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Trabalho sobre AIDS

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE MEDICINA 
NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO DE MEDICINA 
 
LUCAS LINCOLN SANTOS SALES
PATRICK PINHEIRO RODRIGUES
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO MUNICÍPIO DE MARABÁ-PA NO PERÍODO DE 2011 A JUNHO 2015
Marabá-PA
2016
LUCAS LINCOLN SANTOS SALES
PATRICK PINHEIRO RODRIGUES
CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS NO MUNICÍPIO DE MARABÁ-PA NO PERÍODO DE 2011 A 2015
Trabalho de conclusão anual apresentado à Universidade do Estado do Pará, como pré-requisito para a avaliação no módulo GIESC, sob orientação do Prof. Dr. Danillo Silva.
Marabá-PA
2016
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele nada em seria possível em nossas vidas.
Posteriormente, dedicamos à nossa família, pela capacidade de acreditar е investir em nós.
AGRADECIMENTO
Agradecemos em primeiro lugar a Deus que foi nosso abrigo em momentos difíceis e pelas vitórias que ele permitiu que alcançassemos, pois ele é poderoso para fazer infinitamente mais. 
Aos nossos pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional.
Ao Prof. Dr. Danillo Silva que confia em seus alunos e se empenha para que sejamos bons profissionais.
“O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano.” 
SIR. ISAAC NEWTON.
RESUMO
Mais de 7.000 pessoas são infectadas com o vírus diariamente, e uma pessoa morre a cada 20 segundos de uma doença relacionada à Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). No Brasil, em 2014, cerca de 734 viviam com vírus da imunodeficiência humana (HIV) /AIDS, sendo o Pará o sétimo estado brasileiro com o maior número de casos confirmados de AIDS. E entre os municípios paraenses que mais contribuem para esses dados, destaca-se a cidade de Marabá. Em virtude disso, o referente estudo objetivou caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes com AIDS em Marabá-PA. O estudo apresenta uma pesquisa de caráter descritivo, transversal e retrospectivo, baseado na análise de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Levando em consideração as variáveis: Idade, Sexo, Escolaridade e Raça. O estudo mostrou elevadas incidências em pardos com um total de 68 casos durante os 5 anos analisados. Em relação à escolaridade, os maiores índices foram entre 4ª e 8ª série com um total de 48 casos no período estudado. Dentre os gêneros, a maior incidência foi entre os homens com 56% das taxas de detecção e mulheres com 44%, além de que os mais afetados são jovens entre as idades de 15 e 24 anos.
ABSTRACT
More than 7,000 people are infected with the virus every day and someone dies every 20 seconds of an AIDS-related illness. In Brazil, in 2014, about 734 were living with HIV / AIDS, and the Pará the seventh Brazilian state with the highest number of confirmed AIDS cases. And among the Pará municipalities that contribute most to these data, there is the city of Maraba. As a result, the referent study aimed to characterize the epidemiological profile of AIDS patients in Maraba-PA. The study presents a descriptive research, cross-sectional retrospective, based on analysis of the Information System Data Notifiable Diseases. Taking into account the variables Age, Sex, Race and Education. The study showed high incidences in brown with a total of 68 cases during the five years analyzed. Regarding education, the highest rates were between 4th and 8th grade with a total of 48 cases during the study period. Among genders, the highest incidence was among men with 56% detection rates and women with 44%, and that the most affected are young people between the ages of 15 and 24 years.
ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO
Mais de 7.000 pessoas são infectadas com o vírus do HIV diariamente, e uma pessoa morre a cada 20 segundos de uma doença relacionada à AIDS. A doença é atualmente a 5ª causa de morte entre adultos e a principal causa entre as mulheres com idades entre 15 e 49 anos (UNAIDS, 2013). O Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais estima aproximadamente 734 mil pessoas vivendo com HIV/AIDS no Brasil no ano de 2014, correspondendo a uma prevalência de 0,4%” (BRASIL, 2014).
