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AULA 1 – CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS
O Novo Código Civil
O novo Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406/02, entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003, revogando a Parte Primeira da Lei nº 556/50 (Código Comercial de 1850) e a Lei nº 3.017/16 (Código Civil de 1916), trazendo diversas inovações que regulam os negócios desenvolvidos por pessoas e empresas.
Empresário
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços. (Art. 966).
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no país. (Art. 980-A) incluído pela Lei nº 12441, de 11.07.2011.
Conforme cita o professor Lauri Natalício Fries, “embora estabeleça o Novo Código Civil que a personalidade jurídica da sociedade começa com o registro de seus atos constitutivos, possui dispositivos que regem o que denomina de sociedade não personificada, denominação que acolheu a sociedade em comum (antiga sociedade de fato) e a sociedade por conta de participação.”
Sociedade
Segundo o Novo Código Civil, em seu artigo 981, celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
O parágrafo único do artigo 982 registra que independentemente de seu objeto, considerar-se-á empresária a sociedade por ações.
Sociedade não personificada
Considera-se sociedade não personificada aquela cujo ato constitutivo ainda não foi registrado no órgão competente, ou seja, aquela que não possui personalidade jurídica.
Excetuam-se deste conceito, as sociedades anônimas e as sociedades em comandita por ações, uma vez que, de acordo com a legislação de regência, não podem funcionar sem que sejam arquivados e publicados os seus atos constitutivos (art. 982).
As sociedades não personificadas se subdividem em sociedade em comum e sociedade em conta de participação.
Sociedade em Comum
A sociedade em comum, embora não tenha, ainda, seus atos constitutivos registrados, é uma sociedade de fato, cuja existência é comprovada, independente de ter ou não contrato escrito.
Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade em comum, mas os terceiros podem prová-la de qualquer forma. (art. 986 e 990)
O novo Código Civil, regula a relação entre os sócios da sociedade em comum e entre estes e terceiros, definindo que a responsabilidade dos sócios é solidária e ilimitada. (art. 986 a 990)
Sociedade em Conta de Participação
A sociedade em conta de participação é um outro tipo de sociedade não personificada, diferenciando-se da sociedade em comum, uma vez que está dispensada do arquivamento de seus atos constitutivos no registro competente. Nesta sociedade existem sócios ostensivos, que são os responsáveis de forma solidária e ilimitada pelo passivo da empresa, e os sócios participantes que mantém vínculo jurídico com os sócios ostensivos, e não com os credores.
Os sócios participativos ou ocultos, não tem responsabilidade com o passivo da empresa. A contribuição do sócio participante constitui com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.
A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios em direito admitidos. O contrato social produz efeitos somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.
É uma sociedade que não possui patrimônio próprio e é formada apenas para realização de negócios de curta duração, extinguindo-se após sua concretização.
Os atos de gerência podem ser executados por quaisquer dos sócios ostensivos. E por não possuir personalidade jurídica, não possui também nome comercial.
Sociedade Personificada
Esta sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, em órgão competente, assumindo assim uma personalidade jurídica. Art. 997, NCC.
As sociedades personificadas se subdividem em: Sociedade Empresária ou Sociedade Simples.
Sociedade Simples
Esta sociedade foi introduzida em nossa legislação pelo atual Código Civil, substituindo a antiga Sociedade Civil, visando tratar das sociedades de atividades não empresariais ou de empresário rural. (art. 982, NCC)
É considerada sociedade simples aquela cujo objeto social seja decorrente de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com concurso de auxiliares ou colaboradores.
A sociedade simples (exceto no caso das cooperativas e de determinadas atividades reguladas por leis especiais que imponham a doação de tipo societário específico, poderão ser constituídas de conformidade com um dos tipos de sociedade empresária (exceto como sociedade por ações), ou não o fazendo, subordinam-se às normas que lhes são próprias (arts. 997 a 1.000).
Em outras palavras, a sociedade simples só se subordinará às regras que lhe são próprias, se adotar o modelo de sociedade simples.
O legislador utiliza as regras das sociedades simples, como regras gerais aplicáveis a todas as sociedades regidas pelo Código Civil.
Link: “As sociedades simples no novo Código Civil”.
Neste tipo de sociedade, a regra geral é que os sócios respondem subsidiariamente, na proporção de sua participação no capital social (art. 1.023), vale dizer, o patrimônio pessoal do sócio só responde na insuficiência do patrimônio social, e pela parte da dívida equivalente a parte do mesmo no capital social, salvo se houver no contrato social cláusula que estipule a responsabilidade solidária.
Interpretando o parágrafo único do artigo 982 temos que, as cooperativas são consideradas sociedades simples, independentemente de seu objeto de funcionamento.
Sociedade Empresária
Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.
A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. Salvo exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. (Art. 981 e 982)
Tipos Jurídicos
A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos seguintes tipos jurídicos:
 Sociedade em Nome Coletivo
Este tipo de sociedade é muito parecido com a sociedade simples, no entanto, pode exercer atividade empresária.
Nesta sociedade somente podem participar pessoas físicas, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. (art. 1.039, NCC)
Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. (art. 1.039, parágrafo único – NCC)
A sua dissolução se dá de pleno direito, como na sociedade simples e, se empresária, também pela declaração da falência.
 Sociedade em Comandita Simples
Segundo Art. 1.045 do Novo Código Civil, na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.
O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários. (parágrafo único).
As sociedades por comandita simples são regidas supletivamente pelas normas da sociedade em nome coletivo, cabendo aos sócios comanditados os mesmosdireitos e obrigações dos sócios em nome coletivo. (art. 1.040, NCC)
Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de fiscalizar suas operações, não pode o comanditário praticar nenhum ato de gestão nem ter o nome da firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado. (art. 1.047, NCC)
No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo disposição do contrato, continuará com seus sucessores, que designarão quem os represente. (art. 1.050, NCC).
 Sociedade Limitada
É esse o tipo de sociedade de uso mais disseminado no Brasil, devido às facilidades e conveniências que apresenta, posto que exige (de acordo com a legislação ainda vigente) menores formalidades e seu contrato é mais simples podendo ser alterado mais facilmente.
Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. (art. 1.052, NCC).
Este tipo de sociedade passa a ter um regime consolidado em apenas um diploma legal, pois, a sociedade ente denominada de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, tinha seu regime jurídico determinado pelo Decreto nº 3.708/19, revogado, e subsidiariamente pela Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/76).
Segundo o art. 1.055 Parágrafo único do Novo Código Civil, o contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
 Sociedade Anônima
Na companhia ou sociedade anônima o seu capital será dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes.
Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio, o seu estatuto social definirá o objeto de modo preciso e completo. A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.
A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões “companhia” ou “sociedade anônima”. A sociedade anônima rege-se por lei especial (Lei nº 6.404/76 e disposições posteriores), aplicando-se, nos casos omissos, as disposições do Novo Código Civil (artigos 1.088 e 1.089).
A companhia pode ser aberta ou fechada, quando a subscrição do seu capital for pública será uma S/A de capital aberto, pois suas ações serão negociadas no mercado de valores mobiliários (bolsa de valores) e qualquer pessoa poderá adquiri-las.
No caso de uma subscrição de capital particular, suas ações não estarão em negociação no mercado de valores mobiliários, dificultando o acesso do público a elas. Nenhuma distribuição pública de valores mobiliários será efetivada no mercado sem prévio registro na Comissão de Valores Mobiliários. (art. 4)
Consideram-se ações em circulação no mercado todas as ações do capital da companhia aberta menos as de propriedade do acionista controlador, de diretores, de conselheiros de administração e as em tesouraria. (art. 4-A) (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
 Sociedade em Comandita por Ações
Assim como na sociedade em comandita simples, na sociedade em comandita por ações, a característica fundamental é a existência de duas classes de sócios: os comanditados, que respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade, e os comanditários, que respondem apenas até o montante das cotas ou ações subscritas.
Esta sociedade tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima. Todavia, neste tipo societário, somente os acionistas podem administrar, como diretores ou gerentes, sendo nomeados no próprio estatuto.
Estes possuem mais poder que os diretores da S/A, uma vez que não podem ser destituídos tão facilmente (só podem ser destituídos por maioria de 2/3 dos acionistas), e ainda uma responsabilidade muito grande, se comparado aos administradores das S/As, pois sempre respondem ilimitadamente com seus bens particulares pelas obrigações sociais. (NCC, artigos 1.090 a 1.092). A sociedade em comandita por ações encontra-se em franco declínio, não sendo mais utilizada nos dias de hoje.
AULA 2 – COMO ELABORAR UM PLANO DE NEGÓCIOS
Introdução
Plano de Negócios é um documento contendo a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros. 
Ele visa minimizar os erros, que ante sua percepção no papel, não irão causar transtornos, pois não serão levados ao mercado. 
