmente encontrou um caminho para toda angustia que estava sentindo.
	Seis meses após essa faísca que lhe ascenderá, Luísa havia trabalhado muito, pesquisará todo tipo possível de material, aumentou sua rede de relações, conheceu equipamentos, custos, entrevistou empresários e descobriu muitas informações que a ajudavam a evoluir com sua ideia. E descobriu dentre essas pesquisas a internet. Com ela revolucionou suas informações e descobriu que conseguiria muito mais contatos através dela. Ela comparecia a eventos, almoços, reuniões, tudo para compreender esse meio que tanto a atraia. Essa dedicação toda a seu projeto acabou afastando um pouco de sua família e noivo e ela foi percebendo que não havia mais coisas em comum com ele.
	No meio de suas pesquisas decidiu comprar um software para lhe auxiliar na montagem de seu Plano de negócios, localizou o MakeMoney que lhe dava uma visão ampla e até detalhada de todo o seu projeto. Agora munida de mais informações decidiu procurar novamente o Professor Pedro, para entender algumas hipóteses levantadas com todo esse trabalho e para verificar se realmente estava no caminho certo. 
	Professor Pedro a recebeu e animadamente discutiram sobrea empresa e o produto e se ambos se integram ou é algo diferente. Ele que já estimava a amizade de Luísa lhe explicou que sem empresa não há produto, pois é ela quem viabiliza a produção dele e a empresa não sobrevive sem o produto, na verdade eles se complementam e necessitam estar em equilíbrio constante. E para manter ambos é necessário utilizar os meios financeiros para gerir seu negócio. Nesta fase é bom compartilhar sua ideia com pessoas experientes para que elas possam passar o que realmente pensam sobre o que projetou. Os “feedbacks pessoais” vão ajudar a modificar os erros e tornar o projeto mais assertivo e aumentam as chances de sua ideia tornar-se real. Luísa tinha medo de compartilhar sua ideia e que alguém a roubasse, o professor lhe explicou que a ideia dela dificilmente seria roubada e que compartilhar suas ideias não significa expor tudo o que tem, os segredos de produção podem ser mantidos, a parte do negócio é que será analisada. Além do que existem meios de proteger sua ideia, ela pode ser registrada no INPI, que é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, assim será sua e não ocorreram problemas de plágio.
	A empresa emergente deve trabalhar com a exposição de ideias, pois assim captara mais contatos para sua rede de relações, além de trabalhar com o marketing de nicho, onde pegará das grandes empresas os clientes que ficaram parcialmente satisfeitos. Esse público é aquele que necessita satisfazer-se por completo, por este motivo estão dispostos a gastar mais e conhecer novos produtos para atingir sua saciedade. É necessário ir evoluindo passo a passo para alcançar as grandes empresas e conseguir uma brecha para entrar no mercado em massa. Para pequenas empresas o ideal é ter um CRM onde possa integrar os dados extraídos de seus clientes e assim analisar a melhor forma de satisfazê-los e fideliza-los.
	Luísa saiu deste encontro pensando nas informações adquiridas, levou mais livros sobre o feedback pessoal e desejava continuar seu processo de evolução, por isso procurou Eduardo, um rapaz que em suas pesquisas e entrevistas conheceu e sentiu-se cativada por ele. Eduardo era um pequeno empreendedor.
	No escritório dele Luísa contou sobre seu projeto, afim de obter auxilio e até mesmo um feedback para modificar o que fosse necessário. Mostrou seu projeto extraído do MakeMonkey onde já existia missão, visão, valores, o produto e sua rede de relações, explicou a ele que precisava criar a organização. Ele lhe ajudou muito, explicou tudo que sabia sobre o mercado, o que era necessário para começar sua empresa, a importância de iniciar uma pesquisa de mercado para segmentar seu público e atingi-lo com mais facilidade, como seria os anúncios de seus produtos, produção, finanças que envolvem custos, despesas e receitas que deveriam ser administrados por departamentos de contas a pagar e receber, a necessidade de fazer um fluxo de caixa para ter uma melhor previsão das entradas e saídas monetárias, um contador a ser contratado para toda a parte burocrática e aproveitou o gancho para falar sobre departamentalização, que é importante para que ela saiba onde começam e terminam os processos de sua empresa e quem tratará do que. Assim, explicou que há diferenças entre o empreendedor que idealiza e torna os sonhos reais identificando as oportunidades de negócio e do gestor que lida com o projeto já existente, se adapta as mudanças da organização e trabalha para atingir as metas, porém que sempre no início de uma empresa o empreendedor acaba cumprindo ambos os papeis.
