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José Souto Maior Borges A Isonomia Tributária na Constituição de 1988

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I 
PubJit-ada sob os iluspídos do 
IDEPE - lns(Ícuto Intcl"Uudonal de Djrdto PÚblko {' Empresarial 
e do 
lBET - Inslilulo Brasileiro de Estudos Tributlírios 
ISSN 0102-7956 
Diretores; Geraldo A,aliba. Cleber Gíardino (+l, Paulo de Barros Carvalho e Aires 
Fernandino Rarrero 
Diretores EXecutivoS: Pedro Luciano Marrey Júnior, Fernando Albino de Oliveira 
e J. Arthur Lima Gonçalves 
ConsellJO Editorial; Alfredo Augusto Becker, Aliomar Raleeiro (t), Antonio Ro-
beno Sampaio Dória (t), Carlos Mário Velloso, Celso Antônio Bandeira de Mello, 
Cleber Giardino (+), Eduardo Seabra Fagundes, Estevão Horvatil, Flávio Bauer 
Novelli, Gilberto de V/hoa Canto. José Souto Maior Borges, Osiris de Alevedo 
l.opes Filho, Luciano da Sílva Amaro 
REVISTA DE D/REl70 TRIBUr4R/O 
publicação trimestral de 
MALHEIROS EDITORHS LTDA. 
Rua Paes de Araújo, 29, 17~ andar 
con). 171 - CEP 04531-940 
São Paulo, SP - Brasif- Tels. 822-9205 • 
820-9718 - 820-5549 . Fax. 829·2495 
A,5,~jnaturas e comercialização: 
CATAVENTO DISTRIBUlDORA DE 
LIVROS S.A. 
Rua Conselheiro Ramalho, 928 -
CEP 01326 
São Pauo, SP - Brasil - Te!. 289-0811 -
Fax. 251 -3756 
Diretor Responsável: Álvaro Malheiros 
Diretora; Suzana Fleury Malheíros 
)upervisão Gráfica: Vânia Lúcia Amato 
Composição: HELVÉTlCA LTDA. 
Impres;ão: Gráfica e Editora FCA 
(Fundação de Ciências Aplicadas) 
SVMÁIUO 
VIII CONGRESSO IlRASILEIRO Df,' D/NlilTO l'RIBUT ÁRIO 
SFSSÃO SOLENE DE ABERTURA 
CONFERENCIA MAGNA 
A ISONOMIA TRIBUTÁIU:\.l'iA ÇO!:iS1JTlJ1ÇAQ f FIl r'll,,". L DE 1988 
= José S-outo !\lalOf BorgC':, .... :::: .. :-: .... ,- ~.- , ... -:~ .. '~.-.=.~ 
MESA DE DERA l'ES 
DIREITO PENAL TRIBUTÁRIO, .................. . 
CONFERÊNCIA MAGNA 
A PROCJJ(I;;SSlYJDADE NA OR.DE~LTRLUu:rÁ.R~ 
- Roque Antonio c.'a.rrauJ. ...... " .......•. _ .......................... . 
MESA DE DERA Tt'!:,· 
20 
43 
TRIBUTOS FEOERAIS ..................... ......... ............... ..................... 56 
MESA DE DEB,HES 
TRIBUTOS ESTADUAIS ................................................................ 77 
CONFERlNG'IA MAGN.4 
VEDAÇAo AO EFEITO DE COl\ófISCO 
- Aires Barreto ...................................................... .. 
...... 96 
ME'SA DE DEBATES 
TRIBUTOS MüNICIP-AJS ............................................................... 107 
ME'SA DE LJEBA Tf.S 
INOVAÇÕES NO SISTEMA TRIBUTÁRIO ....................................... 129 
SESSÃO SOLENE DI; ENCERRAMENTO ........................................... 152 
IX CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO TRlBUrARIO 
QUESTÕES 
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RF"lSl ,\ Dl: DIQrrTO TRl~l'rA"l()64 
TAXA fl[ POLICIA _ DE~(,ARACTl'R1ZA<:."O rOR VIOl AÇf\O ])0 
PRI?-iCIPIO DA 1 n;ALID"'DE I: Pl:LA l"'Al1E()UAÇAo DE SUA li:\-
SE 1,1PO~1\'H: tf~! CASO CONCRETO 
.- Fdud.rd .. , Btlll.1110 ................................ " ........... " ................... . 
K\lS - NA n 'RF LA Jl 'RiDICA nos CONVfN10S DE ESTADOS-
;-'fD1BKll~ - I NCONSTI1 ucrONAunADE CONTINUADA 
173 
- S"~h,, Call11on .. ,, ... ,, .. ,, ...... ,,,,,,,,,,,,,,,, .. ,, ........ ,, .. · ...... · ...... ··· .. ·. 178 
hlJ;RCOSUL E TRIBUTO,SESTADU.A/S, .Ml'NIClPI\IS.B DlSTRJIr"!:~ 
- Roque .~\nt(lnjo C'arral7a ................. " ......... " ................... , ..... l82 
U\HTAÇe./ES TE:-'lPORMS DA MEDinA PROVISÓRIA: A ANTERJORI-
.- ·D,.,-DETR\El.UfARIA_ - . - •. '-
- José ~Ol;to MaIOr Bor3es. . ................. , ......... " ... , .......... " .. 192 
MODF\.OS JURíDlCOS DA TRlflUTAÇiiO LlRASlIXIRA 
- Wagner Bale". .. ......................................... ,," .. 201 
ISS - N . .\.O INCID/2NCIA SOIlRI: FRANQUIA 
- Aire:' f, Barreto ............................................................. 216 
IPI- !\IPOSSIHlLlDl\l)E JURÍDICA Df- SE UTILIZAR ('I J~IPOSTO SO-
ORE PRODUlOS INDUSTRIAUZADOS E\1 1 Rfl3GTAÇÃO DlFE-
RI'NCIADA DO AÇtíCAR PARA PRODUTORES DO SUL E DO NOR-
DESTe 
- Mis~brl de Ahrcu Machado Derzi ......... 
ISS E AS ATIVIDADF.S...DE:.'.fRAtiÇl·l1SrNG" 
- - .\,18r\'81 Justen FiIlH) ....... . , ...... ~.-.:".-,,~:.-...... , 
CREDITOS DE ICMS r. IPI 
-- Heron Arzua . 
..................... 225 
.................... 242 
.............................. 255 
TRATADO INTFR:-.fACIONAL, EM MATÉRIA TRlEIUT ÁRII\, rODE I'XO, 
)\.'ERAR f1\mUTOS ESTADUAIS 
- E~tevào HQrvatn. f? Nc!o;on F{'l T~·ifll. de Carv;11ho. .. ........... 262 
QUESTÕES 
- .l0''; Eduardo S0are, de Mello. .. ....... " ....... " ........................... 269 
'~2Ji!M~ 
VIII CONGRESSO llRASIU::IRO 
DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
REAUZADO EM 14 DE SETEMBRO DE 1994 
TEMÁRiO 
PERIODICIDADE DO IMPOSTO DE RENDA 
COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS 
INOVAÇÕES NO SISTEMA TRUlUTÁRIO 
(Notas t:tquigráfícas das Conferencias, Mesas de Debate, 
Sc.',sôes de Abertura e Encerramento) 
~ t: CONFER/C,NCIA fl,f..1GNA 
~ 
~ 
~ 
~ 
~ 
A ISONO!\HA TIUHUTÁRIA 
NA CONSTITUIÇÀO FEDERAL DE 1988 
JOSÉ SOUTO MAIOR BORGES 
Isonomia na Consclruiçiio 
PROE JOSE SOUTO MAIOR BORGES 
- Excekntí5~il1la Sra. Prof~ Mis~lbel 
Derzi, DO" Pre,ideme d"ste VIlI Con-
gfes~o Nacional de Direito Tributário' 
Exmc. Sr. ProL Humberto Medrano: 
que tanto no~ hunra com a sua presen-
ça; Exmo, Se. PLOf. Geraldo Ataliba, 
DO. Presidente do IDEPE, órgilo pro-
motor deste evento, conJuntamento com 
° EX!11o. Sr. Prof. Paulo de Barros Caro 
valho, DO. Diretor do IBET e demais 
pessoas nominaJmente mencionada::; pe-
la Prof~ J\.Jísabd Derzi, e por isso mes-
mo seria ocioso discriminá-Ias. 