Para elaborar um Plano de Negócios, assim como outros projetos, é essencial que se faça um bom planejamento. Planejar é estabelecer metas e criar meios para que se atinjam os objetivos, criando estratégias de ação que envolvam todos os interessados no negócio, voltando o olhar para o futuro de uma empresa, de um setor ou de um novo produto a ser lançado no mercado.
Vejamos a seguir alguns itens que resumem os objetivos de um Plano de Negócios:
Estudar a viabilidade de uma ideia de negócio.
Conduzir o caminho que deve seguir as atividades e as estratégias para o atingimento dos objetivos.
Propagar credibilidade aos investidores.
Implementar a estrutura de pessoal.
Suscitar investimentos financeiros.
Recorrer a um Plano de Negócios é uma maneira de antever o futuro, em face de uma realidade de mercado atual, o que proporciona mais segurança a quem quer iniciar uma empresa, ampliar o seu negócio ou até promover inovações em suas práticas mercadológicas.
Ele vem contribuir para o estabelecimento de uma vantagem competitiva, podendo representar a sobrevivência da empresa em um mundo globalizado.
O SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - é a entidade que tem por missão promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável destas empresas e fomentar o empreendedorismo.
As empresas de pequeno porte são imprescindíveis para estimular a economia do país e possibilitar a inclusão social, oferecendo uma quantidade relevante de postos de trabalho.
O SEBRAE tem como seu principal objetivo prestar apoio ao gigantesco universo de milhões de empreendedores de pequenos negócios que compõem o conjunto produtivo da economia do Brasil e que precisam de esclarecimento nos processos de gestão e desenvolvimento. 
Isto é feito através de uma pesquisa que lhes permitirá identificar as condições do mercado em que atuam ou pretendem atuar, no intuito de que possam tomar decisões mais assertivas, cientes de todos os riscos possíveis e o quanto estes podem custar. Tais esclarecimentos demonstrarão a importância que é planejar ações.
Um Plano de Negócios é um produto como outros disponíveis no mercado, comercializado por empresas e profissionais liberais, geralmente contadores, que através de uma “entrevista” buscam identificar a necessidade do cliente – futuro investidor.
Contudo, é uma atividade que poderá ser desenvolvida por qualquer pessoa, inclusive o próprio interessado, desde que se tenha comprometimento e persistência; uma pesquisa consistente, profunda, embasada em dados reais e muita criatividade compõem as características necessárias à elaboração de um Plano de Negócios sob medida.
O Empreendedorismo no Brasil
Para que possamos dimensionar a importância, hoje, do Plano de Negócios, iremos estudar brevemente sobre o perfil do empreendedor, a demanda de novos negócios e a sua permanência no mercado brasileiro.
Desde 2003, os empreendedores por oportunidade são maioria no Brasil. No entanto, apesar das condições macroeconômicas beneficiando o empreendedorismo no Brasil, ainda não se tem condições favoráveis ligadas às políticas de apoio ao empreendedor.
Entre os 17 países membros do G20, que participaramda pesquisa em 2010, o Brasil é o que possui a maior Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial – TEA – 17,5%, seguido pela China, com 14,4% e a Argentina com 14,2%.
Essa é a maior TEA desde quando a pesquisa GEM é feita no país, resultado obtido pelo crescente número de empreendedores de novos negócios, demonstrando assim a tendência evolutiva da atividade empreendedora.
Outros dados extraídos da pesquisa GEM 2010:
Para cada empreendedor por necessidade havia outros 2,1 que empreenderam por oportunidade. este valor é semelhante à média dos países que participaram do estudo este ano, que foi de 2,2 empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade.
Entre os empreendedores iniciais, 50,7% são homens e 49,3% mulheres, mantendo o equilíbrio entre gêneros no empreendedorismo nacional. Entre os 21,1 milhões de empreendedores brasileiros, 10,7 milhões pertencem ao sexo masculino e 10,4 milhões ao feminino.
Todas as faixas etárias tiveram aumentos nas taxas de empreendedorismo. Verificou-se que a faixa que obteve a mais alta taxa é aquela que vai dos 25 aos 34 anos, com 22,2%, seguindo a mesma tendência dos demais países envolvidos na pesquisa.
Fonte: Pesquisa GEM 2010.
Como elaborar um plano de negócios
Este material apresentará um modelo de Plano de Negócios sugestivo.
Ele servirá como uma referência norteadora, cabendo modificações em sua estrutura que serão definidas frente às variáveis e que decidirão o negócio a ser desenvolvido.
Pontos importantes que deverão ser considerados em todas as etapas do projeto:
Pesquisa
O que subsidiará o seu projeto são as informações coletadas nas mais diversas fontes de consulta. Procure conhecer tudo sobre o ramo.
Atualização
O Plano de Negócios deve sempre estar em dia com as tendências que o mercado dita para o ramo ou a atividade desenvolvida. Ele deve ser “flexível”, exigindo constante acompanhamento, sendo ajustado conforme as variações percebidas ao longo da sua elaboração.
Perguntas que você deverá responder ao longo da constituição de seu Plano de Negócios:
 Qual é o negócio?
 Aonde quer chegar?
 O que vende?
 Para quem vende?
 Quais estratégias utilizará?
 Como conquistará o mercado?
 Quais são os fatores críticos de sucesso do negócio?
 Quanto irá gastar?
 Que retorno dará sobre o investimento?
Estas perguntas deverão apresentar respostas e esclarecimentos ao longo do projeto.
Sumário executivo
A primeira impressão do Plano de Negócios será revelada no Sumário Executivo, etapa considerada fundamental quando se pretende comercializar um projeto. Em se tratando de um trabalho extenso, que exige tempo para sua análise, o Sumário Executivo acaba por assumir tal relevância ao ter o papel de apresentar para o investidor um resumo sucinto de todo o conteúdo pesquisado que o material abarca.
O Sumário Executivo é um extrato competente e motivador do Plano de Negócios, onde deve ser dada uma visão geral sobre a empresa, o empreendedor, o produto ou o serviço a ser oferecido, o mercado e os elementos de diferenciação, e o que se espera do negócio sobre o ponto de vista financeiro.
 Qual a área de negócios?
 Qual o produto ou serviço?
 Qual o mercado e que fatia desse mercado queremos obter?
 Qual o investimento necessário?
 Em quanto tempo vamos recuperar o dinheiro investido?
 Qual o rendimento que vamos ter de nosso investimento em um prazo estabelecido?
Tudo isso, sem explicar em detalhes, mas dito de maneira clara, objetiva e sucinta.
O Sumário Executivo não pode ser longo e deve ser fácil de ler. Clareza é fundamental!
Os aspectos que devem estar contidos em um Sumário Executivo de Plano de Negócios são os seguintes:
Objetivo do Plano de Negócios: retratar a empresa e o negócio que se deseja empreender.
A empresa ou o produto: oportunidade que foi identificada; sua transformação em um negócio (Empresa – entidade constituída legalmente ou unidade de negócios – área de uma empresa que atua com um grau limitado de independência).
 O que será vendido, qual o mercado para os produtos da empresa e como será feita a abordagem a esse mercado?
 Qual a visão do empreendedor e a missão da empresa, a imagem que se pretende projetar dela, os fatores críticos de sucesso?
 Um resumo de como o produto ou serviço será vendido, de como vai se manter atualizado e de que forma serão cumpridos os objetivos da empresa, isto é, como será sua operação?
 Quem são os seus sócios e qual é a estrutura de propriedade da empresa?
 Quais os investimentos necessários para a empresa ou unidade de negócios se posicionar no mercado?
 Quanto será necessário mensalmente para manter a empresa em funcionamento sem faturar?
 Qual a receita prevista e a forma de como será sua evolução?
 Quando os investidores irão recuperar os investimentos feitos e quais as perspectivas futuras do negócio?
A ideia é dar uma visão abrangente sobre a proposta do projeto, para interessar o leitor a ir em frente e estudar os detalhes.
O Sumário Executivo só deve ser escrito depois de ter sido composto todo o projeto e deve ser inferior a 10% do tamanho total do trabalho.
O Resumo da Empresa
Nesta etapa, deve-se apresentar um conteúdo acerca da estrutura da empresa, mais abrangente e detalhado do que o exposto no Sumário Executivo.
Os aspectos que devem estar contidos neste item são os seguintes:
Oportunidade vislumbrada: 
Expor, diante das pesquisas realizadas, a receptividade do negócio no mercado em que irá atuar.
Apresentação da empresa: qual o negócio?
Descrever a atividade fim da empresa, como ela irá atuar no mercado.
Produto e/ou serviço que será comercializado
Apresentar as linhas de produtos e/ou serviços que serão lançados no mercado.
Tipos de proprietários da empresa
Apresentando as suas competências e qualificações, mostrando a habilitação para empregar no negócio.
Demonstrar como deverão delegar as responsabilidades e gerir a empresa.
Forma jurídica
Pode ser um dos tipos de sociedade que já conhece.
