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Assuntos Gerais 01.....Quase acidentes são sinais de alerta 02.....Ninguém deseja culpar ninguém 03.....Acidentes podem acontecer em qualquer lugar 04.....Os 10 Mandamentos das Relações Humanas 05.....Reflexão II 06.....Credo da segurança Segurança 01.....Segurança no escritório 02.....Fique atento a vidro quebrado 03.....Preparação de áreas seguras de trabalho 04.....Equipamentos de proteção 05.....Teste de segurança para os equipamentos de proteção individual 06.....Proteja suas mãos 07.....Proteção das mãos 08.....O problema com os anéis e alianças 09.....Proteção para os olhos 10.....Fatos sobre ferimentos nos olhos 11.....Equipamentos de segurança 12.....Roupas de proteção contra fogo 13.....Lesões nas costas 14.....Manuseie materiais com segurança 15.....O que os olhos não vêem... o pulmão aspira 16.....O que é acidente de trabalho 17.....Aspecto humano do acidente do trabalho 18.....Aspecto econômico do acidente de trabalho 19.....Comunicação de acidente de trabalho 20.....Os pés 21.....As mãos 22.....Ruído 23.....Inspeção de segurança 24.....A importância de investigar os acidentes 25.....Outras situações consideradas como acidente de trabalho 26.....Critérios para uso e quando usar o EPI 27.....Segurança 28.....Lubrificação e reparos 29.....Outros efeitos provocados pelo ruído 30.....Principais efeitos do ruído 31.....Faça o seguinte teste para cada acidente 32.....Os acidentes são evitáveis Saúde 01.....E a respeito de pequenos ferimentos? 02.....Primeiros socorros para os olhos 03.....Esteja preparado para salvar uma vida com primeiros socorros em casos de estado de choque 04.....Exposição a substâncias potencialmente prejudiciais à saúde ou perigosas 05.....Acidente de trabalho e o alcoolismo 06.....AIDS 07.....Higiene corporal 08.....Doenças profissionais 09.....Arrumação, limpeza e ordenação são bons hábitos 10.....Ordem e limpeza Proteção contra incêndios 01.....Ignição espontânea 02.....Recipiente: líquidos inflamáveis 03.....Como manusear solventes inflamáveis 04.....Como podemos prevenir incêndios 05.....Limpeza de tambores 06.....Precauções com cilindros de oxigênio e acetileno 07.....Conheça o seu equipamento de incêndio Produtos químicos 01.....Alvejante à base de cloro: branqueador ou assassino? 02.....Solventes comuns 03.....Ácidos 04.....Gases liqüefeitos de petróleo 05.....Gases utilizados na indústria 06.....Cuidado com a bomba que está no seu bolso Energia elétrica 01.....Aterramentos por precaução 02.....Cabos de extensão 03.....Choque elétrico 04.....Como reduzir o consumo de energia elétrica Deslocamento de cargas 01.....Levantamento de cargas com segurança 02.....Estrados e paletes vazios 03.....Evite quedas 04.....Quedas 05.....Içamentos mecânicos e outros equipamentos motorizados 06.....Olhe para cima e para baixo 07.....Empilhe da maneira correta 08.....Segurança com cabos de aço 09.....Cabos tensionados 10.....Esteja alerta aos riscos com baterias 11.....Práticas de segurança na utilização de escadas 12.....Pense em segurança quando usar andaimes Segurança em oficinas 01.....Segurança com máquinas operatrizes em oficinas 02.....Esmeril 03.....Segurança com prensas de punção 04.....Segurança com prensa/furadeira para metal 05.....Dicas sobre ferramentas 06.....Por que inspecionar ferramentas e equipamentos? 07.....Chave de fenda - a ferramenta mais sujeita a abusos Muitos incidentes quase viram acidentes... São aqueles que não provocam ferimentos apenas por que ninguém se encontrava numa posição de se machucar. Provavelmente, se nós tivéssemos conhecimento dos fa- tos, descobriríamos que existem muito mais incidentes que não causam ferimentos do que os que os provocam. Você dei- xa algo pesado cair e não acerta o próprio pé. Isto é um inci- dente, mas sem ferimento. Você sabe o que geralmente faz com que um quase aci- dente não seja um acidente com ferimentos? Geralmente é uma fração de segundo ou uma fração de espaço. Pense bem. Me- nos de um segundo ou um centímetro separa você ou um amigo de ser atropelado por um carro. Esta diferença é apenas uma questão de sorte? Nem sempre. Suponha que você esteja voltando para casa à noite e por pouco não tenha atropelado uma criança correndo atrás de uma bola na rua. Foi apenas sorte você ter conseguido frear no último segundo? Não. Um outro motorista talvez tivesse atropelado a criança. Neste caso, seus reflexos podem ter sido mais rápidos, ou talvez você estivesse mais alerta ou mais cuidadoso. Seu carro pode ter freios melhores, melhores fa- róis ou melhores pneus. De qualquer maneira, não se trata de sorte apenas o que faz com que um quase acidente não se torne um acidente real. Quando acontece algo como no caso da criança quase atropelada, certamente você reduzirá a velocidade sempre que passar novamente pelo mesmo local. Você sabe que existem crianças brincando nas calçadas e que, de repente, elas podem correr para a rua. No trabalho, um quase acidente deve servir como aviso da mesma maneira. A condição que quase causa um acidente pode facilmente provocar um acidente real da próxima vez em que você não estiver tão alerta ou quando seus reflexos não estive- rem atuando tão bem. Tome, por exemplo, uma mancha de óleo no chão. Uma pessoa passa, vê e dá a volta; nada acontece. A próxima pes- soa a passar não percebe o óleo, escorrega e quase cai. De- pois de dizer algumas coisas, ela também continua seu cami- nho. Infelizmente, a terceira pessoa que passa escorrega, per- de o equilíbrio e cai – bate com a cabeça ou esfola as costas. Tome um outro exemplo: uma pilha de material não tra- vada. Ela cai, quase pegando alguém que esteja passando por perto. Pelo fato de não ter atingido esta pessoa, ela apenas se refaz do susto e diz: - “Puxa, esta passou por perto !” Quase acidentes são sinais de alerta Mas se a pilha cai em cima de alguém que não conseguiu ser rápido o bastante para sair do caminho e se machuca, faz- se um barulho enorme e investiga-se o acidente. A conclusão é mais do que óbvia. Nós devemos estar em alerta para os quase acidentes. Assim evitamos ser pegos por um acidente de verdade. Lembre-se de que os quase acidentes são sinais claros de que algo está errado. Por exemplo: nosso empilhamento de material pode estar mal feito; a arrumação do nosso local de trabalho, do nosso material e de nossas ferramentas podem estar mal feitas ou em más condições e as proteções no local podem não estar funcionando bem. Assim, vamos ficar de olhos abertos para as pequenas coisas que possam estar erradas. Façamos alguma coisa para corrigi-las. Relate e corrija estas situações. Vamos tratar os quase acidentes como se fossem um acidente grave – vamos descobrir suas causas fundamentais enquanto temos chance. Não podemos deixar de lado o aviso dos quase acidentes. 01 Tentamos fazer um bom trabalho de verifica- ção das inspeções de risco e seguimos as recomenda- ções que saem destas inspeções. Tentamos fazer um traba- lho completo de investigação das causas de todos os aciden- tes. Não fazemos isto para colocar alguém na berlinda ou para culpar alguém. Fazemos isto apenas por um motivo: evi- tar acidentes. Talvez alguns de vocês estejam pensando: “Nenhuma in- vestigação impediu o acidente que está sendo investigado.” Se é isto que estão pensando, vocês estão completamente cer- tos. Porém, boas investigações podem, e muito, ajudar na prevenção do próximo acidente. Todos os acidentes são pro- vocados – eles não acontecem por acaso. Se descobrirmos a causa do acidente, podemos fazer alguma coisa para eliminá- la e impedir que outro acidente como aquele aconteça. Mas se apenas dermos de ombros, se apenas dissermos: “Foi uma coisa desagradável, o que podemos fazer? Estas coisas aconte- cem...”, então podemos estar certos de que outros acidentes como aquele acontecerão. A maioria dos acidentesapresenta mais de uma causa. Por exemplo: um homem perde o equilíbrio e cai de uma esca- da. Se escrevermos no relatório: “O operário não teve cuida- do”, ou “A proteção da máquina não estava no lugar”, estamos parando uma investigação sem termos esgotado todas as pos- sibilidades. Peguemos o caso mais simples: o homem que perdeu o equilíbrio e caiu da escada. Antes de tudo, queremos saber o que fez com que ele perdesse o equilíbrio. A escada estava com defeito? E se estava, por que ela estava sendo usada? O homem sabia que a escada não era boa e relatou isto? Se não sabia, ele foi instruído corretamente como e o que inspecionar numa escada, ou a escada estava em boas condições mas foi usada de maneira inadequada? Ela foi colocada num corredor, onde um passante poderia esbarrar? Se foi, por que não tinha uma pessoa ao pé da escada para manter as outras pessoas afastadas? Ela deveria ter sido presa no topo? Ela tinha o ta- manho correto para o local? Ela foi posicionada com o ângulo certo em relação à parede, ou foi o próprio homem que fez algo inseguro? Ele estava subindo com alguma coisa pesada que poderia ter sido içada por uma corda? Se estava, foi dito a ele para usar uma corda? Ele tentou descer a escada virado de costas para ela? Ele tentou pegar algo que foi jogado para Ninguém deseja culpar ninguém ele e perdeu o equilíbrio? Ele soltou as duas mãos da escada simultaneamente para fazer algum trabalho? Estas são, acreditem ou não, apenas algumas perguntas que podem ser feitas sobre um acidente muito simples. Se tudo que soubermos foi que o homem caiu, realmente não sabemos nada. Mas, se investigarmos fundo em busca da causa ou cau- sas fundamentais, então será provável que descobriremos algo para evitar outros acidentes. Se se ficar satisfeito com um re- latório de acidente que diz apenas: “O trabalhador foi descui- dado”, o problema foi resolvido rápido. Mas a segurança quer saber “Sem cuidado de que maneira?” e “Esta foi a primeira vez em que houve falta de cuidado deste tipo?”