O tema da minha exposição é; "A 
isononúa tributária na Constituição Fe-
deral de 1988". Algo insólito, estranho 
e surpreendenre parecerá a um Congres-
so que tem como uma das suas J!.fJ~1.!~: 
cas centrais a anáIi~e d~J.~m-ª~!!-,-uc~/S d~ 
Diréitó Trl!wlÚ.Í.o, se venha a abordar 
~m' ãssunto como este, objeto da presen· 
te exposição e que parece tão desgasta-
do pelo uso superficial e até pelo mau 
uso. Enlretamo,_oada JJ!"i~'!!.c:~erno dQ_ 
.ill'..e_º--allt.i&QJtlegada..>:u1WLªl dO.lli!i-
sado, naqui!ü_SlIl_'lJJe-<:lC.çQIl>1kiumUQ: 
da a nossa exjs[ê~çja.. con~t:I11pgE~~.~~· No 
úitãlltO,seco'm-piqrl~~~4~ ~L~U1áHsLÇQ!!'!'_ 
uma vocaçãõ~'e profundidad!,c ".la !SY5:-
lará umiriClueáÜ.l9p!'2!?ªa. E, se nao 
qüisermos viver apenas no Im peno d~ 
meramenle retórico, relembraremos aqUI 
a consigna do Hino Nacional, que aca-
bamos de cantar - lodos nós - e0n.' voz 
emocionada: "pjlz.n.2,~l~I_()..e.glS'él.~"_n() 
Pi!iS1!.@'" A referência ~el~ Prol Mrsa-
bel Dazi às liguras vcneravels de Rubens 
Gomes de Souza, de Aliomar Daleciro, 
de ('!I:;bcr Giardino e de Antônio Rober-
to Sampaío Dória me (ranquUiza quan-
to à minha tomada de pc,ição p"ssvaL 
.!i~~lW);s~\:el renovação algl!Qlu I.!95_e§: 
cudos de Direito TributáriQ s~nu~st.~ dI&. 
~ontinuo e rellovado de "reverênda ao 
ra~sadõ e aõSeu-legãdõ-~~~ii'~;;qllílo 
qiic elelllãis ãutênticam~n!c! re})resenta: 
um tesouro io!!stímável para todos nós. 
Constituição de 1988 
Com esta introdução tranquilizado-
ra é que eu ouso me aventurar por este 
tormentosíssimo tema, Se abordddo em 
profundidade, ele próprio mostrará que, 
no seu seio, habitam as questões não ape-
nas dignas d~ serem questionadas, mas 
no contexto geral da Constitldção de 
1988, os problemas mais dignos de ques-
tionamento. Veremos como essa proble-
mática sedesdobra ao longo da nossa ex-
po,ição. 
Para atingirmos a meta proposta, 
escolht:mos um caminho. Que caminho 
será este l a percorremos todos nós) num 
esforço profundo de meditação? Anali-
sar algumas teses centrais em torno des-
te questionamento e condicionantes de 
uma colocação, cOm dignidade teórica 
expositiva, do problema da isonomia 
con,ticucionaI. Proporemos então a nos-
sa meditação o desdobramento de algu-
mas teses fundamentais. 
A primeira tese: 1993 novidade, \9: 
da construção teórica inovadora tende, 
ê(jiilI~i!9:ffu=-WDMJLá~~~ínir UI!! cà-
fáiér cº~_~yad'2!:.. Urna doütrinaque, 
\\ 
A I)ONUt\!IA TRlljlJT.4.RIA NA L(JN~lIftAÇAO HDER<-\.\ DI' 19RR \. ~_w_· 
nas sua:, oJigen", era tralldim..l preçl!:i<.l-
mente porque rompta .... 001 \,.1 pa ... .,aJo, 
porque ~Jglllfl\.:dva U}~ld r~pt\lr~ q)I!LQ 
pré-estabC'kddn, é dc,>\..'olltl1llih..l}151e pa-
r"à 70m el,!-,t p~5,>,i(.lü, fila,> *) me"T)10.tt:lrL~ 
pü- sTgnifíca urna continuidaJ~, [lf]~íJ~l:!_ 
e 11m e~{OJçQ i,lç r~Ql'l!5apl~Jl~1J ,!-taqullo 
quc-antc~ _de-..!.1Q:U9..tr~{~~'I,:J~~, Tudo lc::fJ-
-de -a-a~~uíu-ir, ,"um a a.,ão do tt"mpo, dl 
Int!osão COnservadora, não porque nóS 
sejamos I t,;spun~;ivei,> I'Dl UHI ato de II}-
fIJdidadl! lmdl:!!-:tllal, IllJ.S ~\!ilpk~llItn­
te pOlqut! biologlCameIllc o comporta-
mento.) médio hUrllclnO não pode 
manifcsrar-\c de oUlIa l11J.neirà. Somos 
condidonados a a~t.llllllr uma pO~lção 
con~ervaJo(J. a partir úaqut'lJ.s pO~lÇÓi!~ 
inovadoras que originall(~mt':{it~ a::..:.un:\Í~ 
mos, Nada a ~:;,tranhaJ, cntrd.\r\tO: .la di· 
Zla lltrádIto, o pemddor Illdlinal: li ho-
mem dt:vc deféH(kr àS ~ua~ kb com as 
muralhas LIa sua cidade. Eu própl io pre-
tendi algurc~ caractt!riLar e::,lc f...:nórnellu 
corn um dizer moderno, rc:ft'1 mdo-me ao 
"enca-'ltelamento doutrinário em torno 
dos e~[Udo<; jurídico::. lelatlvos ao Direi-
tO Tnbutário". 
. Prudência i"-'~~Er~~l!(j\la J 
A ~egunda lese: é UI11",\ contíngêru:ia 
çJQ,.ǺDhecil11t:l1tO)lJl!..\E~nQ 9 s.rr..n~­
ríaf!}~n!~_ ÍI1\pçX!~il.o.; tem\~~j_}lu~ .31..r!SIt 
der, consçC}t!emement~_, a cs.mvi)'eCÇ9!11 
O erfo~ Ê[-rú-~ nào"sã()~D;ê~díYl; CrlOS ~ão 
a oci~iào de ~kspertar a curil..)~idJd~ pa-
fica t::\{dni t<Jtalmente certa e nenJ)nmd~ 
tútalmt'nte erraJa; há ul~la ... pr~JL>n~;!\-án 
CId., nas 1I\~'lhort;') \ç{!IIª~ dt!~l~~Lt~à?.1..-dq 
conte,úçlo Y.c vt!)'(,b\tc::, InJ.':i ~çmpre 
in")\I1l1:lHd~)-~~il;':;"'lenternenle o erro co-
mo hó~pt'Je lnd~::,cJa\'d Ma') nó-; telHos 
que aprendel a çonVJvcr «()!TI o C'I ro, 
J.b3.ndonar d. nossa própua. ,,~id.'~~,~~ S\ 
dt;!lxar qw .. ' <1<" t1ü .. ~a~_leOna':! pep:\i:\n~d~· 
r~. _'.1~.1~ f!.9S ·P0~~~}.119~ L~.?[lt~nl~aL_\~i~.Q~1 
bU$~:~-t de mdhor..::~ t~~)1 ~a~ e 9t;. ~l!~.8.....al~ffi.: 
xnnaçàü m)l~ dH dd J.í.LY~1 q:l\.lt!.. 
Como não h:i absolutamentt: (ouhc-
cirnelltü humano alt!ll\pol ai e mc)raLial. 
p\II.10010':-. a~)l\~mr, a le,rcdra ~:~e, .. um 
CflLHl":ldJO. válido H1clu~l' ... e lia ClcnCld Jo 
Direito Tllhutário: em cit)nC(~15(J () l!!!l.::. 
visório é defif/itivo~ p'ar(:~t:- Ut-l~pã~ado­
'(0, rnd.",) lIa ",clJade não e, p~,rqu~ 0 ~er 
ptO\-I<iÓriO da invt!~tlgaçàú I.:l~n.li(ka no 
campo do DireIto Tnbut~u lU ~ uma ca-
raç!l.:ri .... tka da qUd,\ de não I)ode ~e apar-
t..1L ConsêqúcIlll..'tnl'tHo,! de tt:U1 qUt: uti-
lizar esta drcunblânClJ Hga(h\ ao conhe-
cimento humano para dela lÍrar provei-
to ~ pos'iibililar o progre::.so dos t:..,tudos 
jUlkheu::, em torno do tflbUlO. Como que 
a ajuda do eblavoràvd ,Guittem)" 
Distinções 
ra formas d~ inve:::.tigação científica cna-
tivamt:nle nova'i. l~ aua'rés do ~lro nós 
podemos assumir uma posição compro-
metida com o avanç:o cl~ntífico, 11.1 me-
dida eln que o préJpno erro ,inalíza fiara 
A quarta l.,e afirma que a distill.· 
ção ~ntre princípIO e nOJrna _(:p1 ~ e5pilll-" 
de hoie ª urna [)osiçáO Ç9D;&f.YJJAQÚ\, ob· 
jetivurntnte cOl1servndora. A doutrina, 
ln::tdve:nida, re<;i~t~ contudo a reconh\!'-
cel a .n(:~es..,iJ~iJc tt~j~lP58Ç~ dessa dis-
llnção. CUlno e que se dar~a esta supt:-
1 açao? Jy ~ieyn d~'1ta "d\~linilil..~5!'JJl.~.ªL( 
dela; é e~-;ldm~I1t;a í~~J);ô.Sa.cúIl':>igna.di: 
Ca7Io~C';;'.,;Õ~ H~ p~~coruU\a. para 0' 
;;tüJo~ da ci~ncid jurídica COBltILIporâ-
ne3., e~ta regra metodoh)gi..:a, a regra de 
ouro; "ir al~m de 1\.e15<:n ,em \:lIf de hcJ.-
1>eI}"; u!n~ato d~ i'~dç\hl~lje;-~~\9 ·p.lli57uill:n:. 
lO alheio e ao !lié,;:"o tDnpo deJmu.\:J.Qr; 
dinaçao. ue inú)nf .. )! 11}~~O~SlliU...A.jUJ-­
i.iu_tél1.\ãé)"llõ }lZiti';iIlQ \:1t:nnlkQ, sure-
a círcunstància dê qU!!\ se ebtá erraJa a 
hipótese, a lu pó tese oposta será, prova-
,cimente, verdadelfa. A"im sendo. e 
sem maiof<':>s problemas de consciênCIa, 
poderemos abandonar as Ilos,as convic-
ções, se e,elllualmcnte revestidas de "[-
ro, porque nenhuma constJJjçJ..o_.clS!\lí, I 
10 REVT'TA DF. D1PEllO TRIllUTÁRl0 64 
ração naquilo que o p(>n~0dor, o Cicnt15~ 
la .recebeu ,orno legado cultural, a ser au-
mmlstrado pelo seu 'empa. 
