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DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Edson Marques 
 
 
 
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
Prof. Edson Marques 
 
 
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Olá! 
 
Nesta aula vamos finalizar o estudo da Lei n. 8.666/93, com sua 
segunda parte, tratando dos contratos administrativos. 
 
Então, vamos que vamos. 
 
Bons estudos e grande abraço, 
 
Prof. Edson Marques 
 
 
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
Prof. Edson Marques 
 
 
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S U M Á R I O 
 
1. Contratos Administrativos .......................................................................... 4 
1.1 Definição .................................................................................................. 4 
1.2 Características .......................................................................................... 5 
1.3 Contrato x instrumento contratual ........................................................... 8 
1.4 Vigência (Duração do contrato) ............................................................. 11 
1.5 Garantia contratual ................................................................................ 12 
1.6 Alteração contratual ............................................................................... 14 
1.7 Fiscalização ............................................................................................ 17 
1.8 Extinção (Rescisão contratual) .............................................................. 20 
1.9 Penalidades ............................................................................................ 22 
2. QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 24 
3. QUESTÕES SELECIONADAS ...................................................................... 99 
4. GABARITO .............................................................................................. 123 
5. Regime Diferenciado de Contratação (RDC) .......................................... 124 
6. Consórcio Público ................................................................................... 137 
7. Convênio e Contratos de repasse ........................................................... 140 
8. QUESTÕES COMENTADAS ....................................................................... 143 
9. QUESTÕES SELECIONADAS .................................................................... 176 
10. GABARITO ............................................................................................ 185 
 
 
CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
Prof. Edson Marques 
 
 
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1. Contratos Administrativos 
 
1.1 Definição 
 
Contrato administrativo, na abalizada lição de Hely Lopes 
Meirelles, “é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa 
qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para 
a consecução de objetivos de interesse público, nas condições 
estabelecidas pela própria Administração”. 
 
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro contrato 
administrativo “é o ajuste que a Administração, nessa qualidade, 
celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para a 
consecução de fins públicos, segundo regime de direito público”. 
 
Assim, podemos definir contrato administrativo como a 
avença em que a Administração Pública, agindo como tal, 
estabelece com o particular ou com outro ente público, para a 
consecução de interesse público. 
 
Percebam que utilizamos de definição mais restritiva na 
medida em que nem todo contrato firmado pela Administração é 
considerado contrato administrativo. 
 
A corrente majoritária tem o entendimento de que, de 
forma ampla, a Administração firma diversas espécies de contratos, 
denominados contratos da administração, sendo espécie destes os 
contratos regidos pelo direito privado (contratos administrativos 
atípicos), e os regidos pelo direito público (contratos administrativos 
típicos). 
 
Os contratos administrativos são regidos 
predominantemente pelo Direito Público, estando a Administração em 
posição de supremacia. Todavia, é preciso salientar que, em que pese 
serem regidos pelo direito público, aos contratos administrativos se 
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aplicam, de forma supletiva, os princípios da teoria geral dos contratos 
e as disposições de direito privado, conforme art. 54 da Lei nº 
8.666/93. 
 
De outro lado, nos contratos submetidos ao Direito 
Privado, atua a Administração em posição de igualdade com o 
particular. Porém, ainda que se diga regido pelo direito privado, os 
contratos privados da administração, qualquer que seja ele, sempre 
terá a influência das normas de direito público, conforme expressa o 
art. 62, da Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), que assim 
dispõe: 
 
Art. 62. 
§3º - Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e 
demais normas gerais, no que couber: 
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em 
que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo 
seja regido, predominantemente, por norma de direito privado; 
II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária 
de serviço público. 
 
Insta esclarecer, ademais, que compete à União 
estabelecer normas gerais sobre contratos administrativos, consoante 
dicção do art. 22, inc. XXVII, da CF/1988. 
 
1.2 Características 
 
Com efeito, os contratos administrativos têm as 
seguintes características: 
 
a) é consensual, ou seja, dependem da manifestação 
de vontade das partes para se aperfeiçoar. 
 
b) em regra, é formal, devendo observar os requisitos 
legais conforme arts. 60 a 62 da Lei nº 8.666/93, ou seja, observa o 
procedimento legal. 
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É importante destacar que os contratos devem ser 
escrito no vernáculo, ou seja, na nossa língua, de modo que os feitos 
no exterior deverão ser traduzidos, conforme entendimento do TCU, 
que assim preconiza: “É necessária a tradução para o vernáculo 
de contratos redigidos em língua estrangeira, celebrados ou 
não no Brasil, cujo cumprimento e execução devam se dar 
dentro do território brasileiro”. 
 
c) é oneroso, ou seja, não é gratuito, há 
contraprestação pecuniária. 
 
d) é comutativo, isto é, há equivalência de obrigações, 
previamente ajustadas e conhecidas. 
 
e) é personalíssimo (intuitu personae), ou seja, o 
contrato é sempre firmado em razão das condições pessoais do 
contratado. Por isso, como regra é vedada a subcontratação, salvo se 
expressamente prevista no edital e autorizada pela Administração. 
 
f) tem natureza de contrato de adesão, é que todas as 
cláusulas são firmadas unilateralmente pela Administração. Devemos 
observar, inclusive, que a minuta do contrato é parte integrante do 
edital de licitante, como anexo. Porém, mesmo nos casos de 
contratação direta, as cláusulassão elaboradas pela Administração. 
 
Significa dizer que o contratado não influi quase nada 
das cláusulas contratuais, inclusive, muitas deles já estabelecida como 
obrigatórias pela própria Lei, conforme art. 55, as quais valem a pena 
indicar, apenas para termos ciência, sendo: 
 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que 
estabeleçam: 
I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
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III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-
base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de 
atualização monetária entre a data do adimplemento das 
obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de 
entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o 
caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da 
classificação funcional programática e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, 
quando exigidas; 
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as 
penalidades cabíveis e os valores das multas; 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de 
rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para 
conversão, quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a 
dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante 
vencedor; 
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e 
especialmente aos casos omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a 
execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por 
ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação 
exigidas na licitação. 
 