	Após ela anotar tudo o que ele dissera e finalmente estar por dentro do próximo passo a ser elaborado para seu projeto, Eduardo lhe desenhou um organograma, demonstrando as funções necessárias para a empresa e os níveis hierárquicos. 
Discutiram os cargos que deveriam ser ocupados por ela mesma neste inicio e o que deveria ter ajuda, contratando mão de obra. Segmentou os setores da empresa para uma melhor visão do trabalho a ser feito e no que focar daqui em diante.
	Radiante e com bastante trabalho a fazer, Luísa se despediu de Eduardo, a quem adquiriu o maior apreço e foi embora, teria neste mesmo dia um encontro com seu noivo e como as coisas não andavam bem e ela não queria magoa-lo, decidiu não se atrasar.
	As férias chegaram e Luíza como de costume foi passar a mesma com seus pais, porém mal sabia ela que uma grande surpresa a esperava. A família percebendo a distância que havia entre Luísa e seu noivo, além da dispersão que notaram diante do curso de odontologia, tramaram lhe oferecer tudo que achavam que ela desejava para trazê-la desta inercia que achavam que ela havia caído. Foi na sala de sua mãe com todos os presentes que viu seu sonho se esvaindo de suas mãos, a família arranjara um emprego de dentista no consultório de um amigo da família para ela tornar-se solida na profissão, uma viagem ao exterior como lua de mel para fazer com a data do casamento fosse agilizada e um apartamento, onde moraria após se casar. Ela ficou sem chão, diante da falta de como agir, fingiu uma dor de cabeça, foi para seu quarto e mais tarde pegou carona para Belo Horizonte, onde poderia fugir de todo esse teto que desabava em sua cabeça.
O EMPREENDEDOR BUSCA AJUDA
Numa quarta-feira, Luísa adentrou a sala de professor Pedro, com o qual havia marcado mais uma reunião. Deseja demonstrar a quanta andava seu projeto e precisava de conselho amigo sobre o que fazer com a situação que a família a envolverá. Levou os potes de goiabada que sua madrinha Fernanda havia mandado ao professor, pois estavam conversando bastante ao telefone e Fernanda almejava um dia conhece-lo pessoalmente. O professor agradeceu as guloseimas e Luísa percebeu que ele estava radiante, perguntou o motivo de tanta excitação.
O professor lhe contou que uma das turmas do curso de empreendedorismo apresentou seus projetos de novas empresa a um júri importantíssimo, composto pelas pessoas do mais alto escalão da cidade, além de empreendedores que podem apoiar e auxilia-los nessa nova empreitada, fornecendo sistemas de suporte e alguns ganharam prêmios valiosíssimos e que foi um grande sucesso. Curiosa com o assunto, Luísa quis saber mais sobre esse júri e esses sistemas, e ficou sabendo que a criação de novas empresas é um assunto muito importante para toda a sociedade, pois gera novos empregos e faz a economia andar, em alguns países elas somam até 50% do PIB, por este motivo é criado sistemas de suporte onde os sindicatos, seus empreendedores que são formadores de opinião e tem experiência no ramo, além da união incentiva o crescimento dessas empresas e ajudam a andar para frente neste começo tão difícil, lhe concedendo impostos mais favoráveis, além de financiamentos e empréstimos e parcerias entre suas redes de relações. Segundo o SEBRAE as maiores partes das empresas emergentes fecham por conta de falta de capital de giro, onde o empreendedor não soube administrar seu fluxo de caixa, por falta de clientes, na maioria das vezes por não ter feito uma boa segmentação do público que desejava atingir ou a comunicação para atrair clientes não foi bem elaborada e por problemas financeiros, onde o empreendedor não administrou de maneira correta os recursos de terceiros, os investimentos e acabou se endividando a ponto do capital próprio não cobrir a parte de dos seus bens e a parcela fixa do capital de giro. Quanto menor o tamanho da empresa, maior será o risco dela fechar e o desemprego aumentar, o que é ruim para o desenvolvimento do país além de ter um elevado custo este fechamento, é por isso que eles acompanham e dão todo o suporte necessário para conter a mortalidade das mesmas. 