Segundo o último boletim epidemiológico de 2015, o Pará é o sétimo estado brasileiro com o maior número de casos confirmados de AIDS, com 2.700 casos notificados de 2010 a 2015. Entre os municípios que mais contribuem para essas estatísticas está o município de Marabá (BRASIL, 2015).
 A AIDS é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), um retrovírus, e caracteriza-se por profunda imunossupressão que leva a infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas. O HIV é transmitido por secreções sexuais e por sangue ou outros fluidos biológicos. E A transmissão sexual é claramente o modo predominante de infecção no mundo todo, sendo responsável por mais de 75% de todos os casos de transmissão do HIV. Existem duas formas geneticamente diferentes de HIV, o HIV-1 e o HIV-2 (ROBBINS, 2010). O vírus HIV-2, que infecta a menor parcela da população brasileira, tem uma taxa de replicação menor e, por isso, pode ser considerado como uma versão mais “lenta” (mas também fatal) do HIV-1, o mais conhecido no país. Os dois têm a mesma ação no organismo humano, mas o HIV-2 produz menos partículas virais que o HIV-1. Como não há tanta partícula naa pessoa infectada, a possibilidade de transmissão é menor (GRANJEIRO, 2013).
Os primeiros casos de AIDS foram descritos nos EUA, Europa Ocidental e África no início dos anos 1980; em menos de 20 anos, transformou-se em uma epidemia de grandes proporções, com disseminação e propagação em todos os continentes. Logo depois, a infecção pelo HIV progrediu de uma doença confinada a grupos restritos (homossexuais do sexo masculino e usuários de drogas endovenosas, de países desenvolvidos e de classes sociais mais altas) para uma situação bem mais abrangente, acometendo cada vez mais setores economicamente desprivilegiados, indivíduos heterossexuais, mulheres e, consequentemente, crianças (BOGLIOLO, 2006).
A epidemia brasileira de AIDS constitui miscelânea de epidemias regionais de diferentes matizes em sua quarta década (BRITO, 2006). A região Norte do País apresenta tendência de crescimento das taxas de detecção dessa doença, em contraste à diminuição na região Sudeste (BRASIL, 2015). A dispersão da infecção pelo HIV/aids na região Norte é problema de saúde pública recentemente identificado. Essa dispersão é preocupante e desafiadora devido aos fatores socioambientais, culturais e econômicos característicos dessa região, que conferem à população peculiar vulnerabilidade de base individual, social e programática (MARQUES, 2012). 
Diversas transformações foram observadas no cenário socioeconômico da região nas últimas décadas. A abertura de novas fronteiras agrícolas relacionadas à pecuária extensiva e indústria madeireira produziu um reordenamento do ambiente e significativo fluxo migratório para o oeste e sul do Pará, ou seja, rotas de circulação de mercadorias e de pessoas que contribuem para a disseminação de doenças infecciosas dentro da Amazônia brasileira (BARCELLOS, 2010). 
Os dados mostram que a AIDS se apresenta como um mosaico de subepidemias regionais e municipais, relacionado às diferenças nas condições sociais, culturais, de infraestrutura e de acesso aos serviços de saúde pública voltados ao aconselhamento, testagem, tratamento e ações de prevenção da doença (COCK, 2011). 
Dessa forma, para auxiliar ações, principalmente na atenção primária de saúde (APS), de prevenção, fiscalização e controle da doença no município de Marabá-PA, o atual estudo teve como meta caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes com AIDS no período de 2011 a junhode 2015, utilizando, como base, dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
2 – OBJETIVO
– GERAL
Caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes com AIDS, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no município de Marabá-PA.
2.2 – ESPECÍFICOS
Verificar a incidência dos casos de AIDS no município de Marabá nos anos de 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.
Verificar a ocorrência de casos de AIDS segundo a faixa etária, a raça, a escolaridade e o sexo.