Portanto, as cláusulas dos contratos administrativos são 
elaboradas, unilateralmente, pela Administração Pública, sendo 
apresentada aos interessados, em regra, com a abertura da licitação, 
quando da publicação do edital. 
 
g) é mutável, isso porque dentre as cláusulas 
exorbitantes há a possibilidade de alteração unilateral do contrato por 
motivo de interesse público. 
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1.3 Contrato x instrumento contratual 
 
É importante destacar que, em regra, a exigência 
preliminar para a formalização de um contrato com a Administração 
Pública é a realização de processo licitatório, ressalvando-se os casos 
em que se permite a contratação direta (dispensa ou inexigibilidade) 
 
Assim, os requisitos necessários à formalização do ajuste 
estão dispostos nos artigos 60 a 62 da Lei de Licitações e Contratos, 
devendo, por exemplo, os contratos e seus aditamentos serem 
lavrados nas repartições interessadas, manter arquivo cronológico dos 
seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato etc. 
 
Por isso, devemos observar que contrato é ato jurídico 
bilateral que independe da assinatura de instrumento, ou seja, a 
simples assinatura, por exemplo, em nota de empenho já o caracteriza. 
 
A propósito, o instrumento é o documento escrito onde 
se estabelecem as regras, obrigações e direitos (termo de contrato). 
 
Com efeito, o instrumento é obrigatório para as 
contratações que decorreram de concorrência ou tomada de preço, e 
para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se inserem 
no âmbito dessas modalidades, nos demais casos, o instrumento é 
facultativo, podendo ser substituído por outros instrumentos. 
 
Assim, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666/93, a 
Administração poderá substituir o termo contratual pela carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra 
ou ordem de execução de serviço. 
 
É importante, ademais, atentarmos para o fato de que é 
dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição, a 
critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos 
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de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos 
quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. 
 
Diante disso, em regra, é nulo contrato verbal, pois 
deverá ser formalizado por escrito em instrumento contratual ou, nos 
casos em que for permitido, ser substituído por outro instrumento 
hábil. 
 
Todavia, como exceção, poderá haver contrato verbal, 
nos casos de pequenas compras de pronta entrega ou pronto 
pagamento, que não ultrapassar 5% do valor do convite, ou seja, R$ 
4.000,00 (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento, 
conforme art. 60, par. único, Lei nº 8.666/93, assim disposto: 
 
Art. 60. 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal 
com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 
5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, 
alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. 
 
Por fim, a doutrina ainda cita que poderá haver contrato 
verbal em situações excepcionais e emergenciais, sendo, 
posteriormente, formalizado. 
 
Nessa linha de entendimento, o TCU manifestou-se no 
sentido de que a ausência de contrato, situação irregular, não 
inviabiliza a continuidade de execução de atividade. Ilustrativamente: 
 
1. O Tribunal de Contas da União tem perfilhado entendimento 
no sentido de que, no caso das obras rodoviárias emergenciais 
do PETSE: 1.1 a ausência de instrumento de contrato, 
desde que reste comprovada a não-ocorrência de atos 
lesivos ao erário, é irregularidade que permite a 
continuidade da obra mediante o saneamento do vício 
original; 
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[VOTO] 
25. Quanto à irregularidade atinente ao início das obras sem 
cobertura contratual, permito-me dissentir do posicionamento da 
unidade técnica, em essencial porque as poucas decisões deste 
Tribunal que envolveram apenação dos gestores por conta dessa 
falha, no âmbito do programa emergencial em destaque, [...], 
levaram em consideração, também, outras irregularidades 
devidamente comprovadas, ou referiram-se a casos em que as 
obras foram executadas sem instrumento contratual durante 
praticamente todo o período de 180 dias estipulado no art. 24, 
inciso IV, do referido dispositivo legal, diferentemente da 
hipótese em tela. 
26. A jurisprudência dominante do Tribunal aponta para o 
saneamento da ocorrência com a formalização posterior da 
avença [...], quando não se tenha verificado, nos processos 
relativos ao referido programa, as circunstâncias fáticas expostas 
acima e, mais importante, não se tenha configurado prejuízo ao 
erário decorrente do atraso na assinatura do ajuste. 
27. Desse modo, ciente de que não foram assinaladas 
ocorrências de natureza grave que pudessem ocasionar prejuízos 
ao erário, e adotando a mesma linha de entendimento firmada 
em processos similares já apreciados por esta Casa, julgo que o 
encaminhamento da matéria prescinde de apenação dos 
responsáveis emdecorrência da irregularidade concernente ao 
atraso na lavratura do contrato. 
 
E, assim, a resenha do TCU: 
 
É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a 
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não 
superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido 
no art. 23, inciso II, alínea "a", da Lei 8.666/1993, feitas 
em regime de adiantamento 
 
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1.4 Vigência (Duração do contrato) 
 
Os contratos administrativos, como regra, têm vigência 
adstrita aos recursos orçamentários, ou seja, devem vigorar dentro da 
vigência do orçamento, conforme estabelece o artigo 57, Lei nº 
8.666/93. Desse modo, pode-se dizer que a regra é a vigência dos 
contratos por doze meses. 
 
No entanto, a própria Lei estabelece algumas exceções, 
tal como: 
 
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas 
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser 
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso 
tenha sido previsto no ato convocatório; 
 
b) Prestação de serviços a serem executados de forma 
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e 
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais 
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses 
 
c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas 
de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. 
 
Admite-se, ainda, em caráter excepcional, devidamente 
justificado e mediante autorização da autoridade superior, que o prazo 
dos contratos de prestação de serviço sejam prorrogados por até doze 
meses. 
 
Assim, não se admite contrato por prazo indeterminado, 
conforme disposto no art. 57, §3º, ao estabelecer que “é vedado o 
contrato com prazo de vigência indeterminado”. 
 
Nesse sentido, a súmula 191 do TCU dispõe que: 
 
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Torna-se, em princípio, indispensável a fixação dos limites de 
vigência dos contratos administrativos, de forma que o tempo 
não comprometa as condições originais da avença, não havendo, 
entretanto, obstáculo jurídico à devolução de prazo, quando a 
Administração mesma concorre, em virtude da própria natureza 
do avençado, para interrupção da sua execução pelo 
contratante. 
 
Observar, no entanto, que a Lei nº 12.349/2010, incluiu 
o inc. V ao art. 57 da Lei, estabelecendo que às hipóteses previstas 
nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos 
poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso 
haja interesse da administração. 
 