Gastos iniciais de abertura e operação nos primeiros meses
Legalizar seu funcionamento e existência, para montar a empresa, viabilizar o seu funcionamento nos primeiros meses, incluindo seus investimentos e as despesas associadas à geração de receitas.
Local onde funcionará a empresa
Indicar, após a pesquisa de mercado, a característica do ramo. Por exemplo, se for detectado que o ramo é sensível à região geográfica, apresentar quais os locais mais apropriados à sua instalação.
Nesta aula, você:
* Avaliou a situação e o posicionamento atual do empreendedorismo no Brasil;
* Reconheceu a importância da adoção de critérios na elaboração de um Plano de Negócios;
* Estabeleceu as primeiras etapas que devem constituir um Plano de Negócios: Sumário Executivo e Resumo da Empresa;
AULA 3 – ELABORANDO UM PLANO DE NEGÓCIOS
Descrição dos produtos e/ou serviços
Os aspectos que devem estar contidos nesta etapa são os seguintes:
1. Descrever, com clareza, cada um dos produtos e/ou serviços que a empresa negocia, listando todos os itens da linha de comercializacao que se pretende trabalhar na emrpesa, sejam eles produtos ou serviços.
2. Esclarecer como são produzidos, identificando, inicialmente, o ramo do negócio, em qual setor a empresa pretende atuar.
3. Conhecer o ciclo de vida dos produtos, pois este pode exercer grande influência sobre a valoração dos ativos intangíveis. O conceito do ciclo de vida pressupõe que todos os produtos apresentem um modelo de comportamento previsível em relação às suas vendas.
Em geral, o ciclo de vida apresenta quatro estágios: introdução, crescimento, maturidade e declínio.
A teoria do ciclo de vida não se restringe apenas a produtos.
Ela pode alcançar dimensões mais amplas e seus conceitos podem ser aplicados à empresas e até aos setores.
4. Escolher os fatores tecnológicos passando pela construção de sistemas de informação.
Os processos de informatização das empresas tomam tempo e têm altoscustos, porém são necessários para a sustentação e sobrevivência da empresa.
Analisar a questao tecnológica envolvida com seus produtos e/ou serviços:
Qual a tecnologia usada e o seu grau de atualidade e volatilidade?
Procurar saber se existe a proteção legal (direitos de propriedade) de seus produtos.
5. Fazer o levantamento de dados, através de pesquisas, para desenvolver o negócio, com a finalidade de promover garantias, ou pelo menos, minimizar possíveis falhas na estruturação.
6. Identificar quais seriam os principais clientes, buscando entender as suas necessidades que poderão ser resolvidas com as solucoes oferecidas pela empresa.
7. Identificar quem são os competidores. Comparar sua solução, seus produtos e/ou serviços com os oferecidos pelos competidores.
Quais os benefícios que farao seus produtos e/ou serviços serem mais vantajosos que os dos competidores.
8. Definir como será o material usado para apoiar a venda de seus produtos e/ou serviços; se por revenda, vendedores, distribuidores, dentre outras possibilidades.
9. Analisar os custos para o fornecimento de seus produtos e/ou serviços e os preços que podem ser praticados no mercado.
Hoje, são apresentados diferentes critérios utilizados na formação do preço de venda, a partir das diversas óticas de custos, baseando-se nos preços de mercado e no retorno dos investimentos.
Apresentamos aqui, alguns conceitos e elementos básicos para a formação do preço de venda: mark-up (a quantia cobrada sobre o produto a fim de obter o preço de venda, revela quanto o valor do produto está acima dos seus custos), parâmetros externos, efeitos tributários sobre as vendas e sobre a mergem de lucro líquida desejada de tributos sobre o lucro.
10. Avaliar se existe vantagem em deter uma marca e/ou patente de algum produto, franquear alguma outra marca etc.
11. Definir a visão futura de seus produtos e/ou serviços; como devem se desenvolver; qual a evolução das necessidades do mercado; de seus concorrentes; da demanda; de segmentos específicos do mercado; da própria tecnologia adotada.
Notas
É importante deixar bem claro todas as suas vantagens e benefícios destacando as razoes que levarão o consumidor a preferir o seu produto e/ou serviço, em detrimento dos demais disponíveis no mercado.
Busque estabelecer os pontos de diferenciação.
Elenque os pontos positivos de seu produto frente aos dos concorrentes, caso possua patente, registro de marca, exclusividade etc.
No final deste check-up, se notar que a vantagem está do outro lado, ou seja, com os concorrentes, trabalhe modificações que deverão ser feitas para reverter esta situação.
Não esqueça: o seu produto e/ou serviço deve ser melhor do que os do concorrentes.
Neste item do Plano de Negócios, deverão ser apresentadas como serão feitas as várias atividades do negócio, descrevendo etapa por etapa, como se dará a fabricação dos produtos, a venda de mercadorias, a prestação dos serviços e, até mesmo, as rotinas administrativas.
 Que trabalhos serão realizados?
 Quais serão os responsáveis?
 Quais são os principais materiais e equipamentos necessários?
Estime a capacidade de atendimento no primeiro ano de atividade.
Exemplo: número de unidades produzidas ou vendidas (produtos) ou volume de atendimento (serviços).
Análise de Mercado
Esta é uma das etapas mais importantes da elaboração do seu plano. Afinal, sem clientes não há negócios.
Os clientes não compram apenas produtos, mas soluções para algo que precisam ou desejam.
Deve-se identificar essas soluções para conhecê-los melhor.
Dica: selecionar apenas uma parte do mercado para atender. Identifique um grupo (pessoas físicas ou jurídicas) que apresentem necessidades parecidas e promova um tratamento diferenciado, de modo a atraí-los.
Um exemplo de mercado é uma loja de roupas que se especializa em atender à pessoas “fofinhas”, oferecendo modelos apropriados, sem o constrangimento de não encontrar o seu tamanho.
“Uma empresa é viável quando tem clientes em quantidade e com poder de compra suficiente para realizar vendas que cubram as despesas, gerando lucro.” (SEBRAE)
Existem algumas técnicas para identificar os seus consumidores, como aplicação de questionários, entrevistas e conversas informais com clientes potenciais, inclusive a observação dos concorrentes. 
Vejamos alguns questionamentos que ajudam a identificar os clientes.
Os pontos importantes que compõem o item Análise do Mercado do Plano de Negócios são:
1. Fazer projeções sobre o mercado: mercado total em unidades e em valor, desempenho recente do mercado e sua projeção.
2. Como o mercado pode ser segmentado?
Quais os critérios de segmentação (nível econômico, tipo de negócio, tipos de necessidades de clientes, localização geográfica, por produtos, por padrões de compras identificados)?
Em casos de pessoas físicas, é interessante pesquisar faixa etária; sexo; tamanho da família; local de trabalho; grau de escolaridade; rendimento etc.
Em caso de pessoas jurídicas é interessante pesquisar o ramo; tamanho da empresa; quantidade de funcionários; quanto tempo no mercado; se tem outras filiais; local onde está estabelecida; sua credibilidade no mercado etc.
3. Caracterize a concorrência em relação às fatias de mercado que detém. Observando a atuação da concorrência, eleja e identifique os principais concorrentes, e através de visitas, busque examinar as suas boas ações e as deficiências.
4. Como é a forma de vender ou como fazer a distribuição dos produtos nesse tipo de negócio? Há vendedores atuando diretamente com os clientes?
A venda é em lojas? É preciso agregar valor em forma de consultoria ou de serviços para vender o produto? A venda se produz por revendas?
A venda é direta pela empresa ou é feita através de distribuidores?
5. Analise os aspectos em relação aos quais o mercado é mais sensível: se a preços; a prazos de entrega; ao prestígio da marca; às características do produto; ao suporte ao cliente; ao treinamento oferecido; à qualidade intrínseca do produto (não tem defeitos, tem um tempo médio entre falhas muito alto).
6. Analise a concorrência em relação a seus pontos fracos e fortes e faça a comparação com os de sua empresa.
Considere os seguintes aspectos: produto; preço; canais de distribuição; reputação; gerência; posição financeira; tecnologia e segmentos de mercado em que operam, dominam ou pelos quais não se interessam; o grau de segmentação do mercado e o nível de sua ocupação.
7. Estude os fornecedores. Levante quem serão seus fornecedores de equipamentos; ferramentas; móveis; utensílios; matérias-primas; embalagens; mercadorias e serviços.
Relações de fornecedores podem ser encontradas em listas telefônicas; em feiras voltadas ao ramo; sindicatos; SEBRAE; e nos tempos de hoje, a mais rica é a internet.
Mantenha um cadastro atualizado desses fornecedores. Pesquise preço, qualidade, condições de pagamento e o prazo médio de entrega.
O mercado fornecedor compreende todas as pessoas e empresas que irão fornecer as matérias-primas e equipamentos utilizados para a fabricação ou venda de bens e serviços.
8. É necessário também avaliar o comportamento dos clientes: a marca do produto é mais importante? O preço; a garantia; o prazo de entrega e o atendimento são mais importantes? O cliente percebe a diferença na qualidade do produto com a da concorrência? Com que frequência compra?
