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8/9/16 1 MATERIAIS BETUMINOSOS Profa.: Andréa Resende Disciplina: Materiais de Construção BETUME “Material cimentício de consistência sólida, semissólida ou viscosa, que pode ocorrer na natureza ou ser obtido por um processo industrial, composto principalmente de hidrocarbonetos de alto peso molecular, completamente solúvel em bissulfato de carbono, dos quais, asfaltos e alcatrões são típicos.” (ABNT NBR 7208) 8/9/16 2 ASFALTO “Material cimentício, de cor preta a parda escura, no qual o constituinte predominante é o betume, que ocorre na natureza ou é obtido no processamento do petróleo, que amolece gradualmente pelo calor e com características apropriadas à pavimentação.” (ABNT NBR 7208) ALCATRÃO “Produto betuminoso líquido ou semissólido, de cor entre preta e parda escura, obtido pela destilação destrutiva da hulha e com características apropriadas à pavimentação.” (ABNT NBR 7208) 8/9/16 3 Mina de carvão hulha Mina de xisto a céu aberto 8/9/16 4 Lago Trinidad Poços de petróleo 8/9/16 5 HISTÓRIA • Ligantes de conchas, pedras preciosas em estátuas pelos Sumérios – 3000a.C; • Preservação de múmias; • Impermeabilização e cimentação pelos Babilônicos – 625a.C; • Século XVI pavimentação como os Incas; • 1830 – 1850 processo de pavimentação atual Concreto Asfáltico/Betuminoso. CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES • Repelência à água; • Força adesiva intensa; • Solúvel em dissulfeto de carbono (CS2); • Não existe uma fórmula química exata para o betume; • Normalmente em estado sólido, líquido e pastoso; • Aglomerante ativo; • Sensível à temperatura; 8/9/16 6 CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES • Mau condutor de calor, eletricidade e som; • Custo baixo; • Combustíveis; • Diversidade de composição. APLICAÇÃO DE BETUMES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 8/9/16 7 PAVIMENTAÇÃO • Cimento asfáltico de petróleo (CAP); • Asfaltos diluídos (ADP); • Emulsões asfálticas (EAP); • Asfaltos modificados (AMP – AMB) • Aglutinador; • Resistencia aos desgastes e inercia a produtos químicos; • Imprimações. IMPERMEABILIZAÇÕES • Asfalto; • Emulsão asfáltica; • Manta asfáltica. • Proteção contra impermeabilizantes. 8/9/16 8 CLASSIFICAÇÕES ASFALTO - ALCATRÕES ASFALTOS Obtidos a partir da destilação do petróleo, naturais ou refinados. • Constituídos por betumes; • Consistência sólida ou semissólida à temperatura ambiente; • Coloração preta; • Odor de óleo queimado; • Fusão gradual com aumento de temperatura; • Aglutinantes – Impermeabilizantes; • Flexíveis e trabalháveis. 8/9/16 9 ASFALTOS • Rochas Asfálticas – sedimentares ou calcárias com 10 a 30% de betume impregnado; • Asfaltos naturais – Extraídos de lagos e depósitos – mais consistentes; E: Cimento Asfáltico Natural (CAN) TIPOS DE ASFALTO 8/9/16 10 ASFALTOS NATURAIS • Óleos de petróleo que afloram na superfície terrestre e que pela ação do sol e do vento são destilados naturalmente; • Apresentam grande quantidade de matéria mineral. ASFALTOS DE PETRÓLEO • Processo de fracionamento do petróleo; • Isento de material mineral; • Entre 10 e 70% da composição do petróleo; • Processo de refinação depende: • Tipo de petróleo; • Rendimento em asfalto 8/9/16 11 ASFALTO PETRÓLEO • O asfalto ou o Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) é a base de praticamente todos os outros tipos de materiais asfálticos existentes no mercado brasileiro: • Emulsão Asfáltica (EAP); • Asfaltos Diluídos (ADP); • Asfaltos Oxidados ou soprados de uso industrial – piches; • Asfaltos Modificados por Polímero (AMP); • Asfaltos Modificados por Borracha (AMB) 8/9/16 12 EMULSÕES ASFÁLTICAS Mistura heterogênea de dois ou mais líquidos, que normalmente não se dissolvem um no outro, mas formam uma mistura estável quando são mantidos em suspensão por agitação ou, mais frequentemente, por pequenas quantidades de emulsificantes. EMULSÕES ASFÁLTICAS • Emulsão óleo-água; • Líquido aplicado à frio; • Coloração – Marrom claro ou marrom escuro; • Cura – evaporação da água em 10 a 12 horas; • Solidifica o asfalto; • Quebra é o tempo que demora para evaporar água ao ar; • Nunca devem ser aquecidas acima de 70oC. 8/9/16 13 EMULSÕES ASFÁLTICAS EMULSÃO TEMPO DESIGNAÇÃO De quebra rápida 40 min RR ou RS De quebra média 2h RM ou MS De quebra lenta 4h RL SS ASFALTO DILUÍDO • Produzidos pela adição ao asfalto de um solvente volátil, obtido do próprio petróleo, que varia conforme o tempo necessário para a perda do componente adicionado. • Também conhecidos como asfaltos recortados ou “cut-backs”; • O fenômeno de evaporação do diluente denomina- se cura; • Aplicado como pintura primária na aplicação de asfaltos 8/9/16 14 ASFALTO DILUÍDO DILUENTES A.D. DESIGNICAÇÃO Gasolina Cura rápida ADR Querosene Cura média ADM Óleo diesel Cura lenta ADL ASFALTO OXIDADO • Produzidos pela passagem de ar através da fração mais pesada restante do processo de refino do petróleo; • Aumento da temperatura no qual o asfalto amolece; • Mais resistente à intempéries porém menos adesivo. Melhor impermeabilização. 