1.5 Garantia contratual 
 
A garantia contratual é instrumento no qual a 
Administração busca assegurar a total execução do contrato ou 
minimizar eventuais perdas pela inexecução, assegurando o 
ressarcimento direto de alguns prejuízos ou de multa aplicada. 
 
De acordo com o art. 56 da Lei nº 8.666/93, poderá a 
Administração exigir a prestação de garantia contratual, a critério da 
autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no 
instrumento convocatório. 
 
No entanto, cabe ao contratado escolher, 
discricionariamente, qual a garantia que melhor lhe atenda, devendo 
optar uma das seguintes modalidades: 
 
 Caução em dinheiro; 
 Títulos da dívida pública, devendo estes ter 
sido emitidos sob a forma escritural, mediante 
registro em sistema centralizado de liquidação 
e de custódia autorizado pelo Banco Central do 
Brasil e avaliados pelos seus valores 
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econômicos, conforme definido pelo Ministério 
da Fazenda; 
 Seguro-garantia; 
 Fiança bancária 
 
Desse modo, não é dado à Administração interferir nesta 
escolha. Todavia, a Administração poderá não aceitar a garantia 
prestada se houver alguma cláusula ou condição que a inviabilize ou 
restrinja sua eficácia, tal como a estipulação de benefício de ordem, 
muito comum na fiança bancária e seguro-garantia. 
 
O que é o benefício de ordem? É a estipulação de que 
primeiro se deve acionar a contratada e só depois excutir a garantia. 
Ora, tal estipulação viola o sentido da garantia, por isso, deve ser 
retirada, sob pena de não ser admitida. 
 
A garantia não excederá a cinco por cento (5%) do valor 
do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições desse, 
devendo ser complementada no caso de aditamento que implique 
acréscimo do objeto contratual ou alteração qualitativa que incida em 
elevação do valor do contrato. 
 
Entretanto, nos contratos que importem na entrega de 
bens pela Administração, ficando o contratado como depositário, ao 
valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens, ou seja, a 
garantia observará o limite de 5% e será acrescida do valor dos bens 
entregues pela Administração. 
 
Ademais, para obras, serviços e fornecimentos de 
grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros 
consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente 
aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia poderá ser 
elevado para até dez por cento do valor do contrato. 
 
Por fim, cabe salientar que a garantia será liberada ou 
restituída após a execução do contrato. E, se tiver sido prestada em 
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dinheiro, haja vista que será depositada em conta remunerada, deverá 
ser atualizada monetariamente. 
 
1.6 Alteração contratual 
 
Os contratos administrativos poderão ser alterados por 
acordo entre as partes ou de forma unilateral pela Administração. 
 
Como efeito, a possibilidade de alteração unilateral se 
insere dentre as cláusulas chamadas exorbitantes, pois dá poderes 
apenas para uma das partes, no caso para a Administração Pública. 
 
Assim, poderá a Administração, devidamente justificado, 
empreender alteração qualitativa (quando houver modificação do 
projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus 
objetivos), ou alteração quantitativa (quando necessária a 
modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou 
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela Lei 
nº 8.666/93). 
 
Poderá, ademais, por acordo das partes, ser alterado o 
contrato, nos seguintes casos: 
 
a) quando conveniente a substituição da garantia de 
execução; 
 
b) quando necessária a modificação do regime de 
execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em 
face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais 
originários; 
 
c) quando necessária a modificação da forma de 
pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido 
o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com 
relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente 
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serviço; 
 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram 
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da 
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou 
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos 
imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, 
retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em 
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando 
área econômica extraordinária e extracontratual. 
 
É importante destacar que revisão e reajuste são 
situações distintas. Reajuste é denominado de álea (risco) econômica 
ordinária, ou seja, ocorre periodicamente e tem como objetivo repassar 
à contratada os reflexos inflacionários, por índices previamente 
estabelecidos. 
 
A revisão (recomposição), por outro lado, não tem 
período certo, nem mesmo está prevista contratualmente, configura 
álea econômica extraordinária e extracontratual, ou seja, são eventos 
que ocorrem e causam reflexo no contrato, sendo imprevistos ou 
previsíveis, porém de consequências incalculáveis. 
 
Assim, podemos ter a incidência de fatos imprevisíveis 
ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis que retardem ou 
impeçam a execução do contrato, ensejando, por isso, sua alteração a 
fim de que se possa executá-lo ou sua extinção em caso de não 
remanescer interesse na execução. 
 
A teoria da imprevisão se desdobra em caso fortuito, 
força maior, fato do príncipe, fato da administração e interferências 
imprevistas. 
 
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Com efeito, a teoria da imprevisão consiste no 
reconhecimento de que eventos novos, imprevistos e imprevisíveis 
pelas partes e a elas não imputadas, refletindo sobre a economia ou 
na execução do contrato, autorizam a revisão do ajuste em 
consideração dos fatores supervenientes, conforme aplicação da 
cláusula rebus sic stantibus. 
 
Assim, força maior é evento externo, imprevisível e 
inevitável, que cria para o contratante óbice intransponível ou que 
eleva sobremaneira os encargos contratados, inviabilizando, nos 
termos firmados, a execução do contrato. (terremoto, guerra, revolta, 
rebelião etc). 
 
Caso fortuito é evento interno, inexplicável ou anômala 
da Administração ou do contratado, também imprevisível e inevitável, 
que gera encargos insuportáveis ou que eleva sobremaneira os 
encargos contratados, inviabilizando, nos termos firmados, a execução 
do contrato. (ex: incêndio, greve dos servidores ou dos funcionários 
etc). 
 