Não vou - para um audl1ório com 
as quahf,caçôes tntclcctuais de"tc - in-
>1St\[ na distinção entre principio e nor· 
ma. Pek., c{"nt,rário , da aquí não '5('r:\ 
p\Jc:,ta~ ~a\ ser ~lmp1c'imentc prc')supol)ta. 
A partir d~la I n6~ tentaremos aV;H1\:ar 
num progres<;o c~eüvo no campo d0'j CS~ 
tudos sobre os principias con<titutionai, 
com particular refcrrnda ao pdnciri() 1?e: 
ral da isonnmia na>; suas implJca,ões com 
a l'ionornía tributária proprirtmenl(, dila. 
ContudO, O caminho - uma via 
nada mais do que uma via para ($ no"<:;~ 
p('nssmcnto, rntre Clutro<; que rodetiaTTl 
ser adotaJos, outras ficrrcctivas de co;:tu-
dos consignada<; pelo, estudio.so~ - vai 
5oC'f ~ para loer::tr-<;e o p~"so à frente ~ aí 
sim algo paradoxalmenfe - tentarmos 
dar um pa,,~O atrás. Retomar produçã() 
científica algo e"qu(,~?lda nO tempo. 
QutnW te<O' ),oje em dia n6,s terno., 
ao manipular a .. 01t('gonao; tetSrkas, () vc-
~n de identificar o ar("na~ J!!p_dcrqp -
que as veleS se I~\~çSfe de çaríiçter~rlc_~_'i 
na \erdaJe inojlrljlO~a)' - ÇQlTI_uma ea'-
ra~IJa- áb;(;l~J-ta de sllpretnacia~te0Jj1.:a, dr 
e'.celênda c!~?ntífica no COnfr(Hltu (:001 a 
prOdUçd
t
) científica (lU ard,~tlça '1U( ... nos 
antecedeu 1 odavía.1U1Q...h:\ .gar::tnlia ~I· 
guma _ ís.~('t nãt? passa de um mero pIe: 
con~.('íiõ--=~ de que o mOdCL110~,5.UP_O!t~, 
sempre-com vantagem. cOIlfronto com 0-. 
passadQ. 
A doutrina 
ProL CcI<o Antônio, eu tenhu sinceros 
rCCCl(1S ,Ie que nada que foi rrodulido e 
pensado (ou sequer pemado, melhor di· 
t(): escrito) ~()bre a isonomia, moderna· 
mente, n\,istiri~ a um teste de confron-
taçào (om dolltrina jurídica antec("Jente. 
Vo<:ê'i já .'\c deram ao trabalho (maIs 
que trabJlho. 80 dc.;peniídt) de Ct,f(lf\'O 
intelectuaI m~1 dired(lnado) de ler cert(lS 
hvro~ mod('~no'tLljvros que sairan~ Jogo 
após" \ igêncio.da {,'onsdruiç-io fcctfUlj-
J~&.) 28~, rr(ltkamcnre (,'OtnO se dirja ~­
com a 1!~cnç3 da metáfora - na prjmcí~ 
rã fOrnHd<1: Lh:~s s~ caractcrínlTI p()r UI'!la 
c_o~gçnit3 SUrerflcia1idad~ expo'ilti\f~; 
jll('ra: rcpctlp".j{~ do pré-cstabdeCldo;-glo: 
:13 inh'rcrl.lar de textos con'itltucionais. 
st"m a menor prt"octlpação de dignidade 
expositiva. É claro que há ex\.':cçõcs, há 
o trahoIlw do ProL Sacha Calmon; há 
o trabalho do ProL Roque Carral.z~, eu 
nfio VOll fa7cr injúria. a rl).)cs cstudio\os; 
ma<i.á H'gra e c<;t.?l, e e~<;es trabalhos ex~ 
cepcl0nili.;; con<.,tilucm 3quilo __ Qyç Carne: 
rlltti Jj/i~i numa bc1i~<;lina metáfora: li-in 
~mil.ãgrc; e () n11i;:Jgrt.'" eXi\lc.Tlào PãI:ª-nJ;~ 
gar - " ainda de CarncluttLa LC5sal'3 
__ a [('tua, nlflt, para confirmar a nccc& 
sidade <,Ja CXCC!;~10. 
VOU expor aquí um ponto de vista 
rcfcrenlí.:' à doutdna antiga. 
Muiro bem, o qlle I: que nós pode· 
1110< falCf dJ<lntc"dJ' tfxt(k.dO .,Illli'..J,I11) 
pe~r;~qor altl.êntico pensQu} É 2~~~l!I.(!r 
cx~rajr dcJe todas[\'j ~Has \~trtlJaHdaçIç§_ç_ 
fa/cr e;qltainen!t~_ aquilo_qut;_QJs.?io pre-
conizava, com rclaçilo a Kc1scn, ü: . .a1tm 
dcJc .'em sair _dele. 
Sem nenJllJm intuitO encorniásfÍl'o 
eu diria que o tÍtllLO avan~'v efetivo ntl~ 
estudo< sobre (1l'rín~lp!O constl(uc'Íon;<! 
da ison()mltJ modcrnaIncnte felí dadL) P('-
lo ProL Celso Antúruo Bandeira de :-1cl .. 
10 na sua J1'I0I10r-Talla 50bre "() conteú-
do jurídico do ]111ncipio da igualdade". 
Mas <c descon;lderarfl1os, ",na tins me-
ramente metodológico'), o trab(']lho Jo 
Acalo na minha vida de estudioso 
me deparei com o trabalho de franc:j).çQ_ 
Carnpo~ soore a i.~on()mia cõns-ÜtucioJ]~: 
Francisco Campo< é uma figura muito 
co~trovert,Ja (foi mínimo da justiça 10_ 
Governo Var?a~). mas (1 t',~~a controvér-
SIa efll úlrno das cin:un.,télncia5 pes·-:oais 
da .lua existência corresponde_ uma una· 
nimidade no rçconhecímenlo de quéeTe 
foi eJ~tJ.:(lmcn_t~.~l~lJ§r(lndc Jt}rJ'úa~~;~ 
A ISONOMIA TRrRliTÁRIA NA CONSlIrClç,\O FEDLRcI.,.l DE 1988 11 
tÍ 
ti 
("j 
grand~ Ç91l'H~(ucionaüsta_- e está aqui 
o Pro{ AlalIba para reforçar (l nosso en-
[usiasmo~ 
o derperlar para o tema 
Muir.o bem, qual f9i o texto de 
frandsco Campos.- é~cfTto' ainda- son-ã 
vigência da- Constituição de 1946, que 
instigou at; minhas reflext)c:-;? O seguin-
te: ~Ui0t10mJa.ç9[ll)l li llcionaJ n~o _~l]t lJQ1~ 
pri[lcír~º_ con,tjêC!O~1a,l qu;.i.lqucr, POlé,~_ 
O~_ill~l~nçntc ~h)s princípios cílllStjlll-_ 
donais. Por ma15 eminentes que sejdnl 
õ7iâ6eas corpus e o mandado de segu-
rança, por exemplo~ que CMavam con-
templados na Comtilui,'ão de 1946, sem 
isonomja dc~ não teriam efetividade. 
A partir daí verifiquei que e.te era 
um texto fundamental, cta o princípl0~ 
d05~princípios, o mais originário de to-
dos, não na ordem cronfllógica, mas na 
ordem valorativa e epistemológica, a 
condicionar os nossos estudos e a apli~ 
I cação CODRt iWéÍonaJ. ~.J!:&.!)Q..Q1j~~_ ~-:: \ Co~lStituiçã()_ fede,J'"1._.9._l2rQt9J)rincip-."Q - o InaÍs originário na ordem do conhe-dmenlo. O outro t1Qtlle dA.b0riçq. Uma Justiça imanente - não transcendente portanto -- ao ordenamento constituclO-
nal positivo. Direito Constitucional e 
Justiça Con<titucional, o mesmo. Por-
tanto, esta reverência ao passado é um 
ato - se nós queremos ser autcntkatnen~ 
te modernos - de fidelidade intelectual 
ao que nào devemos absnlutamente des· 
prezar. Impõe-se repen<ar o que pensou 
Frandsco Campos e até o que pensaram 
antes dele. 