8/9/16 15 ASFALTO OXIDADO • Consistência sólida; • Menor adesividade; • Menor sensibilidade às temperaturas; • Maior resistência às intempéries; • Aplicados em impermeabilizações; ASFALTOS MODIFICADOS • Produzidos pela adição de materiais poliméricos ou borracha; • Necessidade de tornar o asfalto menos sensível a temperatura ambiente, com mais flexibilidade, melhor trabalhabilidade, maior coesão e maior ductibilidade. 8/9/16 16 ASFALTO POLIMÉRICO • A adição de polímeros deve ser: • Resistente a degradação nas temperaturas usuais de utilização do asfalto; • Melhore a fluidez em altas temperaturas; • Não necessita de equipamentos especiais para aplicação; • Temperaturas de utilização próximas ao CAP. ASFALTO DE BORRACHA DE PNEU • Deve ser processado em altas temperaturas; • Apresentam menor viscosidade que os asfaltos convencionais; • Necessidade de equipamentos especiais. 8/9/16 17 ALCATRÕES Subproduto da destilação de combustíveis sólidos, originários principalmente de matéria orgânica, tais como carvão, turfa e madeira. • Também constituídos por betumes; • Consistência líquida à temperatura ambiente; • Odor parecido com creolina; • Fusão gradual com aumento de temperatura; ALCATRÕES • O alcatrão para pavimentação resulta da destilação do alcatrão bruto, obtido especialmente para apresentar características próprias para a utilização na construção de pavimentos. Dependendo do grau de destilação são obtidos diferentes tipos de resíduos: alcatrão liquido, viscoso (semissólido) e piche. • Alta temperatura de obtenção 700 – 1200ºC; 8/9/16 18 ALCATRÕES • Processos de obtenção (destrutivos) Aplicação de calor sem acesso de ar; Fornos de coqueiral; Alcatrão bruto – subproduto do processo siderúrgico; • Combustão parcial do carvão com acesso de ar e vapor Alcatrão bruto – subproduto do processo de obtenção de gases, em gasômetros, obtido a partir da hulha. TIPOS DE ALCATRÕES 8/9/16 19 PICHE • Resíduos finais da destilação dos alcatrões; • Qualidade inferior; • Composto por: • 11,0 a 17,0% de betume; • Resíduo de argila, pedrisco e filler; • Sólido nas temperaturas normais BREU • Maior destilação do piche; • Perda de quase todo o betume; • Areia se transforma em vidro; • Aparência vítrea; • Sólido em temperatura ambiente • Elevada dureza. 8/9/16 20 PROPRIEDADES GENERALIDADES • Todas as propriedades físicas do asfalto estão associadas à sua TEMPERATURA; • Critérios maisutilizados como classificação é a avaliação da susceptibilidade térmica; • As duas principais características utilizadas são: • a “dureza”; • Ponto de amolecimento; • Viscosidade; • Ductibilidade; • Densidade; • Ponto de fulgor. 8/9/16 21 CONCEITOS • DUREZA: Resistência à penetração; • PONTO DE AMOLECIMENTO: Temperatura a partir da qual há o amolecimento do betume; • VISCOSIDADE: Resistência à deformação; • DUCTIBILIDADE: Capacidade do material de se distender sem romper; • PONTO DE FULGOR: Temperatura acima do qual o material pode inflamar. FORÇA ADESIVA • Material aglomerante como o cimento ou cal; • Mas ao contrário não precisa de água para reação; • Não ocorrem reações químicas, somente físicas; • Calor – tornam betume plástico novamente. 8/9/16 22 PONTO DE FUSÃO • Ponto de fusão baixo – bastante sensível ao calor; • Sólido à temperatura inferiores à 10ºC PONTO DE FUSÃO • Viscosos entre 10ºC e 50ºC; 8/9/16 23 PONTO DE FUSÃO • Temperaturas abaixo de 0ºC são quebradiços. HIDROFUGANTES Materiais que repelem água por aumentar a pressão nos poros da superfície. • Demandando de uma espessura adequada para trabalhar com impermeabilizante. 8/9/16 24 INERCIA QUIMICA • Quimicamente é considerado um material inerte; • Não reage com a maioria dos materiais de construção – Cimento, cal, madeira, ferro, cerâmica. PLASTICIDADE Capacidade de se deformar quando um esforço é aplicado. • Os betumes são materiais plásticos e dúcteis por apresentar plasticidade sem o rompimento por fissura. 