Se um consumidor comum deve fazer uma pesquisa prévia para verificar as melhores opções, quanto mais uma empresa, que vai colocar em jogo um volume maior de capital e as próprias perspectivas profissionais de empregados ligados a ela.
Além disso, os investidores vão se interessar pela análise feita. Uma apreciação de mercado que integra o Plano de Negócios demonstra que o empreendedor está atento às variáveis do mercado, e não se baseia apenas na sua “boa ideia”.
Conhecer o mercado é uma das tarefas mais importantes para a elaboração do Plano de Negócio.
Detalhamentodo item 3 dos pontos importantes que compõem o item Análise do Mercado do Plano de Negócios.
Concorrentes são aquelas empresas que atuam no mesmo ramo de atividade que a sua e buscam satisfazer as necessidades dos seus clientes.
Faça uma análise SWOT (inglês) ou FOFA (português), cujo significado é Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats, que servirá de base para as comparações entre a concorrência e o seu próprio negócio, podendo ser utilizada, devido à sua simplicidade, para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um micronegócio até a gestão de uma multinacional.
É a análise da situação da empresa tanto no ambiente interno quanto no externo.
Ambiente Interno
Dentro do ambiente interno da empresa encontramos suas forças e fraquezas. Tudo o que está diretamente ligado à empresa e pode interferir em seu desempenho.
Exemplo: Comunicação interna, satisfação dos funcionários etc.
Ambiente externo
Classificamos o ambiente externo de uma empresa em oportunidades e ameaças que podem ser separadas entre duas esferas:
Macroambientais: referem-se à ações que a empresa não pode interferir.
Exemplo: cotação do euro (se a empresa tiver interesse em investir no exterior), a sua alta ou baixa poderão ser vistas como ameaça e oportunidade, respectivamente.
Microambientais: referem-se à ações que empresa pode intervir, apesar de estar fora dos muros da organização.
Exemplo: vasta carteira de fornecedores ou um único fornecedor, poderá significar, respectivamente, uma oportunidade de poder escolher onde e como comprar, e uma ameaça por estar “dependente” de uma única fonte de abastecimento, mostrando-se vulnerável a qualquer intempérie vivida por seu fornecedor.
AULA 4 – COMO ELABORAR UM PLANO DE NEGÓCIOS
A Auditoria Interna
As estratégias do negócio são elaboradas após o estudo e a análise feita em todas as etapas desenvolvidas e pesquisadas até aqui no plano de negócios, agregando-se às diversas informações obtidas sobre o mercado, o ramo de atividade, os serviços e os produtos que serão comercializados, as necessidades e os meios de satisfação dos clientes.
Entender o comportamento do público que se pretende atingir é fundamental para construir as estratégicas que agregarão valores ao seu negócio, são ações imprescindíveis para fazer frente à concorrência do mercado. Neste cenário competitivo, é preciso estar antenado às congruências do universo mercadológico, a fim de posicionar-se com sabedoria para encarar a concorrência e, ao final de cada período, apurar um resultado positivo.
É imprescindível que os estrategistas, neste cenário dinâmico, independente da dimensão da sua empresa, estejam a par da coerência e da racionalidade do seu público-alvo.
Sendo assim, faz-se necessário elaborar a análise SWOT, cujo objetivo é analisar os ambientes externos e internos da empresa, detectando e avaliando as oportunidades e ameaças do ambiente externo e, os pontos fortes e fracos do ambiente interno, relacionando-os com o comportamento dos concorrentes. 
Esta análise interna, feita usualmente, pelo recursos da Análise SWOT, busca também constatar e, posteriormente, sanar os problemas e dificuldades que possam impedir ou atrapalhar a empresa de chegar ao resultado estabelecido como meta.
Com esses elementos devidamente trabalhados, você deve traçar uma estratégia a ser seguida pela sua empresa.
Parcerias Estratégicas
Hoje, se tem noção da crescente relevância das alianças estratégicas, porém, as pesquisas mostram que no Brasil há pouca dedicação à formação e à consolidação de parcerias nacionais e internacionais. Buscaremos analisar duas teorias consideradas importantes para o estudo de parcerias estratégicas: uma trata dos Recursos Empresariais e a outra da Aprendizagem Organizacional.
Diariamente são noticiadas matérias sobre a geração ou a anulação de uma aliança estratégica. Este inovador método associativo de atividades tem sido muito praticado por companhias multinacionais, o que não exclui a prática por empresas de menor porte. 
Um dos fatores responsáveis pela aceleração desta prática é o cenário globalizado em que estamos inseridos, que propicia uma competição em larga escala, independente do ramo da atividade atuante.
Este panorama implica na luta pela sobrevivência, onde cada um precisa agir em função do seu mercado-alvo, garantindo sua presença nestas frentes, mediante a garantia de disponibilidade e qualidade dos seus produtos, qualificação da mão de obra e da tecnologia aplicada na sua produção e na linha de comercialização e redução dos custos. 
 
Contudo, é comum que se procure parcerias a fim de conseguir manter este potencial competitivo, devido aos altos gastos envolvidos neste processo.
A utilização de atividades como parcerias e alianças, é o método identificado pelas empresas para garantir a sua sobrevivência no mercado, visando ainda o aumento do potencial competitivo.
A utilização de atividades de parceria com o sentido de se empreenderem relações de produção com outras firmas não é atividade recente. As inovações dos últimos tempos acontecem em pelo menos quatro níveis (Narula e Hagedoorn, 1999).
Diversas parcerias internacionais vêm sendo feitas entre empresas multinacionais e de países emergentes ou mesmo entre firmas oriundas de nações em desenvolvimento (Vonortas e Safioleas, 1997).
Primeiro, a parceria entre empresas é considerada agora a melhor opção, e não mais a última alternativa disponível.
Segundo, as empresas estão usando cada vez mais os acordos de parceria para realizarem atividades na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), o que antes era muito vigiada pelas empresas.
Terceiro, as empresas estão investindo em P&D por meio de parcerias, como já visto antes e, também, investindo em conjunto com empresas de outros países, por vezes, até no exterior.
E por fim, a quarta novidade, é o crescente uso de organizações não tradicionais, principalmente a utilização de acordos de parceria sem participação acionária (non-equity type agreements).
Em muitos casos esses tipos de acordo são os mecanismos mais eficientes de se desenvolver pesquisas em setores de alta tecnologia (Hagedoorn e Narula, 1996).
O Brasil não é exceção. Casos como a criação da AmBev, a crescente participação de empresas estrangeiras no processo de privatização e a entrada maciça de investimentos diretos no Brasil, mostram que esse país apresenta um terreno muito fértil para a formação e o desenvolvimento de alianças estratégicas internacionais.
Pontos principais
Após o desenvolvimento dos elementos e a pronta constituição da estratégia empresarial, deve-se atentar para que o Plano de Negócio não deixe de esclarecer os seguintes pontos:
1. Quais os segmentos do mercado em que vamos nos concentrar e por quê?
2. Há algum caso de sucesso no ramo, na região?
3. É importante definir qual a oferta de produtos e/ou serviços que sua empresa fará: o que venderá; a que preço; como será o método de abordar os clientes e onde venderá (território geográfico ou nicho ou segmento de mercado). Tudo isso sempre com a preocupação de quais necessidades dos clientes serão atendidas.
4. É necessário estabelecer quais os segmentos de mercado a serem trabalhados e a ordem de prioridade para atacá-los.
5. É necessário que haja um conhecimento profundo dos concorrentes, seus argumentos de venda, seus pontos fortes e fracos e a posição comparativa entre nossas soluções e as dos concorrentes, inclusive para responder às objeções dos possíveis clientes.
6. É necessário possuir uma estratégia de preços: listas de preços, modo de formar preços, descontos, formas de pagamento e créditos.
7. Previsões de vendas necessitam ser feitas e sempre estarão sendo perseguidas.
8. Devem ser analisadas e construídas alianças estratégicas.
9. Um processo estabelecido para o atendimento a clientes, incluindo suporte técnico, pode se tornar um diferencial no mercado.
10. Para a implementação do negócio devem serdescritas as etapas necessárias incluindo os responsáveis, as datas e o orçamento previstos para cada etapa.
Não se pode gerar expectativas de que uma mudança ou inovação em sua empresa, diferenciais na nova economia, sejam desenvolvidos somente através da implementação de uma única estratégia.
Certamente, muitas estratégias terão que ser revistas, algumas serão dependentes da ação da concorrência e da reação do mercado, outras ainda poderão ser danosas, se aplicadas em momentos e ocasiões inoportunas.
Organização e gerência
Os pontos fundamentais para este item do Plano de Negócios são:
1. Definir a composição da equipe gerencial e dos quadros quantitativos de pessoal. 
Para esta etapa, é importante estimar a capacidade instalada da empresa, isto é, o quanto pode ser produzido ou quantos clientes podem ser atendidos com a estrutura física existente. Com isso, é possível diminuir a ociosidade e o desperdício. O quadro de pessoal deverá conter a função, os seus perfis profissionais e as responsabilidades bem delineados.