Voltar ao pensador, ao que ele peno 
sou, uma regra que diria epistemológica 
- com essa licença do pensar moderno 
- é sempre um pensamento fiel, um ato 
de fidelidade. Por isso é que já se disse 
admiravelmente: pensar nadª.maiàJ_QQ 
que recordar, e glais atnda,l PS]lSar é co-
me'710ra(o_que f-ºLdit.Q, . .Yl.:~j&t.l;-~-á'n"t-;:~ 
.p~ns<ld.Q;.!QdQ __ a!Q __ de __ r,-~~ª~n.!5Ln.@ 
pa<isa de uma comt'!norgção Il.p!Sanlf? a] 
Sem (. re<onhccimento desse Icgadó'cu!. " 
tural do pa~sado, nós regredir íamos à \.J 
barbárie e à idade da pedra lascada; se. (] 
quer seria pO'i.:,ívcl a contmuidade da 
dência, a conlinuiJude do mundo dacul~ fj 
(ura. E mai!-J,-se .~~9~ p.:cnsarrnoss_om ~c­
ríedade () que fOl antes de nó? peJlsad.()~ 
o...:orrcrá, que> num ato d.e S.9Qltíç~o in-
tr:lectual, tert'mo~ de reconhe~cr quere-
cchcrnos e~'1e prt~do~() legadu -çlifiufãT 
sem merito nenhum nos~~.; no~ o rece-
bemos graciosam~nte. ele está à nossa 
dhpo,ljjção, pelo simp\\!s fato de que 
constill1l um legado comuIll à humam-
dade, um bem ~omum da humanidade; 
algo que não e.stá alojado na vaidade 
subjctivist~\ e d~plorávd de pensadores 
supcrficiab. 
Hierarquias de princ.ípios 
Pensar, ponamo, ét ao fundo. agra-
(Jec:er por aquilo que nÓs recebcmo5 dos 
1\0\505 antecessore~. 
A partir dai, da afirmação de que 
todos são princípios contitucionai~ con-
t1apo~tos às meras norma~ constitucio-
nais, e a partir do que ensinou Francís~ 
co Campos, I:. possivcl avançarmos, ir 
além do pensador, sem trair o seu pen-
samento, É possível pensarmos a sexta 
tese: l)i.,ulR3_bierarquí:LaçàCLn<w,,<!iii.o 
n.9r_fl13ji."!l--,-__ c.em'" .-4LLeJlQ.Jll1mJlLJiQ5. 
pr6r_~L~s~LL~i9~1l~~ 
Será que esta i: uma construção ce· 
rebrina, partida da incontinência verbal 
do ProL Souto Borges, ou ela, como 
qualquer opinião doutrinária, sequer po-
de constituír uma base de a\alia,ão, uma 
base de experimentação daquilo que as 
nossa pobres teorias, como redes, lançam 
sobre a realidade, sem saber a priorí o 
resultado Que dela vamos obler, se uma 
boa pescaria ou uma fru5traçlo do pró-
prio pensamento. 
A Constituição Federal consagra 
claramente urna hierarquia: essa hkrar· 
R:E\ i$T~ DF DiREI ft) TRlEl'TARlü,t4 
q\.HJ. nJt.,."\ e a,ren.'ls ~~mánti~a, ,-'lu s'''J<.\. do,) 
seu $t~mfi.:.lJ\ .. '1 lh,'1rmiHl\.'-', JJ ~UJ. ~i)n~ 
s:5iênt.:l.1 de .,ign.f(,~d~.li,.). da sua i!'\pan-
~àl..) de l))tZnl!f,~dJ" em ~0r11'-' ",10 [('\tO 
('\.\ns.titu,:'I:"lnaL mas e tiimbçom um" hll!-
rar-.{UlJ. sim~W":3. _H3_r!j!\L~pil~~ na C~~n~­
ümi".-Jü Fej('rll \tVt.. f't!b. ~4:l_~\.rfl:~f!},,,! 
t'oünênda. nl,) pú":Cln .ser .t4H'Ig(,jO~ ?e-
quer pvr um..i refv.f.ffi.1 ,,:-vns.tiw~ionáI 
n~l(\ poJendo sequér ser objeto de deU-
berJ..;ão. mço,:hJas l.")Cndc'n[t;!s a abolir eS-
se:!) prmópio::. runJam~m.us, tal como 
rrt's.~re .. eO§.r:t. 69_, § .t~ da Constituição 
Fc..J<ral Ó< 19S5. 
Principj()s 
A CQnstÍtuiçiio rem princípios fun-
daml'ntais e normas, mas rem meros 
principies. por exemplo os princípios ge-
rais ligados à ordem econômica (art. 170 
do texto con, .. aitucional). Porém, numa 
Constituição revestida do grau de porme-
nowação da Consrituição Federal em ví~ 
gúr. r@.Q..i...à-toa.ql~cla."enunci.a. c~ 
prínEIR'.9LLogQ_~afiç"'-=tU1ll.'primfl.­
@J..Hg~rJ]Q..l~\Lt~~~9; &ão os princípios 
çta .Eç_d.erac.ãoLcLaJ~WJÍllJj.Q._que e~t~ 
.Q.QY,!:L.J.'?-, é o prindpio da !IiPartiçj,Q., 
> ª".llilsl.tG_Ç{.u~_çJi.[á..ruuu:LP; é o princí-: 
pio da Q~mocr~cía. ~ê está ~o ~!~_4~i 
, e são os -d~iierto~ e farantJã;.Jundameil~ 
\ tais _,tu.. :Uc_Z-do t~tO-'é;;-;'stil1:,c-iôiia.C 
Enquanto, com relação aos princí-
pios ligados à ordem econômica, a Cons-
rituição Federal faz referência apena, a 
que eles são princíp'()S gerais. Com rcla-
ção a esses princípIOS, que agora acabo 
de enunciar, a Consrituição Federal os 
nomeia como sendo/undamemais. O Tí-
tulo f da Constítl!ição trata precisamen-
te do, Prlncipios Fundamentais -- que, 
enquanto tais, não são meros principios. 
Os direitos e gararmas individuais são 
efenvameote direitos e garantias, mas co-
mo elas se projetam pelo texlO constitu-
cional todo, na aplicação constitucional, 
que condicionam no seu todo, esses dl-
reitus e garantias a~dbam por se corpo~ 
rifio.:_ar também ('umo principa.is. 
Setima tese: a oJ,.l,$.adia teorica, se 
re'lpofl'5J:"eL é uma -\ lnude n;-l!loJU\ÓgJ..-
ca, naJa t~m a \er com \aidad~ de çsqJ· 
dioso; nada tem a ver com incomin~n­
da verbal; faha de contenção em t"~tri­
tos termos de prodw;ão científica, Cie.n-
tifk'ameote, nós só podemo~ a-\rançar se 
ti\'ermos a coragem JI;! ousar. E eu vou 
ousar conjecturar que, mesmo esta djs~ 
tiru;ão entre prindpio~ constitucionais 
fundamentais e meros princípios acaba 
por convocar o nosso pensar para um 
avanço ainda maior ~tI1 termos doutriná~ 
rios e para uma concepção ainda mais 
originaria, no sentido de que é RO&sível 
es[abelecer no texto conslitudõnal urna 
.j,ieraE9ul~ã~-~e,it~pfóprí(» prin~i~ 
k.Qostitucíonai.s. E aí nós atingImos o nú-
cleo, o cerue, o pomo central da nos~a 
exposição. 
Superioridade do princípio 
Afirma Francisco Campos: a isoliQ.-
.!!lEi )lão é .ll."! pr~nçiRÍQ Çpmm.lldonal CQ.: 
Il]Q.O~t~~º-q~gl1qYSI~ª-fQWjiciúI.~-ª-.tll:. 
dcla à apli.<:~ção ct~~~ii9:§§ 
prjn~L9.E __ ~2!2~ti'-.Qçiº..r.E!~ E afirmo eu: 
a isonomia não está restrita apenas ao 
enunciado do art. 5?capur e item I da 
Constituição. Se não manipularmos ir-
responsavelmente as palavras, vcremOS 
que nào é por acaso que a Con,títuiçào 
Federal, dos 77 item em que se desdo-
bram os direitos e garantias fundamen-
tais do art. 5?, faz menção à isonomia 
no ca12!I(~dõ -dispositivo: 10405 J<l-ºjg\lals 
perante a lei; ou como ,liriaKeJsen~iso, 
nomíajqf.m2Lé ali garantida. Mas ela 
institui logo em seguida, Jl(LQ[jm<;ÍI:.~ 
itefllJ a isoPi!.'!lia n,o$ntíç!\.l_-w.Q,'M:zdaL 
a isonomia male/:ia/:_homens e mulh'1;ü 
são Lguais..J~!Jl.direi.t_o-" obrigações, nos 
termos desta Conscituiçãõ.7i: 19uãldade 
é ai a matéria da Constituição. 
A ISO:-':O).f!., TRmCTARI" "A CO. . . 
. , "iSTill..!l<;AO I'FDFiL\l Dl t9illS 
In~i.,tQ; pensar ê semprf! um esfor-
';0 de ret~r~ar ao pa'i'i!ado, O pcn'\aJor 
manHal d!Zlii lambem: tudo rende á uni-
dade, ~ vanedade h::nde <;empre a unida-
de, a .dwenidade, à '!.impliclljade da uni-
fOlnllla\';lo: tudo é um (Heráclito). 
