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DIREITO ROMANO - 1

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DIREITO ROMANO – HISTORIA E FONTES (I)
	
 “O bom conhecimento de uma legislação depende do bom conhecimento da sua história” (J. Ortolan).
“[...] se o historiador jurídico pode reatar os elos principais da evolução do direito, acompanhando as pegadas que ela foi gravando através da história, dos costumes e das instituições, é porque se deu o desdobramento natural e lógico das instituições primitivas, é porque os estágios sucessivos se prendem uns aos outros, procedem os mais recentes dos mais remotos” (Clóvis Beviláqua).
1. A transição do mito para o discurso histórico racionalmente articulado exigiu do gênio romano transportar do ambiente grego para o Lácio o logos demonstrativo.
Fundação de Roma: 21 de abril de 753 a.C.
Lenda da fundação: 
Fonte: A “Eneida” de Virgílio (século I a.C.) e Ab Urbe condita libri (59 a.C.) de Tito Lívio.
Enéias, um príncipe troiano, fugiu com seu pai Anquises e seu filho Ascanio para a Península Itálica após a destruição da cidade de Tróia, pelos gregos. Na região do Lácio, fundou a cidade de Lavínia. Mais tarde, seu filho Ascânio fundou a cidade de  Alba Longa. Enéias foi sucedido por doze reis, dentre estes os irmãos Numitor e Amúlio que disputaram reino de Alba Longa. Amúlio venceu e mandou matar os descendentes de Numitor e entregou a sobrinha, Réia Silvia, ao templo de Vesta, condenando-a a virgindade perpétua para que não restasse descendência. No entanto, ela foi seduzida e fecundada pelo deus Marte (deus romano da guerra),, dando a aos gêmeos Rômulo e Remo, que foram expostos e atirados em um cesto nas águas do rio Tibre. Os deuses protegeram os meninos, que foram amamentados por uma loba e depois criados e educados por um pastor de nome Fáustulo. Quando adultos Rômulo e Remo retornaram para Alba Longa, mataram o tio-avô e devolveram o trono da cidade ao legítimo sucessor, seu avô Numitor. Receberam permissão para fundar uma cidade. Assim, Rômulo fundou a cidade de Roma, sobre as sete colinas. Surgiu uma disputa entre os dois irmãos para saber quem reinaria em Roma. Rômulo matou Remo, passando a reinar sobre a cidade, fundada em 753 a.C.
As pesquisas indicam que o nascimento de Roma está ligado aos povos italiotas (sabinos e latinos) por volta do século VIII a.C. Por volta do século VII a.C. os etruscos consolidaram a fundação de Roma, ao se expandirem pela região do Lácio. Muito se tem dito a respeito do alcance da influência etrusca, em especial naquilo que tange à formação da cidade como espaço e território, bem como naquilo que toca à configuração política de Roma. É importante observar-se que a expansão etrusca em direção ao sul da península itálica, a dominação de Roma por essa gente, que ilustra, inclusive, o panteão de reis romanos, o caráter etrusco da simbologia e a introdução de técnicas construtivas nitidamente etruscas dão prova da influência que exerceram sobre Roma. 
A Fundação real:
A formação da cidade de Roma foi precedida por um tipo de organização social baseada no núcleo familiar (gens) e sua projeção sobre o território. Viviam em povoados isolados sob a permanente influência de cidades gregas e etruscas. Esse tipo de agrupamento social centra-se no pagus, pequena circunscrição territorial que encerra várias aldeias que a arqueologia comprova existir em solo romano em tempos anteriores ao século IX a. C. Os diversos pagi associavam-se em ligas de caráter religioso-militar. Dos rituais e festejos se conhecem vestígios arqueológicos, dentre os quais podemos salientar a Liga Septmontium, que congregava três pagi do monte Palatino, três do monte Esquilino, e um pagus do monte Celio. Um dos integrantes da Liga ocupava o monte Palatino, agrupamento mais compacto, defendido por bastiões de terra e circundada por uma linha de limite: o pomerium. É o que a tradição chama Roma Quadratta. 
Familia > Gens > Tribos > Civitas
2. CONCEITOS:
O ius é aquilo que é determinado pela razão, o que é efetivamente posto pela vontade e o que é exigido pelo titular do direito. É o conteúdo de racionalidade que se busca ao regular o fato.
- O termo ius (jus) é do latim clássico, provavelmente originário do sânscrito ias, relativo ao recinto sagrado onde se ministrava a justiça.
- “Ius é o ordenado, o sagrado, o consagrado”
- Ius (jus) > jus, justo, justiça, júri, jurisconsulto, jurisprudência etc.
Definição de Celso-Ulpiano: “Ius est ars boni et aequi”. 
 “Direito” : junção latina: dis (muito intenso) mais rectum (muito justo) = disrectum ou “o que é reto”, “o que é justo”. Tudo aquilo que é conforme a razão, à justiça e a equidade.
O termo Directum procede do latim vulgar. 
IUS CIVILE
PRECEITOS: do latim praecepta: o que tem que ser considerado em primeiro lugar, antes de tudo > PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS.