Relatar casos de AIDS em indivíduos do sexo masculino com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por ano de diagnóstico.
Conhecer o número de óbitos tendo como causa básica a AIDS.
3 – MÉTODO
A pesquisa apresentada terá como base um estudo quantitativo que será aplicado para análise dos dados coletados segundo a idade, o sexo, a escolaridade, categoria de exposição hierarquizada e a raça, por meios de gráficos e tabelaTabelas comparativas.
Em relação aos objetivos será desenvolvida uma pesquisa de caráter descritivo e transversal, quanto aos meios de desenvolvimento, o estudo será retrospectivo, baseado na análise do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) dos últimos cinco anos. Dessa forma, não haverá dor ou desconforto para os sujeitos pesquisados, o que, portanto, exime o estudo da obrigatoriedade de apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Quanto aos critérios de inclusão e exclusão: serão incluídos na pesquisa todos os pacientes de Marabá-PA com casos confirmados de AIDS notificados no banco de dados do SINAN nos últimos cinco anos; critérios de exclusão, portanto, não são aplicáveis.
Os dados serão analisados através de estatística descritiva para os dados dos cinco anos incluídos na pesquisa e, por fim, serão expostos em tabelaTabelas e gráficos. Para tal, será utilizado os softwares Microsoft Excel 2011® e o Microsoft Word ®.
A respeito das variáveis da pesquisa, serão consideradas: Idade; Sexo; Escolaridade; Raça.
Todos os dados da presente pesquisa serão estudados segundo os preceitos da Declaração de Helsinque e do Código de Nuremberg, respeitadas as Normas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Res. 466/12) do Conselho Nacional de Saúde após autorização do orientador do trabalho.
– RESULTADOS
No ano de 2011 houveram 12 casos na raça parda, sendo este o total do ano (TabelaTabela 1). Em 2012 houveram 8 casos na raça parda sendo este o total. Em 2013, tiveram 2 casos entre a raça preta e 18 entre os pardos totalizando 20 casos. No ano de 2014 foram 17 casos notificados entre os pardos e em 2015 um na raça preta, 13 entre pardos e apenas uma notificação foi ignorada, totalizando com um número total de 15 notificações nesse ano.
TabelaTabela 1 - Casos de AIDS notificados no SINAN, segundo raça/cor, por ano de diagnóstico.
	Cor ou Raça
	2011
	2012
	2013
	2014
	2015
	Branca
	0
	0
	0
	0
	0
	Preta
	0
	0
	2
	0
	1
	Amarela
	0
	0
	0
	0
	0
	Parda
	12
	8
	18
	17
	13
	Indígena
	0
	0
	0
	0
	0
	Ignorada
	0
	0
	0
	0
	1
	total
	12
	8
	20
	17
	15
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Notas: (1) Casos notificados no SINAN até 30/06/2015; (2) Dados preliminares para os últimos 5 anos.
O gráfico 1, apresenta Aa distribuição percentual dos casos de AIDS notificados, apontou. Apontando em 100% notificações entre os pardos no ano de 2011 100% das notificações entre os pardos, mantendo-se constante . Eem 2012, a porcentagem se repetiu em relação ao ano anterior. No ano de 2013, 90% dos casos foram pardos e apenas 10% em pretos. Em 2014, 100% foram entre os pardos e em 2015, 86,7% dos casos foram entre os pardos, 6,7% entre pretos e 6,7% foram ignorados.
GRÁFICO 1 - Distribuição percentual dos casos de AIDS notificados no SINAN, segundo raça/cor, por ano de diagnóstico.
Figura 1 – Gráfico com a distribuição percentual dos casos de AIDS notificados no SINAN, segundo raça/cor, por ano de diagnóstico.
Fonte:  MS/ SVS/ Departamento de  DST,  AIDS  e Hepatites Virais
Notas: (1) Casos notificados no SINAN até 30/06/2015; (2) Dados preliminares para os últimos 5 anos.