8/9/16 25 ENVELHECIMENTO É o processo de perda da plasticidade, da aderência e da impermeabilidade quando o material é exposto diretamente à intempérie (quando protegidos, eles podem conservar sua composição e propriedades por anos); ENVELHECIMENTO • Causas físicas: Com a evaporação dos componentes oleosos leves responsáveis pela plasticidade. • Causas químicas: Com a oxidação dos constituintes gerando formação de CO2 e H2O que evaporam, e de álcoois e acetonas que são levados pelas chuvas. 8/9/16 26 DENSIDADE • Varia entre 0,9 e 1,4 kg/dm3 e permite uma avaliação grosseira da pureza do material assim como controlar a uniformidade ou constância de propriedades em diferentes partidas de fornecimento. • Indica alteração na composição e presença de impurezas (teor de cinzas, água). DENSIDADE • MÉTODO DA BALAÇA HIDROSTÁTICA • PROCESSO PICNÔMETRO 8/9/16 27 VISCOSIDADE É a resistência à deformação oposta por um fluido à ação de uma força (resistência ao escoamento); é a consequência do atrito interno que se opõe à fluidez. Perda de coesão e força atrativa com aumento de temperatura. • Pode ser medida segundo dois métodos: VISCOSIDADE • Medida do tempo que uma determinada quantidade de material leva para escoar através de um orifício padrão a uma temperatura estabelecida pelo método Saybolt-Furol • Medida da viscosidade cinemática que relaciona a adesão do fluido as paredes do recipiente com a sua densidade. https://www.youtube.com/watch?v=qhFVc5bw3bc 8/9/16 28 SAYBOLT-FUROL • Tempo em que o asfalto leva para escoar 60ml em um funil padronizado, a temperatura de estabilidade do material, entre 25 – 170ºC. • NBR 14756 SAYBOLT-FUROL 8/9/16 29 DUCTIBILIDADE Capacidade do material ser esticado sem romper. Forma de medir a plasticidade. • Baixa ductilidade pode levar à ruptura por tração do material betuminoso devido à dilatação do material de suporte. • Elevada ductilidade excessiva pode gerar ondulações nos pavimentos devidas ao tráfego. A ductilidade aumenta quando a temperatura e o ponto de penetração aumentam e quando a viscosidade diminui. https://www.youtube.com/watch?v=P2S7fSFSf2A DUCTIBILIDADE • A coesão dos asfaltos é avaliada diretamente pela medida empírica da deformação. • É dada pelo alongamento de uma amostra até o rompimento à uma temperatura de 25ºC. • NBR 6293 8/9/16 30 DUCTIBILIDADE DUREZA – ENSAIO DE PENETRAÇÃO • Resistência que o material se opõem ao risco e à penetração, deformação plástica permanente e ao desgaste mecânico. • Procuram-se asfaltos que apresentam elevada dureza depois de aplicados, para resistir as deformações causadas pelo tráfego e compressão. • Menor plasticidade • Elevado ponto de amolecimento • NBR 6576 8/9/16 31 ENSAIO DE PENETRAÇÃO • Profundidade em décimo de milímetro que a agulha padronizada penetra em uma amostra por 5 segundos a temperatura de 25ºC. • NBR 14756 PONTO DE AMOLECIMENTO É a temperatura em que o material betuminoso torna-se mole, não amolecera nos dias quentes. • Com o aumento da dureza: • Maior a resistência ao calor, • Mario a resistência esforços mecânicos • Mais duro e quebradiço. https ://www. youtube .com/watch?v=IVVmMvUIRlg 8/9/16 32 PONTO DE AMOLECIMENTO • Anel contendo amostra de asfalto, com uma esfera de aço apoiada sobre a amostra, é submetido a um banho-maria, com taxa de aumento de temperatura do liquido de 5°C/min. • Ao atingir determinada temperatura o asfalto fluirá́ com o peso da esfera de aço apoiada em sua superfície e se deslocará 1” até tocar o fundo do recipiente • Anota-se a temperatura nesse momento, que é o chamado ponto de amolecimento • NBR 6560 PONTO DE AMOLECIMENTO 8/9/16 33 PONTO DE AMOLECIMENTO PONTO DE FULGOR • Temperatura para qual os gases emanados de um material betuminoso geram explosão em contato com uma chama-piloto • Ele limita a temperatura de aquecimento para evitar a inflamação e explosão e o ponto de amolecimento. 8/9/16 34 PONTO DE COMBUSTÃO • Temperatura para qual o material se inflama com a chama piloto queimando por 5 segundos. • Situa-se um pouco acima do ponto de Fulgor. OUTROS ENSAIOS • SOLUBILIDADE: Utilizado para medir a quantidade de betume presente em uma amostra de asfalto – NBR 14855; • DURABILIDADE: Ensaios de efeito do calor e do ar – NBR 14736. Perda das características de penetração, ductibilidade ou viscosidade; • ESPUMA: Verificação da existência de água no asfalto devido a possibilidade de formação de bolhas; • SUSCEPTIBILIDADE TÉRMICA: Sensibilidade da consistência dos ligantes asfálticos à variação de temperatura.
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