. Caso contrá- rio, “O que foi feito para corrigir esta situação?” Acima de tudo, a segurança quer saber se foi totalmente uma questão de falta de cuidado, ou se existiam outras condições que ajuda- ram a provocar o acidente. A investigação de acidente real, sólida, consistente e pro- funda e que atinja todas as circunstâncias que envolvem o aci- dente, é um dos melhores instrumentos que precisamos domi- nar para trabalhar com segurança. Todo mundo sai lucrando com as investigações feitas em outras áreas da empresa. A mesma coisa acontece com as inspeções e acompanhamentos. As inspeções e os acompanhamentos das recomendações de inspeção são preparadas para identificar e eliminar condições muito perigosas, todos os maus hábitos de trabalho, todas as peças defeituosas do equipamento, antes que alguém se ma- chuque. Lembre-se, não estamos atrás da cabeça de ninguém. Não estamos querendo colocar alguém na berlinda. Apenas quere- mos impedir acidentes antes que algum de nós se machuque. 02 Acidentes podem acontecer em qualquer lugar Acidentes podem acontecer em qualquer lu- gar... em casa...no trabalho...numa área de lazer...mesmo numa igreja! Você trabalha num escritório. É um lugar seguro, não é? Não necessariamente. Acidentes podem acontecer a qual- quer pessoa que aja de maneira inadequada ou que seja ex- posta a uma condição insegura. Abaixo estão relacionados acidentes reais que provocaram ferimentos e tomaram tempo de empregados de escritório; pessoas como você ou eu: 1. Um empregado de escritório estava voltando do almoço, escorregou e caiu numa escada. Os degraus estavam mo- lhados. 2. Uma bibliotecária queimou seu braço esquerdo e o lado do corpo, quando estava desligando uma cafeteira. A cafeteira inclinou e derramou café sobre ela. 3. Um arquivista apanhou um jeito nas costas quando um com- panheiro caiu sobre ele tentando pegar alguns cartões numa gaveta de arquivo. 4. Uma empregada de escritório tropeçou num fio elétrico exposto e caiu, atingindo o solo com as mãos. Ela quebrou o braço e torceu o punho. 5. Uma secretária puxou a cadeira de uma mesa de almoço. Ela prendeu seu dedo mínimo num arame ao fundo da ca- deira, quebrando o dedo. 6. Um empregado de escritório estava passando por uma por- ta giratória quando alguém empurrou a porta mais rápido. A porta o atingiu no calcanhar e nas pernas, provocando um sangramento em uma delas. 7. Um empregado deslocou seu braço quando o moveu subi- tamente, enquanto jogava cartas num intervalo de almoço. 8. Um empregado estava tentando abrir uma janela no escri- tório. Ele estava empurrando contra o vidro, quando a ja- nela quebrou e sua mão passou pelo vidro quebrado. So- freu um corte no punho. 9. Uma recepcionista escorregou num salão de refeições que havia sido encerado recentemente e caiu, causando escori- ações nas suas costas. 10. Um empregado de escritório estava correndo pelo estaci- onamento da empresa, tropeçou numa pedra e caiu. Sofreu uma contusão na região lombar. 11. Empregados de uma transportadora trouxeram uma mesa nova para uma empregada. Ela não ficou satisfeita com a posição da mesma. Tentou mudar sua posição, empurran- do-a, e teve lesão de um disco na coluna. 12. Uma recepcionista deu um grito no trabalho. Sua mandí- bula saiu de posição. 13. Uma secretária saiu de sua mesa para ir até a sala de arqui- vos, tropeçou numa caixa de telefones instalada no piso e teve uma torção lombar. 14. Um empregado deixou um copo de café em sua mesa. Quando se virou para pegá-lo, não viu que havia uma abe- lha dentro dele. A abelha ferroou a parte interna de seu lá- bio superior. 15. Um empregado de escritório correu para pegar um eleva- dor. Assim que pisou dentro do elevador, caiu e fraturou seu tornozelo direito. O elevador tinha parado abaixo do nível do piso de fora. 16. Uma recepcionista se sentou num sofá que precisava de reparos. Ela caiu através do estofamento até o chão, ma- chucando suas costas. 17. Uma secretária se levantou para ir de uma mesa a outra. Tropeçou numa gaveta que tinha sido deixada aberta e con- tundiu sua região lombar. Lembre-se de que qualquer destes acidentes poderia ter acontecido com você ou comigo. Assim, se você vir alguém agindo de maneira insegura, fale com a pessoa sobre isto. Se você vir uma condição insegura, relate a situação. Segurança é responsabilidade de todos. ACABE COM OS ACIDENTES! 03 1. Fale com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particular- mente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos amáveis.” 2. Sorria para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 mús- culos para franzir a testa e somente 14 para sorrir. 3. Chame as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é seu próprio nome. 4. Seja amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo. 5. Seja cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com prazer. Os 10 Mandamentos das Relações Humanas 6. Interesse-se sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe, porém não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros. 7. Seja generoso em elogios e cauteloso em críticas. Os líde- res elogiam, sabem encorajar, dar confiança e elevar os ou- tros. 8. Saiba considerar os sentimentos dos outros. Existem 3 la- dos numa controvérsia: o seu lado, o lado daquele que está próximo a você e o lado que está certo. 9. Preocupe-se com a opinião dos outros. Três comportamen- tos de um verdadeiro líder: ouvir, aprender e saber elogiar. 10. Procure apresentar um excelente serviço. O que realmen- te vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros. 04 O TRABALHO Trabalho é sinônimo de nobreza. Não desdenhe do trabalho que lhe coube realizar na vida. O trabalho enobrece aquele que o fazcom entusiasmo e amor. Não existem trabalhos humildes, só se distinguem por serem bem ou mal realizados. Dê valor ao seu trabalho, fazendo-o com todo amor e carinho, e estará desta maneira dando valor a si mesmo. Por isso, cada dia é mais uma nova etapa de trabalho; faça dia- riamente, ao despertar, afirmações positivas de alegria, procu- rando construir em torno de si um ambiente de serenidade e de harmonia, preparando-se para executar as suas tarefas do dia de que está encarregado, com alegria e boa vontade. Não deixe de agradecer, o trabalho que lhe proporciona o pão de cada dia, e procure executá-lo da melhor forma que for ca- paz. O trabalho bem executado traz-nos a alegria do dever cumpri- do. Reflexão II O MEIO AMBIENTE DE TRABALHO Aprenda a sorrir de coração para todos, de tal forma que bas- te a sua presença para que a alegria penetre no coração das pessoas que lhe chegam perto e verifique a felicidade que isto lhe causará. Controle o tom de sua voz. Já verificou como é desagradável quando alguém se dirige a você em tom áspero ? Pois faça aos outros o que gosta que os outros façam a você. Mesmo quando repreender, chamar a atenção, faça-o com voz calma e educada, como gostaria que o repreendessem quando você erra. Procure colaborar com todos, sem fazer críticas e sobretudo, procure corrigir os outros através do seu próprio exemplo. Lembre-se que, em geral, podemos ser odiados e amados de acordo com o tom de voz que empregamos e teremos assim o ambiente que você mesmo criou; o trabalho será agradável ou não conforme a atitude quer você tomar. 05 Cremos que todo homem tem dentro de si a responsabilidade incontestável de afastar-se dos cami- nhos inseguros. Este é seu dever para consigo mesmo, sua família, seus colegas e seu trabalho. Cremos que nenhum homem vive ou trabalha completa- mente só. Ele se envolve com todos, é influenciado pelas rea- lizações e marcado pelos fracassos com o próximo/seus com- panheiros. Cada homem que fracassa com o próximo, falha consigo mesmo e partilhará o peso do fracasso. O verdadeiro horror de um acidente é constatar que o homem fracassou. E, mais, que seus companheiros também fracassaram. Cremos que os acidentes são gerados por práticas inse- guras, nascem nos momentos de ações impensadas e cessarão Credo da segurança somente quando a prática segura for suficientemente forte para proeceder a ação, quando a prática correta criar o hábito que controla o ato. Cremos que a prevenção de acidentes é um objetivo que se encontra em todo e qualquer nível hierárquico, organiza- ção e procedimento. Cremos que se livrar dos riscos não é um privilégio, mas a meta a ser atingida e perpetuada, por todos, dia a dia. Cremos que a eliminação do sofrimento ocasionado por acidentes é um dever moral, cuja medida adequada depende diretamente do nosso desempenho. 06 Muitos trabalhadores pensam que, num escri- tório, não estarão expostos a riscos. Isto os leva a um falso sentimento de segurança. Com isto, eles tendem a ne- gligenciar quando estão no escritório. Porém, uma verifica- ção mais apurada dos hábitos no escritório mostram que con- dições de risco existem. As quedas representam os acidentes mais comuns nos escritórios e causam a maioria dos ferimentos incapacitantes. Na realidade, os trabalhadores de escritórios estão duas vezes mais sujeitos a sofrer quedas do que os outros. As pessoas caem enquanto estão andando, subindo escadas e mesmo quan- do sentadas em suas cadeiras. Elas tropeçam em fios elétricos e de telefone, gavetas de arquivos e de mesas abertas e em equipamentos e pacotes deixados por onde andam. Uma boa arrumação é essencial para evitar as quedas. Não suje o piso e enxugue qualquer líquido derramado imedi- atamente. Recolha pedaços de papel, clipes, borrachas, lápis e outros objetos, assim que encontrá-los. Os arquivos representam outra fonte de muitos aciden- tes em escritórios. Tome cuidado quando abrir mais de uma gaveta ao mesmo tempo e não armazene muito material na gaveta superior. Estas duas situações sobrecarregam o topo do arquivo, inclinando-o e fazendo com que caia. Use apenas uma gaveta de cada vez. Abra-a somente a quantidade neces- Segurança no escritório sária, fechando-a assim que a tarefa for concluída. Não bata as gavetas para fechá-las. Muitos dedos já foram esmagados por isto. Nunca corra pelo chão enquanto estiver sentado em ca- deiras com rodinhas, nunca se incline na cadeira para pegar objetos no chão, ou incline para trás para colocar os pés na mesa. Naturalmente, o hábito mais perigoso é subir numa ca- deira – especialmente as equipadas com rodinhas – para al- cançar um objeto mais alto. Eis aqui algumas práticas que lhe ajudarão a manter sua segu- rança no escritório: 9Observe o caminho. 