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aula 3 Diferenças e fontes

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Direito Civil III - Obrigações
 Prof. Ana Paula Mansano Baptista
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Dever Jurídico: contrapõe-se aos direitos subjetivos. 
Conceito: “é a necessidade que ocorre a todo individuo às ordens ou comando do ordenamento jurídico, sob pena de incorrer uma sanção”. EX: o dever universal de não perturbar o direito do proprietário; o comprador está obrigado à pagar o preço; o inquilino de conservar o imóvel locado; os cônjuges o dever de fidelidade um ao outro; todos temos o dever de não lesar patrimônio alheio.
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Assim o dever jurídico engloba não só as relações obrigacionais ou de direitos pessoais, mas também em relação ao direito das coisa, de família, sucessões, empresa, personalidade, etc.
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O Dever Jurídico, em relação à ideia de Obrigação: refere-se apenas ao dever oriundo à relação jurídica creditória.
Na obrigação o Dever jurídico de Prestar (do devedor), corresponde ao direito subjetivo à prestação (do credor) – direito este que se violado, admitirá ao titular, buscar o patrimônio do responsável pela inexecução, o necessário a satisfação compulsória do seu crédito, ou reparação do dano causado.
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Dever jurídico for descumprido – gera responsabilidade – impondo sanções para aquele que desrespeitou a ordem determinada.
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Ônus Jurídico: “ é a necessidade de agir de certo modo para a tutela de interesses próprios”. Ex: levar o contrato ao registro de títulos de documentos para ter validade perante terceiros.
Assim, o desrespeito ao ônus gera consequências somente para quem o detém. Ex: ônus de provar do art. 333, I do CPC = consequência a procedência ou improcedência da demanda.
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Estado de Sujeição: para compreendermos o estado de sujeição é necessário a definição de Direito Potestativo
Conceito: Direito Potestativo é o poder que a pessoa tem de influir na esfera jurídica de outrem, sem que este possa fazer algo que não se sujeitar.
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O exercício do direito potestativo fará com que aquele outro, se sujeite às consequências jurídicas advindas da alteração produzida em sua própria esfera jurídica. Isto é o Estado de Sujeição.
Ex: quem ajusta contrato por prazo indeterminado, está sujeito à vê-lo denunciado à qualquer momento pela outro contratante.
No estado de sujeição não há saída, a pessoa tem que se sujeitar àquela situação.
Ex: Impedimentos matrimoniais (art. 1.521 CC)a exigência legal da outorga do consorte (art. 1.647 CC).
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Diferença entre Direitos Subjetivos e Direitos Potestativos é que àqueles contrapõe um DEVER, enquanto a estes corresponde a um estado de sujeição.
EX: Prescrição = direito subjetivo – DEVER (obrigação)
Decadência = Direito potestativo – estado de sujeição.
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Fato Jurídico = que deu origem ao vínculo obrigacional
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LEI – é a fonte primária ou imediata de obrigações, e que sozinha cria uma obrigação como por exemplo a obrigação de prestar alimento.
 Alguns autores entretanto não concordam com esse entendimento. 
Orlando Gomes: a lei não pode ser tida como fonte imediata da obrigação, uma vez que esta somente cria uma obrigação se acompanhada de um FATO Jurídico.
Fernando Noranha: da mesma forma diz que a lei sozinha não é fonte obrigacional, sendo necessária a presença da autonomia privada (autonomia da vontade).
Todos trazem um pouco de razão, por isso o melhor é tentar compartilhar de todos os ensinamentos.
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Contratos: são tidos como fonte principal do direito obrigacional. Ex. Figuras típicas do Código Civil: Contrato de compra e venda; doação; locação; comodato; prestação de serviço; mutuo; mandato; seguro; fiança; transporte, etc.
Não podemos confundir o conceito de obrigação com o de contratos: “negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa a criação, modificação ou extinção de Direitos e Deveres com conteúdo patrimonial;
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Atos Ilícitos e Abuso de Direito: são fontes importantíssimas do direito obrigacional, com enorme aplicação prática. Gerando o dever de indenizar, e o Abuso de Direito (art. 187 CC) também constitui fonte de obrigação. 
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Os atos unilaterais – são as declarações unilaterais da vontade, fonte do direito obrigacional que estão previstas no Código Civil, como a promessa de recompensa, da gestão de negócio, do pagamento indevido e do enriquecimento sem causa.
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Títulos de créditos: sãos os documentos que trazem em seu bojo, com caráter autônomo, a existência de uma relação obrigacional de natureza privada.
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