Fato do príncipe é determinação estatal, geral e 
superveniente, imprevisível ou imprevista, que onera ou desonera o 
contrato, repercutindo indiretamente sobre ele. (Ex: criação ou 
extinção de um tributo) 
 
Considera-se, ademais, fato da administração é toda 
ação ou omissão do Poder Público que esteja diretamente relacionada 
com o contrato, impedindo ou retardando sua execução nas condições 
inicialmente estabelecidas. (Ex.: não liberação do local para realização 
de obra) 
 
É de se observar que tanto o fato do príncipe como o fato 
da administração provém de uma determinação estatal. A diferença é 
que o fato do príncipe incide sobre toda a sociedade (ex. imposto) e o 
fato da administração incide sobre o contrato especificamente (ex. não 
desapropriação de área destina a construção de viaduto) 
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Ademais, cabe ainda falarmos sobre as denominadas 
interferências imprevistas (sujeições imprevistas) que são fatos 
materiais imprevistos, existentes ao tempo da celebração do contrato, 
mas só verificados ao tempo da sua execução. (ex. diversidade do 
terreno conhecida só na execução da obra) 
 
Todavia, conforme artigo 65, § 8º da Lei de Licitações e 
Contratos, não se enquadra como alteração contratual: 
 
 Variação ou atualização do valor contratual em razão 
de reajuste de preços previsto no próprio contrato, 
 
 Compensações ou penalizações financeiras 
decorrentes das condições de pagamento nele 
previstas, 
 
 Empenho de dotações orçamentárias suplementares 
até o limite do seu valor corrigido, 
 
Tais casos podem ser registrados por simples apostila, 
dispensando a celebração de aditamento. 
 
1.7 Fiscalização 
 
Devemos lembrar, ademais, que o poder de fiscalizar o 
contrato e controlar sua execução é inerente à própria Administração, 
sendo, inclusive, poder implícito, ou seja, que independe de cláusula 
expressa no contrato. 
 
De qualquer sorte, a Lei de Licitações e Contratos inseriu 
referido poder dentre aqueles denominados exorbitantes, conforme 
prevê o art. 58, que assim dispõe: 
 
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Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos 
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, 
a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às 
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do 
contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no 
inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial 
do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente 
bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do 
contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração 
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como 
na hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
 
Dessa forma, o contrato deverá ser executado fielmente 
pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas da 
Lei de Contratos Administrativos, respondendo cada uma pelas 
consequências de sua inexecução total ou parcial. 
 
Entretanto, a execução do contrato deverá ser 
acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração 
especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para 
assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição, 
conforme estabelece o art. 67 da Lei nº 8.666/93. 
 
Assim, não poderá o representante da Administração ser 
substituído por terceiros, ele poderá ter terceiro contratado para 
assisti-lo ou subsidiá-lo. 
 
Diante disso, é importante percebemos que, nos termos 
do art. 71 da Lei de Licitações e Contratos, o contratado é responsável 
pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais 
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resultantes da execução do contrato. Porém, cabe à Administração 
fiscalizar o recolhimento de tais encargos. 
 
Assim, eventual inadimplência do contratado, com 
referência a tais encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não 
transfere a responsabilidade à Administração Pública, tampouco 
poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o 
uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. 
 
A Administração Pública, éimportante ressaltar, 
somente responderá solidariamente com o contratado pelos encargos 
previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do 
art. 31 da Lei nº 8.212, assim expresso: 
 
Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante 
cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho 
temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da 
nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em 
nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida 
até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da 
respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente 
anterior se não houver expediente bancário naquele dia, 
observado o disposto no § 5o do art. 33 desta Lei. 
 
De outro lado, a Administração não responde, conforme 
a Lei de Licitações e Contratos Administrativos, em razão de 
inadimplência do contratado em relação a encargos trabalhistas. 
 
No entanto, o entendimento do Tribunal Superior do 
Trabalho, nos termos do E-331, é no sentido de que a Administração 
Pública responde subsidiariamente, quando ficar evidenciado a falta de 
fiscalização em relação ao cumprimento das obrigações trabalhistas. 
 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova 
redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 
174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
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I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é 
ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos 
serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 
03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa 
interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da 
Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, 
da CF/1988). 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação 
de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de 
conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados 
ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a 
pessoalidade e a subordinação direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador 
dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja 
participado da relação processual e conste também do título 
executivo judicial. 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta 
e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas 
condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta 
culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, 
de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do 
cumprimento das obrigações contratuais e legais da 
prestadora de serviço como empregadora. A aludida 
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das 
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente 
contratada. 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços 
abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes 
ao período da prestação laboral. 
 
1.8 Extinção (Rescisão contratual) 
 
Dispõe a Lei de Licitações e Contratos que a rescisão do 
contrato poderá ocorrer de três formas: 
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 Por ato unilateral e escrito da Administração; 
 
 Amigavelmente, por acordo entre as partes, reduzida 
a termo no processo da licitação, desde que haja 
conveniência para a Administração; 
 
 Judicialmente, nos termos da legislação; 
 
Os casos que possibilitam a rescisão unilateralmente 
pela Administração estão expressos no art. 78, incs. I a XII e inc. XVII, 
Lei nº 8.666/93, sendo: 
 
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, 
projetos ou prazos; 
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, 
especificações, projetos e prazos; 
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a 
comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou 
do fornecimento, nos prazos estipulados; 
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou 
fornecimento; 
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem 
justa causa e prévia comunicação à Administração; 
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação 
do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou 
parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas 
no edital e no contrato; 
VII - o desatendimento das determinações regulares da 
autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua 
execução, assim como as de seus superiores; 
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, 
anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei; 
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência 
civil; 
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado; 
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XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da 
estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato; 
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo 
conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima 
autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o 
contratante e exaradas no processo administrativo a que se 
refere o contrato; 
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, 
regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato. 
 
A rescisão amigável, ou por acordo entre as partes, 
ocorre quando há consenso entre as partes, ou seja, por acordo mútuo 
mediante a formalização de distrato, conforme prevê o art. 78, incisos 
XIII a XVI, da Lei 8.666/93, havendo conveniência para a 
Administração. 
 
1.9 Penalidades 
 
A Administração poderá aplicar as seguintes sanções aos 
contratados: 
 
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará 
o contratado à multa de mora, na forma prevista no 
instrumento convocatório ou no contrato. 
§ 1o A multa a que alude este artigo não impede que a 
Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as 
outras sanções previstas nesta Lei. 
§ 2o A multa, aplicada após regular processo administrativo, 
será descontada da garantia do respectivo contratado. 
§ 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia 
prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua 
diferença, a qual será descontada dos pagamentos 
eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for 
o caso, cobrada judicialmente. 
 
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Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a 
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao 
contratado as seguintes sanções: 
I - advertência; 
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no 
contrato; (multa compensatória) 
III - suspensão temporária de participação em licitação e 
impedimento de contratar com a Administração, por prazo não 
superior a 2 (dois) anos; 
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com 
a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos 
determinantes da punição ou até queseja promovida a 
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a 
penalidade, que será concedida sempre que o contratado 
ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após 
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso 
anterior. 
 