9Não leia e caminhe ao mesmo tempo. 9Não permaneça em frente a portas que abram na sua dire- ção. 9Não jogue fósforos ou cigarros em cestas de lixo. 9Saiba onde estão os extintores de incêndio e como usá-los. Um acidente em escritório é tão doloroso e caro quanto um na fábrica ou no campo. Todos nós gastamos uma parte do dia no escritório. Assim sendo, devemos desenvolver e se- guir práticas seguras de trabalho nele também. 01 Recentemente, uma mulher trabalhando num balcão de supermercado teve sua rotina subitamente in- terrompida, quando uma garrafa de soda caiu e estourou perto dela. Ela foi atingida pelos cacos de vidro, mas sofreu apenas pequenos cortes. Um vendedor, numa loja de “shopping”, estava demons- trando uma luminária. O cliente caiu acidentalmente sobre ele, a lâmpada caiu e quebrou, atingindo uma artéria do pulso dele. Um trabalhador de manutenção foi atingido no olho por um caco de vidro, quando uma janela caiu de sua armação. A lista de feridos poderia continuar, passando pelo caso de uma pessoa que tromba com uma porta de vidro até a que- da de um copo de vidro no banheiro. Porém, a história da segurança não termina com os ferimentos. Alguém tem que limpar o vidro quebrado e esta tarefa exige o maior cuidado. Os ferimentos causados ao recolher os cacos de vidro (ou por não recolhê-los) não costumam virar “manchete de jornal”, mas fazem seus estragos com bastante freqüência atra- vés de arranhaduras, cortes, ferimentos que atingem artérias e causam infecções posteriores. Tome cuidado quando lidar com cacos de vidro quebra- do. Se você se cortar, antes de qualquer coisa, busque os pri- meiros socorros imediatamente. Use apenas recipientes especiais para se desfazer de vi- dro quebrado e leve-os para o local adequado. Coloque um rótulo em cada recipiente, identificando seu conteúdo como vidro quebrado. Garrafas quebradas nunca devem ser depositadas em li- xeiras de papel ou recipientes comuns de lixo. Se você estiver trabalhando com maquinário, pare-o antes de remover o vidro quebrado. Os trabalhadores que forem regularmente expostos a vi- dro quebrado devem usar equipamento de proteção individu- al apropriado. Este equipamento inclui óculos de segurança, luvas ou máscara, dependendo do tipo do trabalho. As luvas e protetores de braços, assim como botas de segurança, tam- Fique atento a vidro quebrado bém são necessárias. Ocasionalmente, nós mesmos quebramos um copo de vidro ou um objeto similar. Neste caso, o vidro quebrado pode ser coletado, usando-se um pedaço de papelão ou papel gros- so. As partículas menores podem ser recolhidas com folhas de papel umedecidas, que devem ser enroladas e marcadas como tendo vidro quebrado. Nunca use toalhas ou guardanapos de tecido para coletar partículas de vidro quebrado. Da mesma forma, devem ser evitados retalhos comuns de tecidos para limpar partículas de vidro quebrado. O mate- rial de limpeza de vidro quebrado deve ser separado para lim- peza exclusiva de vidro. O uso de uma pazinha de lixo e de um rodo de borracha tambémé um método seguro para lidar com esta situação. As pessoas que estiverem trabalhando com maquinário e transportadores, onde a quebra de vidro é um problema co- mum, devem usar ferramentas especiais que geralmente são fornecidas para remoção de vidro nestas situações. As pessoas que trabalham com vidro devem ser alertadas constantemente quanto à quebra, mal empilhamento e caixas defeituosas. Um ferimento sério pode acontecer se você cair ou esbarrar numa caixa ou prateleira onde vidro quebrado possa ter sido deixado. Algum dia você poderá lidar ou tentar abrir recipientes de vidro que podem quebrar. Neste caso, proteja suas mãos com toalhas grossas. Se você suspeitar da existência de vidro quebrado sob espuma de sabão ou submerso de alguma forma, drene a água antes de tentar remover os cacos de vidro. Seria virtualmente impossível cobrir todos os casos em que você pode se defrontar com o problema de vidro quebra- do. Lembre-se, porém, se que o vidro quebrado deve ser cole- tado e descartado imediatamente e de uma maneira que seja segura para você e para os outros. Se não forem disponíveis instalações especiais para a remoção, um recipiente e luvas grossas podem ser usados. 02 É impossível eliminar todos os riscos à nossa volta. O melhor que podemos fazer é eliminar alguns e minimizar outros. Uma pessoa que tenha que dirigir em estradas escorre- gadias em dias chuvosos, não pode eliminar os riscos devidos à tração deficiente ou má visibilidade, mas pode minimizá-los. Em primeiro lugar, não usará pneus lisos ou colocará corren- tes. Ela verificará os limpadores de pára-brisa e outros aces- sórios quanto à boa condição de operação. Quando chegar à estrada, ela manterá uma velocidade mais baixa, ou quase parando, se necessário. Ela abaixará as janelas com freqüência para diminuir o embaçamento dos vi- dros. Ela ficará a uma distância maior de outros veículos. No geral, o que ela faz é intensificar suas táticas de direção defen- siva, esperando pelo pior, mas dando o melhor de si para evitar um acidente. O que tudo isto tem a ver com a preparação de áreas seguras de trabalho? Tem tudo a ver. É exatamente isto o que é a proteção de áreas de trabalho – eliminação ou minimização dos riscos. Na verdade, o programa inteiro de prevenção de acidentes é apenas isto. Eis aqui um outro exemplo comum. Uma escada numa loja de dois andares é essencial, por razões óbvias. Porém, ela é também altamente perigosa. Muitas pessoas são feridas to- dos os anos em quedas de escadas. Naturalmente, a escada não pode ser eliminada, mas seus riscos podem ser minimizados. Podemos instalar carpetes e revestimentos para evitar escorregões em pisos encerados ou polidos, colocar corrimão e iluminação apropriada. Além dis- to, devemos treinar as crianças para usar escadas com segu- rança, subir e descer um degrau de cada vez, usar o corrimão e não correr. Agora a escada pode ser usada com segurança relativa. Suas condições de risco foram minimizadas e o treinamento apropriado das crianças deve eliminar os atos inseguros. Vejamos como estes princípios se aplicam ao nosso tra- balho. Suponha que temos um projeto que exija de nós repa- ros em instalações subterrâneas num cruzamento movimenta- do. A quebra do asfalto e a abertura de um buraco certamente apresentam muitos riscos que não podem ser eliminados. Mesmo que seja um trabalho de emergência, ele deve ser planejado e avaliado antes de ser iniciado. Todos os membros Preparação de áreas seguras de trabalho da equipe de trabalho são responsáveis pela identificação e análise dos riscos da tarefa. O público e as propriedades pú- blicas, assim como os membros da equipe e equipamentos, devem ser protegidos ao máximo possível. Como nosso trabalho irá interferir no tráfego de veículos e pedestres, temos de iniciar definindo a área de trabalho. Os motoristas devem ser alertados ao máximo e antecipadamente de que há um trabalho sendo executado à frente. Como não podemos eliminar os riscos do tráfego, o melhor que pode- mos fazer é torná-lo mais lento. Reduzir a velocidade do mo- vimento contínuo dos veículos não apenas permite a continui- dade do trabalho e melhora a segurança, como também con- tribui para boas relações públicas. Sinais de alerta, lanternas, bandeiras mostradas em vári- os níveis (mas sem obstruir a visibilidade dos motoristas) e cones ajudam a minimizar os riscos de tráfego. Um ou mais sinaleiros gentis usando sinais facilmente compreensíveis po- dem conduzir o tráfego com segurança, em volta e através da área de trabalho. O movimento seguro do tráfego não é nosso único pro- blema neste cruzamento movimentado. Os pedestres também devem ser considerados. Proteções devem ser colocadas ao longo da área de trabalho. Devem ser colocadas passarelas temporárias em trincheiras abertas, para permitir o movimen- to de pedestres através da área, de forma segura. Após estabelecermos um padrão para um fluxo seguro de tráfego, termos dado proteção aos pedestres e colocado barricadas adequadas em nossa área de trabalho, ainda assim teremos de lidar com os riscos envolvidos na quebra do pavi- mento, escavação do buraco e na execução dos reparos. Muitos riscos com os quais nos defrontamos podem ser eliminados; outros podem ser minimizados. A utilização de equipamento de proteção, como luvas, óculos, protetores faciais, respiradores e máscaras, praticamente eliminarão o perigo de poeira, gás, vapores, pedras arremessadas e concre- to. A utilização de proteção para os dedos dos pés, sapatos e botas de segurança, capa- cetes, reduzirão mais ainda a possibili- dade de ferimentos. Porém, todo o aparato de proteção do mundo não impedirá atos inseguros. Cada um de nós é 03 responsável por seu próprio desempenho em segurança do trabalho. Um bom desempenho em segurança inclui o seguinte: a manutenção de uma barreira a uma distância segura da borda da trincheira, verificação se ferramentas ou rochas podem rolar para dentro do buraco, e termos cuidado para não trabalhar muito perto uns dos outros e nunca fumar em áreas de risco. 