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DIREITOSA REAIS 2

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DIREITOSA REAIS (ius in re) /PESSOAIS
CARACTERÍSTICAS:
Atribuem ao titular poder direto, direito subjetivo sobre a coisa objeto do direito.
Direitos absolutos que impõem a qualquer pessoa (erga omnes) o dever de abster-se a prática de atos que turbem o direito do titular de utilizar a coisa.
São direitos protegidos por ações reais (actiones in rem) voltadas contra quem quer que turbe o direito de utilização da coisa.
Dão ao titular o direito de seqüela, de perseguir a coisa e reave-la nas mãos de quem a detém.
Outorgam ao titular o direito de preferência, direito de afastar aqueles que reclamem a coisa com base em direito pessoal ou real posterior a do titular.
Constituem numerus clausus (não se pode criar outras categorias). 
Ius in re:
Direito de propriedade 
Iura in re aliena: direitos reais sobre coisa alheia (direitos reais limitados)
EVOLUÇÃO DA PROPRIEDADE EM ROMA
1. Conceito: “faculdade natural de fazer o que quiser sobre a coisa, exceto aquilo que é vedado pela força ou pelo direito” D. I.5.pr).
TIPOS DE PROPRIEDADE
QUIRITÁRIA
BONITÁRIA (PRETORIANA)
PROVINCIAL
PEREGRINA
PROPRIEDADE QUIRITÁRIA
REQUISITOS:
Titular: cidadão romano, latino ou peregrino com ius commecii.
Objeto: coisa móvel ou imóvel situado na Itália ou nas províncias.
Não podiam ser objeto de propriedade os móveis ou imóveis do povo romano e do imperador.
Transferencia do direito de propriedade: através da mancipatio ou in iure cessio. 
Proteção: rei vindicatio.
PROPRIEDADE BONITARIA
REQUISITOS:
Tranferencia de uma res mancipi através da traditio
O alienante conserva o direito de propriedade sobre a coisa vendida.
O adquirente tem somente a posse da coisa adquirida com erro de forma
O adquirente adquire a propriedade quiritária sobre a coisa, depois de transcorridos dois ano (imóveis); um ano (móveis) de posse pacífica.
O proprietário/alienante pode reivindicar a coisa através da rei vindicatio (ação civil que protege juridicamente o proprietário de uma coisa.
O alienante tem direito a uma exceção de coisa vendida e entregue (actio rei venditae et traditae), mas se perder a posse não dispõe de proteção para recuperá-la.
Actio Publiciana.
PROPRIEDADE PROVINCIAL
As terras situadas nas províncias são de propriedade do povo romano ou do imperador (províncias senatoriais e imperiais) que são dadas em posse para exploração mediante pagamento de stipendium ou tributum.
Uma lex agraria de III a.C. (Baebia?) transforma a posse das terras das 30 tribos de Roma em propriedade.
Depois da Guerra Social que concedeu a cidadania romana às comunidades itálicas o solo italicum passou a ser objeto de propriedade privada.
Edito de Caracala 212 d.C. desaparece a distinção entre solo itálico e provincial.
Sob Justiniano há uma só forma de propriedade: dominium ou proprietas.
PROPRIEDADE PEREGRINA
Estrangeiros não podem ser proprietários ex iure Quiritium ainda que tenham ius commercci. 
A Propriedade peregrina é protegida pelos pretores peregrinos e governadores de províncias através de ações análogas as que protegem o domínio quiritário.
Com a constitutio Antoniniana desparece a condição jurídica de peregrinos.
MODOS AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE A TITULO DERIVADO
MANCIPATIO
IN IURE CESSIO
TRADITIO
MANCIPATIO: Modo derivado de aquisição do direito de propriedade ₋ ex iure Quiritium - das res mancipi. Negócio jurídico solene iuris civilis utilizado por cidadãos romanos, latinos ou peregrinos que tivessem o ius commercii.
MANCIPATIO: ato jurídico solene celebrado na presença de 5 testemunhas (cidadãos romanos púberes), de um porta balança (libiprens), o proprietário e o adquirente que pronuncia a formula solene: “ Digo que este escravo é meu conforme o direito dos Quirites, e que o comprei com este bronze e esta balança”. A seguir toca um dos pratos da balança com uma peça de bronze e entrega a peça ao alienante a título de preço.