Oítava te<;e: a Con5tiJlÜ<;ão grayita. 
toda ela, el'l torno de um núdeo . .cOilltL_ 
t~!~1~_~~a~1~~m~lt~ .pd9~ }~euin~5~~ prm-
C1Ph)~_Ç9!l)tJtuclQlmis; a l,;on9mia-Üut, 
_~'?~EPttf_~_ir:~:l I); a l~g~I_19_~i~~J~L.~(), 
lt~'!l.! t)); a ,lJn!~_~[,--alj\!.Ld" gJl Í\iris.dJ,ih, _ 
(arl. 5°, item '\~XV: I. A lei não exdui-
rá da apreciação do Podt:r Judiciário le~ 
são ou ameaça a Direno" - é o que diL 
O texto); O QE~!lCi1ܺ"-º<l. COJltgdiLÓlÍQ.. 
art....~~jt.e.m li: HAos htigantes, em 
processo judlclal ou adrniI1l\aaHvo, e aos 
acusados em geral são a5>eguradm o 
contraditório e ampla Jefe'\u, ~Om O~ 
meios e n:cursO~ a ela ineremes". 
Ne!":'se núcleo princípal, num míni-
mo formal de saturai),:ão .- que e o In3-
ximo de saturaçàn <:,ubtt(dnctal do~ prin-
cipios - nós cht"gamo ... ao (:ern~ dos di~ 
Jei{o.~ e.gaqn~iª,-;; üúlZti)l1erltaís (i~e ~s~ 
tào nu texto da Constituição F~deral de 
1988. M3:LfI(\O n",ll:mai= aiuda; tu· 
do nào é um I tudo não se reôuz.i unida-
de? T do'). os dir~ito5 e garanuas indivI-
~ tOd0~ I)'; )llnl.-ll1lü:-,- ()li0- l~~la-~- 10 
I 'e\l~) \:í..Hl')tHU..::io!l~tl. a unh'er~ali(,Ll.dl.' (~-, 
! junsdiçao, a lega\idade, <..) contraditório, .; 
são servientes. e~tãt) a serviço da bon~)J \ 
Jll.ia.. e Sem eles~gurarn~nte não st: t:!x~ \ ' 
plícam com a nece.,~ána den~idade de ex-
posição te6rica . .tlào .j\p_Q~Si y,;;Lahs.lIalr. 
a bop_Q.ntl?_.I1ª-"a[l<:~U5..~ .. d_e _Ql1al9uer_ P.ÚIJ: 
~~2....fQ!lslIt~IjOlta.~ -" _.-
Não diz a Constitui,ão Federal que 
nós somos iguais perante regulamentos, 
portanas, ordens de ~erVlçl.,}s) instruções, 
resoluções do llanco Cemral, pareceres-
normativos. A ConstituiÇão Federal diz: 
Todos 550 iguais perante a)çi" .l\ lev,,-~a morJ!!l".. <la W1!1QJ[jMj' ~ 
línguagéiiHk'-{)bjctõ;à lcgalitla"e e a JSO-
nomia estão enunciadas em dois lOcisos 
lJ 
Abrangência 
E a l' (l)ver;atídade da jll[i;.dição.? 
Sem isúnom\a el~ :)trn.a ~~"H.l..punçWIQnm~ 
uma enunciação balota, umflalU.s \JOCIS. 
E º----:O}tlr_~.l;1I\óriú? _çOmº--ª,\~çg~Lmr---ª- P9-: 
)~n_I1S~1 'LqJSS~1IS~O? ArJwiQJjf:iLtio m.n: 
trs!JiJlJJ/JQJlQ PljJçessnjwlu:wp O entre-
choque da~ opiniões, sob impt:rio de re-
gr3S proce'isua:rs noneadas, todas das di-
recionadas, para um 11m que o proc/;!;:,so 
atInge. induslvé o processo tributário. 
que M~rá fis~:~li.z.a~o todo S!.!~mlN"~ D.9.---tQ.- .. 
cante à Ilt!rtlné!/~~ia d~ dl~CU~~2.pe~<lQª[­
t~impªfci~1 qUç ~.!;til,!i;~. _Ç~HI:lO i~;,0 se-
na ro~sivd $t'I11 bonomía? E;lõ'u~iaiãn­
do da· Co'mtituiç5:o del988 ... 
A~a está tqmbém no preâm-
~ da Comtitui.,ão FederaL Antes-de 
qualquer oulra COIsa, antes de come,ar 
a dl>dplinar qualquer marcna, íill.<;.>;I.a; 
Ia. o h:lo!Í)lador comtJtmnle oI) nrdml1u-
lO, ú flIn ddS nOIl11;.tS qUI: mstltui: prc-
~elYar a iglkdlbJc .. A l"wl'fõjlTIffita aln~ 
da 110 ~l..!.!~.it~m y, nas rela\~Ôç'i_ ínle-
restaduab D:lS reLlç~)ç., (!U~ tI nr~Ftl 
m".intem (om 05 l~.,t~j j!)\3ili~iiii:;S" 
Regem-sI.!. toda~ da~, pdo pnlll2JpiO da 
igualdade. Ponanto, antes de qualquer 
disciplinnç'ào ou côtruturdç:ão imerna do 
()rdenamento juridk,) ';J)nslitu.;iúnaJ bra-
sileiro, e::,lit a Ü,OnOlnla, rXfsistt!nte, a go· 
vernar t0das as rdações íuridicas de Of-
dem Internacional que" Brasil entretem. 
I' RH1STA DE lllRFITQTRIBI,'T \l'.",",,4 
AtionuH fktkcrn.1 j.i dir1a, e vamo, 
res:rcuar l..) pen-.amcnto .Jdc, n:\'cr','nt.:ian-
do aqm\o qu~ de" Jls>;e; l:S prinôp~o" tm.-
fJh~th.'IS no tt.~"tú c\'n:-:;ll\u..:h'l1al têm a 
rnt·~mí""'nia 'p,--hldvid,de e ~\cntua!ml~n.­
tr.!'_J. me"l'n.\ rfl(í\.:la dos. principiOs 'coos.: 
t1.\.\h::i ... 'nu\' .. e\pre:,s(,'§_' Porté\nto, eu po<;j-
$1,) e\trair na metalinguaj!cnt dOUlrlllthia 
a regra de que em \'crdad~ exi'\!e t3.mh~m 
uma i'ld1ll.'IlDla no re!lçiQPême..!.'~\.Q_ cnl-t~ 
;;\=> pl."~t''il~n'jt'tuÇjQn'!J5 Untflo. E",ta-
dos :\kInb:0s e ~lunklplOS. 
Não signifíc-a, essa it;onomia da;; 
pc,>soas constltu~ionals. tenham ela" ao;; 
mesmas atribuições kgl~latívas e admi-
nistrativas. Signifi.(;a~ ISto sim, que .~la<.; 
recebem a~ sua,; c()mpctêrcia~ ctírt:L-tInen 
te do texto constit.udqnal, 'Scm intenne--
diação de c"'pcdc alguma.- E o Mlln!ci-
pio - essa diversidade na unidade que 
possibilita e viabíhz.a a unidade n<1c1on;:tl 
num pais de dlmen~õe~ ('ontin<'"lltiUí co-
mo O Bral)l1? O ;\1unicípin é lima criatu-
ra da Constituição; o art. 1 ~ ao estrutu-
rar a federação brasHcira, refere-se ao 
~1unicipio; (1 art. ] 8 diz que o .Munic!-
pio c autônomo. O !\1unicípio portanto 
nâo recebe a sua competência 1egic;laüva 
e administrativa ~enâo dI) próprio texto 
constitucional. Equiv0C::tdo seria <;UpOl 
fora po~síveJ colocar C~5e prohiema a uí-
vel infraconslitudonal. Perfcirams::nte ca-
ractelllada rortanto ti. isonomia da':> pcs-
soa0; cono;;tHU(10naIS. 
J",nomía e legalidade 
E finalmcnte fi isonomia do "rr. 5°, 
enundada na hngua,gem constitucional 
como um principIo distinto da legalida-
de. ~!a" na metalillf,uagem doutrinána, 
nãO é preci'>f\ u~ar ;1 nle:mHl. tcrminoJ(1~ 
g13 da lingtlagem do objeto, e eu pn':,<;0 
muito mais adt'quadamcnte dizer: lega-
lidade isônoma, um só príndpio. 
E seja-me permitida, em dfOCO!Trn-
da dc<;",as (lJvagaçõcs, .1u:rw, olltraJs"ç __ 2_ 
{11)113 ~_ ~ rnais impottant.c, talvez (ou 
mnito m~h) um devnn('\() da imaginação 
gener!ISO, rrn turno dü ((''{to constitudo-
naL .E qlJ~ a isonomia mio está no texto' 
c,-!nstUticwnal arcn<lS; a i"OTH1mia", em' 
{,;erto I;e-mjdo 1 e (l CMmi~ed(-;r"a{ 
rjf 1988, Tildo é UnI,' i,O(,h)",l~S ri t.tt,I. l PiUS
r 
e no! ma" se recúndu/em <'\0 principio 
mah origmurjo~ ú que e~tá nQ fundQ_lh.>s 
fundam~nt0'i da CQl\<;lltuiçàQ... 