 
Nota: Considere e avalie se o seu negócio está sujeito a períodos de sazonalidade, isto é, às oscilações do mercado, em função daquilo que irá produzir ou revender.
2. Determina a estrutura organizacional estabelecendo as competências de cada cargo ou setor, preocupando-se em deixar bem definida a autonomia de poder que será delegada ao gestor ou departamento a que refere.
Visualize um modelo de planilha com definição de poderes sob as gerências:
3. Montar um organograma facilita a visualização da estrutura. Organograma é a representação gráfica da estrutura organizacional.
Os pontos fundamentais para este item do Plano de Negócios são:
a) Definir a divisão do trabalho e responsabilidades.
b) Definir tipo de autoridade.
c) Definir sistema de comunicação.
A partir da detecção das necessidades da empresa, definir a equipe de gerência, apresentando seus dados, como: nome e currículo, a fim de que fiquem claras as suas competências para assumir as suas atribuições e responsabilidades.
Revelar um plano de pessoal criterioso, onde estejam expressos:
 A forma de remuneração.
 Os processos de avaliação de desempenho e premiação;
 Os investimentos que se pretende destinar ao aprimoramento profissional e treinamento de pessoal.
 Os planos de carreira, cujo instrumento é muito utilizado para recompensar o bom desempenho do profissional na sua função, servindo como fator motivador para a melhoria constante.
 Os benefícios a serem oferecidos pela empresa, como cesta básica, planos de saúde, dentre outros.
Os custos de pessoal devem ser tabelados e organizados por centros de custos e por classe de despesa, a fim de deixar bem definido o controle dos custos de cada setor.
Modelo de tabela de Cargos e Salários com determinação de benefícios.
AULA 5 – COMO ELABORAR UM PLANO DE NEGÓCIOS E O REGISTRO DA EMPRESA
Planejamento financeiro - fonte de recursos
1ª Etapa
Nesta etapa você decidirá de onde serão extraídos os recursos financeiros para a implantação da empresa. Se usará recursos próprios ou de terceiros ou até de ambos.
Recursos próprios envolvem a aplicação, do capital necessário para a abertura da empresa.
Já, se eu utilizar recursos de terceiros vou ter que buscar algum investidor ou empréstimo a alguma instituição financeira.
Sobre o plano financeiro - 2º etapa
O Plano financeiro representa a principal fonte de referência e controle da saúde financeira do negócio.
O futuro empresário que desejar empreender o utilizará para projetar e conduzir suas atividades dentro dos parâmetros planejados, ajustando distorções e adequando-se a novas variáveis decorrentes de modificações no cenário.  O Plano é também utilizado como veículo de divulgação da empresa, prospector de parceiros, investidores e captador de capital de risco. Age inclusive, como uma boa ferramenta para análise de crédito por parte de fornecedores, instituições financeiras e bancárias.
Nesta etapa do plano de negócios, o plano financeiro explicita e esclarece todas as informações que concernem às necessidades de capital para os investimentos iniciais de funcionamento da empresa, como os custos e investimentos fixos; faz uma projeção dos resultados econômicos, considerando as receitas, os custos previstos; e apresenta as avaliações  que compõem a parte financeira do negócio, como o fluxo de caixa, o balanço patrimonial, e finaliza com a análise do investimento projetado, auferindo proveito das técnicas mais exigidas no mercado atualmente.
Questões mais relevantes a serem respondidas:
 Quais as bases usadas para as projeções financeiras?
 Quais os graus de receitas e despesas são projetados, mensal e anualmente?
 Quais resultados são projetados mensalmente e anualmente?
 Qual a expectativa de alcance do ponto de equilíbrio no negócio?
 Que recursos financeiros são requeridos no momento do investimento?
Questões mais relevantes a serem consideradas:
 Qual o capital investido e cedido pelos responsáveis?
 Quais outros recursos potenciais adicionais serão explorados, e qual a sua fonte?
 Que tipo de composição financeira está sendo prestada?
De maneira geral, a etapa financeira do plano de negócio pode subdividir-se nos seguintes tópicos:
INVESTIMENTO INICIAL  PROJEÇÃO DOS RESULTADOS
Investimento inicial
Investimento inicial envolve tudo que o empreendedor deverá gastar para iniciar suas atividades. Dentre estes gastos, incluem-se: registros e licenças do governo, máquinas, mobiliários, pesquisas de mercado (interna ou contratada), dentre outros.
Além destes, estará contemplando também, os recursos financeiros que a empresa deverá possuir para saldar os seus compromissos assumidos no mercado.
Alguns detalhes que precisarão ser esclarecidos, a fim de se concluir o investimento inicial, envolvem:
• A aquisição de algum imóvel (sala, loja, galpão), para fazer funcionar a empresa. Em caso afirmativo, quanto será pago?
• Tipo e quantidade de equipamentos que a empresa precisará ter: computadores, impressoras, ar condicionado, etc.? Qual será o gasto de aquisição?
• Para funcionar, o negócio depende de algum tipo de maquinário, como guinchos, fornos, lixadeiras, etc.? Qual valor está relacionado à compra destes?
• Listar e quantificar os mobiliários e utensílios que são requeridos para a estruturação do negócio. Para a aquisição de armários, televisores, mesas, cadeiras, geladeiras etc., quanto será gasto?
• A empresa comprará algum veículo para uso exclusivo? Qual o valor a ser pago por ele?
• A atividade da empresa desenvolve itens passivos de proteção, em caso afirmativo, quais serão os gastos com registros de marcas e patentes? 
• Para legalizar o estabelecimento haverá gastos com licenças e alvará de funcionamento. Quais estes gastos?
• Quanto a empresa deverá ter em caixa (dinheiro, bancos) para saldar seus compromissos, até que se obtenha receita suficiente
• O negócio partiu de um plano de negócios, ou o seu surgimento se deu a partir de uma boa ideia, que futuramente identificou a necessidade de pesquisas de mercado para averiguar a aceitação do produto/serviço oferecido? Qual o valor desta prestação de serviço?
• O treinamento dos funcionários deverá ser inserido na planilha de gastos. Qual o valor do investimento?
• A atividade da empresa depende de profissional especializado para desenvolver campanha de marketing e embalagens especiais? Qual o valor desta mão de obra?
Projeção dos resultados
Esta fase estuda e demonstra as entradas e saídas de recursos financeiros da empresa, oriundos de todas as fontes de captação. A partir das informações coletadas, elaboram-se as planilhas mencionando as receitas, custos envolvidos (fixos e variáveis) por produto, bem como todos os impostos incidentes e despesas incorridas.
Projeção do balanço patrimonial
E o que é o balanço patrimonial?
O balanço patrimonial nada mais é que um demonstrativo dos direitos e obrigaçõesadquiridos pela empresa durante determinado período (usualmente, um ano);
Nesta demonstração, temos o Ativo que relaciona os bens e direitos, contemplando os valores disponíveis de caixa; bancos; valores a receber, oriundas de vendas a prazo; bens imobilizados como mobiliários, máquinas, imóveis; ou ainda os investimentos, como ações de outras companhias e aplicações financeiras; organizado do lado direito do gráfico.
E, do lado esquerdo, temos o Passivo, que registra as obrigações com terceiros, com caráter exigível, como: empréstimos; salários a pagar; impostos a recolher; contas a pagar, inclusive por utilização de serviços de concessionárias; além das obrigações para com os sócios, que figurará no Patrimônio Líquido, com caráter não exigível, apesar de comporem o Passivo. São representadas pelas contas do capital social; lucros a distribuir; prejuízos acumulados e reservas.
Ponto de equilíbrio
É a relação que se estabelece quando as receitas obtidas igualam-se às despesas incorridas, incluindo-se os custos fixos e custos variáveis.
O cálculo do ponto de equilíbrio contábil é bastante simples: 
PEC = custos fixos / margem de contribuição unitária do produto (MCU)
O ponto de equilíbrio contábil ocorre quando a empresa não apresenta lucro ou prejuízo, nesta quantidade o resultado apurado é zero. Desta forma se demonstra quanto a empresa deverá vender de cada produto/serviço para cobrir seus custos.
A Margem de Contribuição Unitária é obtida pelo cálculo:
MCU = preço de venda – custos e despesas variáveis
O resultado expressa a quantidade a ser vendida daquele produto para a cobertura dos custos totais.
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
 Payback
Nesta fase temos os métodos mais triviais utilizados pelas organizações e exigidos pelas instituições financeiras a fim de se avaliar a viabilidade de um projeto ou empreendimento. Estes métodos são: Pay Back (tempo de retorno), TIR (Taxa Interna de Retorno) e o VPL (Valor Presente Líquido).