DIREITO CLÁSSICO: a mancipatio tornou-se um negocio jurídico abstrato que era usado para transferência de propriedade res mancipi ou para transferir poderes sobre coisas e pessoas.
JUSTINIANO: a mancipatio desaparece em razão do desaparecimento da diferença entre as res mancipi e res nec mancipi e da substituição, mediante interpolações, por palavras como: traditio e traditionem accipere.
IN IURE CESSIO: forma de aquisição da propriedade quiritária a titulo derivado das res mancipi e res nec mancipi. Ato jurídico solene celebrado diante do magistrado. O adquirente reivindica a coisa que pretende adquirir. A seguir a palavra é dada ao alienante, que não contesta a reivindicação e o pretor adjudica a coisa ao adquirente, que se torna proprietário quiritário. Trata-se de um processo simulado, fictício.
TRADITIO (entrega): modo de aquisição de propriedade a titulo derivado. Trata-se da transferência da posse da coisa por uma pessoa – tradens - para outra – accipiens – com a intenção de transferir a propriedade da coisa, com base em uma causa jurídica (justa causa).
REQUISITOS: a) transferência da posse; b) res in commecii. Res nec mancipi, coisa corpórea; c) intenção de transferir a propriedade; d) justa causa (contrato de compra e venda precedente).
JjUSTINIANO: traditio simbólica (entrega das chaves de um comércio para a aquisição da propriedade das mercadorias, entrega de documento escrito que prova a existência do negócio); traditio longa manu; traditio brevi manu queocorre quando o adquirente que já detem a coisa, passa a ter a propriedade pela simples vontade do alienante (adquirente que era locatário). 
MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
GAIO (Institutas, 65); JUSTINIANO
Modos de aquisição da propriedade iuris civilis (cidadãos romanos): mancipatio, in iure cessio, usucapio.
Modos de aquisição da propriedade iuris naturalis (cidadãos romanos e estrangeiros): ocupação, acessão, especificação, tradição e aquisição de frutos.
MODERNAMENTE
Modos de aquisição da propriedade A TÍTULO ORIGINÁRIO:
Ocupação;
acessão;
especificação;
aquisição de tesouros e de frutos;
aquisição de frutos;
adjudicatio;
ex lege (não há precedente de direito de propriedade).
Modos de aquisição da propriedade A TÍTULO DERIVADO: (existe conexão entre o direito de propriedade precedente e o que surge).
Mancipatio;
 in iure cessio;
 Traditio.
A TÍTULO ORIGINÁRIO:
OCUPAÇÃO: apreensão de uma coisa sem dono com a intenção de tê-la como própria
Res nullius: ilhas surgidas no mar, coisas móveis encontradas a beira mar, pesca, caça de animais selvagens e animais domesticados que perderam o hábito de retornar a casa.
Doutrina: 
Trebácio entendia que o caçador que ferisse o animal e que o estivesse perseguindo já detinha a propriedade sobre o animal e que cometeria furto aquele que se apoderasse do animal enquanto perseguido. 
Justiniano entendeu que a aquisição da propriedade se verificava com a apreensão da coisa, ainda que em propriedade alheia e contra a vontade do proprietário do terreno (que podia ser indenizado judicialmente por danos eventualmente causados).
Res derelictae: coisas intencionalmente abandonadas.
Res hostium: coisas que pertenciam aos inimigos de Roma: povos em guerra com Roma e, em tempos de paz, povos que não tinham tratados de amizade com os romanos. As res hostes pertenciam a quem ocupasse primeiro, exceto se se tratasse de presa de guerra (pertenciam ao povo romano).
Caso:
Caio fere com sua flecha um cervo e enquanto o persegue Tício, que segue as pegadas do cervo, se apodera dele.
Quem adquire a propriedade da res nullius?
Trebácio: diz que o caçador adquire a ropriedade quando fere o animal, que continua sendo seu ainda que desista de perseguí-lo.
Gaio: diz que é necessária a captura efetiva do animal.
Justiniano: segue o critério de Gaio.
ACESSÃO por causas naturais: aquisição da propriedade da coisa ocorre quando uma coisa alheia se junta, natural ou artificialmente,passando a formar um todo com esta. O acessório segue o principal.