03 b A empresa se utiliza de vários recursos para proteger suas propriedades. Existem dispositivos de combate a incêndio e vigilantes. Porém, existem outros recursos projetados para prote- ger você. Pegue por exemplo um par de óculos ou uma prote- ção facial. Esses dispositivos não impedem que um ladrão roube propriedade da empresa nem podem ser usados para comba- ter ou impedir um incêndio; muito menos impedir danos em equipamentos. É isto mesmo! A proteção para a face e para os olhos serve apenas para uma coisa: impedir que algum material ar- remessado atinja sua vista. Ela foi projetada para proteger você. Entretanto, ela protegerá você apenas se você quiser. Não há nenhum dispositivo automático para proteção dos olhos. Os óculos e outras proteções têm valor apenas quando você os utiliza da forma como foram projetados para serem usa- dos. Com o capacete de segurança é a mesma coisa – prote- ção para sua cabeça. Ele só vai protegê-lo se você usá-lo. As botas de segurança protegerão seus pés, não o meu pé ou o pé do presidente da empresa... apenas os seus. Assim sendo, quando lhe dizemos para usar o equipa- mento de proteção individual, não estamos pedindo um favor para a empresa. Não estamos estabelecendo uma porção de regras só para o nosso benefício. Não estamos querendo amo- lar você com restrições sem sentido. Nós estamos apenas tentando fazer o que é certo e o que é bom para você; somente tentando ajudá-lo a se ver livre de acidentes que podem feri-lo, cegá-lo e até matá-lo. Estamos contentes em ajudar de diferentes maneiras. Nós aprendemos, a partir de experiências próprias, quais são os tipos de equipamento de proteção necessários em diferentes tarefas e passamos esta experiência para você, antes de colocá-lo para trabalhar. O usode alguns tipos de equipamento é exigido por nor- mas internas. Outros tipos são apenas recomendados, mas não exigidos. Esperamos que você faça uso do bom senso e use também aqueles considerados recomendados. Mas, vamos deixar uma coisa bem clara. Não podemos usar o equipamento por você. Não estaremos o tempo todo ao lado de cada um de vocês, dizendo: - “Use este equipa- mento agora!”. Isto é com você e assim que deve ser, porque o equipamento de proteção individual foi projetado para sua própria segurança e saúde. Equipamentos de proteção Algumas vezes parece ser muito complicado gastar al- guns segundos para colocar e tirar o equipamento de prote- ção para realizar uma tarefa que levará apenas alguns segun- dos – como um trabalho rápido no esmeril. Porém, pare um minuto para pensar sobre o assunto. Quanto tempo leva um “besouro” de uma peça de aço ou pedaço de esmeril para atingir seus olhos? Levar apenas uma fração mínima de segundo, po- dendo acontecer tanto em um trabalho que vai levar 10 se- gundos como num trabalho que dure o dia inteiro. Não usar os óculos de segurança, guardando-os o tempo todo no bolso, é uma estupidez tão grande quanto uma caixa de supermercado dizer: - “Estou saindo para almoçar só por meia hora. Acho que posso deixar a registradora aberta en- quanto isto. Não tem a menor chance de alguém passar por aqui e apanhar o dinheiro”. Na realidade, não usar os óculos de segurança é uma estupidez maior. O pior que poderia acontecer com o caixa é que algum dinheiro fosse roubado e ele fosse demitido por isto. Entretanto, ele ainda teria seu olhos. Por outro lado, se você não usar seus óculos de segurança, você estará correndo o risco de perder a sua visão. Assim, pegue o equipamento de segurança exigido para o seu trabalho e use-o sempre que você estiver trabalhando. Mantenha trancadas as portas dos acidentes que poderiam acontecer com você. 04 Uma parte do nosso trabalho envolve lidar com circuitos energizados. A segurança do trabalho em equi- pamentos e circuitos energizados depende de como estamos protegidos. Como qualquer outro equipamento, o EPI se des- gasta e, o que é pior, quebra-se. Para afastar as falhas de EPI, devemos tomar alguns cuidados. COMO VERIFICAR NOSSAS LUVAS? 1. Alta tensão pode entrar através de pequenos furos e o cho- que pode matar você. 2. Os vazamentos em pequenos furos podem deixar que o suor passe para fora (especialmente em dias quentes) colo- cando você em perigo. COM QUE FREQÜÊNCIA AS LUVAS DEVEM SER TESTADAS POR UMA INSTALAÇÃO DE TESTES? Pelo menos a cada sessenta dias. Teste de segurança para os equipamentos de proteção individual QUANDO FOREM ENCONTRADAS LUVAS COM DEFEITOS, O QUE DEVE SER FEITOS COM ELAS? 1. Desfazer-se delas. 2. Entregá-las para o supervisor ou encarregado. 3. Nunca colocar luvas defeituosas de volta ao lugar onde são guardadas, porque alguém poderia voltar a usá-las. SE UM EMPREGADO ESTIVER USANDO SUAS PRÓPRIAS LUVAS, SEU PRÓPRIO CIN- TO DE SEGURANÇA, ETC., AINDA ASSIM ELE ESTARÁ SUJEITO A SER INSPECIONADO PELO SUPERVISOR? POR QUÊ? Sim. O supervisor é o responsável pela segurança de todos, não apenas dos empregados que estiverem usando equipamento fornecido pela empresa. 05 A maioria dos ferimentos ocorridos no trabalho en- volvem os dedos e as mãos. Suas mãos são essenciais para o seu trabalho e seu bem estar. Como qualquer outra coisa de grande valor, elas devem ser adequadamente protegi- das. Eis aqui alguns procedimentos sensatos para ajudar a evitar ferimentos em suas mãos: 9Lembre-se de que o uso de luvas corretas pode ajudar você a prevenir muitos ferimentos nas mãos e nos dedos. 9Mantenha suas mãos e luvas livres de graxa e de óleo. 9Não fique com as mãos ou dedos em lugares onde possam ser esmagados ou apertados. 9Antes de manusear qualquer material, verifique a existência de bordas cortantes e mantenha suas mãos afastadas das extremidades destes materiais. Proteja suas mãos 9Certifique-se de que as proteções para mãos e dedos e ou- tros dispositivos de segurança nas ferramentas, equipamen- tos e maquinários estão no lugar e se são operantes. 9Não faça “bypass” em chaves e controles de segurança – por exemplo: a chave de “homem morto” em ferramentas e equipamentos. O acionamento de prensas por duas botoei- ras simultâneas. Muitos destes dispositivos de segurança são especialmente projetados para manter suas mãos afas- tadas de peças móveis. 9Tenha cuidado ao manusear metais líquidos quentes. Você não será capaz de determinar a temperatura de uma peça, apenas olhando para ela. 9Não pegue em metais com temperatura abaixo do ponto de congelamento; isto poderá ferir a área da pele em contato com o metal. 06 Dois dos instrumentos de projeto mais compli- cados com os quais trabalhamos são nossas mãos. Pro- vavelmente não poderíamos usar qualquer outro dispositi- vo capaz de substituir nossas mãos e ainda mantermos a pre- cisão e a capacidade de manobra delas. Como a maioria das coisas com as quais estamos acostu- mados, costumamos não nos lembrar de nossas próprias mãos – exceto quando uma porta prende um de nossos dedos. Aí sim, lembramos que nossas mãos são sensíveis. Infelizmente, logo nos esquecemos desta experiência e deixamos nossas mãos de lado. Você ficaria surpreso ao saber que os ferimentos nas mãos representam um terço dos dois milhões de acidentes incapacitantes que ocorrem no trabalho a cada ano. A maioria desses ferimentos é causada por pontos de pinçamento – 80% deles, na verdade. Os pontos de pinçamento têm o mau hábito de nos pegar quando não estamos prestando atenção. Podemos evitá-los, fi- cando atentos em relação a sua existência e, então, tomar os cuidados adequados. Um bom cuidado é usar luvas adequadas, quando esti- vermos manuseando materiais ásperos, ou quando estivermos levantando ou movimentando objetos. Outras medidas de se- gurança incluem tirar um tempo para remover ou dobrar pon- tas protuberantes, bordas cortantes, etc. Naturalmente, as proteções das máquinas e as ferramen- tas especiais dadas a você para executar uma determinada ta- refa devem ser usadas. Quando você não toma cuidado com o maquinário com o qual terá que trabalhar, ou quando você remove uma proteção e não coloca no lugar novamente, você estará aumentando as chances de ser ferido. Apostar em você nestas situações é perder na certa. As proteções para as mãos não são nada de novo. Elas têm sido consideradas importantes há anos. Na idade média, os espadachins usavam luvas de proteção especialmente confecci- onadas. Proteção das mãos Apesar dos cuidados que tomamos, nossas mãos rece- berão pequenos ferimentos de tempos em tempos. Faça o tra- tamento desses cortes e aranhões, pois podem se transformar em coisas mais sérias. Para não arrancar a pele de suas mãos, dê uma olhada antes por onde elas devem passar. Por exemplo: se estiver movimentando um objeto, ou transportando-o, certifique-se de que as portas e corredores sejam largos o suficiente para passar com segurança, antes de iniciar o trabalho. Certifique- se de que haja espaço suficiente para suas mãos e seja igual- mente cuidadoso ao depositar sua carga em algum ponto. Mantenha suas mãos livres de graxa e óleo. Mãos escor- regadias podem trazer problemas para você. Assim, se estiver com graxa nas mãos, limpe-as rapidamente. Aqueles que são casados, provavelmente alguma vez já brincaram, dizendo que todos os seus problemas começaram, quando colocaram uma aliança no dedo. Isto realmente pode ser verdade – pelo menos no que diz respeito ao trabalho. Por razões de segurança, não use alianças ou anéis quando estiver trabalhando. Esses objetos podem se prender facilmente no maquinário e em outros objetos, provocando um corte grave no dedo, ou o pior, uma amputação. Polias e correias formam pontos de pinçamento e devem sercobertas com proteções. Se você precisar recolher vidro quebra- do, pregos ou outros objetos cortantes ou pontiagudos, use luvas para a tarefa, ou varra o material. Nunca tente manusear estas coisas com as mãos nuas. Uma boa coisa a ser lembrada é o fato de que suas mãos não sentem medo. Elas vão aonde você man- dar e se comportarão conforme seus donos mandarem. 