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Trabalho sobre PBL

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Universidade do Estado do Pará
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Campus VIII ‒ Marabá
Curso de Medicina
INC: Interação Comunitária
Docente: Sarah
Discente: Lucas Lincoln Santos Sales
Síntese
Título: A problematização e aprendizagem baseada em problemas: diferentes termos ou diferentes caminhos?
Para podermos caracterizar cada uma partiremos da ideia que são diferentes caminhos. As duas propostas trabalham intencionalmente com problemas para o desenvolvimento dos processos de ensinar e aprender.
A Metodologia da Problematização possui como primeira referencia o Arco de Maguerez, nesse esquema constam cinco etapas que se desenvolvem a partir da realidade ou de um corte dela, são elas: Observação da realidade; pontos-chave; Teorização; Hipóteses de solução e Aplicação à realidade (prática). A Metodologia da Problematização como método de ensino, de estudo e de trabalho, utiliza temas que estejam relacionados com a vida em sociedade. Porém, nem sempre é a alternativa mais adequada para certos programas de ensino, como por exemplo, o estudo da crase.
A Metodologia da Problematização segue as seguintes etapas. A primeira, observação da realidade social, os alunos são orientados pelo professor a prestarem atenção e tomarem nota sobre a realidade em que vivem ou que os cercam. Isso permitirá aos alunos identificar dificuldades, carências e que serão transformadas em problemas. A segunda, pontos-chave, os alunos são levados a refletir sobre as possíveis causas da existência do problema. Continuando as reflexões, deverão se perguntar sobre os possíveis determinantes maiores do problema, que abrangem as causas identificadas. A terceira etapa é a teorização, etapa da investigação do estudo propriamente dita. Os alunos se organizam para buscar as informações que necessitam sobre o problema. A quarta etapa é a das hipóteses de solução, o estudo obtido deverá fornecer elementos para os alunos, crítica e criativamente, elaborarem as possíveis soluções. Nessa metodologia, as hipóteses são criadas depois do estudo prévio. A quinta e última etapa é a da aplicação à realidade, completando assim o Arco de Maguerez, levando os alunos a exercitarem a relação prática-teoria-prática. 
A metodologia em si volta-se para o preparo do estudante/ser humano para tomar consciência do seu mundo e promover algo para melhorá-lo.
A Aprendizagem baseada em problemas (PBL) possui como filosofia pedagógica o aprendizado centrado no aluno. Esse método de estudo faz com que o aluno estude determinados conteúdos e estimula uma atitude ativa do aluno em busca do conhecimento. A aprendizagem baseada em problemas tem o grupo tutorial como apoio para os estudos e é composto de um tutor e de 8 a 10 alunos. Dentre os alunos, um será o coordenador e outro será secretário, rodiziando de sessão a sessão, para que todos exerçam essas funções. Os alunos são apresentados a um problema pré-elaborado pela comissão de elaboração de problemas. A discussão de um problema se desenrola em duas fases. Na primeira fase o problema é apresentado e os alunos formulam objetivos de aprendizado a partir da discussão do mesmo. Na segunda fase, após estudo individual, realizado fora do grupo tutorial, os alunos rediscutem o problema à luz dos novos conhecimentos adquiridos. 
O método no grupo tutorial segue sete passos: leitura do problema, identificação dos termos desconhecidos; identificação dos problemas propostos pelo enunciado; formulação de hipóteses explicativas para os problemas identificados no passo anterior (conhecimento prévio do assunto); resumo das hipóteses; formulação dos objetivos de aprendizado; estudo individual dos assuntos levantados nos objetivos de aprendizado; retorno para o grupo tutorial para rediscussão do problema frente aos novos conhecimentos adquiridos na fase de estudo anterior. A carga horária prevista para que o aluno termine todos os sete passos gira em torno de quatro manhãs ou tardes além de que o núcleo central de cada módulo temático abordado nas tutorias são os problemas. 
Como foi abordado acima temos duas propostas metodológicas diferentes. A primeira, com uma metodologia que pode ser usada para o ensino de determinados temas de uma disciplina, nem sempre apropriada para todos os conteúdos. A segunda, como uma metodologia que passa a direcionar toda uma organização curricular. Nesse caso, as duas propostas assumem dimensões distintas, porque a primeira é uma opção do professor e a segunda é uma opção de todo um corpo docente, administrativo e acadêmico. Os problemas constituem um dos comuns das duas propostas, mas fica clara a abordagem distinta dos problemas pelos integrantes do processo de ensino e aprendizagem. 
Na metodologia da problematização, a realidade é problematizada pelos alunos e não há restrições quanto aos aspectos incluídos na formulação dos problemas. A aprendizagem baseada em problemas, os problemas são cuidadosamente elaborados por uma comissão especialmente designada para esse fim, possui uma sequência de problemas a serem estudados. Ao término de um, inicia-se o estudo do outro e o conhecimento adquirido em cada tema, é avaliado no final de cada módulo. Já na metodologia de problematização, após um estudo de um problema, poderão surgir outros, como desdobramentos do primeiro, só percebido pelos alunos com o estudo aprofundado deste e não há controle total dos resultados em termos de conhecimentos, eles são buscados para responder ao problema em estudo, considerando-se suas possíveis causas e determinantes, que em geral ultrapassam os aspectos técnico-científicos. Diferentemente da aprendizagem baseada em problemas cujos objetivos cognitivos são todos previamente estabelecidos e os construídos pelos estudantes deverão coincidir com os dos especialistas do Currículo.
Por essas razões e outras cremos ser possível afirmar que Problematização e Aprendizagem Baseada em Problemas não são apenas dois termos, mas dois caminhos diferentes de ensino e de formação profissional, com diferentes consequências. 
Marabá-PA
Agosto de 2014

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