A tabelaTabela 2 aponta os caos de AIDS notificados no SINAN divididos por escolaridade. Em 2011, houve um total de 12 notificações, sendo uma entre a 1ª e 4ª série incompleta, uma entre 5ª e 8ª série incompleta, uma entre médio incompleto, uma no médio completo, uma foi ignorada, 4 notificações na 4ª série completa e 3 não se aplicaram. No ano de 2012, obteve-se um total de 8 notificações, sendo 4 entre a 1ª a 4ª série incompleta, 2 entre a 4ª série completa e 2 entre a 5ª a 8ª série incompleta. Em 2013, 20 casos foram notificados, o total foi distribuído entre 4 casos na 4ª série completa, 4 na 5ª a 8ª série incompleta, 6 no fundamental completo, uma no médio completo, uma no superior completo, uma foi ignorada e 3 não se aplicaram. No ano de 2014, obteve-se um total de 17 notificações, sendo uma entre analfabetos, 11 na 4ª série completa, uma no superior incompleto, 2 foram ignorados e 2 não se aplicaram. E por ultimo, no ano de 2015, com um total de 15 notificações, 11 entre a 4ª série completa, uma na 5ª a 8ª série incompleta, uma no fundamental completo, uma no médio incompleto e por fim uma não se aplicou.
TabelaTabela 2 - Casos de AIDS notificados no SINAN, segundo escolaridade, por ano de diagnóstico.
	Escolaridade
	2011
	2012
	2013
	2014
	2015
	Analfabeto
	0
	0
	0
	1
	0
	1ª a 4ª série incompleta
	1
	4
	0
	0
	0
	4ª série completa
	4
	2
	4
	11
	11
	5ª a 8ª série incompleta
	1
	2
	4
	0
	1
	Fundamental completo
	0
	0
	6
	0
	1
	Médio incompleto
	1
	0
	0
	0
	1
	Médio completo
	1
	0
	1
	0
	0
	Superior incompleto
	0
	0
	0
	1
	0
	Superior completo
	0
	0
	1
	0
	0
	Ignorado
	1
	0
	1
	2
	0
	Não se aplica
	3
	0
	3
	2
	1
	Ttotal
	12
	8
	20
	17
	15
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais
Notas: (1) Casos notificados no SINAN até 30/06/2015; (2) Dados preliminares para os últimos 5 anos.
No gráfico 2, apresenta a distribuição percentual dos casos de AIDS notificados no SINAN segundo escolaridade. Em 2011, 33,3% foi entre a 4ª série completa, 25% não se aplicaram e entre a 5ª a 8ª série incompleta, médio incompleto, 1ª a 4ª série incompleta, médio completo e ignorado cada um teve 8,3%. No ano de 2012, 50% foi de 1ª a 4ª série incompleta, 25% entre a 4ª série completa e 25% entre a 5ª a 8ª série incompleta. Em 2013, 30% foi entre fundamental completo, 20%,5ª a 8ª série incompleta e 4ª série completa, 15% não se aplicaram e com 5% foi ignorado, além de médio completo e superior completo. No ano de 2014, 64,7% dos casos foram notificados na 4ª série completa, 11,8% não se aplicaram e o mesmo valor foi para ignorado e por fim, analfabetos e superior incompleto, ambos com 5,9%. No último ano de analise, 2015, 73,3% das notificações abrangeram a 4ª série completa e com 6,7% cada, foi notificado em médio incompleto, fundamental completo, 5ª a 8ª série incompleta e não se aplicaram.
GRÁFICO 2 - Distribuição percentual dos casos de AIDS notificados no SINAN, segundo escolaridade, por ano de diagnóstico.
Figura 2. Distribuição percentual dos casos de AIDS notificados no SINAN, segundo escolaridade, por ano de diagnóstico.