07 Um anel não é apenas um círculo de metal usado no dedo de alguém – em muitas situações, representa tam- bém a causa de ferimentos sérios para quem o usa. Muitos desses ferimentos ocorrem no dia-a-dia das pessoas. As vítimas mais comuns são representadas por alguém que pula fora da traseira de uma camioneta e prende sua mão numa projeção, ou por uma mulher que se estica para alcançar algu- ma coisa numa prateleira alta e fica presa num prego que não está à vista. Um cirurgião plástico tratou cerca de vinte e um casos de avulsão anelar (avulsão é o ato de rasgar uma parte do cor- po). Este cirurgião enfatiza a seriedade de tal ferimento, ex- plicando que a destruição de tecido mole pode ser tão exten- siva que os pequenos vasos sangüíneos que alimentam os ten- dões, osso e unha não podem ser restaurados. Um outro cirurgião explica que os procedimentos cirúrgicos necessários para restaurar um dedo severamente danificado incluem o enxerto de osso e enxerto de pele. O resultado pode ser um dedo esticado e duro, muitas vezes pouco atraentes para o paciente. Uma boa forma de evitar os ferimentos provocados por anéis é usar daqueles tipos que se abrem sob esforço e que saem do dedo. Qualquer joalheiro, ou alguém com habilidade necessá- ria e uma serra de joalheiro, pode fazer uma abertura. Eis aqui como: 1. A partir da parte interna, faça um pequeno corte na posição de seis horas (a pedra ou a jóia fica na posição de doze horas). O problema com os anéis e alianças 2. Também a partir da parte interna, faça ranhuras com dois terços de espessura em profundidade, nas posições de nove e duas horas. Em caso de agarramento severo, o anel será aberto na posição de seis horas, com as duas partes inferio- res dobrando nas posições de nove e duas horas. O dedo será solto sem ferimento. Contudo, é importante lembrar que os cortes parciais do anel são necessários, assim como o corte completo. O anel poderá não se abrir apropriada- mente sem algum dos três cortes. Algumas pessoas são relutantes, provavelmente por razões afetivas em relação ao anel, em fazer as alterações necessárias para evitar ferimentos. Porém, um anel pode ser reparado a um custo razoável, enquanto a restauração de um dedo pode ficar muito cara. Naturalmente, você também não poderá usar um anel ou aliança num dedo que esteja faltando. De acordo com um cirurgião plástico, que tratou muitas avulsões anelares, uma alternativa possível aos cortes no anel é usar anéis dobráveis que podem ser obtidos em joalheiros. Embora projetados, a princípio, para pessoas com as juntas alargadas, eles podem salvar um dedo, se forem submetidos a um grande esforço. Naturalmente, a melhor forma de evitar um ferimento por anel é não usá-lo. Porém, se você usa um, altere-o conforme des- crito anteriormente ou use um de projeto alternativo (como para o caso de pessoas com artrites). 08 Com tanta conversa a respeito de programas de segurança, algumas vezes nos esquecemos do óbvio. A se- gurança é uma questão pessoal. A máquina com que trabalha- mos pode ter suas proteções, mas se não a usarmos, eles não nos protegerão. O que conta a longo prazo é a crença firme de termos de fazer tudo para podermos trabalhar com segurança. Nós temos de usar o equipamento de proteção individual se quisermos ter um bom desempenho com segurança. Ninguém poderá fazer a segurança por nós. Suponha que você seja um daqueles que acre- ditam na importância de proteger sua visão em qualquer circuns- tância e que aja de acordo com esta idéia o tempo todo. Bem, quando alguém na turma gozar você por estar sendo “maricas” ou excessivamente cuidadoso, o que você faz? Você decide não se envolver numa discussão e se afasta. Você dá uma má resposta à pessoa brincalhona, ou pode tomar a coisa de outra forma e dizer para a pessoa a razão que o faz proteger seus olhos, mesmo que o risco seja pequeno. Talvez, com isso, você leve a pessoa a refletir. Talvez ela chegue à mesma conclusão que você – de que a segurança vale mais do que apenas se esforçar. Talvez, se você fizer seu trabalho bem feito, ela venderá a alguém a mesma idéia. Os dispositivos para proteção dos olhos têm sido emprega- dos nas indústrias desde 1910. Talvez, alguns de vocês conheçam alguém que tenha recebido um ferimento no olho ou que tenha ficado cego por não estar usando óculos de segurança na hora certa. Algumas vezes, uma partícula arremessada pode atingir você com o mesmo impacto de uma bala de revólver. Vários tipos de dispositivos são disponíveis para proteger seus olhos contra tais partículas, assim como de vapores e líquidos corrosi- vos. Dependendo do trabalho, você pode usar óculos, protetores faciais, blindagens e outros dispositivos de proteção. A soldagem requer proteção dos olhos na forma de um ca- pacete para impedir que raios os infravermelho e ultravioleta atin- Proteção para os olhos jam seus olhos. Os soldadores também devem usar óculos que protejam contra o arremesso de partículas. Os óculos de segurança devem ser usados sempre que ma- teriais ou partículas possam ser arremessados ou cair de maneira forçada nos olhos, ou próximo deles. Você sabe que precisa apenas de uma partícula de esmeril para acabar com sua visão? Você sabe que o respingo de um produto químico corrosivo é o suficiente para cegar você? Porém, algumas vezes você arranja uma desculpa para não usar seus óculos de segurança. Uma das desculpas mais freqüen- tes é: “Eles atrapalham a minha visão”; “eles são desconfortáveis”; “eles me fazem parecer ridículo”. Sempre que a proteção para seus olhos o aborrecer, lem- bre-se apenas do seguinte: - você não poderá enxergar através de um olho de vidro. Talvez a pior desculpa de todas seja que o trabalho levará apenas um minuto – a acidente talvez leve muito menos. Ninguém quer perder sua visão ou tê-la danificada. Nin- guém pensa que isso possa acontecer consigo mesmo. Porém, produtos químicos podem espirrar, o esmeril pode quebrar, partí- culas metálicas voam... um acidente pode ocorrer a qualquer ins- tante. Os danos já terão acontecido. Uma das frases mais usadas é: “Eu me esqueci...”. Freqüentemente ela é usada como desculpa para não proteger seus olhos. Não estamos dizendo que podemos nos esquecer uma vez ou outra. Porém, basta que você esqueça uma única vez de colocar os óculos para que este esquecimento, esse lapso de memória, seja o mais caro em toda a sua vida. Portanto, faça do uso dos óculos de segurança uma questão de hábito.Pense no seguinte: não existe uma boa razão para que alguém não proteja os próprios olhos. Os olhos não têm preço. Assim sendo, proteja-os. Use proteção para seus olhos. 09 Você sabia que a cada 30 segundos algum tra- balhador sofre ferimento nos olhos? Você sabia que 36.680 trabalhadores são afastados do trabalho, diariamente, por causa de ferimentos nos olhos e os brasileiros estão ficando cegos ao ritmo de 60 por dia? Você sabia que 80% de suas ações são orientadas por sua visão e que 85% do seu conhecimento vem através dela? Embora os ferimentos nos olhos custem à indústria mais de 200 milhões de reais por ano, fazendo os trabalhadores perderem cerca de 3 milhões de dias de trabalho anualmente, o maior custo ainda é a perda de visão da vítima. O Conselho Nacional de Segurança do Trabalho, nos Estados Unidos, classifica as causas de acidentes com a visão da seguinte maneira: 980% Partículas arremessadas; 98% Ferramentas de maquinário; 97% Respingo de líquidos; 92,5% Explosões; 92% Quedas; 90,5% Infecção. Fatossobre ferimentos nos olhos Não há uma resposta única, com relação a equipamento de proteção, existente na indústria, para todos os riscos relati- vos à visão. Diferentes riscos requerem tipos distintos de equi- pamento. Tenha o tipo certo de equipamento de proteção para seu trabalho e use-o. Você não pode comprar um bom olho com todo o di- nheiro do mundo. Se seu trabalho for do tipo que pode provo- car sérios ferimentos em seus olhos, então você deve tomar todos os cuidados necessários para sua visão, usando equipa- mento de proteção. Lembre-se de que um cego não deseja outra coisa no mundo a não ser sua visão. 10 PROTETOR AURICULAR (Abafador de Ruído) Tem como finalidade diminuir o nível de ruído recebido pelo trabalhador. Deve ser usado nas áreas próximas aos equi- pamentos ruidosos e locais barulhentos. O não uso deste equi- pamento pode causar: stress, insônia, dificuldade de comuni- cação, surdez profissional. CREMES Têm como finalidade proteger a pele contra produtos químicos agressivos. Devem ser usados em todas as ativida- des onde houver contato com produtos químicos. A falta do creme pode causar doenças na pele, alergias, dermatites. Equipamentos de segurança MÁSCARA CONTRA POEIRA E GASES Protege as vias respiratórias, deve ser usada em ativida- des onde haja concentração de poeiras ou gases. A falta de máscara pode causar doenças do sistema respiratório. 