PRINCIPIOS – NORMA: norma jurídica encerra preceitos e disposições. Os preceitos são a parte invisível, a alma da norma, seu principio informador. As disposições são a parte visível da norma, regulamentação concreta.
“Iuris praecepta sunt haec: honeste vivere, alterum non leadere, suum cuique tribuere” (D. 1.1.10.1).
Iuris praecepta da societas iuris (do Direito Romano):
1. Honeste vivere > Não abusar dos seus direitos (viver honestamente no aspecto jurídico). Proibe o abuso do direito.
2. Alterum non laedere > Não prejudicar ninguém (o uso de um direito próprio deve coexistir com os direitos dos outros). Limita o uso do direito (liberdade)
3. Suum cuique tribuere > respeito absoluto pelo direito do outro. Impõe o respeito pelo direito do outro. 
3. FONTES: Historia Externa e Historia interna do Direito Romano:
Historia Externa: estudo das fontes do direito e sua formação; analisa os instrumentos que dão movimento as regras juridicas e as reveste de poder coercitivo – exposição das causas.
História política
1. REALEZA ( 753 a.C.)
2. RESPÚBLICA (510 a.C. a 27 a.C.)
3. PRINCIPADO (27 a.C. a 284 d.C.)
4. IMPÉRIO (284 d.C. a 476 d.C.)
5. DIREITO JUSTINIANEU (530-565)
Fases do Direito Romano
1. DIREITO ARCAICO: 753-130 a.C. (1ª etapa: de 753 a 130 a.C. > ius civile exclusivo; 2ª etapa: 242 a 130 a.C. > ius civile + ius honorarium).
Carcterísticas: imprecisão entre direito, religião e moral
2. DIREITO CLÁSSICO (130 a.C.-230 d.C.).
Carcterísticas: exatidão, precisão. Apogeu do D. Romano.
3. DIREITO PÓS-CLÁSSICO (230 – 476 d.C.)
Fases filosóficas do Direito Romano 
1. CONSUETUDINÁRIO.
Mores veterum; mores maiorum.
Ius civile: “é o que provém das leis, dos plebiscitos, dos senatusconsultos, dos decretos dos príncipes (constituições imperiais), da autoridade dos prudentes (iurisprudentia)” Papinianus, D.1.1.7 pr. Direito quiritário exclusivo, próprio do cidadão romano.
Lei das XII Tabuas.
2. IUS GENTIUM: é direito romano já não exclusivo ou personalista. Regula as relações entre romanos e peregrinos. “Trata-se da acolhida de alguns princípios jurídicos estranhos enxertados no ius civile. É um ius civile aberto e progressivo, despojado de sua condicionalidade nacional” Iglesias, 1958. É consequencia da expansão territorial e do comercio e é embasado na bonae fidei. “É o que os pretores introduziram com a finalidade de ajudar (interpretar) ou de integrar ou de corrigir o ius civile, por motivo (razão) da utilidade pública” Papinianus, D.1.1.7.1. 
Ius gentium: pretor peregrino, 242 a.C.
3. IUS NATURALE
Filosofia grega à serviço do direito – ESTOICISMO.
* Convicção de que o direito tem princípios gerais que não conhecem fronteiras , nem raças. Inicio de uma fecunda elaboração cientifica (ars boni et aequi).
* O conceito do ius gentium se amplia, perde o carater político internacional para assumir o de regra aplicável a todos os animais (Gaio): IUS NATURALE.
4. DECADENCIA. 
Historia interna: Estuda o conteúdo das regras jurídicas, as instituições de direito privado.
A ideia de Direito que se funda em Roma preocupa-se: a) com a amplitude do aspecto racional sua natureza intelectual; b)com a generalidade abstrata da lei, sua universalidade c) com a perspectiva do consenso (communis reipublicae sponsio), da legitimidade; d) com a perspectiva existencial, a coerção, cuja maior expressão é a irresistibilidade (coercitio).
CARACTERISTICAS DO IUS ROMANUM
Universalismo e particularismo jurídico (urbs e orbis)
Sistema romano e ordenamento estatal 
Cidadãos romanos e peregrinos : pari iure cum populo Romano
Civitas augens 
Contra o individualismo -Mparticularismo estatal
Contra a abstração conceitual (positivismo jurídico: o direito deriva da soberania do estado como sujeito de direito; pessoa jurídica.
Ius civile; ius praetorium: pg. 165, n. 167 e 168.
Institutas e Digesto: definições, divisões e composição do Ius Romanum
REALEZA
Reis romanos
 Rômulo
 Numa Pompílio
Túlio Hostílio
Anco Márcio
Tarquínio Prisco
 Sérvio Túlio
Tarquínio, o Soberbo
História, constituição e instituições políticas da realeza romana.
Rei;
Senado;
Assembléia (Comicia) Curiata
Comicia Centuriada.
FONTES DO IUS ROMANUM NA REALEZA
Fontes do Direito Romano na REALEZA:
1. Mores maiorum: costume, pg. 171, n. 178.
2. Jurisprudencia sacerdotal: pg. 172, n. 179 e 180
3. Lex curiata de Imperium
Comitias: Curiata (3 tribos /10 curias = 30 curias = Comitia); Assembleias Centuriata.
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