É de se ressaltar que em razão da inexecução total ou 
parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, 
aplicar ao contratado as sanções acima descritas. 
 
Na hipótese das sanções de advertência, suspensão e 
declaração de inidoneidade para licitar ou contratar poderão ser 
aplicadas juntamente com a do inciso II (multa), facultada a defesa 
prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 
(cinco) dias úteis. 
 
É isso, vamos às questões. 
 
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2. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AP – 
FCC/2011) Uma das características dos contratos 
administrativos denomina-se comutatividade, que consiste em 
a) presença de cláusulas exorbitantes. 
b) equivalência entre as obrigações ajustadas pelas partes. 
c) sinônimo de bilateralidade, isto é, o contrato sempre há de traduzir 
obrigações para ambas as partes. 
d) obrigação intuitu personae, ou seja, que deve ser executada pelo 
próprio contratado. 
e) sinônimo de consensualidade, pois o contrato administrativo 
consubstancia um acordo de vontades e não um ato impositivo da 
Administração. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 
8.666/93 considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre 
órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, 
em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo 
e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a 
denominação utilizada. 
 
Além das características que citamos, o prof. Carvalho 
Filho cita ainda o formalismo, a comutatividade, a confiança recíproca 
(intuitu personae) e a bilateralidade. 
 
A comutatividade representa a equivalência entre as 
obrigações ajustadas pelas partes. 
 
Gabarito: “B”. 
 
 
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/TO – FCC/2011) Dentre 
outras, são características dos contratos administrativos: 
a) comutatividade e formalidade. 
b) informalidade e natureza intuitu personae. 
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c) onerosidade e inexistência de obrigações recíprocas para as partes. 
d) presença de cláusulas exorbitantes e unilateralidade. 
e) consensualidade e informalidade. 
 
Comentário: 
 
Dentre as características dos contratos administrativos 
podemos citar que é consensual, formal, oneroso, comutativo, 
personalíssimo, mutável e de adesão. 
 
Há ainda a existência de cláusulas exorbitantes, isto é, 
disposições que concebem poderes especiais para a Administração em 
detrimento do contratado, tal como alterar unilateralmente o ajuste, 
rescindi-lo unilateralmente, aplicar penalidades, dentre outras. 
 
Portanto, as alternativas “b”, “c”, “d” e “e” estão erradas. 
A “a” e “e” por constar informalidade, a “c” pela inexistência de 
obrigações recíprocas e a “d” pela unilateralidade. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
3. (PROCURADOR – TCM/BA – FCC/2011) Os contratos 
administrativos submetem-se a um regime jurídico 
diferenciado, que inclui a 
a) natureza intuitu personae, o que impede a previsão de 
subcontratação ou cessão do objeto. 
b) impossibilidade de rescisão por iniciativa do contratado ou por 
consenso, em função da preservação da continuidade do serviço 
público. 
c) possibilidade de alteração do objeto, unilateralmente pela 
Administração, independentemente da recomposição do equilíbrio 
econômico-financeiro. 
d) presença de cláusulas exorbitantes, inclusive prevendo a 
possibilidade de aplicação de sanções administrativas como multa, 
advertência e impedimento de contratar com a Administração. 
e) vinculação ao instrumento convocatório, vedando-se aditamentos 
quantitativos ou qualitativos. 
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Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. De fato, o contrato 
administrativo tem natureza intuitu personae. Porém, isso não impede 
a previsão de subcontratação ou cessão do objeto, desde que tenha 
sido estabelecida no instrumento convocatório e autorizada pela 
Administração. 
 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
[...] 
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação 
do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou 
parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não 
admitidas no edital e no contrato; 
 
A alternativa “b” está errada. É possível a rescisão por 
iniciativa do contratado, buscando a via judicial ou por consenso, 
conforme o seguinte: 
 
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser: 
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos 
casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do artigo anterior; 
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no 
processo da licitação, desde que haja conveniência para a 
Administração; 
III - judicial, nos termos da legislação; 
 
A alternativa “c” está errada. É possível a alteração do 
objeto, unilateralmente pela Administração, isso no sentido de 
modificar as especificações e/ou projeto ou sua quantidade, com 
acréscimo ou diminuição. Todavia, e em todo caso, resguardada a 
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro. 
 
A alternativa “d” está correta. Como já observado, nos 
contratos administrativos há a presença de cláusulas exorbitantes, 
inclusive prevendo a possibilidade de aplicação de sanções 
administrativas como multa, advertência e impedimento de contratar 
com a Administração. 
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A alternativa “e” está errada. Os contratantes estão 
vinculados ao instrumento convocatório, até porque é este que balizará 
os termos e condições avençados. Contudo, não é vedado aditamentos 
quantitativos ou qualitativos, conforme prevê o art. 65 da Lei nº 
8.666/93. 
 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, 
com as devidas justificativas, nos seguintes casos: 
I - unilateralmente pela Administração: 
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, 
para melhor adequação técnica aos seus objetivos; 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em 
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu 
objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
 
Gabarito: “D” 
 
 
4. (PROCURADOR – TCE/SP – FCC/2011) A mutabilidade do 
contrato administrativo é 
a) prerrogativa inerente a qualquer das partes, desde que vise ao 
restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro. 
b) passível de ser invocada pelo particular contratado, nos casos de 
álea empresarial que resulte no desequilíbrio econômico financeiro do 
contrato. 
c) dever da Administração Pública de rescindir unilateralmente o 
contrato nos casos de álea econômica, fato da Administração ou força 
maior. 
d) faculdade atribuída às partes para, nos casos de fato da 
administração,imprevisível, possibilitar a alteração unilateral do 
contrato. 
e) característica que permite à Administração Pública a alteração 
unilateral e limitada do contrato. 
 
Comentário: 
 
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É uma característica peculiar dos contratos 
administrativos o poder conferido à Administração de alterá-lo 
unilateralmente. Com efeito, tal poder decorre da mutabilidade. 
 
É preciso ressaltar, contudo, que muito embora possa 
haver alteração de comum acordo, não se trata de característica 
peculiar dos contratos administrativos, mas característica de todo e 
qualquer ajuste. 
 