Luísa maravilhada com as informações pediu para participar do próximo júri e apresentar suas ideias, ele disse que havia procurado por ela para convida-la deste, mas não a encontrou, porém que no próximo chamaria ela novamente.
O professor mudando então de assunto, perguntou sobre o andamento do projeto dela, porém Luísa ansiosa para obter uma resposta do que fazersobre o ocorrido com a família, o cortou e começou a contar sobre o que aconteceu e a armadilha que eles fizeram para ela. Ele ouviu atentamente, algumas vezes gargalhou e ficou extasiado em saber o quão esperto eles foram, ao final ela perguntou a ele o que fazer e como agir perante essa situação constrangedora. O professor fez algumas anotações e lhe disse que só ela tem essa resposta, ela percebeu que ele seguiria fiel a sua metodologia, onde o empreendedor deve se autoconhecer e caminhar com as próprias pernas, utilizando sua intuição e autoconfiança para as tomadas de decisões, percebeu que teria que pensar sobre o assunto só, então isolou seu problema familiar e focou no que era mais importante no momento, seu projeto de empreender. O professor ficou satisfeito com os progressos que ela havia feito e a questionou se já havia feito o “Teste a sua ideia de empresa” antes de começar o plano de negócios, pois este teste lhe diria se realmente o empreendedor está pronto para começar seu plano de negócios. Ela ainda não o tinha feito, porém informou que se sente totalmente pronta para fazê-lo, uma vez que está dominando o assunto. Ele também lhe perguntou sobre o mentor, se já havia o escolhido, ao que ela respondeu que já tinha uma pessoa em mente. Luísa escolheu o Sr. André Ferreira, dono de uma fabrica de biscoitos, experiente no ramo e atravessando um momento primoroso da carreira, pois estava trabalhando agora com exportação. O professor ficou satisfeito, uma vez que o mentor deve ajudar o pré- empreendedor com conselhos sobre todos os aspectos do negócio e através de sua experiência no ramo poderá fazer com que ele cresça profissionalmente, consiga realmente tornar-se um empreendedor de sucesso, além de contribuir para a rede relações que é muito importante no inicio da carreira.
Luísa se animou em procurar o Sr. André, uma vez que conhecia sua história, sabia que ele começou por baixo como balconista de loja, depois feirante e teve uma longa trajetória até abrir uma mercearia e hoje se tornar proprietário de uma conceituosa fábrica de biscoitos, ele realmente teve sucesso e conseguiu erguer seu império. Despediu-se do professor e resolveu procurar pelo seu futuro mentor e lhe fazer esta proposta. Ainda não sabia o que diria e como o convenceria a aceitar ser seu mentor, porém no fundo de seu peito sabia que conseguiria achar um bom argumento para isso. Chegou a fábrica do Sr. André e aguardou na recepção ao chamado da secretária para iniciar seu pedido, enquanto isso folheava a revista “O empreendedor” e fazia algumas anotações sobre coisas importantes que leu e também para não esquecer de assinar a mesma, havia muita informação a ser extraída deste folhetim. Com atraso foi chamada a se juntar a André, sentiu uma energia e uma força para conquistar seu objetivo e persuadi-lo a aceitar a proposta, com confiança adentrou a sala e se apresentou a ele. Lembrou assim que olhou para ele que possuía em sua bolsa um recorte de uma embalagem de biscoitos, que era o primeiro produto que ele começou a exportar, Dorinha sua prima havia trazido para Luísa da recente viagem que fez ao exterior. Ele ficou extasiado e fez inúmeras perguntas a ela, pois no dia do lançamento devido aos trabalhos na fábrica não conseguiu estar presente no exterior para colher os elogios e os frutos do suado trabalho. Ela sentiu que começou bem e que deu um grande passo, pois conseguiu atrair a atenção dele. Após falarem do produto novo que ele estava exportando, Luísa contou a que veio e lhe detalhou seu projeto de negócio, Sr. André ouviu cada palavra que ela dizia e por fim lhe perguntou se ela abriria mão de tudo para realizar seu sonho, ela por sua vez apesar de ainda não abrir mão de tudo, lhe contou que não seguiria a carreira de odontologia jogando seu futuro que aos olhos de seus pais era brilhante para o alto. Isso o satisfez. Ele aceitou a proposta de se tornar mentor de Luísa, apesar de não acreditar muito em “mulheres empreendedoras”. 