P quondn se trata da isonomia em 
matéria tributária (art. 150, item II), nu-
ma Constituição pormenorizada como a 
bra8il ... ~im, a tendênda da analítica super-
ficial ê afirmar logo: e<;<sa ~e}teração da 
isonomia, no ~etor trjbtltário~'~-uma-re:-
dundJllria, mna suilerfhi(d~idç, uma crU-' 
pllca';,ltl ~núttl do tt"\to constitucional 
que <Jante.:; enuncia, em caráter gen~rico, 
a legaJiJaclc geral (art. 5':, ('apuI e item I). 
f_-Ic~.te e_~l ~1i1oJ'e!}s9_~~"im; con~lde­
rando a importância que o problema tri-
butário tcm pqra o Eqado Brasileiro, o 
dramático dcs~fío para a arquitetõnica 
conslil m~ionaI, de di<:t ribuir poder de tri-
butar entre {rto, rsferali au1ônoma~ de go-
verno -- Unii1o, E~!ildos e Municípios 
--', prOV (1COll a necessidade de que hOll-
ves<;c llma dit.clplína autônoma quer da 
legalidade tnbutária, quer da isonomia 
rributanu. Veda, o art. 150, di<;crirnína-
çõe.;; entre' cOlllrjb\linte~, Esta reiteração 
se dá sob llma rcr~pcciiva completamen-
te diótinta ua legalidade e isonomia ge-
rais no texto constitucionaL 
QII~l é e>;~a perspediva? Já ai, a le-
galidade e isonomia sào encaradas, por 
assim din'r , nn texto constitucional, ço-
mo limilações conslilllcFonoís do poder 
de Iri'mlllr. f" 'upremalímitaç.<lo do Ilo-
er de tl'íhut:1l' c a)~I)nnJ '- Portanto, 
ncn 1Ulna lei tnbutána marcrial sem i~o­
r0mia, nunhul11 tributo sem legalidade. 
Nó, vollamos às vetustas origcrL5..do. J)i, 
rcite) fributário: nu/lum.tribulum .. sine-/e..., 
sr. No funoo, tudo monocordkamcnte 
reitera o dl7cr do pas\ado, 
É uma earactc(ísti.c.agQ IllJ~ito mo: 
deme, a innação Í,g.i?JaÜva,_'HuliO:::nei-
oi 
A ISONO\llA TRIBUTÁRIA N,\ ('ONSTITl'JÇÃO FEDLRAL DE '"8! ~ 
15 
se sentido dcscomedido e dest('~pe~ado __ 
nãv dd lei em si, mas da produÇ~OJCgIS= 
lativa incontida. A lei se permite tudo, 
contanto ql1C nâ prática da mIo regTlle 
nada: normas \lesprovíóªtil«-,(etmda:: 
g~,'.. A lei, por conter normas Jc caráter 
geral. é privileginda nas preocupaçõcs 
com os cstudo~, inclusive de Díreito Tri-
butário. e aS-;lm deve ~cr, mas..lli'lo, §~ peI-
deudo a vi.ão da floresta pela con~erJ)­
plação da árvore. Na legalidade não es-
tá-o Direito-i'odo; a legalidade tem que 
ser con'í-orciada. para a sua eficácia com 
o ato adminÍstrativo c judicial; QU .,eja. 
as sentenças administrativas, os acórdãos 
administrativos e os atos judiciais (cole~ 
giais ou singulares). 
Muito bem: que acuso de ser des-
temperado? Rogo ninguém atribua à mi-
nha exposição o sentido de que estOu pre-
conizando o desrespeito à lei. De maneira 
nenhuma. O que eu quero dizer é o se-
guinte: em ciência do Direito, e portan-
to em ciência do Direito tributário, a 
magna indagação que retoma o remro 
todo nas nossas meditações é o respeito 
dos lím ites do nosso pensar, em respeito 
aos limites do nosso objeto. ~ei Jamais 
foi feita para regular todos os 
rleiYhüjIT~-exceluado - que COUI..'Tctamen-
te ocorrem na convivência social. Pelo 
contrário. as lei\) são feita§. para aguilo 
.,qt!C nQ~,m.illmemç aC\,"lnlfce .. E uma velha 
par(!rnia, só na aparêncIa, pareccnuo ser 
firmada pela consideraçào de que, ao la-
do das normas tributádas de caráter gc· 
rall exi~tcm as normas tributárias de ca-
ráter excepcional. 
Alcance do principio 
Todavia, o conceito de geral e o de 
excepcional nas suas imerrelações são, 
um como outro, conceitos relativos. A 
~<?rm~ __ €!x.s.~'p,ÇJ9!laJ é, também ela, uma 
norma de caráter geral, ;6 que ª_.~_otmª 
geral c2'&epci()!LaU:;ç3ssim. me POS$,<i:~~ 
pressart s,,_ dirige, a \lma gen_eIi'\ida!;t~ 
"I 
mui, r~"lri~~ d,e pe'w?~o;;~J~QI.J~o~emplQ" ~ 
unla n~)rma de l~ellÇão> ~ã.o..P2~os~~.:.. <1!"1 
tah;Je\;~r enllc.:<to de let.umai~çn!;à(um 'fj 
sar~_t~I Jn(tlvIO_~, p~)r.que iSSQ sena aten~ t{j 
tatoflo a daIS pnnclplos conMitudonaís 
que venho pr~con17..ando COmo supremos 
no texto: !~r.~êLa.tent.a.tóriQ~já911Q!!lia ~ 
~ .. cQnlt,e.u~l]çla _consl1luçl.Qnaldo--I:.Qder 
E~Ç.~l~YQ_. O_C'QU'1rC"iSO não pode voW 
11m3 Jcl de ca)1!~n.d.i:...i.~. isso nào é 
novidade, mas é por isso que eu retorno 
5emrr~ ao ~~nsamemo amigo. Fer.ra@, 
em 19 .. l, diZia na ltáI1?: JIJna../ci .d~_Cíl:: 
ráte'( individual nada ma].;;_ ~!$.~i[ic§._EO 
que uD1: ato administrativQ r~ve.5lldo dã 
-r-Qupag~m à~('nas fQrmal-d~üe;.-é-m-atõ 
inc.onstlt11cion-ãl pôr- in.ya~Q_de_&'mp.s:: 
tênCla, diz-~e hoje. 
Entào a generalidade da lei deflul, 
não como dado a priori do conhedmen-
to humano, rna~ ?~.~i~~unstâncif!.~c,q~_e 
temos, no tc", to constitucional, o priuçi: 
piO da tri.p"ni,-ã~ de p-o_dg. Consequên-
cia deste: O Poder Legl,\latjYºJlâº-!llld~ 
invadir a esfera do Pode(,E~eç,~tlY.Q e a 
do Poder Judiciário. l\le; terLqu-,,2.~ 
sC~Q!e;.g~I.aJ.! E &~!-ª--a_1N~l.Di1gi!L~<1 
sua grandeza, porque ela não pode c.go-
lãr -a 'reguiãção da vida social toda. E aí 
se coloca o problema, não das antino-
mias entre lei e ,entença - como se a lei 
dissesse: é proibIda tal conduta, e uma 
sentença de aplicação dela dissesse: é au-
toriz.ada tal conduta. ~ão é isso que se 
questiona. O problema é bem diverso: 
como a lei ~ão.podc - não -cabe no rol 
da::. coisa$ humans-, da imaginação cria-
dora e da inteligência do homem ~ Jll~ 
vcr tudo aquilo que vai acontet~n na vi-
~fl30-nçLcta:la V1d-álrnUItomats-'ncado 
que a no~sa pobre capacidade de imagi 
nação), há ,emr,,, calQs_(,ue e"al'am à 
normativa da regra gc,al.e géijQl1L.P.el<l 
ap\icaçU'o de-regr~ dí\t:r~a daquda diS-
ciplina adotada eventualmente en\ seu 
texto. 
/\. gt!nt'!'dlid3d~ da~ ei ~ )(~"'I_hr~ c\'cn· 
tualml;'me a ~UJ m\.,~na. Ali.. 00 e 1011, 
uma g~o~rdhJ~lJe de expansão da ld 
_________________________ ""'._',~M_~' ..... _~' _______ _ 
16 RFvrSTA DE DIREITO TRIBUTARIOM 
uma generaHd:lde ínex...:ctuada. i.é, sem 
exú!'ç.âo no te .. (\) legal, há 5~l11pre um sa-
criú~;o da J USH\a, 
Di'lendo es~a$ (:oísas assím e mUlto 
abstraramente formulado, o enunciado 
não perde a sua valid.!de. mas perd,;- ,um 
pou~o da ~omrH:~nsão e da [f,,~I~~U~\lca­
çãü. Mas. se eu disser que U ml$t:n~a_~.Q. 
Imposto Provisório sobre moviment3-
çôe-; Finan~eiras - rp~fF.~_p[~ç~s_f!mSPte ~ 
a sua Qt.'oera1id<lde~ porque! ~m.de(.'or!ê.~­
da dt'13 1 é incompativel e~se in1llOM.p_ Ç9ffi. 
a capnddade ~0nJr}J~~Jh;L a çqmp~ee_z:t: 
são tka enormement~ [acJlitaga. É a fOI-o 
ça_ ~!~u.mi.T!ad9I<!.-º9 _ t;.'<.~mºlº. 