Assim, a alternativa “a” está errada porque a 
prerrogativa é conferida à Administração Pública, desde que vise ao 
restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro. 
 
A alternativa “b” está errada porque não pode ser 
invocada pelo particular contratado. Nos casos de álea empresarial que 
resulte no desequilíbrio econômico financeiro do contrato, o que se 
postula é o reequilíbrio. 
 
A alternativa “c” está errada. Não se insere na 
mutabilidade o poder da Administração Pública de rescindir 
unilateralmente o contrato nos casos de álea econômica, fato da 
Administração ou força maior. 
 
A alternativa “d” está errada. Não é faculdade atribuída 
às partes, mas prerrogativa conferida à Administração. 
 
A alternativa “e” está correta. De fato, característica que 
permite à Administração Pública a alteração unilateral e limitada do 
contrato. 
 
Gabarito: “E” 
 
 
5. (TÉCNICO MINISTERIAL – MPE/AP – FCC/2012) Nos termos 
da Lei nº 8.666/1993, é INCORRETO afirmar que os contratos 
administrativos 
a) regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, 
não lhes aplicando, nem mesmo supletivamente, disposições de direito 
privado. 
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b) devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua 
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações 
e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da 
licitação e da proposta a que se vinculam. 
c) têm como cláusula necessária, dentre outras, a que estabeleça a 
legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos 
omissos. 
d) podem ser modificados, unilateralmente, pela Administração Pública 
para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados 
os direitos do contratado. 
e) quando decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação 
devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva 
proposta. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Muito embora os contratos 
administrativos sejam regulados pelas suas cláusulas e pelos preceitos 
de direito público, aplicam-se, supletivamente, disposições de direito 
privado. 
 
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei 
regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito 
público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da 
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. 
 
A alternativa “b” está correta. De fato, os contratos 
administrativos devem estabelecer com clareza e precisão as condições 
para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, 
obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os 
termos da licitação e da proposta a que se vinculam, conforme §1º do 
art. 54, assim expresso: 
 
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei 
regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito 
público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da 
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. 
§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza e 
precisão as condições para sua execução, expressas em 
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cláusulas que definam os direitos, obrigações e 
responsabilidades das partes, em conformidade com os 
termos da licitação e da proposta a que se vinculam. 
 
A alternativa “c” está correta. Nos termos do art. 55, os 
contratos administrativos têm como cláusula necessária, dentre 
outras, a que estabeleça a legislação aplicável à execução do contrato 
e especialmente aos casos omissos. 
 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que 
estabeleçam: 
I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-
base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de 
atualização monetária entre a data do adimplemento das 
obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de 
entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o 
caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da 
classificação funcional programática e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, 
quando exigidas; 
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as 
penalidades cabíveis e os valores das multas; 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de 
rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para 
conversão, quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a 
dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante 
vencedor; 
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e 
especialmente aos casos omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a 
execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por 
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ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação 
exigidas na licitação. 
 
A alternativa “d” está correta. Como observamos nas 
disposições iniciais no âmbito dos contratos administrativos incidem as 
chamadas cláusulas exorbitantes e dentre elas, permite-se que tais 
ajustes possam ser modificados, unilateralmente, pela Administração 
Pública para melhor adequação às finalidades de interesse público, 
respeitados os direitos do contratado. 
 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos 
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, 
a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor 
adequação às finalidades de interesse público, 
respeitados os direitos do contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no 
inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial 
do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente 
bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do 
contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração 
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como 
na hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
 
A alternativa “e” está correta. De fato, os contratos 
administrativosquando decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade 
de licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da 
respectiva proposta, conforme determina o §2º do art. 54. 
 
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei 
regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito 
público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da 
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. 
§ 1º Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as 
condições para sua execução, expressas em cláusulas que 
definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, 
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em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que 
se vinculam. 
§ 2º Os contratos decorrentes de dispensa ou de 
inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do 
ato que os autorizou e da respectiva proposta. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 5ª REGIÃO – FCC/2012) 
Constitui característica peculiar dos contratos administrativos, 
a 
a) mutabilidade, consistente na possibilidade de alteração de seu 
objeto pela Administração. 
b) presença de cláusulas exorbitantes, que conferem privilégios à 
Administração em relações aos particulares. 
c) possibilidade de alteração unilateral pelo contratado na hipótese de 
área econômica extraordinária. 
d) mutabilidade, consistente na alteração da equação econômico-
financeira original, nas hipóteses de reequilíbrio previstas legalmente. 
e) presença de cláusulas exorbitantes, que asseguram à Administração 
a possibilidade de alteração unilateral, ainda que em detrimento do 
equilíbrio econômico-financeiro do contrato. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” foi considerada correta pela Banca. De 
fato é uma característica peculiar dos contratos administrativos a sua 
mutabilidade, ou seja, o poder de a Administração alterá-lo 
unilateralmente. No entanto, não se pode alterar de qualquer modo o 
objeto, lembre-se que as alterações permitidas são as constantes do 
art. 65, e trata-se de acréscimo/supressão ou mudanças no projeto ou 
especificações. 
 
A alternativa “b” foi considerada incorreta pela Banca. 
Todavia, entendo que justamente aqui é reside a característica mais 
peculiar dos contratos administrativos, ou seja, a presença de cláusulas 
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exorbitantes, que conferem privilégios à Administração em relações 
aos particulares, conforme art. 58, assim expresso: 
 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos 
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, 
a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às 
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do 
contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no 
inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial 
do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente 
bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do 
contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração 
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como 
na hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
 
A alternativa “c” está errada. No caso de álea econômica 
extraordinária, a alteração do contrato deve ser acordada, conforme 
art. 65, inc. II, “d”, que assim dispõe: 
 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, 
com as devidas justificativas, nos seguintes casos: 
II - por acordo das partes: 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram 
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da 
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou 
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio 
econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de 
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de 
conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da 
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso 
fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica 
extraordinária e extracontratual. 
 
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A alternativa “d” está errada. Não se pode alterar a 
equação econômico-financeira original. Por isso, as hipóteses de 
reequilíbrio previstas legalmente existem justamente para mantê-las 
de acordo com o originariamente estabelecido. 
 