Os dois elaboraram um plano detalhado de trabalho para ela, com um cronograma e os prazos para cumpri-los e a aconselhou a começar a fazer o plano de viabilidade de negócios. Por fim lhe contou algumas parábolas e pediu para que no próximo encontro ela lhe contasse o que desvendou sobre elas. Ao levar Luísa até a porta associou o nome que ela havia dito que se chamaria a empresa a Dona Maria Amália Viana, uma velha amiga de sua mãe e perguntou se havia alguma similaridade no nome e ela respondeu que sim, que era a sua avó e que o Nome da empresa “GMA” era uma homenagem a ela.
Satisfeita e encantada por tudo está correndo bem, em casa Luíza acrescentou o nome de seu mentor em sua rede de relações e começou a trabalhar em seu plano de viabilidade de negócios que lhe daria a resposta se era viável ou não abrir seu negocio. Ela acrescentou mais coisas à lista de trabalho feita por ele, organizou como trabalharia seu tempo, dividindo-o entre estudar, pois precisava terminar sua faculdade para dar uma decepção a menos aos pais e trabalhar bastante, para que sua empresa saísse do papel e realmente se tornasse realidade.
	
A BUSCA DE RECURSOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA EMPRESA
Luísa estava radiante, conseguiu realmente seguir seu cronograma e terminar a análise financeira, a pesquisa de mercado e tudo correrá melhor do que o esperado. Seu plano de negócios já estava pronto. A única coisa que lhe tirava o sono era o valor do capital que precisaria ter para iniciar seu prospero negocio, R$ 40.847,08. Havia imaginado bem menos, pensava que com a venda de seu carro teria o valor necessário para começar, porém agora percebeu que precisaria de muito mais. Refazia os cálculos, porém não havia jeito, para o inicio precisaria dispor desta quantia. Desabafou com Eduardo, sentia-se impotente. 
Na manhã seguinte acordou com suas energias revigoradas estava disposta a correr atrás e conseguir vencer mais essa barreira. Saiu pela cidade buscando uma solução para esse imbróglio. Foi ao banco, mas diante da informação que deveria “hipotecar” algum bem caro e não dispondo dele, descartou a possibilidade de solicitar um empréstimo. Sr. André lhe deu algumas opções buscar empréstimos em programas que o governo disponibiliza para ajudar a alavancar pequenas empresas, ou procurar um sócio, alguém que aceitasse fornecer o capital e ela entrar com a mão de obra. Para ela foi um choque, não dividiria seu sonho com alguém, queria ser plenamente a proprietária da empresa que idealizou. Ele tentou fazer com que ela visse essa solução de outra forma, no caso mais positiva, lhe disse que era melhor ter alguém para possibilitar o sonho de tornar realidade, sabendo que é um bom sonho, do que o perder por egoísmo. Falou desta forma porque o papel do mentor, além de ajudar é fazer com que o empreendedor pense além de seu coração, que utilize a razão também. Ele se propôs a enviar o plano de negócios a alguns conhecidos para nomearem um sócio que a ajudaria a alavancar seu negocio. Contrariada, mas seguindo as ordens dele ela imprimiu diversas cópias do seu plano de negócios e enviou a ele. 