Fonte: MS/SVS/Departamento de  DST,  AIDS  e Hepatites Virais
Notas: (1) Casos notificados no  SINAN  até 30/06/2015; (2) Dados preliminares para os últimos 5 anos.
A tabelaTabela 3 mostra os casos de AIDS no sexo masculino acima de 13 anos segundo categorias de exposição hierarquizada na qual mostrou prevalência maior entre os heterossexuais nos quais obtiveram 3 notificações em 2011, 3 em 2012, 10 em 2013, 5 em 2014 e 7 em 2015 contrapondo os valores de homossexuais que obtiveram apenas um caso nos anos de 2011, 2013e 2015. 
TabelaTabela 3. - Casos de  AIDS  notificados no  SINAN  em indivíduos do sexo masculino com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por ano de diagnóstico.
	Categoria de exposição
	2011
	2012
	2013
	2014
	2015
	Homossexual
	1
	0
	1
	0
	1
	Bissexual
	0
	0
	0
	0
	0
	Heterossexual
	3
	3
	10
	5
	7
	UDI
	0
	0
	0
	0
	0
	Hemofílico
	0
	0
	0
	0
	0
	Transfusão
	0
	0
	0
	0
	0
	Acid.  Mt.  Biológico	Comment by DANILLO DOS SANTOS SILVA: O que significa? Pode retirar do trabalho:
	0
	0
	0
	0
	0
	Transmissão vertical
	0
	0
	0
	0
	0
	Ignorado
	3
	2
	0
	2
	3
	Total
	7
	5
	11
	7
	11
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais
Notas: (1) Casos notificados no SINAN até 30/06/2015; (2) Dados preliminares para os últimos 5 anos.
O gráfico 3 mostra a distribuição percentual da tabelaTabela 3. No qual mostrou quem em 2011 do total de notificações, 42,9% foram em heterossexuais, o mesmo valor obteve-se entre os ignorados e apenas 14,3% entre homossexuais. No ano de 2012, 60% foi entre heterossexuais e 40% ignorado. Em 2013, 90,9% esteve entre heterossexuais e 9,1% entre homossexuais. Em 2014, 71,4% foi entre heterossexuais e 28,6% foi ignorado e por fim no ano de 2015, 63,6% esteve entre heterossexuais, 27,3% ignorado e 9,1% entre homossexuais.
GRÁFICO 3 - Distribuição percentual dos casos de AIDS notificados no SINAN em indivíduos do sexo masculino com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por ano de diagnóstico.
Figura 3. Distribuição percentual dos casos de AIDS notificados no SINAN em indivíduos do sexo masculino com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição hierarquizada, por ano de diagnóstico.
Fonte:  MS/SVS/Departamento de  DST,  AIDS  e Hepatites Virais
Notas: (1) Casos notificados no SINAN até 30/06/2015; (2) Dados preliminares para os últimos 5 anos.
A tabelaTabela 4, apresenta os óbitos por causa básica da AIDS e coeficiente de mortalidade bruta por AIDS por 100.000 habitantes por ano. Em 2011, houveram 21 mortes com causa básica AIDS e uma taxa bruta de 8,8 a cada 100.000 habitantes. Esse numero aumentou em 2012, com 26 mortes e taxa de 10,7. Continuou a aumentar em 2013, no qual obteve-se 33 mortes e taxa de 13,1 e já em 2014 houve uma redução na mortalidade com apenas 26 mortes e taxa menor que o ano anterior chegando a 10,1. Não foi possível a analise do ano de 2015 pois os dados encontrados vão até junho de 2015.
TabelaTabela 4. - Óbitos por causa básica  AIDS  e coeficiente de mortalidade bruta por  AIDS  (por 100.000 hab.), por ano do óbito.