A alternativa “e” está errada. A presença de cláusulas 
exorbitantes, que asseguram à Administração a possibilidade de 
alteração unilateral, deve observar o equilíbrio econômico-financeiro 
do contrato. 
 
Gabarito: “A*”. 
 
 
7. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 2ª REGIÃO – FCC/2012) 
Analise, sob o tema dos contratos administrativos, as 
prerrogativas conferidas à Administração em relação a esses 
contratos: 
I. Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades 
de interesse público, respeitado os direitos do contratado. 
II. Rescindi-los unilateralmente, em qualquer hipótese, desde que 
necessário. 
III. Ocupar provisoriamente, em determinadas hipóteses, bens móveis 
e imóveis e serviços vinculados ao objeto do contrato nos casos de 
serviços essenciais. 
IV. Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do 
ajuste. 
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em 
a) I, III e IV. 
b) II e III. 
c) II, III e IV. 
d) I e IV. 
e) I e II. 
 
Comentário: 
 
Consoante estabelece o art. 58 da Lei nº 8.666/93, as 
cláusulas exorbitantes estabelecem prerrogativas para a 
Administração, sendo elas: 
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Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos 
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, 
a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às 
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do 
contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no 
inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial 
do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente 
bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do 
contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração 
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como 
na hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
 
Assim, a assertiva II está errada, pois o poder de 
rescindir unilateralmente não ocorre em qualquer hipótese, mas nas 
hipóteses legalmente previstas, conforme art. 79, inc. I, da Lei nº 
8.666/93. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
8. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/SP – FCC/2012) Em relação às 
licitações, contratos e demais ajustes da Administração Pública 
é correto afirmar que 
a) constitui cláusula desnecessária do contrato administrativo a 
especificação de seu conteúdo, desde que estipulado com clareza o 
preço e as condições de pagamento.b) as minutas de convênios devem ser previamente examinadas por 
assessoria jurídica dos órgãos públicos, à qual não compete aprová-
las. 
c) inexistindo interessado selecionado, em decorrência da inabilitação 
ou da desclassificação, a licitação deverá ser declarada deserta. 
d) a subcontratação parcial pode ser realizada, desde que haja anterior 
previsão explicitada no edital da licitação e ratificada no contrato. 
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e) as sanções para o caso de inadimplemento não precisam ser 
indicadas no edital de licitação, mas sim no contrato a ser firmado. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “a” está errada. Constitui cláusula 
necessária do contrato administrativo a especificação de seu 
conteúdo, desde que estipulado com clareza o preço e as condições de 
pagamento. 
 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as 
que estabeleçam: 
I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, 
data-base e periodicidade do reajustamento de preços, 
os critérios de atualização monetária entre a data do 
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de 
entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o 
caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da 
classificação funcional programática e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, 
quando exigidas; 
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as 
penalidades cabíveis e os valores das multas; 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de 
rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para 
conversão, quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a 
dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante 
vencedor; 
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e 
especialmente aos casos omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a 
execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por 
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ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação 
exigidas na licitação. 
 
A alternativa “b” está errada. As minutas de convênios 
devem ser previamente examinadas por assessoria jurídica dos órgãos 
públicos, à qual compete aprová-las. 
 
Art. 38 
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como 
as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser 
previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da 
Administração. 
 
A alternativa “c” está errada. Inexistindo interessado 
selecionado, em decorrência da inabilitação ou da desclassificação, a 
licitação deverá ser declarada fracassada. 
 
A alternativa “d” está correta. De fato, a subcontratação 
parcial pode ser realizada, desde que haja anterior previsão explicitada 
no edital da licitação e ratificada no contrato. 
 
Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das 
responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar 
partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, 
em cada caso, pela Administração. 
... 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação 
do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou 
parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas 
no edital e no contrato; 
 
A alternativa “e” está errada. As sanções para o caso de 
inadimplemento precisam ser indicadas no edital de licitação, e no 
contrato a ser firmado. 
 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que 
estabeleçam: 
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VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as 
penalidades cabíveis e os valores das multas; 
 
Gabarito: “D”. 
 
 
9. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE/AP – FCC/2012) 
Após sagrar-se vencedor em procedimento licitatório para 
execução de obra pública, o particular subcontratou parte dos 
serviços objeto do contrato celebrado com a Administração. De 
acordo com a Lei no 8.666/1993, essa subcontratação é 
a) legal, desde que no limite admitido no edital e no contrato, sem 
prejuízo das responsabilidades legais e contratuais do contratado. 
b) ilegal, tendo em vista que o contrato administrativo é intuito 
personae, constituindo a subcontratação uma burla ao procedimento 
licitatório. 
c) ilegal, exceto se o contrato tiver sido celebrado na modalidade 
empreitada integral e sempre mediante prévia e expressa anuência da 
Administração. 
d) legal, independentemente de autorização da Administração ou 
desde que os serviços subcontratados sejam acessórios e não exijam 
capacitação técnica objeto de aferição no procedimento licitatório. 
e) ilegal, eis que a subcontratação somente é admitida na hipótese de 
incapacidade superveniente do contratado para executar a 
integralidade do contrato, apurada em procedimento administrativo. 
 
Comentário: 
 
A subcontratação é legal, desde que no limite admitido 
no edital e no contrato, sem prejuízo das responsabilidades legais e 
contratuais do contratado. 
 
Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das 
responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar 
partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, 
em cada caso, pela Administração. 
... 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
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VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação 
do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou 
parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas 
no edital e no contrato; 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
10. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCM/PA – FCC/2010) 
Sobre os contratos administrativos, é INCORRETO afirmar: 
a) A execução do contrato deve ser acompanhada e fiscalizada por um 
representante da Administração, vedada a contratação de terceiros 
ainda que para assisti-lo ou auxiliá-lo. 
b) Nas hipóteses de rescisão unilateral do contrato por razões de 
interesse público ou pela ocorrência de caso fortuito ou de força maior, 
a Administração fica obrigada a ressarcir o contratado dos prejuízos 
comprovados dela decorrentes. 
c) Dada a supremacia do interesse público, que vigora no contrato 
administrativo, este pode conter, dentre outras, cláusulas de exigência 
de garantia da execução e de alteração ou rescisão unilateral a favor 
do contratante. 
d) Os contratos para os quais a lei exige licitação são, em regra, 
firmados intuitu personae, isto é, em razão das condições pessoais do 
contratado, apuradas no procedimento da licitação. 
e) Uma das peculiaridades do contrato administrativo é a presença de 
cláusulas exorbitantes. 
 