O Payback é o período de tempo necessário para que a empresa recupere os gastos aplicados no investimento inicial do negócio. Este cálculo é feito baseado no saldo acumulado do fluxo de caixa projetado pela empresa. O ponto em que este saldo é “zero”, ou sai de negativo para positivo, é tido como o ponto exato em que todos os gastos destinados ao investimento inicial do negócio regressam para a empresa.
Demonstramos abaixo um exemplo básico de cálculo de payback, quando exibimos a suposição de uma empresa Alfa, onde:
No exemplo demonstrado, o investimento seria recuperado no segundo ano. Foram recuperados $ 4.000 no primeiro ano faltando $ 6.000 para ser recuperado no período seguinte. 
Supondo que o fluxo de $ 9.000 tenha ocorrido linearmente durante todo o ano, fica então 6.000/9.000 = 2/3, ou seja, o investimento levará 1 ano e 8 meses para ser recuperado.
 
Qual o tempo necessário de espera do investidor para que os fluxos de caixa acumulados dos projetos igualem ou superem seu investimento inicial? 
O cálculo do payback procura responder esta questão.
 Taxa Interna de Retorno (TIR)
A TIR é uma taxa calculada a partir do fluxo de caixa líquido projetado, comparando-o com o investimento inicial apresentado.
A TIR ilustra quanto o rendimento irá retornar em cada período, respeitando o fluxo de caixa, ou seja, se o fluxo for mensal, o rendimento será mensal, e se anual, o rendimento será anual, devendo assim, ser confrontada com as taxas oferecidas no mercado financeiro.
A TIR é um instrumento também utilizado na confrontação de projetos de investimentos, quando estes forem mutuamente excludentes. Nesta ocasião, o projeto que revelar o maior valor da TIR será àquele, economicamente, mais atraente
 Valor Presente Líquido (VPL)
O VPL é um instrumento de medição utilizado na análise da viabilidade de um projeto de investimento.  Por VPL entende-se como sendo o somatório dos valores presentes dos fluxos esperados de uma aplicação, calculados a partir de uma taxa dada e de seu período de duração.
Os fluxos esperados podem ser positivos ou negativos, variando com as entradas ou saídas de caixa. A taxa oferecida à função reflete o rendimento desejado pelo projeto.
Se o VPL encontrado no cálculo for negativo, o retorno do projeto será menor que o investimento inicial, insinuando a sua reprovação. Se ele for positivo, significa que o valor obtido no projeto cobre o investimento inicial, tornando-o viável.
Aprecie algumas sugestões que auxiliam na decisão da melhor opção de investimento:
 
• Analise a possibilidade de terceirizar certas atividades, o que diminuirá a necessidade de adquirir máquinas e equipamentos;
• Estude e avalie as diversas alternativas de aquisição (leilões, brechós).
• Esteja atento ao estado de conservação e a garantia do que irá adquirir.
O plano jurídico
Em certos momentos, o plano jurídico é revelado na descrição geral da empresa. Em verdade, ele não é nada além do que uma descrição da forma jurídica de constituição da empresa e situações legais relacionadas. Existem três principais opções de sociedade mais usuais que são: a empresa limitada, a sociedade por conta de participação e a sociedade anônima, embora haja muitas diversificações que mereçam destaque dentro destes tipos de constituição da empresa, cujas possibilidades já estudamos anteriormente nesta disciplina.
Como a empresa será juridicamente constituída (empresa individual, EIRELI, sociedade por quotas de responsabilidade limitada, sociedade anônima comum ou unidade de negócios de uma corporação)?
Quais as implicações jurídicas dos débitos da forma de constituição escolhida?
Quais as vantagens e desvantagens tributárias dessa forma de constituição?
Qual é a data da incorporação?
Que profissional representará a empresa? Advogado ou escritório jurídico?
Qual o relacionamento existente com esse advogado ou escritório jurídico?
Que licenças/permissões podem ser exigidas a este tipo de constituição?
REGISTRO NAS ESFERAS COMPETENTES
Para uma micro ou uma pequena empresa exercer suas atividades no Brasil, é preciso, entre outras providências, ter registro na prefeitura ou na administração regional da cidade onde ela vai funcionar, no estado, na Receita Federal e na Previdência Social. Dependendo da atividade pode ser necessário também o registro na Entidade de Classe, na Secretaria de Meio-Ambiente e outros órgãos de fiscalização.
AULA 6 – PLANO DE CONTAS
Premissa
Antes mesmo de ingressarmos no tema principal da aula, é importante que seja esclarecido o significado do termo Conta, que segundo Sá (1988, p.11), conceitua como:
A expressão de fatos patrimoniais da mesma natureza acontecidos ou por acontecer em uma empresa ou em uma entidade.
Plano de Contas
É uma relação lógica e ordenada de todas as contas que serão utilizadas na escrituração dos diversos atos e fatos ocorridos na azienda em que são fixadas as regras, proporcionando perfeita harmonia entre as características gerais da empresa e o produto esperado pelos usuários das informações contábeis. 
Assim, é assegurada a padronização de procedimentos e racionalização na execução dos serviços.
E isso tudo de acordo com a fundamentação conceitual apresentada a seguir.
“Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil, pois é com sua utilização que se estabelece o banco de dados com informações para geração de todos os relatórios e livros contábeis, tais como: Diário, Razão, Balancete, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados e Análises, além de outros.” (CFC, 2002:31)
“Plano de Contas é uma peça na técnica contábil que estabelece previamente a conduta a ser adotada na escrituração, através da exposição das contas em seus títulos, funções, funcionamento, grupamentos, análises, derivações, dilatações e reduções.” (Sá, 2004:22)
“Ao preparar um projeto para desenvolver um Plano de Contas, a empresa deve ter em mente as várias possibilidades de relatórios gerenciais e para uso externo e, dessa maneira,prever as contas de acordo com os diversos relatórios a serem produzidos.” (FIPECAFI, 2007:19), e, concluindo, afirma: “Se anteriormente isso era de grande importância, atualmente, com os recursos tecnológicos da informática, passou a ser essencial, pois tais relatórios propiciarão tomadas de decisões mais ágeis e eficazes por parte dos usuários”.
Esse conjunto de Contas é denominado Plano de Contas, pois, em verdade, a sua constituição é dada antes mesmo da utilização, ou seja, a precede o início da atividade da empresa.
 
Portanto, o planejamento da estrutura do Plano de Contas, que é conferida ao profissional contador, mediante o aceite e concordância dos administradores, deve revelar uma ferramenta útil, que lhe permita uma escrituração clara e objetiva, possibilitando a geração de resultados fidedignos no que tange às informações contábeis da empresa.
Composição do Plano de Contas
Um Plano de Contas ideal poderá se compor de 3 partes:
Elenco de Contas;
Manual de Contas;
Lançamentos explicativos para registro de operações especiais.
Sobre o Elenco das Contas, podemos dizer que em um Plano de Contas o elenco é a relação dos títulos das contas. Costuma-se denominá-lo também “Quadro de Contas”.
Manual das Contas
O Manual de Contas é um quadro explicativo do uso adequado de cada uma das contas constantes do Elenco de Contas. Esse quadro apresenta:
 Função de cada conta (revela para que serve, descrevendo a natureza dos fatos que serão escriturados nela);
 Funcionamento de cada conta (expressa a relação e de uma conta com as outras, demonstrando o seu comportamento frente ao fato ocorrido, debitando-a ou creditando-a de acordo com a sua natureza);
 Natureza do saldo de cada conta (estará indicada mediante a identificação do grupo a que ela pertença: Ativo, Passivo, Despesas ou Receitas).
“A definição da Função e do Funcionamento das rubricas do Elenco de Contas é importante para que se possa padronizar a classificação dos fatos contábeis e os relatórios que resultarem da escrituração, assegurando tratamento uniforme, independentemente do profissional que esteja executando os trabalhos. (CFC, 2002:40).”
Algumas informações que ajudarão a identificar a sua função e funcionamento, a partir do conteúdo exposto:
Classificação da Conta: indica se ela é Conta Patrimonial ou de Resultado.
Grupamentos das Contas: indica se ela pertence ao grupo de Ativo, Passivo, Despesas ou Receitas.
Código e Grau da Conta: é formado por um ou mais algarismos, que serão agrupados de acordo com o número de níveis estabelecidos pelo contador, e serão utilizados para identificar cada uma das contas que compõem o Plano de Contas de uma entidade.
“A definição da Função e do Funcionamento das rubricas do Elenco de Contas é importante para que se possa padronizar a classificação dos fatos contábeis e os relatórios que resultarem da escrituração, assegurando tratamento uniforme, independentemente do profissional que esteja executando os trabalhos." (CFC, 2002:40)
“A adoção de códigos agiliza os registros contábeis, principalmente quando efetuados por meio de computador; assim, débitos e créditos são feitos através dos códigos das contas e não pela intitulação.
 
Os critérios para definir a codificação a ser adotada ficam a cargo de cada contabilista, dependendo do porte da empresa e do grau de detalhamento das informações que pretende obter, podendo assim variar o número de níveis que irá compor a Máscara do Plano.”