11 As roupas de verão, feitas de material sintéti- co, são preferidas pelas pessoas que precisam trabalhar perto de fontes de calor ou sob o sol. Porém, o conforto não compensa o maior risco a que estão sujeitas. Às pessoas envolvidas em combate a incêndio aconse- lha-se não usar roupas que não podem ser passadas a ferro porque podem derreter sob extremo calor. Esses materiais, sob calor intenso, podem fundir numa massa incandescente, grudando na pele e provocando sérias queimaduras. Mesmo os materiais sintéticos tratados com retardantes de chamas se- rão fundidos e derretidos se expostos a calor intenso ou a chama. Os sintéticos para o inverno também são suspeitos e os testes de materiais de isolamento térmico usados em jaquetas e camisetas mostraram que tendem a derreter sob calor extre- mo. Os pesquisadores descobriram que a espuma de borracha e almofadas feitas de fibras de polipropileno pegam fogo e se queimam após aquecimento artificial num secador de roupas. Todos os tecidos podem queimar, naturalmente, se hou- ver as condições adequadas. O grau de inflamabilidade de- pende do peso das fibras e do tipo de tecido, sua superfície e desenho ou estilo da roupa. Roupas de proteção contra fogo Eis aqui alguns pontos importantes que devem ser lem- brados na escolha de roupas apropriadas para o trabalho per- to de calor ou chama: 9Tecidos pesados de lã prensada pegam fogo mais lentamen- te do que tecidos leves feitos de lã não prensada. 9Tecidos que têm superfície lisa e maior densidade são me- nos prováveis de queimar do que outros tecidos. 9O vestuário justo no corpo é mais seguro perto de calor ou chama do que roupas frouxas. Dentre as fibras básicas, a lã prensada é comparativa- mente mais resistente a chamas. Ela pega fogo, mas queima- se lentamente e o fogo geralmente se apaga quando a fonte de calor for removida. Se a lã for combinada com outro tecido, contudo, ela deixa de ser resistente ao fogo. O algodão e o nailon se queimam facilmente, mas podem ser tratados com produtos químicos para torná-los mais resis- tentes ao fogo. Os tecidos de fibra de vidro e algumas outras fibras artificiais são resistentes ao fogo, mas algumas vezes são misturados ou tratados com acabamentos que os tornam menos resistentes ao fogo. 12 Lesões repetidas nas costas podem se tomar crônicas se afetarem um empregado no trabalho e em casa. Uma lesão nas costas pode causar anos de sofrimento, encurtar os anos produtivos do trabalhador e provavelmente acabar com a alegria da aposentadoria durante muitos anos. Podemos evitar estas lesões nas costas? SIM... se reconhecermos algumas de suas causas. Uma revisão das experiências do passado indica que a maioria re- sulta das seguintes causas: 9Levantamento de cargas com o corpo em posição errada. 9Levantamento de objetos abaixo do nível do solo. 9Tentativa de levantar pesos acima da capacidade da pessoa. 9Escorregões quando transportando objetos ou operando ferramentas pesadas. 9Giro do corpo nos calcanhares quando se levanta ou carre- ga objetos. A maioria de nós sabe como levantar um peso correta- mente. Sabemos como ficar na posição correta quando estamos Lesões nas costas levantando um peso. Se ficarmos alerta e observarmos as ori- entações dadas aqui, podemos evitar muitas das lesões causa- das por métodos incorretos de se levantar peso. Tenha ajuda ao levantar objetos que, por causa de suas posições, são difíceis de agarrar. Consiga ajuda para todos os objetos difíceis de segurar. Peça ajuda para objetos pesados. Todos nós temos nos- sas limitações. Conheça as suas. Sua condição física, consti- tuição e estatura têm muito a ver com sua capacidade de le- vantar objetos pesados. Não faça mais do que dá conta. Tenha cuidado especial quando levantar ou transportar objetos em terrenos irregulares ou onde houver perigo de per- der o apoio dos pés sobre pedras, tábuas ou outros objetos. Mantenha sua área de trabalho e passarelas limpas e desobstruídas. Nunca torça seu corpo quando levantar ou transportar um peso. Se tiver que mudar de posição, mude a posição dos pés sem torcer o corpo, para obter o efeito desejado. 13 Mesmo com auxílio mecânico para içamento, encontramos certas coisas que precisam ser levantadas manualmente. Para evitar distensões de mau jeito nas cos- tas, temos que levantar o peso corretamente. Isto já foi dito várias vezes no passado, mas ainda ocorrem muitas lesão por levantamento de peso. Consideremos algumas coisas que temos que levantar ma- nualmente. O que pesa mais? O que é mais difícil de manuse- ar? Pense nisto enquanto falamos nos principais pontos sobre levantamento de peso com segurança. A proteção das mãos é de máxima importância. Quando levantar materiais com bordas cortantes ou superfície áspera, use luvas para proteger suas mãos. Devemos evitar o pinçamento de dedos e corte nas mãos. Mesmo que você esteja usando luvas, deve certificar-se de que suas mãos não correm riscos. Muitas cargas caem quan- do as mãos são atingidas por alguma projeção no momento em que a carga está sendo levantada. Nestes casos, são os pés que normalmente são atingidos. A firmeza nos pés é essencial para se tentar levantar um objeto de qualquer peso substancial. Muitas distensões resul- tam da perda de equilíbrio. Com isto, o peso da carga é lança- do sobre os músculos das costas. A posição dos pés determina se você está ou não bem equilibrado. Eles devem ficar separados um do outro. Pegar corretamente a carga é necessário para firmá-la bem. Segure-a primeiro com as mãos, antes de começar a levantá-la. Se estiver levantando uma caixa, pegue-a pelos cantos diagonalmente opostos. Manter a carga perto do corpo é importante para evitar esforço excessivo. Antes de levantá-la, avalie seu tamanho para certificar-se de que é capaz de erguê-la próxima a seu corpo. Manuseie materiais com segurança Desta maneira, é mais fácil manter seu equilíbrio. Assim você distribui o peso uniformemente sobre todo seu corpo. Dobrar os joelhos para levantar o peso com os músculos das pernas é o requisito básico do levantamento de carga com segurança. Abaixe com seus joelho dobrados. A carga deve ficar entre seus joelhos de forma que fique perto do seu corpo quando erguê-la. As costas devem ser mantidas retas enquanto levanta a carga. Se seus joelhos estiverem dobrados e suas costas esti- verem retas, a carga pode ser levantada. Nesta posição, toda a cargaé lançada sobre os pés. Levantar lentamente é outra recomendação básica para segurança. Coloque lentamente sua força no levantamento. Levante lentamente esticando suas pernas, mantendo suas costas rentes e a caixa próxima a seu corpo. Você saberá se a carga é pesada para você. Se for muito pesada, dobre os joe- lhos para colocá-la de volta ao chão. Peça ajuda quando precisar. Este é outro ponto essenci- al. Se qualquer carga for muito pesada para você, não hesite em pedir ajuda. As botas de segurança previnem ferimentos nos pés no caso de quedas de carga. O levantamento de pesos representa muitos problemas no trabalho. Certamente é um problema nacional. Cerca de um afastamento por hora ocorre devido ao manuseio manual de cargas. Podemos eliminar os problemas de levantamento em nos- so departamento apenas observando os cuidados de seguran- ça para levantamento de carga. Assim sendo, lembre-se de levantar com as pernas e não com as costas. Peça ajuda para cargas muito pesadas! 14 Nas muitas atividades de trabalho, existem inú- meros a microscópios contaminantes que ficam suspensos no ar. Muitas vezes , eles são tóxicos, e, consequentemente, prejudiciais à saúde. QUAIS OS CONTAMINANTES PRESENTES NAS INDÚSTRIAIS? O ar que respiramos é composto de 21% de oxigênio, 78 % de nitrogênio e 1% de outros gases. Certo? Já não foi falado a esse respeito? Nesta combinação, estes gases mantêm a vida. Porém, quando outras substâncias estiverem presentes, o tra- balhador estará sujeito a irritação, intoxicação, asfixia, narco- se, podendo levá-lo à morte. QUAIS SÃO OS AGENTES QUE PODEM REPRESENTAR ESTAS CONDIÇÕES DE RISCOS PARA O NOSSO APA- RELHO RESPIRATÓRIO? POEIRAS - São formadas quando um material sólido é que- brado, moído ou triturado. FUMOS - ocorrem em operações de fusão em altas tempera- turas, com materiais plásticos ou metálicos, como soldagem e fundição. NEBLINAS ou NÉVOAS - são encontradas em operações de pintura quando os líquidos são pulverizados. GASES E VAPORES - São contaminantes presentes no ar, que por serem minúsculas partículas, passam pelos pulmões, depositam-se na corrente sangüínea e podem chegar ao cére- bro, rins e outros órgãos. Os vapores ocorrem através da eva- poração de líquidos ou sólidos, tais como: Gasolina, querose- ne, solvente de tintas, etc. COMO SE PROTEGER DESTES CONTAMI-NANTES - Através de EPI, respiradores, máscaras com filtros adequa- dos que atraem e retém os contaminantes suspensos no ambi- ente de trabalho. O que os olhos não vêem... o pulmão aspira COMO IDENTIFICAR UM BOM RESPIRADOR: - CONFORTO - Considerando que o trabalhador poderá utili- zar o respirador até 8 horas por dia, é de fundamental impor- tância que seja leve, sem machucar o rosto do usuário; - SELAGEM - Deve ajustar bem a face do usuário, protegendo contra as partículas a gases tóxicos que podem estar presentes no ambiente; - FÁCIL UTILIZAÇÃO - Respiradores de manuseio compli- cado desestimulam e dificultam a utilização freqüente; - DIFICULDADE NA MANUTENÇÃO - Respiradores com- postos de muitos elementos e peças reposicionáveis necessi- tam de cuidados freqüentes e prejudicam a qualidade e efici- ência do EPI, se a manutenção não for bem feita; - FÁCIL COMUNICAÇÃO - Um bom respirador permite, durante sua utilização uma clara e fácil comunicação, sem que seja necessário retirá-lo do rosto. - EFICIÊNCIA - A qualidade do elemento filtrante é muito im- portante para que ocorra a proteção respiratória, bem como o uso do respirador apropriado para cada situação e contaminante. CUIDADOS: - Não suje, nem danifique a parte interna, a qual ficará direta- mente em contato com a boca e o nariz; - Não deixe sobre equipamentos e lugares sujeitos a poeiras ou sujeiras; - No intervalo ou ao final do trabalho, guarde o respirador em saco plástico e coloque-o em lugar apropriado (gaveta, armá- rio, etc); - Quando sentir dificuldades na respiração, cheiro ou gosto do produto com que estiver trabalhando, isto indica que é hora de trocar o respirador; - Para qualquer dúvida ou informação adicional, pro- cure o técnico de segurança. 