Consliwiçiio e lei 
Omra suposição minha, infelizmen-
te desconsiderada: não 'Je deve CpnfllQ-
àlr. uma lei inconsu[Ucjonul c.ú[[La aolh. 
carão in(·üp.<lrituClOn'i! essa ~Hn de um~ 
norma 1nfraconstl1 IH'JOoOI rgm9~{l$ J~' 
são l<eitas para qquJIQ que normq/meqre 
qqtnlece num CíUº cODcrt:to 5~~CCpClO­
ll.ill (o que se não càl1funde com a "xcep-
ciollalidadc das normas legais) l2ilik 
owrre" q}t(' ª aplicacãQ da norma tr~ 
~id venha a redu.ndar numa tlªOTSmr.e 
injus!jça, ou que, álO negar-se a aplIca-
,a,) Jc lima nOrma tributária geral ou de 
urna norma tributária qualquer instituí-
da em lei, injustiça também venha a "do-
dir na vida social'.!?!!l'()l1j1its_~.l2Qr. ex,,'D: 
pl0, que, numa _dcterrnÜ]a~iª..l.egi~º---çiQ. 
'pais~ haja uma circ.un;lância Jll.ttuita. 
uma calamidade pública num determina-
do Municípío;-por' ex·e-inplo, como ocor-
reu na minha terra há muitos anos: um 
bairro pode estar afetado por um incên-
dio ou por uma enchente e esse in0.r:~~: 
nio afeta a capacigad_c_J:Olurib.uUy.aJ.ll: 
dividu".! por um períOdo limitado de tem-
po, mas seguramente afeta. O que ocor-
re então? O legislador concede_y!l]a.i~ 
ção restríta"ãõSliã5Tiiúúes dó bai,uQJA), 
Meses '(jepQi~ osorr~ que, por um inf9I.-
t~~E_IE_al<!.L~j_~~~.!.~s~e }nfOl~(únio se e~-
(.:!nue e recai sobre outro.ba]rroJB). Ma: 
n,\o hál.i prevendo !~l sifU~Ç~Q. A lei 50 
foi feita para resolver a sltuaçao do bair-
rO (A), mas tudo indica que se os habI-
tantes do bairro (Bl, dantes não afeta-
dos, vierem a st!r atíngídos por esse in-
fortúnio, o legi,,\ador daria exata':lente 
a mt!~ma solução. É eMO (\Pls.Q.delnte'f: 
.pretação eXI~,!,~í~a. E se o kgí.sl:do~ ~ão 
previu a hipótcJe} como as lei sao teitas 
para o que normalmente acontece~ ª ~ 
sa situação a~?ºhjl<.}_m~n~~ e~ç~PSJ9J~.a1 
<) próprio ';rdel'.amef\1QiyríglÇo dá Q.Il!: 
médio~-Ú.ill !J.Q". iI)SJrUillçuto.s..P~. 
í~eirª~~o_ ~,~ª-.~QllQ~~Ii(1~ 
Não está dito na COIlSrttuição [~º-"=­
ral de'1988 que oi direitos e gar:mdaHlw.:. 
e!a.estabele<;eJ . .D.o.art, S~, independem..d~ 
regula(l1entação'i Por que então,JU.U;:.e.>::_ 
pecit" de pudor ~Y_ª,_9 jI}~l2.!:5~ - o que 
é m.uilo m'ais acomoda.;Ml..M:t:'ol...il-<\l1!i: 
cã;;ãO 0!'ps!_ü9~~-ã dts.aplicar.o te"-to 
consiiiueion~l tl1l!ªis hipóXes~? Não é 
preciso decretar a inconstitucionalidade 
de lei "omissiva" . 
Agora, se se aplica a uma situação 
norma que foi feita para regular casos ge· 
raís, realmente a aplicação ai é a aplica-
ção inconstitucional de norma constitu-
cionaL 
Eu também continuo não falando 
novidade, estou '?pe~as' te-,j,ii!1_g9aT!~ 
coj~a.'LyeLQas 50h_neJ..spectjvas-r:l0~, ou, 
êómo diria o Ministro Baleelro.transpor.-
tanto vinho velho em pipa ·J10Y? Rubens, 
Gomes de Sousa disse issocom toda da· 
reza nos seus pareceres luminosos. Um 
exemplo: o lmpo,to Predial e Territorial 
Urbano. A Constituição federal o tem-
po todo, quando fala da propriedade, O 
faz em reiteração que nos chama a aten-
ção, atrela o seu exercícIO à sua função 
social. E diz claramente, ao atribuir a 
competência ao Munioipio, que o impos-
to Predial e Teritorial Urbano poderá ser 
progressivo, de modo a assegurar a fun-
ção social da proprbJade (art, 156, § 1 ~), 
Institui-se o Imposto Predial e Territo-
nal Urbano, por hipótese, progressivo no 
A ISONOMlA TRlBUTA1UA NA CONscrITUIÇA.o FEDfRAL Dl 19B8 
temP9· em função do valor .... enal do imó· tar a incomtHU(;ionaEdade de leí em cir-
veL E claro que qUc;lTI ó\:[em grandes ç!,1t1~tâncias como c:-.~a_ Ndda mais 
imóveis, imóveis supervalOI izados. imó- de$arr~z\Jado. 
yeis que constamem~nte pft!"${um reve- Concluo e~ta exposição, à mingua 
rência - como um bezerro de ouro - d(; tem pu, que mUllO já me foi corlcedi~ 
à especulação imObiliária; imó\lels que do pela generosidade da att.;n.;;ào. 
não estâo exerçendQ a sua função sodal; 
lmóveís que) simpksmcnlt: oc\o':!os, for-
mando e~toques para a cumulação di.:' ri-
quezas) é claru que eles própriLlS sempre 
çorrespondern a uma manltestação os-
tensiva de .;apaddade .;onrributiva indi-
vidual. E a lei foi feita para alc<\nçâ-los 
e não a t.1utros; a lei foi f~ita. repito) pa-
ra aquilo que normalmente acontece 
(quud plerumque fi/). Mas, argumenta-
se ad terrorem, contra a con!-'titudúnali-
dade dessa implt'lição. com a circunstân-
cia que l;h~ga a ser ridícula: a alegação 
de que eventl1almente o impotlto pode 
cair sobre uma viuvinha desamparada, 
pensionista da Previdên.cia Soclal que 
herdou imóvel superlativamente valorl-
lado na Av. Paulista, U1US não tem co-
mo pagar o tributo, ou que o II'TU pro-
gressivo no ternpú pode até recair sobre 
um desempregado que tem um grande 
patrhuônio mas e!)\á sem trabalhar e nào 
tem como realizar dinh~iro ... Isso seria 
incompatível com a capacidade contribu-
tiva individual. São, todos es>es, casos-
hmit~s, a rnaís ex\.:epçjonal das ~XCt'p<:lO­
nulidades. E por isso imprevistos no Pla\ 
no legaL E o legi"lador fu obra huma· 
na e, pois, IIccessariameIlló imperfeita, 
f:_ste çQJ1gresso foi fdto"exatZ!lllfJ~ 
para qncbrar t..;bu-:" e prt:c-,9I).g.'l,.tQ2... Não 
é à 10a que dt! s~ afi"rma corno Q.~a.;,iã_o 
renoyada '"'Jara .o_rcQt;}jsª,1 çi_c._varLQ~_...te= 
In!"') (,;on~l)~llÇlQfl~.i~.\., E !:ie nós queremos 
~er fi~-js ã e!l~e t.it::f.ojJt!rato, teremos que 
con~tantçmentt! r_t:l0J!l~~_q-ºjlrul-ej~~fu.L:: 
ço ~Q peIJ't(!f. S~!l.\_ n quaLnf\o __ el\i':i.kll-<!:: 
n\~~flt J.urista, nenhum esp~eclali?l~LçUl_ 
121DÚt,,-InOlllário ol;-Oulr.:> lan'lo.-t]tJal-
quc;.r de ~onhtdll1ento juríq1CO dig139-,1~~­
.l!' .. rlQIll<;. Muitú ObrigJdo. (Palmas). 
PROF' M1SADEL DFRZI- Tivemos 
a honra de ouvir palavras maravilho~as, 
ctb~ur~o belí\simo do Prof. SOUtO Maior 
Borges. Eu acredito que os nossos juris-
t~" homenageados Rubens Gomes de 
Soula, Aliomar Baleeiro, Klebcr Giardi-
no e Sampaio Dólia üveram, nas pala~ 
vras de Souto, a homenagem jusla que 
se lhes podelÍ3 plcHar. 
Ora, exigir o imposto em hiPótc3Se~\ 
que tais, é evidentemente reC<l.ir lIO que 
eu critiquei, uma a~licação inconstitucio-
nal de norma constrtucklIlal. Agora, uma 
solução evidentemente desdstrada seria 
coru.iderar-se a lei inconstitUCIonal como 
um todo, em nome de 11ma incidência ex-
cepcional. É só uma questão ,I< se inO-
vaI aquela lógica do razoável a .9,U!; 'i.Ul:: 
portava o Prol. Recas.;n, ·Si~:1o;.s. Mas o 
dízei-fiéffi hunlOractõ dii-quej","n, S'<:lI~ . 