	
	2011
	2012
	2013
	2014
	Óbitos por AIDS
	21
	26
	33
	26
	Taxa bruta de mortalidade
	8,8
	10,7
	13,1
	10,1
Fonte: MS/SVS/DASIS/Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)
A tabelaTabela 5 aborda os casos de AIDS notificados no SINAN e declarados no SIM. Em 2011 houveram 44 casos notificados entre os homens, 37 em mulheres, 5 entre menores de 5 anos, 2 entre 15 e 24 anos totalizando no ano 81 casos de AIDS notificados. Em 2012 houve um aumento significativo de notificações com homens chegando a 54 casos, mulheres com 43, menores que 5 anos apenas um e entre 15 e 24 anos, 13 casos, totalizando 97 casos neste ano. Já em 2013 houve uma pequena redução, homens mantiveram o valor do ano anterior com 54 casos, mulheres diminuiu para 38, menores de 5 anos com 2 e entre 15 e 24 anos com 11 obtendo-se um total de 92 casos. Em 2014 houve um pequeno aumento, 53 homens foram notificados, 41 mulheres, 2 menores de 5 anos e 9 entre 15 e 24 anos que no geral obteve-se um total de 94 casos e no último ano, 2015, observou-se significativa queda nos casos, 25 casos em homens, 21 em mulheres, 2 em menores de 5 anos e 3 entre 15 e 24 anos dando um valor total de 46 casos notificados.
TabelaTabela 5. - Casos de AIDS notificados no SINAN, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM por ano de diagnóstico.
	Casos de AIDS
	2011
	2012
	2013
	2014
	2015
	Homens
	44
	54
	54
	53
	25
	Mulheres
	37
	43
	38
	41
	21
	Menores de 5 anos
	5
	1
	2
	2
	2
	Entre 15 e 24 anos
	2
	13
	11
	9
	3
	Total
	81
	97
	92
	94
	46
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Notas: (1) SICLOM utilizado para validação dos dados do SISCEL; (2) SINAN de 1980 até junho/2015, SISCEL de 2000 a junho/2015 e SIM de 2000 a 2014; (3) Dados preliminares para os últimos 5 anos.
A tabelaTabela 6 apresenta a taxa de detecção por 100.00 habitantes de casos de AIDS notificados no SINAN e declarados no SIM por ano de diagnostico. Em 2011, no geral obteve-se um valor de 33,9 casos a cada 100.000 habitantes, 36,4 em homens, 31,4 em mulheres, 19,9 menores de 5 anos e 4 entre 15 e 24 anos. Em 2012, no geral o valor foi de 39,8, 43,8 para homens, 35,7 para mulheres, 3,9 para menores de 5 anos e 25,4 entre 15 e 24 anos. Já no ano de 2013, em geral foi de 36,5, 43,8 para homens, 31,6 para mulheres, 7,8 para menores de 5 anos e 21,5 entre 15 e 24 anos e no ano de 2014, em geral, obteve-se um valor de 36,6, 43 para homens, 34,1 para mulheres, 7,8 para menores de 5 anos e 17,6 entre 15 e 24 anos. 
TabelaTabela 6. - Taxa de detecção (por 100.000 hab.) de casos de AIDS notificados no SINAN, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM, por ano de diagnóstico.
	Taxa de detecção
	2011
	2012
	2013
	2014
	Geral
	33,9
	39,8
	36,5
	36,6
	Homens
	36,4
	43,8
	43,8
	43,0
	Mulheres
	31,4
	35,7
	31,6
	34,1
	Menores de 5 anos
	19,9
	3,9
	7,8
	7,8
	Entre 15 e 24 anos
	4,0
	25,4
	21,5
	17,6
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais
Notas: (1) SICLOM utilizado para validação dos dados do SISCEL; (2) SINAN de 1980 até junho/2015, SISCEL de 2000 a junho/2015 e SIM de 2000 a 2014; (3) Dados preliminares para os últimos 5 anos.
A tabelaTabela 7 mostra a razão entre os sexos de casos de AIDS notificados no SINAN no qual se observa que em 2011, a cada uma mulher notificada, 1,2 homens foram notificados. Em 2012, a cada uma mulher, 1,3 homens. Em 2013 a cada uma mulher, 1,4 homens e por fim em 2014, a cada uma mulher notificada, 1,3 homens foram notificados.