15 Para entendermos o que é acidente do traba- lho, necessário se faz compreender primeiramente o que é, simplesmente, acidente. O QUE VEM A SER ACIDENTE? Numa conceituação mais ampla, ACIDENTE é toda ocorrên- cia não desejada que modifica ou põe fim ao andamento nor- mal de qualquer tipo de atividade. Pode-se qualificar como acidente uma interrupção no fornecimento de energia elétrica. O QUE VOCÊ CONCLUI? Portanto, o acidente pode ocorrer em qualquer lugar: em casa, na rua, na prática de esportes, numa viagem e, principalmen- te, no trabalho ou em função deste. Para que possa ficar bem entendido, em termos de acidente dentro da empresa, existe um amparo legal, que é definido na lei n.º 8.213, “ACIDENTE TRABALHO É AQUELE QUE OCORRER PELO EXERCÍCIO DO TRABALHO A SER- VIÇO DA EMPRESA, PROVOCANDO LESÃO CORPO- RAL OU PERTURBAÇÃO FUNCIONAL QUE CAUSE A MORTE OU PERDA OU REDUÇÃO, PERMANENTE OU TEMPORÁRIA DA CAPACIDADE PARA O TRABALHO”. COMO INTERPRETAR? O acidente do trabalho é considerado como tal quando ocor- rer nas seguintes circunstâncias: pelo exercício do trabalho a serviço da empresa. Lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capaci- dade para o trabalho? No caso, lesão corporal ou perturbação funcional refere-se aos efeitos de qualquer tipo de acidente que prejudique a inte- gridade física ou mental do trabalhador e que possa causar a perda, ou redução permanente, ou temporária, de sua capaci- dade para o trabalho, que exercia normalmente antes do aci- dente. O que é acidente de trabalho O QUE É REDUÇÃO PERMANENTE DA CA- PACIDADE DE TRABALHO? Ocorre quando o trabalhador , devido a uma lesão grave, tem reduzida, para sempre, sua capacidade de trabalho no desem- penho de sua antiga função ou quando, ainda, devido ao tipo da lesão, ele se torna incapacitado para qualquer outro tipo de trabalho: Ex. Perda das duas vistas, de um braço, mão etc. E A REDUÇÃO TEMPORÁRIA DA CAPACIDA- DE DE TRABALHO? Consiste na perda da capacidade para o trabalho por um tem- po determinado (menos de um ano), permanecendo afastado de sua função, segundo orientação médica. Ex.: Queimou o braço e afastou-se por 2O dias. RESUMINDO - para ser considerado ACIDENTE DE TRA- BALHO, O TRABALHADOR DEVE: Estar exercendo um trabalho, a serviço da empresa, e ocorrer uma lesão que o afaste por algum tempo ou para sempre de sua antiga função. 16 O acidente prejudica a integridade física do tra- balhador. As conseqüências dos acidentes, quando envolvem o trabalhador, são muito mais desastrosas e evidentes, pois, de- pendendo de seu grau de intensidade, por mínimos que eles sejam, sempre requerem cuidados especiais no tocante a readaptação do homem ao trabalho e, num sentido mais am- plo, dependendo do tipo da lesão física, a sua reintegração na própria sociedade. ASPECTO SOCIAL Em referência a este aspecto, deve-se cogitar das conseqüên- cias que, advindas dos acidentes do trabalho, se constituem num agravante dos problemas sociais já existentes. Como o objeto desta análise é o acidente de trabalho e suas conseqü- ências sociais, deve-se estudar o mesmo visando dois aspec- tos: - o acidente do trabalho como efeito; - o acidente do trabalho como causa. QUANDO CONSIDERAR O ACIDENTE DE TRABALHO COMO EFEITO? Quando ele resulta de uma ação imprudente ou de condições inadequadas, isto é, quando resulta da inobservância das nor- mas de Segurança. Aspecto humano do acidente do trabalho QUANDO CONSIDERAR O ACIDENTE DE TRABALHO COMO CAUSA? Quando se tem em vista as conseqüências dele advindas. E NO ASPECTO SOCIAL COMO SE ENQUA- DRA O ACIDENTE DO TRABALHO? No que diz respeito ao aspecto social, o acidente do trabalho se constitui causaou uma das causas agravantes dos proble- mas sociais já existentes, uma vez que suas conseqüências au- mentam o índice de pessoas marginalizadas na sociedade. Por exemplo, vários acidentados portadores de lesões que os tor- naram permanentemente incapacitados para qualquer tipo de trabalho e agravaram um problema social. Esse fato dá ori- gem a outro problema, a redução dos vencimentos, o que obriga a baixar o padrão de vida mantido até então. Esse aconteci- mento poderá originar tipos de comportamento desajustado das pessoas da família do acidentado, na ação dirigida para manter o padrão de vida a que estavam acostumados ou, mes- mo, na luta pela sobrevivência. Tais comportamentos, depen- dendo de sua proporção, passam a ser consideradas com um problema social. A extensão e proporção das conseqüências não tem dimensões. Mas, o importante para todos nós aqui reunidos é que devemos inteirar dessa realidade, interessan- do-se pela aplicação correta das medidas de prevenção do aci- dente, para não tornarmos vítimas desta realidade. 17 Um dos fatores altamente negativos, resultan- tes dos acidentes do trabalho, é o prejuízo econômico, cujas conseqüências atingem o trabalhador, a empresa, a sociedade e, numa concepção mais ampla a própria nação. POR QUÊ? Apesar de toda a assistência e das indenizações recebidas por ele ou seus familiares através da Previdência Social, no caso de acidentar-se, os prejuízos econômicos fazem-se sentir na medida em que a indenização não lhe garante necessariamen- te o mesmo padrão de vida mantido até então. E, dependendo do tipo de lesão sofrida, tais benefícios, por melhores que se- jam, não repararão uma invalidez ou a perda de uma vida. E PARA EMPRESA? Os prejuízos econômicos derivados dos acidente variam em função da importância que ela dedica à prevenção de aciden- tes. A perda ainda que de alguns minutos de atividade no tra- balho traz prejuízo econômico, o mesmo acontecendo com a danificação de máquinas, equipamentos, perda de materiais Aspecto econômico do acidente de trabalho etc. Outro tipo de prejuízo econômico refere-se ao acidente que atinge o trabalhador variando as proporções quanto ao tempo de afastamento do mesmo, devido a gravidade da le- são. As conseqüências podem ser, dentre outras: a paralisação do trabalho por tempo indeterminado, devido a impossibilidade de substituição do acidentado por um trabalhador treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica negativa que atinge os demais trabalhadores e que interfere no ritmo normal do trabalho , levando sempre a uma grande que- da da produção. FINALIZANDO Imagine o custo para o País e pensar que poderia ser utilizado para habitação, saúde, educação e segurança. Queiramos ou não, somos diretamente responsáveis por esse ônus, quando somos envolvidos em algum tipo de acidente e indiretamente quando poderíamos ter feito algo pela prevenção de acidente e não o fizemos. 18 Quando um empregado é acidentado, é respon- sabilidade da Empresa providenciar para que ele receba imediatamente socorro de urgência. A empresa comunica o acidente ao INSS por meio de um impresso “Comunicação de Acidente do Trabalho “ C.A.T. O Comunicação de acidente de trabalho seu preenchimento é obrigatório por Lei, até o primeiro dia útil após o acidente. Se ocorrer a morte do funcionário, a comuni- cação deve ser feita também a autoridade policial. A frente do CAT deve ser preenchida corretamente, pela Empresa. 19 Os pés são um ponto bastante vulnerável e bas- tante propício aos acidentes do trabalho. O chão sobre o qual eles se deslocam freqüentemente é irregular. Sua superfície pode ser áspera ou lisa e escorrega- dia. Pode estar seca ou molhada. E quase sempre existem ob- jetos pérfuro-cortantes (pregos, rebarbas metálicas, etc.). Com relação às superfícies de trabalho, deve-se escolher um calçado que tenha um solado adequado, isto é, projetado de maneira a impedir que algum dano possa afetar o usuário, como por ex., um solado de PVC com um desenho antiderrapante para tarefas em locais escorregadios. O ponto crítico da proteção dos pés, no entanto é a biqueira do calçado de segurança, a grande maioria dos aci- dentes com os pés ocorre por choque contra obstáculos, na parte dianteira dos calçados que podem ocorrer devido: a) Surgimento de um obstáculo imprevisto à frente do trabalhor-degrau, canto vivo, etc.; b) Queda de um corpo sobre o pé – martelo, uma carga, etc.; c) Pressão estática sobre o pé, como a passagem de uma roda de vagão, locomotiva, caminhão ou empilhadeira, etc.. Portanto, a biqueira deve ser resistente. Sendo de aço, este material deverá ser temperado de forma que ofereça uma rigidez que suporte elevadas cargas, mas, ao mesmo tempo, flexibilidade para resistir a um choque dinâmico sem romper- Os pés se e sem deformar-se, de maneira a por em risco a segurança do usuário. É importante, ainda que o calçado de segurança seja con- fortável. A grande maioria dos empregados trabalha em pé e uma forma anatômica, que permita a liberdade de movimen- tos, sem pontos de tensão e compressão é fundamental para permitir um desempenho satisfatório do trabalhador durante a jornada de trabalho. Observe as condições do seu calçado, pois estando em mau estado, logicamente maltratam seus pés. Dê uma olhada em seu calçado, verifique se está com a sola gasta (perigo de escorregar), a sola furada ou as laterais tortas. Se estiver, re- quisite um novo para a proteção dos seus pés. Lembre-se que os sapatos são testados para durar no mínimo 6 meses. Mas caso de não durarem, procure o técnico de segurança. Ele autorizará a retirada de um novo. Calçados limpos dão uma melhor aparência. Tenha-os bem engraxados para proteger o couro. Caso venha a molhar, enxugue-os longe do calor. Procure cuidar dos seus pés. Qualquer anormalidade, pro- cure um médico porque os seus pés trabalham com você. Lembre-se, existem muitas maneiras de destruirmos nos- sos pés e artelhos. Mas, só existe uma maneira excelente de protegê-los, USANDO CALÇADOS DE SEGURANÇA. 