Durante as duas semanas que aguardou o retorno, começou a perceber, depois que exauriu todas as possibilidades, que realmente não deveria deixar seu sonho morrer, que se fosse preciso dividiria ele com alguém que estivesse disposto a lhe fornecer capital.
Sr. André lhe retornou, muito satisfeito, pois ele conseguiu interessar três empreendedores, amigos seus, com o plano de negócios que Luíza fez. Aconselhou que ela procurasse por eles e pensasse a respeito da proposta de cada um e depois lhe contasse o que decidiu. Seguiu o conselho e foi ter com os interessados.
O primeiro foi Dr. Celso, grande empresário na área de laticínios. A proposta dele era comprar a ideia de Luísa por R$ 10.000,00 e tirá-la da jogada. Argumentou que ela era inexperiente e que não se sentiria seguro em deixar os negócios em suas mãos. Luísa conteve sua indignação e vontade de soltar o nó que havia sido preso na garganta,apenas respirou e disse que pensaria sobre o assunto, foi embora, para nunca mais voltar.
O segundo era Acácio Dalsecco. Luísa esperava para ser atendida por ele enquanto analisava seu cartão, quando desviou o olhar do mesmo, percebeu que Seu Acácio era um de seus concorrentes e que ele havia participado de sua pesquisa de mercado. Ao entrar em sua sala, ele foi direto ao ponto, lhe disse que ela tinha duas opções: Ser sua concorrente, o que não seria bom porque ele foi categórico e disse que literalmente “passaria por cima dela”, pois não seria fácil concorrer com ele ou que se tornasse sua sócia, ele entraria com o capital, deixaria a empresa sobre os comandos dela, porque não tinha tempo para gerenciar, apenas olharia os resultados e daria a ela 10% da empresa. Ela perguntou se os 10% poderia ser negociado, o mesmo disse que sim, porém que ela deveria pensar e aceitar sua proposta porque no momento ela não tinha condições para discutir e exigir muitas coisas, era incipiente no ramo e finalizou dizendo que o que propôs não é nada mal. Foi embora e ao encontrar Eduardo para desabafar não conteve as lágrimas, sentiu como se estivessem querendo roubar-lhe os sonhos e desabou, dizendo que as propostas que lhe fizeram eram ridículas. Apesar de Eduardo querer lhe trazer a realidade dos negócios e lhe dizer que 10% seriam melhores do que nada, se conteve e tentou ser mais afável. Disse a ela que a concorrência era desta forma e que ela deveria considerar a proposta que ele fez.
Tentou contato por diversas com o terceiro empreendedor, seu nome era Romeu Neto, porém não obteve sucesso. Tentou verificar se conseguia um empréstimo com sua família, porém como todos estavam contra seu sucesso no ramo de empreender, fingiram que pensariam a respeito, mas nada mais disseram.
Os dias foram passando e ela sentindo-se frustrada decidiu que não começaria Abril sem uma solução para seu projeto, decidiu aceitar a proposta do Sr. Acácio e ter apenas 10% de seu sonho em mãos. Sr. André até pensou em fazer sociedade com ela, porém, sabia que não era o certo a fazer, um mentor deve deixar seu afilhado percorrer os caminhos sozinhos e aprender a levantar de cada tombo. 
Ela aceitou por fim a proposta, o advogado de seu mentor fez a versão final do contrato social da GMA, que seria assinado na semana seguinte. Foi para casa dos pais, para comunicar a eles a decisão, camuflando o seu desapontamento para não ouvir dos pais que eles avisaram para não mudar de rumo.