~ a coisa mais bem repartiua. qg.m\lj).>Jn..~ 
(?ürqü'e todonllrndo adJ;\.JlIALQ.;,e;l.hl!: ' 
i fiCle-nte-ü,isos). Pretende-se então decre- : 
Profeslor Medrano, esses jUrIstas a 
que nos referimos aqui I jurbtas brast\ei-
ros qUt! abriram os caminhos do DUêito 
Tributário, foram homenageados pelo 
ProL Souto de uma forma ímpar, por~ 
que nos lembrou que eSludar OU r.estu-
dar o pensamento lributário é cornt:mo· 
rar. Comemorar é ~xatamen{t: O que nós 
e,tamOs fazendo hoje, .. <estudando o an-
tigo, retomando aquilo 'lu,:: de pre:doso 
temos nc~se antigo, aquilo que o pensa~ 
dor como um Allomar Baleeiro, um 
Sampaio Dória, um Cieber G\ardino e 
lun Rubens GOlnes de SOUL<\, aq\lilo que 
esse pém,aJor pensou e nos podemos 
apenas pretel1(,:kr, no máxuTlo - eu am-
ua não const:gui, mas \:OIllU O~ Senhores 
vêem Q ProL SoutO consegue e $empre 
conseguI.:'. e por isso que e-k ~ fdiz, já I!S-
creveu uma obra chamada "Ci~nda te-
liz" - ele l'onse-gue sempre coloL'ar uma 
18 RF\'I'\TA DE D1RFnO n~mUT,\RJ(),M 
pedra a m::ti\, um ti,lolo a nH! is 110 edi fí~ 
CIO da ci~n('ia jurídi('a. AI~.llns tentam, 
como cu, ardunmentc, emhora niio con-
~igam()s colo,:ar eS~d pedra. Nó'i e',;;titna· 
mOI, c<limlilamo" c aplalidimos ~eil1pre 
que alguém O falo 
El'oluçõo da c;,Jncia 
Então. rcc'nUd2n(ln ('l tlnflgo e rcto-
mand\.1 as bçnc~ dos grande,; mC'i{rl..'~ e 
sUbmt~Temk) todas eS5RS licóes ao rc'\te ri· 
gOfOSO da ('Ieul ifidd;:lCle, te..,te ríg("ro~o 
que m('~mo qmmdo in firma teorí:1'; cirn-
tífit:as !l?O Ilefta tJ valor de<;.;;as afinllfl.-
çô~"'s, mC':;fl1o qunndo elas t('ndo pre<;ta-
do um elev?ldi~,ill1o (' l.Hn rek"'antísi.:.irno 
serviço à cíênd<l do Dirt.:ito Tributário, 
mcmh) qu~~ndíl c<:.ta'\ afinnaçÕe., ('!cntÍ~ 
flo..:a) num certo mOTl1entü deixam de "cr 
suficlcntCO:; para <l.h;ucar OH para explicnf 
a LOlahda<ie (tos fen(lm(:l1oc:; da Tcalidf:l-
de. rusim como no ca.mpo das ciênoHs 
c"al<iS (! um KC'ph::r slJf:cdclI um Ncwtf'In, 
a um N~wton sucedeu 11m Eimtcín, t(lIIl~ 
bém no Direito. 
A obra da ciêf.lclll. é 11ma obra t;Orl-
tfnua e ti e ... ta VI.ljão h.eH~~ínla o rroL Sou-
to, () di ... (ur~o do Prof. Souto, é a con-
flfmaçà() ~ernpn." correta. sempre exata 
dI!" que ele I: UlTl do'} rnai(\rC-~ jUrIsta.;; bra-
sileiros de todos (i't r('rnro~. [ ,"uhmçtJ-
do a um novo tC-I...tc de vcrincl'ibJlidadr (''i-
ta comr:uaçãú .;emI"'re ,e conrl.nna O 
Prof. SOuto nOr;;: trouxe aqui, exalam>."'n-
te. a prün;lzia rio prjndpio di! 19utlldn-
de, J pre'aiéncíd d" prinf'Íplo dq iglJal 
dade, al~;m de retornar o pensamento, 
mesmo porque pt.?D\ado por C'iS(\'í gran-
des fX'nsadore, da I Lt.,Iória do Direito, 
ele lembrnu a lm:rarq1Jia ('ntn" cs~es l'tin~ 
cíplOiJ cnn'itituclorJaLs, todo') ('Ie~, para 
~a<..ar, ii pa'l'iando por rodos ('Ij:,eç pnn-
CJpios a pre\alêncJa ç,iJente do prind-
pro da íguald.de. 
redfralismo 
o fcderalhmo não se compreende 
c,em a isonomía c fi. igualuade entfe OI;; en .. 
tes P()!fl icos fl'derado~; a legalidade não 
se ';l1mnrccnde ~e não sOllberm0s que 
n<l.0 fa/~ lei, nà0 se assenta para codeH-
berilr c cod~~ciJjr a n.lo ,~er aqueles que 
c;~ .sitllem C(H'T1'.) igmHs - fundamet11al-
mt"ntc como ignais, pvrque O senhor nào 
di"õcutc COm o I~"í ... tavo. ele ordena. 
Fntão, fundamentalmente atrás da 
República - l~$O sempre nos ensinou 
Gcrald(~ AtaHIJ:'l - eSIÃ o prindpío da 
igualdade: República, legalidade, fede-
rat;ào, o devido pro<..'c<;sCI legal. por t{J-
d(l5 ec::"c<" prin<'ÍJ'j{)<; cfirís"limos da Cuns-
tirulçj() pcrpill,a sempre a igualdade. A 
igualdadr, como diz o noSSO me'itre Sou-
to, não est~ na C'ot).)tituição, é a Consti-
tuição de 1988. E ao dl7cr jf;"O fez (llgu~ 
ma coisa maí" dlfh:il de ~e fa7cr ainda: 
d~mnnqr(H que entre O"i princípio) fun-
damcntaí< da Ct1mtltui\'ào, aqueles mais 
rlJlldaJ1l('ntai,~ ._- e esse o pen'iamento 
av~nçado, pelo menos como cU o vejo 
nc~te monl".'ntn. de SOllt,O Maior BC)rg('~ 
-- drl Con.;;tituíl.;Jo, alguns deles pode ser 
que "cjam m8is fundãmcntais ~inda do 
que outr('!~, F<;')c é I) no~so desafio, por-
que () ft;'MpO todo mUIt.')'; vezes nâo se 
trara d~ e'larele\'cr propriamente uma 
hicl <u qui;!. cr\! rc o", príncípios. mas de pe-
sar ou de sopr;;arum frente a01;; outros, 
onde eltalllos falando de principios fun-
uamentaÍ'i. 
Vej~m os lenhores que Quando en-
tre nÓ's foi dl:dar<ida a aholição da cscra-
vafllrZl toJos nó .. ,;aht"m()~ que alguns se-
nhores e prnpricráric'i levantar;tllJ a ques-
tão do diq,jt(l adqnhido e do dIreito de 
pmpried"de. ~em dúvida alguma teria 
havido ali, do ponto de vj<;ta dessc$ pro-
pnctario" 11m cC1nfi'l(o, porque seja co-
mo for e-s"c<; ~cre, humanos escravos ti-
nha,rn um "·alor p<ltrirnonial e o seu pa-
frÍmônio tinha sítio "ub~lancialmente re· 
dULiJo. 
rnt~o. ao lado do não-confisco, do 
direito de J1Topried<lde e de outros prin-
cipio<, 'c8undo n C"n,'iIuição todos eles 
fundamcn(aí~, \1l11a outra indagação 
multo importante ~lIrge entre o s(lpesa-
menu' c a rcl3ç:'o entre """5 grallde~ 
"' .. , .,::; 
A ISONOMIA TRIBIJTÁRIA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
19 
li 
e 
ij 
ij 
c 
li 
prinCipias. De plano o Prof. Souto." in-
dinou, ao longo do seu discurso, para 
um peso maior, um assento major na 
igualdade ou na isonomia dentro do Di-
reito, mas avançou tambem algumas so-
luç0~s em caso de connito, e que ao lon-
go dos anos nos vão ser lembrados, que 
é a rcfação entre nonnfts excepcional c 
norma geral e a lógica do ra7oável. 
Quero portanto sauóar o Pro f. Sou-
to Maior Borges, agradecer a ele essas 
palavras tão marcantes, tão decisivas na 
abertura deste VlIl Congresso Brasilei-
ro de DireítO Tributário, torcendo para 
que no enfrcntamcnto das que<;tõe-s, nQ 
dja-a~dia do Díreito TrIbutário, po,sa a 
doutrina brasileira, possa a jumprudên_ 
da brasileira coloçada frente a essCIl C('lU~ 
Oitos, entre grandes prinCipias constitu_ 
cionais, entre princípios fundamentais 
adotar as palavras do ProL Souto e <qUi: 
librar esse) principios cornos pesos dde~ 
quados, como aqui foram colocados, 
Portanto, mais uma vez mUlto Qbri~ 
gada, Professor, ao seu belíssimo discur-
so, como já era de se esperar. 
T('rcmos um breve intervalo. Mui~ 
to obrigada. (Palmas)

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