Comentário: 
 
Como observamos,uma das características do contrato 
administrativo é a existência de cláusula exorbitante, bem como ser 
intuitu personae (são personalíssimos), podendo ser exigida garantia, 
podendo ser alterados ou rescindidos unilateralmente pela 
Administração. 
 
Assim, estão incorretas as alternativas “c”, “d” e “e”. 
Ademais, nas hipóteses de rescisão unilateral do contrato por razões 
de interesse público ou pela ocorrência de caso fortuito ou de força 
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maior, a Administração fica obrigada a ressarcir o contratado dos 
prejuízos comprovados dela decorrentes. 
 
Dessa forma, a alternativa “a” é incorreta. É que a 
Administração poderá contratar terceiros para assisti-la ou auxiliá-la 
na fiscalização do contrato, conforme estabelece o art. 67 da Lei nº 
8.666/93: 
 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e 
fiscalizada por um representante da Administração 
especialmente designado, permitida a contratação de terceiros 
para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa 
atribuição. 
 
Gabarito: “A” 
 
 
11. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/AL – 
FCC/2010) Sobre a formalização dos contratos administrativos 
é correto afirmar: 
a) Quando não for obrigatório, o instrumento do contrato pode ser 
substituído, dentre outros documentos, pela nota de empenho de 
despesa. 
b) A minuta do futuro contrato não precisa integrar o edital ou ato 
convocatório da licitação na modalidade tomada de preços. 
c) O contrato verbal com a Administração é permitido na modalidade 
convite, desde que devidamente justificado pela autoridade 
competente. 
d) A eficácia do contrato administrativo independe da sua publicação 
na imprensa oficial. 
e) A ordem de execução de serviço não é instrumento hábil a substituir 
o instrumento do contrato, mesmo quando este não seja obrigatório. 
 
Comentário: 
 
A alternativa “b” está errada, porque a minuta do 
contrato é parte integrante do edital ou do ato convocatório da 
licitação. 
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A alternativa “c” também está errada, porque não se 
permite, como regra, contrato verbal com a Administração. 
 
A alternativa “d” está errada, pois a eficácia do contrato 
depende de sua publicação no meio oficial. 
 
Também a alternativa “e” está errada, na medida em que 
a ordem de execução de serviço pode substituir o instrumento 
contratual. 
 
Portanto, a alternativa “a” é a correta. É que quando não 
for obrigatório, o instrumento do contrato pode ser substituído, dentre 
outros documentos, pela nota de empenho de despesa. 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
12. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRF 2ª 
REGIÃO – FCC/2012) No tocante à formalização de todos os 
contratos administrativos, são cláusulas necessárias, dentre 
outras, as que estabeleçam: 
I. o objeto e seus elementos característicos. 
II. o regime de execução, a modalidade de garantia a ser ofertada pelo 
contratado e a forma de fornecimento. 
III. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da 
classificação funcional programática e da categoria econômica. 
IV. a obrigatoriedade da exigência de garantias, em qualquer hipótese, 
para assegurar sua plena execução. 
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em 
a) I e II. 
b) I, III e IV. 
c) II e III. 
d) I, II e IV. 
e) I e III. 
 
Comentário: 
 
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A assertiva I está correta. De acordo com o art. 55 da 
Lei nº 8.666/93, é cláusula necessária a todo contrato a que contenha 
“o objeto e seus elementos característicos”. 
 
A assertiva II está errada. É cláusula necessária a todo 
contrato a que estabeleça o regime de execução ou a forma de 
fornecimento (inc. II do art. 55) e, quando exigida, as garantias 
oferecidas para assegurar sua plena execução (inc. VI). 
 
A assertiva III está correta. De fato, nos termos do art. 
55, inc. V, da Lei nº 8.666/93, é cláusula necessária a que contemple 
“o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação 
funcional programática e da categoria econômica”. 
 
A assertiva IV está errada. A cláusula que contemple a 
garantia só é necessária quando a garantia for exigida. 
 
Gabarito: “E”. 
 
 
13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/CE – 
FCC/2012) A empresa "Y" sagrou-se vencedora de determinado 
procedimento licitatório. Em razão disso, a Administração 
Pública convocou-a regularmente para assinar o termo de 
contrato, dentro do prazo e condições estabelecidos. No 
entanto, a empresa "Y", injustificadamente, não compareceu 
para a assinatura do termo de contrato. Diante do fato narrado 
e nos termos da Lei de Licitações (Lei no 8.666/1993), 
a) é facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, 
na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas 
condições propostas pelo primeiro classificado. 
b) a Administração está obrigada a revogar a licitação. 
c) o prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez. 
d) a Administração deverá anular a licitação. 
e) o fato narrado caracteriza descumprimento parcial da obrigação 
assumida, ficando a empresa "Y" proibida de participar de novo 
certame pelo prazo de dois anos. 
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Comentário: 
 
De acordo com o art. 64 da Lei nº 8.666/93, a 
Administração convocará regularmente o interessado para assinar o 
termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro 
do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à 
contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei. 
 
No entanto, quando o convocado não assinar, não aceitar 
ou retirar o instrumento no prazo e condições estabelecidas, é 
facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na 
ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas 
condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos 
preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou 
revogar a licitação independentemente da cominação prevista no art. 
81 desta Lei (§2º do art. 64). 
 
Gabarito: “A”. 
 
 
14. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/PI – 
FCC/2009) Sobre as disposições gerais do contrato 
administrativo, previstas na Lei nº 8.666/93, é correto afirmar 
que 
a) aos contratos administrativos aplicam-se, supletivamente, os 
princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito 
privado. 
b) é dispensável constar cláusula referente ao crédito pelo qual correrá 
a despesa. 
c) a garantia pode ser exigida mesmo que não prevista no instrumento 
convocatório. 
d) é permitido o contrato com prazo de vigência indeterminado, nos 
casos de locação de imóvel. 
e) as cláusulas econômico-financeiras e monetárias podem ser 
alteradas sem prévia concordância do contratado, desde que 
plenamente justificadas. 
 
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