Na casa de seus pais durante o almoço no sábado, Luíza recebeu uma ligasse inusitada, era o Sr. Romeu, ele lhe disse que não conseguiu retornar em tempo hábil, pois viaja muito a negócios, porém que gostou do plano de Luísa e que se ela quisesse podiam discutir a proposta neste mesmo dia ou no domingo, pois na segunda viajaria novamente, ela lhe agradeceu, informou que assinaria o contrato que já estava marcado com outro empreendedor, porém, curiosa perguntou-lhe sobre o que ele iria propor. Ele lhe contou que tem uma indústria de compotas (Conservas de frutas) em Contagem - MG e que tinha espaço ocioso na mesma e que a ideia era ela utilizar seu espaço e pagar a ele após três meses de produção, onde conseguiria formar um capital de giro 10% do seu faturamento bruto, se fosse o caso ele iria até ela conversar, se lhe interessasse é claro. Ela não pensou duas vezes, no mesmo instante arrumou suas malas e partiu para Belo Horizonte. Ela estava extasiada com a proposta, finalmente seus sonhos não iam esvair de suas mãos. Visitou no mesmo dia a fábrica do Sr. Romeu e com a ajuda do MakeMoney fez uma contra proposta de pagar a ele R$ 0,65 por unidade produzida. Fecharam negocio e assinaram o contrato provisório. Estava radiante. Avisou ao Sr. Acácio que seria sua concorrente, pois recebeu uma proposta irrecusável, agradeceu a ele pela oportunidade e acresceu mais esse aprendizado a sua lista de empreender: Saber captar as oportunidades.
A CONSOLIDAÇÃO
Seis anos se passaram após aquela assinatura de contrato provisório e do inicio da jornada de Luísa como empreendedora. Como todo começo ouve fracasso, falta de dinheiro em caixa, alegrias e tristezas ao mesmo tempo e a única coisa que prevalecia era sua falta de tempo. Batalhava de sol a sol para manter sua empresa viva e apesar de cansada e as vezes abatida, se reerguia diante de casa novo problema e os enfrentava com muita coragem. Aprendeu a lidar com eles e tirava de cada situação uma lição e muitas vezes os revertia em oportunidades favoráveis.
Sua mãe oscilava em alegria e tristeza, gostava de dizer as pessoas que sua filha era uma grande empreendedora, porém se entristecia em ver que ela estava jogando sua juventude fora. Estava de namoro com Eduardo, porém devido a alguns problemas no relacionamento referente a desconfianças, não o via com frequência, se dedicava inteiramente a sua indústria e passava a maior parte do tempo buscando uma solução para sair do vermelho, tornar-se conhecida no mercado e alavancar suas vendas.
Sua madrinha percebendo seu cansaço lhe convidou para uma viagem a Miami, onde ela poderia se desligar um pouco dos problemas da empresa, descansar e fazer compras. Luísa achou uma ótima ideia! Porém não tinha os mesmos pensamentos que sua madrinha, enxergou nesta viagem uma oportunidade de negocio, ela decidiu que ia levar em sua bagagem seus produtos, portfólios e sondaria o mercado americano, tinha certeza que havia espaço para ele neste grande mundo. Chegando ao hotel, deixou suas malas e foi conhecer as redondezas, mercearias e locais onde poderia apresentar seus produtos. Acabou fazendo grandes contatos, conhecendo pessoas e descobrindo onde seriam os grandes eventos que comercializam produtos do seu segmento e marcando reuniões. Sua madrinha se sentia sozinha e arrependida de ter trazido ela, já que o objetivo principal da viagem não foi alcançado, o “descanso”.
Ao voltar para casa Luísa sentia-se renovada, estava otimista e aguardaria que alguém entrasse em contato do estrangeiro para lhe abrir as portas. Em nenhum momento se arrependeu de trocar sua carreira de dentista pelo empreendedorismo e acreditava que ali, produzindo, negociando, vendendo, lidando com os clientes e gerenciando era o seu lugar.
O feedback positivo de seus contatos realmente veio e ela conseguiu alavancar suas vendas e adentrar o mercado em massa com a Goiabada Cascão Maria Amália, enxergava agora que seu sonho era real, conseguiu trazer a empresa para o azul, alcançou e ultrapassou o Break Even Point e estava realmente sendo reconhecida. A essa altura exportava para parceiros e representantes em três países: Estados Unidos, Argentina e Espanha e estava tentando adentrar o mercado Alemão. Viajava bastante a negócios e desenvolveu habilidades maravilhosas de persuadir seus clientes a adquirir seus produtos. Expandiu a produção, agora havia uma linha de produtos da GMA, hoje além da goiabada tradicional estava produzindo balas, biscoitos, potes para merende e estava a caminho da feira Internacional de Comércio de Alimentos Anuga em Miami, ela iria expor seus produtos no estante de um parceiro local.
