Aula 4 - AÇÃO DE EXECUÇÃO DE QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL
DA COMARCA DE FLORIANOPOLIS-SC
XYZ VIAGENS S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° _________, com sede __________, Fortaleza- CE, e-mail _____________________, neste ato representada por Carlos, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade n° __________, inscrita no CPF sob n° ____________, residente e domiciliado na _______________, Fortaleza /CE, e-mail___________, vem por seu advogado com endereço na ______________________________, e-mail___________, onde recebe intimações, conforme art 106, I, do CPC, propor:
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE QUANTIA CERTA FUNDADA
 EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL
pelo rito especial, em face de PEDRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº____________, inscrito no CPF sob o nº ___________, domiciliado e residente na _____________, e-mail ____________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FATOS
A exequente é uma sociedade anônima de capital fechado e foi constituída por três acionistas, Carlos, Gustavo e o executado.
Estipularam que o capital social da Companhia seria de R$ 900.000,00, divididos em novecentas ações, sendo 300 (trezentas) preferenciais sem direito a voto e 600 (seiscentos) ordinárias.
Também ficou estipulado que cada ação tem um valor de R$ 1.000,00 que deveriam ser pagos em dinheiro.
Consta no estatuto social que a administração da executante seria exercida pelos acionistas Carlos e Gustavo, podendo cada um representá-la alternadamente.
Coube a cada um dos acionistas 300 (trezentas) ações, 100 (cem) preferenciais e 200 (duzentas) ordinárias, sendo assim cada um dos acionistas deveriam fazer aporte de R$ 300.000,00 para a integralização do capital social.
Na constituição da companhia exequente, os três acionistas pagaram no ato o equivalente a 10 % da parte do capital que caberia a cada um deles, portanto cada um quitou R$ 30.000,00 dos R$ 300.000,00 devidos.
Foram elaborados os boletins de subscrição das ações, onde constava que o saldo remanescente deveria ser pago até o dia 23 de julho de 2015, boletins estes assinados pelos três acionistas.
No entanto, o executado não integralizou o preço da subscrição das suas ações dentro da data acordada.
Em reunião, os acionistas Carlos e Gustavo fizeram a opção de cobrar a quantia devida do executado, já que não queriam reduzir o capital ou admitir outro acionista.
Não houve a necessidade da publicação do aviso de chamada, pois constava no boletim a data limite para pagamento.
DOS FUNDAMENTOS
De acordo com os arts 784, XII do CPC e 107, I, da Lei 6.406/76, o boletim de subscrição das ações é um título executivo extrajudicial, portanto habilita o credor a promover diretamente a execução forçada.
A lei 6.404/76 autoriza a companhia que delibere por seus acionistas a cobrança dos valores devidos à integralização do capital social, pois o não pagamento constitui em mora ao devedor, conforme dispõe o art 106, § 2° da Lei 6.404/76.
A presente execução está devidamente instruída com o título executivo que lhe dá lastro de acordo com o art 798 do CPC.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
Sejam fixados os honorários do advogado de acordo com o art 827 do CPC.
Citação do executado para pagar a quantia de R$ 270.000,00 no prazo de três dias, conforme dispõe o art 829 do CPC.
Caso não seja efetuado o pagamento no prazo legal, que sejam realizadas diligências de penhora sobre os bens do executado, de acordo com o art 829, § 1° e 2° do CPC.
 
DAS PROVAS
Requer a juntada de título executivo extrajudicial e documentos em anexo.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 270.000,00.
Nestes termos, pede deferimento.
Cidade, data
ADVOGADO / OAB