Manual das Contas
O modelo proposto aplica-se a empresas que exercem atividades mistas – comércio, indústria e serviços – realizadas conjuntamente. Caso não sejam realizadas as 3 atividades, existem 2 opções a seguir pela empresa.
Primeira: utilização do modelo completo excluindo as contas que não são utilizadas, mantendo as demais e conservando a codificação geral para facilitar o uso, principalmente para organizações contábeis que trabalham para empresas de vários ramos.
Segunda: construção de Planos de Contas específicos para cada ramo de atividade, partindo do modelo geral e refazendo a codificação para conciliar as peculiaridades inerentes a cada um.
Atende também à utilização de Plano de Eventos, caso seja adotado. A finalidade do Plano de Eventos é a gravação dos vários elementos comuns nas “partidas” que se repetem e formam eventos contábeis. 
Por exemplo: cada compra a prazo constitui uma transação ou fato contábil; o conjunto das compras a prazo constitui o evento contábil compras a prazo.
Sua contabilização será:
Data: dd/mm/aaaa
Conta e subconta devedoras: ESTOQUE/Compras
Conta e subconta credoras: FORNECEDORES/Fornecedor A
Histórico: Compra conforme NF XXXX
Valor: R$ 1.111,11
Os elementos variáveis desse evento são apenas: a data, o nome do fornecedor, o número do documento fiscal e o valor da operação.
A utilização desse procedimento minimiza erros de classificação contábil e agiliza a escrituração, principalmente quando o volume de transações é numeroso e, principalmente, se a escrituração contábil é importada de outros aplicativos, tais como: compras, produção, fiscal, pessoal etc.
Estrutura dos Planos de Contas e as rotinas da sua elaboração
As contas patrimoniais que compõem o balanço devem ser dispostas em grupos e grau decrescentes de liquidez para facilitar a interpretação e análise da situação financeira.
“Nenhuma entidade, pública e privada, poderá gabar-se de possuir um bom serviço de contabilidade se não dispuser de um plano de contas próprio. O Plano de Contas é tido como o mais importante instrumento na escrituração de uma entidade, pois sem ele não se consegue nem iniciar o registro dos fatos contábeis.”
Notas
A estruturação do Plano de Contas deve favorecer:
 A apresentação da informação automática para os relatórios que serão gerados futuramente, evitando o retrabalho e redundância de dados.
 A estruturação visando manter o inter-relacionamento integral entre as contas afins do Balanço Patrimonial e da DRE.
 A informação detalhada, evitando-se informações relevantes de modo aglutinado, que não permita o entendimento e a tomada de decisão.
 A criação de contas adicionais conforme se julgar necessárias, buscando atender aos fundamentos anteriores.
Classificação das contas
As contas têm como principal função o ordenamento do patrimônio, destacando os fatores que alteram sua estrutura, elas são o principal instrumento da técnica contábil. Para Crepaldi (1995, p.66) “a função de cada conta é representar graficamente a variação patrimonial que um fato promoveu no Patrimônio da empresa”. São elas:
 Patrimoniais
Representam bens, direitos e obrigações (terceiros) e o patrimônio líquido (próprios).
 De Resultado
Representam as despesas e suas variações, as receitas, os ganhos e as perdas, ou seja, as operações que provocam alterações no Patrimônio Líquido.
Ludícibus e Marion (1991, p. 58) definem os requisitos fundamentais que deverão ser observados quando da elaboração de um plano de contas, conforme o quadro 1.
Utilidade do Plano de Contas
A principal utilidade do plano de contas é a de servir de meio de orientação na escrituração contábil, possibilitando a unidade de trabalho e protegendo a empresa contra os erros naturais motivados pela ausência de sistematização.
 
O plano é uma peça básica de orientação, um roteiro de grande valor, hoje indispensável e de uso generalizado.
O plano de Contas é, hoje, uma peça imprescindível e a sua ausência nos trabalhos de escrituração contábil denota, efetivamente, conduta deficiente por parte do profissional, na execução de sua tarefa.
AULA 7 – O PAPEL DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Conceito
O conceito de Tecnologia da Informação é mais abrangente do que os de processamento de dados, sistemas de informação, engenharia de software, informática ou o conjunto de hardware e software, pois também envolve aspectos humanos, administrativos e organizacionais (Keen, 1993).
 
Alguns autores,como Alter (1992), fazem distinção entre Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação, restringindo à primeira expressão apenas os aspectos técnicos, enquanto que à segunda corresponderiam as questões relativas ao fluxo de trabalho, pessoas e informações envolvidas. 
Outros autores, no entanto, usam o termo Tecnologia da Informação abrangendo ambos os aspectos, como é a visão de Henderson & Venkatraman (1993).
Reais ganhos advindo dos investimentos em TI
“A explicação para este fenômeno, presente em 90% das PMEs (pequenas e médias empresas), talvez esteja na falsa premissa que tais sistemas têm sua razão de ser apenas em grandes companhias ou multinacionais, até pelo rótulo de “caros” que carregam consigo.
Entretanto, é preciso desmitificar essa crença de que adquirir um sistema analítico significa necessariamente investir em complexas ferramentas de gestão, como se a um pequeno empresário não restasse alternativa além dos sistemas operacionais, excelentes na produção de dados estatísticos, mas que são incapazes de gerar o cruzamento sinérgico entre eles.”
Sistemas informatizados e produção
No cenário mercadológico, pode-se verificar um alto valor agregado aos sistemas informatizados gerados pelas empresas que se mantém no topo da lista das mais valorizadas.
Contudo, nada deixam a desejar o bom desempenho de desenvolvedores que já demonstram capacidade e competência na confecção dos seus produtos, mesmo ainda sem nome de prestígio, mas revelando resultados positivos alcançados através da sua elaboração.
No entanto, a prática de mercado revela que poucos são os desenvolvedores que apresentam a capacidade de identificar o melhor sistema para atender a necessidade do seu cliente. A falta deste feeling resulta na entrega de aplicativos, cujas funções são estrategicamente limitadas. Essa ocorrência deve ser analisada e acompanhada minuciosamente pelo cliente, a fim de que tenha a sua necessidade satisfeita.
Implantação de um sistema de TI
Um sistema de Tecnologia da Informação pode ser adquirido com a inteligência necessária para analisar os fatos presentes, baseados em dados históricos, construindo assim, um arcabouço que servirá para sustentar a elaboração de planos estratégicos e instruir nas tomadas de decisão, em empresas de qualquer porte. O sistema de TI com estas características deve ser constituído em três níveis de programação, apresentados ao lado...
De maneira geral, ultimamente, observa-se um mercado tomado pela informatização de procedimentos e processos, estando em sua maioria ligados a um sistema de TI, mas que pecam por não fazer cumprir o papel fundamental que é transformar dado em informação.
Visualize o esquema apresentado abaixo para entender melhor este conceito
As tecnologias de informação mais utilizadas para implementação e viabilização da gestão do conhecimento e desenvolvimento estratégico, conforme Cândido e Silva Filho (2003) são:
 Videoconferência;
 Groupware;
 Painéis eletrônicos e grupos de discussão;
 Bases de dados online;
 CD-ROMs;
 Internet;
 Intranets;
 Sistemas especialistas;
 Agentes de pesquisa inteligentes;
 Data warehouse (armazém de dados);
 Data mining (processo de explorar grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes);
 Gerenciamento eletrônico de documentos – GED.
A TI na rotina contábil
As modificações estruturais e tecnológicas, vivenciadas pela Ciência Contábil nos últimos tempos, começam a produzir efeito na formação de novos profissionais.
A adesão à introspecção da Tecnologia da Informação (TI), através de elementos como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) Contábil e Fiscal e a nota fiscal eletrônica, são alguns dos fatores que influenciaram a criação de novas matrizes educacionais nos cursos de Ciências Contábeis.
Aquele tempo em que ao profissional contador era delegada apenas a responsabilidade de fazer a escrituração nos livros passou. Ao profissional que ficava concentrado em uma pilha de papéis deu lugar ao gestor da informação.
O contador hoje é membro participante e diretamente envolvido no processo de tomada de decisão da companhia, tendo deixado de ser só um assessor fiscal e tributário.
Com a finalidade de atender necessidades impostas pelo mercado de trabalho, o processo de formação de contadores passa por diversas modificações que incluem em seus currículos as disciplinas práticas, como esta que estudamos agora, que recorrem ao uso da tecnologia.
Política de segurança operacional
Vários desafios estão colocados à contabilidade: desde a necessidade de incorporação das novas tecnologias de informações pelas empresas contábeis até a compreensão dos efeitos dessas tecnologias sobre as organizações e, em particular, sobre o patrimônio que é o nosso objeto de estudo. 
O mercado de trabalho exige do profissional de Contabilidade conhecimento com a Ciência da Informação em virtude da rápida automação verificada nos diversos setores da economia, em processo contínuo e irreversível, conforme vimos anteriormente, a área acadêmica já apresenta as suas soluções para esta demanda.