Acessão de coisa imóvel a coisa imóvel:
Aluvião (alluvio): ocorre quando as águas de um rio lenta e imperceptivelmente, vão retirando terra de um imóvel depositando em um imóvel situado as margens terra retirada de outro imóvel por onde passa o rio. Torna-se proprietário o dono do imóvel acrescido.
Avulsão (avulsio): ocorre quando devido à força das águas um bloco de terra separa-se, subitamente, de um terreno ribeirinho e a deposita sobre o terreno da outra margem.
Leito abandonado do rio (alveus derelictus): ocorre quando o rio abandona o seu leito natural, seca ou muda de curso. No caso de rio público (navegavel) o leito abandonado passa a ser do proprietário da terra onde se situa. Se o rio serve de limite a dois imóveis de proprietários diferentes, o leito abandonado é atribuído igualmente aos proprietários ribeirinhos. 
Ilha nascida no meio de um rio publico (navegável) insula in flumine nata: quando se forma uma ilha no meio de um rio a propriedade desta é adquirida por acessão pelos proprietários dos terrenos ribeirinhos. Art. 1.248 a 1.250 do CC.
 Acessão de coisa móvel a coisa móvel: a coisa móvel se incorpora a outra coisa móvel. O acessório segue o principal.
Escritura: o dono do pergaminho torna-se proprietário do que outro escreveu neste. 
Pintura: Justiniano entendeu que quando alguém pintava um quadro em tela alheia tornava-se proprietário o pintor. No caso de pintura mural faz-se proprietário o dono do muro.
Textura: Torna-se proprietário por acessão o dono do tecido bordado com fios
alheios. 
Soldadura: ocorre quando dois pedaços de um mesmo metal se soldam sem a intervenção de outro material. Torna-se proprietário o dono da coisa principal (solda de um braço em uma estátua de bronze). 
 Acessão de coisa móvel a coisa imóvel: ocorre quando um bem móvel se incorpora a um bem imóvel:
Semeadura: a acessão ocorre quando alguém semeia em terreno alheio. Torna-se proprietário o dono do terreno desde o momento da semeadura.
Plantação: a acessão se dá quando alguém planta uma árvore em terreno de outro. Adquire a propriedade o dono do terreno desde o momento em que a árvore cria raízes no terreno alheio.
Edificação: quando alguém constrói um edifício com material alheio, em terreno próprio ou com material próprio em terreno alheio, torna-se proprietário o dono do solo, se a construção é estável e definitiva.
ESPECIFICAÇÃO: é uma forma de aquisição de propriedade que consiste na transformação de uma matéria prima em uma coisa nova, distinta e com função econômico-social própria. Ocorre quando alguém (especificador) que não é proprietário faz coisa nova com matéria prima alheia.
Justiniano: 
Quando a coisa não pode retornar a forma original torna-se proprietário o especificador, ex: vinho em relação à uva.
Quando a coisa pode retornar a forma original torna-se proprietário o dono da matéria prima. Ex: barra de prata transformada em vaso de prata.
- Em ambos os casos se parte da matéria prima era do especificador a coisa nova lhe pertence. Aquele que perdeu seu trabalho ou a matéria prima pode receber idenização.
AQUISIÇÃO DE TESOURO: “tesouro é um velho depósito de dinheiro, do qual não resta lembrança, de modo que já não tem dono” (Paulo, D XLI, 1, 31, 1).
Adriano estabeleceu, por constituição imperial, que se o tesouro fosse encontrado em propriedade alheia sem que o descobridor o tivesse procurado, adquiria a metade; se o local fosse religioso ou sagrado o descobridor adquiria integralmente a propriedade.
ADIJUDICATIO: ocorre quando em razão de ações divisórias o juiz tem poder para atribuir a propriedade de uma coisa singular ou de parte de uma coisa comum aqueles interessados na divisão desta. 
AQUISIÇÃO EX LEGE: Marco Aurélio diz que um condômino que não pagasse dentro de quatro meses as despesas que fizera para restaurar a casa comum, perdia a cota para aquele onerado com as despesas. Valentiniano, Teodósio e Arcádio estabeleceram que aquele que invadisse violentamente imóvel próprio que estivesse na posse de outro perderia a propriedade para o possuidor.

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