TabelaTabela 7 - Razão de sexos de casos de AIDS notificados no SINAN, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM por ano de diagnóstico.
	
	2011
	2012
	2013
	2014
	Razão de sexos
	1,2
	1,3
	1,4
	1,3
Fonte: MS/SVS/Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais
5 – DISCUSSÃO 
Entre os anos de 2013 a 2014, o crescimento dos casos de AIDS em Marabá foi de 41,6%, transitando de 173 para 245 casos nesse período. Já o ano de 2015 inicia de maneira mais alarmante, uma vez que nos 13 primeiros dias do ano, foram registrados no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), 13 casos, dando uma média de um caso por dia (BRASIL, 2014).
A maior incidência relacionado às raças e cores, mostrou-se maior entre os pardos totalizando 68 casos durante os 5 anos observados. Brancos e indígenas não apresentaram nenhuma detecção e entre negros, observou-se apenas 3 casos e apenas um foi ignorado no ano de 2015.
Dentre o total de casos positivos por raça/cor no período proposto, 95,7% da detecção de AIDS foi presente em pardos. Segundo o Ministério da Saúde (MS), existe uma tendência de aumento do numero de casos de AIDS entre negros e pardos além de que esses números aumentam também devido à transmissão heterossexual e à condição escolar. Quanto a escolaridade, as maiores incidências de casos de AIDS no período estudado, foram a 4ª série completa com 32 casos, 5ª a 8ª série incompleta e fundamental completo totalizando cada um, 8 casos, além de que da 1ª a 4ª série apresentaram 5 casos. 
Tais números fundamentam a análise promovida pelo MS. Possivelmente, a grande incidência de casos de AIDS, nessas faixas de escolaridade, é devido à faltade orientação adequada que não é observada, principalmente em colégios públicos. Geralmente, o que se observa muito além de contribuir de maneira significativa para esse espaço amostral é de que cada vez mais cedo meninas e meninos estão se inserindo no mundo sexual, muito devido à disseminação de pornografias pelos mais variados meios de comunicação e que são de fácil acesso.
Entre os indivíduos masculinos acima de 12 anos, obteve-se um numeronúmero significativo entre os heterossexuais totalizando 28 casos durante o período contrastando com apenas 3 casos entre os homossexuais. Isso mostra um importante fator que é a diversidade de parceiros sexuais e o baixo uso de preservativos principalmente entre os jovens, segundo o MS.
Os óbitos por causa básica de AIDS a cada 100000 habitantes no município de Marabá, teve seu maior número em 2013 no qual contabilizou 33 mortes e a menor em 2011 com 21. Em relação ao sexo, do total de 410 casos notificados no período estudado, a prevalência no sexo masculino foi de aproximadamente 56% enquanto em mulheres, 44% aproximadamente, totalizando 180 casos contra 230 do sexo masculino.
Comparado com o Brasil, Marabá apresenta níveis maiores detecção a cada 100000 habitantes, por exemplo, em 2012 no qual houve maior taxa, 40, e o nível nacional, aproximou-se de 30 casos. Marabá também é o município do Pará que maior possui casos de AIDS.
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, mediante o que foi exposto, observa-se que políticas as públicas, no cenário nacional, devem seguir investindo em procedimentos de descentralização, ampliando as tecnologias de diagnóstico, tratamento, prevenção e realização de estudos epidemiológicos periódicos da AIDS em todos os níveis. Deve-se expandir sua análise e interpretação para o nível local, resultando em aplicação mais efetiva dessas informações, podendo representar ainda parâmetros de avaliação das políticas públicas de prevenção e controle desse agravo no nível municipal. Visto que em muitas cidades do interior ainda apresentam falta de instrumentos efetivos de detecção além de muita subnotificação. 
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