20 As mãos A mão, composta de um grande número de ossículos (27), de tendões, de nervos, compreende uma rica rede sangüínea necessária ao seu alto nível de ativida- de. Todos esses elementos formam um conjunto bem definido que contribui para harmonia de seu movimento, de sua sensi- bilidade e de sua destreza. O contato permanente com o mundo exterior e o grande número de agentes agressivos a que é submetida e sua diversi- dade de ação, torna-a frágil e vulnerável, advindo daí um grande número de acidentes. Qualquer que seja a causa de um acidente, sua gravidade não é somente função... mas também, infelizmente, da profis- são do indivíduo, pois a perda de uma certa sensibilidade ou de uma certa destreza pode causar uma simples dificuldade ou trazer sérias conseqüências a exemplo de amputações. Apesar de toda a técnica desenvolvida para substituir o homem pela máquina e de mecanizar ao máximo as operações manuais, o homem e suas mãos continuarão todavia sendo indispensáveis, expondo-se, portanto, a inúmeros riscos, como podemos destacar: golpes, cortes, abrasões, substâncias quí- micas, queimaduras, choque elétrico. Por isso é importante protegê-las. Após um grave acidente não há segunda chance. As mãos são os olhos dos cegos e a voz dos mudos. Elas servem para trabalhar, para julgar e expressar emo- ções, sem as mãos as atividades humanas estariam limitadas em grande parte, mais do que poderíamos imaginar. Como poderíamos escovar os dentes? Como abriríamos uma porta? Como poderíamos amarrar os cordões dos nossos calça- dos, abotoar a camisa, tocar um instrumento musical, digitar um computador, ou aplaudir uma acontecimento que mereça? Difícil, não? É claro que nem todas as lesões na mão implicam em uma amputação total, mas mesmo a imobilizaçãotemporária de um dos dedos já traz certa dificuldade. Alguns procedimentos que merecem a nossa atenção: 9Não opere nenhuma máquina e equipamento sem conhecê- la bem; 9Verifique se a máquina possui proteções necessárias para proteção de nossa integridade física; 9Engrenagens, polias, correias e o próprio ponto de opera- ção representam perigo; 9Às vezes, a proteção foi retirada e esqueceram de recolocar no lugar. Providencie sua reposição; 9Antes de lubrificar, engraxar, limpar, ou ajustar, certifique- se de que esteja desligada e travada; 9Os anéis, relógios e pulseiras são um perigo junto à máquina, quando estiver manipulando materiais; 9Nunca limpe as limalhas com as mãos, use uma escova; 9Mantenha os seus dedos, fora de perigo ao deixar objetos pesados; 9PENSE NA IMPORTÂNCIA DE SUAS MÃOS E PRO- TEJA-AS. 21 Em nossa vida diária, seja em casa, no traba- lho, seja viajando ou nos divertindo, existem inúmeras situações nas quais estamos expostos ao barulho. O traba- lho, na maioria das vezes se apresenta como situação mais perigosa em função das muitas máquinas e equipamentos rui- dosos e do tempo considerável que passamos sob estas condi- ções. O barulho é um som prejudicial à saúde humana porque causa sensação desagradável e irritante, que depende de al- guns fatores: 1. Depende da freqüência e intensidade – a freqüência em Hertz e a intensidade em decibéis; 2. Tempo de exposição – quanto maior o tempo exposto, mai- or perigo; 3. Tipo de barulho – contínuo (sem parar); intermitente (ocor- re de vez em quando) ou de impacto (ocorre de repente); 4. Distância da fonte – quanto mais próximo, maior risco; 5. Sensibilidade Individual – varia em função da idade e das resistência do organismo de cada pessoa; 6. Lesões no ouvido – problemas anteriores no ouvido (infec- ções e inflamações). EFEITO DO BARULHO À SAÚDE: Efeitos no trabalho – problemas de comunicação; baixa con- centração; desconforto; cansaço; nervosismo; irritação; baixo rendimento; perdas de reflexo. Efeitos ao organismo – estreitamento dos vasos sangüíneos; aumento da pressão arterial; ansiedade; tensão; insônia; pro- blemas digestivos (úlceras, gastrite); problemas cardíacos. Ruído Efeitos à audição: Trauma acústico – é a perda auditiva repentina causada por barulhos de impacto como explosões; Perda auditiva temporária – ocorre após exposição a barulho intenso, mesmo por curto período de tempo. A audição volta ao normal após algum tempo; Perda auditiva permanente – ocorre pela exposição repetida, durante longos períodos, à barulhos de alta intensidade. É irreversível, porque destrói as células auditivas. SINAIS DE PERDA AUDITIVA - zumbidos ou sons estranhos no ouvido. São notados, geral- mente depois do período de trabalho, em ambientes silenci- osos ou ao dormir. - Incapacidade de ouvir sons baixos ou de alta freqüência. - Dificuldade em ouvir e entender uma conversa ou falar ao telefone. - Os sons são ouvidos de forma abafada. COMO PREVENIR De imediato, fazer uso contínuo de EPI – Protetor auricular. Demais procedimentos devem haver considerações técnicas. 22 MAS POR QUE FAZER INSPEÇÃO? Independente de área, há milhares de coisas que em al- gum momento desgastam (mangueiras, cabos, ferramentas, escadas, etc.). O uso e desgaste normais podem ocasionar uma deterioração gradual que pode ser descoberta antes que se produza um dano pessoal, um dano à propriedade ou uma interrupção do trabalho. Além disso as áreas são informadas dos problemas que podem afetar de modo negativo as opera- ções da empresa. Portanto, a inspeção é um instrumento fun- damental para se obter um retrato qualitativo e fiel do ambi- ente de trabalho e, a partir disto, propor medidas de controle e correção cabíveis. QUAIS OS OBJETIVOS PRINCIPAIS? Remover as interferências na execução das atividades; Buscar falhas nos processos ou métodos de trabalho que pos- sam alterar a condução normal da tarefa; Identificar os riscos no trabalho e no meio ambiente, de uma forma planejada e orientada, pois muitos riscos não são óbvi- os para a maioria das pessoas. QUEM DEVE REALIZAR? Devidamente orientados pela área de segurança, todos po- dem realizar uma inspeção: o supervisor, líder, empregado, membro da Cipa. COMO REALIZAR? 1.º passo – é identificar o que procuramos. Lembrar do ato e da condição insegura. Estes são os elementos fundamen- tais, que devemos eliminar. 2.º passo – através de um impresso próprio ou “check-list”, identificar registrar todas as irregularidades constatadas. 3.º passo – encaminhar para a supervisão da área inspeciona- da os dados registrados para que as não conformidades possam ser solucionadas. 4.º passo – acompanhar as providências. Inspeção de segurança TIPOS DE INSPEÇÃO Rotina – Faz-se uma vistoria de forma rotineira para checar as operações, equipamentos, procurando possibilitar a continui- dade operativa dos processos. Periódica – Realizada de tempos em tempos, dirigida às má- quinas, equipamentos e instalações e procura averiguar alte- rações nos mesmos que podem ocorrer após um período de uso. Especiais – São aquelas feitas em processos, máquinas ou ins- talações novas de modo a descobrir e eliminar riscos antes do funcionamento, bem como aquelas onde há suspeita de pre- sença de substâncias tóxicas e perigosas para a saúde. Muitas vezes o risco está na nossa frente, mas não observamos. A troca de informações, o diálogo, empregados de outras áreas inspecionado, com essas medidas, fatalmente estes riscos se- rão vistos e eliminados. Assim caminha a prevenção de aci- dentes. 23 A importância de investigar um acidente ocor- rido é procurar as causas que o determinaram. Quando um acidente ocorre, quer seja grave ou não, devemos analisá- lo profundamente com o objetivo de agir eficazmente no sen- tido de evitar a sua repetição. É necessário lembrar que a finalidade de investigar não é a de procurar um culpado ou um responsável, mas encontrar as causas que contribuíram direta ou indiretamente para a ocor- rência do acidente. O local da ocorrência deve permanecer sem alteração, para que as condições do momento sejam perfeitamente identificadas pela área de segurança e membros da CIPA, acom- panhado pelo responsável da área. Até a segurança chegar, o responsável deve iniciar a co- leta de dados que servirão como ponto de partida para um exame pormenorizado. Como roteiro básico na investigação, podemos nos valer das seguintes perguntas: 9O que fazia o acidentado no momento imediatamente ante- rior à ocorrência ? 9Como aconteceu? 9Quais foram as conseqüências? 9Quais as causas que contribuíram direta ou indiretamente para a ocorrência do acidente? 9Quando ocorreu? (data e hora) 9Onde ocorreu? (especificando o setor ou seção) 9Quanto tempo de experiência na função tinha o acidenta- do? 9Pegar depoimento das testemunhas. 9Na medida do possível, o acidentado deve ser envolvido na investigação do acidente. A importância de investigar os acidentes IMPORTANTE – O momento melhor e mais oportuno para a investigação é logo após o evento. Quanto menor o tempo entre o acidente e a investigação, mais precisa será a informa- ção obtida. Geralmente, os depoimentos das testemunhas são mais precisos quando elas não têm tempo de serem influenciadas pela opinião dos outros e quando a memória ainda se apresen- ta clara e detalhada. Quando há demora, as condições mudam mais rapidamente que as opiniões. A única condição que pode atrasar a investigação de um acidente é a necessidade de se prestar assistência a uma pessoa lesionada ou de evitar um dano maior ao patrimônio. 24 Equipara-se ao acidente do trabalho o aciden- te sofrido pelo empregado no local e no horário de tra- balho, em conseqüência de: A.Ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro
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