Ao adotar sistemas inteligentes, a companhia tem ao alcance a visão do todo, e ao mesmo tempo conseguindo distinguir as unidades que a compõe. 
 
O departamento contábil está dentre as áreas que mais absorve essa nova realidade, pois nele são empregados desde programas criados especificamente para as rotinas operacionais de registro de fatos, até programas contábeis onde são produzidos todos os relatórios, incluindo-se os obrigatórios e os gerenciais que as empresas requerem.
A empresa vive em um contexto na qual ela influencia e pelo qual é influenciada. Para tanto, os sistemas de informações devem estar integrados para que possam prestar atendimento aos ambientes nos quais encontra-se inserida, sejam eles externos ou internos à organização. 
Os dados e as informações são transacionados intra e extraorganização, assim, os limites estabelecidos ao Sistema de informações contábeis são os mesmos do ambiente no qual a empresa encontra-se inserida.
Os lançamentos deverão ser efetuados na sequência em que ocorreram os fatos (ordem cronológica).
AULA 8 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BÁSICAS: BALANÇO PATRIMONIAL E DRE
Demonstrações Contábeis Básicas
Você sabia?
O início da análise financeira da empresa parte, na sua grande maioria, das demonstrações financeiras básicas, as quais elencaremos neste estudo o Balanço Patrimonial e a DRE. 
Sendo, contudo, imprescindível, que o analista tenha um bom entendimento dos fundamentos destes demonstrativos.
Neste estudo, elegemos duas demonstrações financeiras básicas:
- O Balanço Patrimonial;
- A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE.
Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é uma demonstração que visa evidenciar, qualitativa e quantitativamente, em uma determinada data, a posição patrimonial e financeira de uma entidade.
Sendo uma demonstração fundamental para a saúde financeira e contábil de uma empresa, observaremos que dentro do plano de contas, o Balanço Patrimonial é uma das peças importantes para avaliar o patrimônio da empresa e, com base nessas informações, tomar as decisões estratégicas mais acertadas.
O Balanço Patrimonial descreve os ativos, os passivos e o patrimônio líquido da empresa de forma estática. Vamos entender melhor esses conceitos!
O Balanço Patrimonial é também imprescindível para a avaliação patrimonial de uma empresa. 
Na avaliação patrimonial o exame de ativos e passivos permite determinar, em última instância, quanto vale a empresa.
Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE destina-se a evidenciar a formação do resultado líquido do exercício, lucro, prejuízo ou nulo, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas seguindo o regime de competência, ou seja, o registro do documento se dará na data de ocorrência do fato gerador, não importando quando o mesmoserá pago ou recebido pela entidade.  
 
Sabendo-se que as atividades de uma empresa são dinâmicas, entre a data de um balanço e a do outro, a empresa realiza diversas operações que modificaram o seu patrimônio, como compras, vendas, pagamentos etc.
 
O volume dessas operações próprias das atividades operacionais e não operacionais desenvolvidas pela empresa que alteram o patrimônio líquido está contido na Demonstração do Resultado do Exercício.
A DRE oferece uma visão econômica dos resultados operacionais de uma empresa em determinado período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais.
Elaboração do Balanço Patrimonial
As empresas que desejam obter sucesso devem se planejar muito bem e contar com profissionais qualificados para controlar os números financeiros da empresa. 
Sabemos que existe uma concorrência acirrada em todos os setores da economia.
No mercado em geral, para avaliar o valor comercial de uma empresa, o processo é feito por análise dos valores contidos nos balanços periódicos.
Conforme já vimos, a estrutura do balanço patrimonial consiste em: Ativos; Passivos e Patrimônio Líquido.
Elaboração do Balanço Patrimonial
Observando os números expressos nessa demonstração é possível determinar o valor de uma empresa no mercado e fazer projeções sobre ganhos, entrada e saída de dinheiro etc.
Tudo que é pertencente à empresa tem que constar no documento, valor da marca, do estoque, dos veículos, imóveis, dinheiro em caixa, aplicações financeiras, enfim, tudo que puder gerar capital é contabilizado.
Sendo configurado com todos estes dados, o demonstrativo torna-se uma importante ferramenta financeira para sócios e acionistas, podendo, através deste, averiguar todos os dados ali expressos, e avaliar sua tomada de decisão.
O Balanço Patrimonial tornou-se obrigatório na década de 1970, por exigência do governo brasileiro, que poderia então aplicar a tributação de impostos baseada nesses documentos.
A elaboração do balanço segue critérios pré-estabelecidos, conforme normas previamente definidas por órgãos oficiais, específicos para esse segmento, como o CFC. 
Este, por sua vez, é fiscalizado por outros órgãos, como por exemplo, o Banco Central do Brasil, que podem fazer mudanças normativas.
No balanço devem ser lançados os dados referentes a bens e direitos e obrigações da empresa.
Contudo, no Ativo, dividido em circulante, não circulante, que compreende o realizável a longo prazo, os investimentos, o imobilizado e o intangível, a disposição dos dados ocorre das contas de maior liquidez para as de menor liquidez.  
As contas do Ativo sujeitas a depreciação, amortização, entre outras interferências devem já aparecer deduzidas no balanço patrimonial das respectivas deduções.
Já no Passivo, dividido em circulante e não circulante, compreendendo o exigível a longo prazo, a classificação das contas se dá naquelas com o vencimento mais próximo para as de vencimento mais longe.  
O Patrimônio Líquido é dividido em:
Capital Social;
Reservas de Capital;
Ajustes de Avaliação Patrimonial;
Reservas de Lucros;
Ações em Tesouraria; 
Prejuízos Acumulados.
Para elaborar o Balanço, no final do exercício, procede-se ao levantamento do balancete de verificação, com o objetivo de apurar os saldos das contas do Razão.
Neste balancete constam todas as contas utilizadas pela entidade, quer sejam patrimoniais quer sejam de resultado, sendo evidenciados os seus débitos, créditos e saldos.
No final do ano, na data do levantamento do Balanço, procede-se a todos os ajustamentos necessários nas contas patrimoniais e de resultado, de modo a que elas representem, de fato, os componentes do patrimônio nessa data, assim como as variações ocorridas nesse exercício econômico.
Atualmente estes demonstrativos são feitos no computador, com a utilização de programas que facilitam a inserção de dados e sua interpretação, conforme foi citado e instruído na aula anterior.
Elaboração da DRE
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas em um determinado período, normalmente, de 1 ano.
De acordo com a legislação, as empresas deverão discriminar na Demonstração do Resultado do Exercício:
- a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
- a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
- as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
- o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; 
- o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
- as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados;
- o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
AULA 9 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BÁSICAS: ROTINA, CONCILIAÇÃO E ANÁLISE
Balanço Patrimonial e DRE
Dentro da Gestão Patrimonial uma das principais atividades realizadas, com certeza é o fechamento do Balanço Patrimonial.
Você sabe qual a sua principal função?
ATENÇÃO
O Balanço Patrimonial é considerado uma das principais declarações financeiras de uma empresa e deve ser produzido de maneira precisa e rigorosa, a fim de auxiliar um Controle do Patrimônio eficiente.
A principal função do balanço é fornecer um quadro preciso da Contabilidade e a situação financeira e patrimonial da empresa em certo período.
Ao término do exercício, como se faz em todos os meses, procede-se ao levantamento do balancete de verificação, com o objetivo de:
 
 conhecer os saldos das contas do razão e conferir sua exatidão.
No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimonial quer de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos, como vemos no exemplo abaixo.
As contas do balancete, no fim do exercício, sejam patrimoniais ou de resultado, nem sempre representam, entretanto, os valores reais do patrimônio, naquela data, nem as variações patrimoniais do exercício, porque os registros contábeis não acompanham a dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve.
 
Daí a necessidade de se proceder ao ajuste das contas patrimoniais e de resultado, na data do levantamento do balanço, para que elas representem, em realidade, os componentes do patrimônio nessa data, bem como suas variações no exercício. 
No Brasil, os princípios estão obrigatoriamente presentes na elaboração das Normas Brasileiras de Contabilidade, que estabelecerá regras sobre apreensão, registros, relatos, demonstrações e análise das variações sofridas pelo patrimônio. 
São Princípios de Contabilidade:
I) o da ENTIDADE; 
II) o da CONTINUIDADE; 
III) o da OPORTUNIDADE; 
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
VI) o da COMPETÊNCIA; e 
VII) o da PRUDÊNCIA.
Com o pronunciamento CPC01, todo empreendimento deve rever seu balanço patrimonial a fim de verificar o estado de suas depreciações para efetuar análises e verificar a possibilidade da Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
Um ponto importante a ser destacado é que o Balanço Patrimonial mostra apenas as contas patrimoniais.
Já a DRE demonstra somente as contas de Resultados ou Transitórias.
Este demonstrativo

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