Antes ir a feira, Luísa decidiu visitar seu representante mais próximo, desde que adentrara neste mercado, acompanhava seus negócios de perto. Ao chegar ao hotel, feliz e relembrando seus passos até chegar ali, deparou-se com uma noticia que lhe tirou o chão. Sua avó Mestra, a quem ela tinha um carinho enorme havia falecido. Desabou. Sentiu-se extremamente culpada por deixar com que os negócios tomassem conta da sua vida, a ponto de se distanciar da família, sentiu remorso por não ter vivido mais momentos ao lado dela, solicitou um taxi e sem participar da feira partiu, rumo a sua casa onde queria voltar no tempo e consertar tudo.
Conseguiu chegar somente após um dia do enterro. Estava mais calma, pois havia tido sonhos acalentadores durante a viagem de volta. Encontrou sua família, recebeu o carinho de todos e percebeu que não havia lugar melhor do que ao lado dos seus.
Ainda de luto e em Ponte Nova,Luísa recebeu uma notícia muito boa e que lhe deu forças para continuar, foi pré-selecionada para concorrer ao prêmio de Empreendedor Global na FIEMG, havia se inscrito e mandado as informações da GMA sobre exportação, faturamento e rentabilidade, a noticia triste da morte da avó Mestra havia feito com que ela se esquecesse do evento.
Essa noticia acabou acalentando e movimentando a cidade, o assunto era apenas um: Como Luísa havia chegado ao topo e todos queriam fazer parte desta história de sucesso.
A cidade estava galante no dia da premiação, a população compareceu em peso para ouvir o governador de o estado discursar e anunciar o ganhador do prêmio. Suas mães nervosas ao lado de seu pai Geraldo não continha o choro. 
O governador discursou e por fim anunciou que Dra. Luísa Vianna Pinheiro proprietária da empresa Goiabada Maria Amália, cujo volume de exportações alcançou o valor de oito milhões de dólares americanos era a ganhadora do prêmio de Empreendedora Global. Ela caminhou até o pubito, nervosa, não acompanhando o olhar de sua mãe para conter suas lagrimas, respirou fundo. Neste momento avistou sua madrinha e o Professor Pedro que tanto lhe apoiaram, viu sua vida passar como flash em sua frente e sentiu uma emoção tomar conta de si, orgulhosa do caminho que trilhou e do sucesso que alcançou, começou seu discurso:
“Para o empreendedor, o ser é mais importante que o saber. A empresa é a materialização dos nossos sonhos. É a projeção da nossa imagem interior, do nosso íntimo, do nosso ser em sua forma total. O estudo do comportamento do empreendedor é fonte de novas formas de compreensão do ser humano em seu processo de criação de riquezas e de realização pessoal. Sob esse prisma, o empreendedorismo é visto também como um campo intensamente relacionado com o processo de entendimento e construção da liberdade humana”...
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Luísa realmente entendeu o que é empreender e desempenhou esse papel de maneira primorosa. Não deixou se abater diante dos desafios e lutou com unhas e dentes para realizar seus sonhos. Acreditou no seu potencial, teve a humildade de compreender que precisava amadurecer, por isso aceitou os conselhos daqueles que entendiam do assunto e estudou bastante para adquirir todo conhecimento possível. Está orgulhosa de si mesma, mas temos a certeza de que ela jamais vai deixar de estudar e aprender mais e mais, pois se sabe que o mercado é volátil e que é necessário inovar sempre e estar atenta as novas oportunidade que surgem a todo o momento.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
- Dolabela, Fernando, O segredo de Luísa - 30. Ed. rev. e atual. – São Paulo : Editora de Cultura, 2006.

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