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Desenhos Estruturais CA 2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
Departamento de Estruturas e Construção Civil 
Disciplina: ECC 1008 – Estruturas de Concreto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHOS DE FORMAS ESTRUTURAIS EM EDIFÍCIOS DE 
CONCRETO ARMADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerson Moacyr Sisniegas Alva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Maria, maio de 2007. 
Desenhos de formas estruturais em edifícios de concreto armado 1
1. INTRODUÇÃO 
 
Em linhas gerais, três tipos de desenhos devem compor o projeto estrutural de um 
edifício em concreto armado, a saber: 
 
• Planta de cargas e locação dos pilares 
• Desenhos das formas estruturais 
• Desenhos das armações 
 
A planta de cargas e de locação dos pilares geralmente é o primeiro desenho de um 
projeto estrutural. As informações desse desenho, juntamente com as oriundas das 
sondagens do terreno, permitirão a escolha do tipo de fundação (sapata, estaca, tubulão, 
etc.) mais adequada à obra. A planta de cargas e de locação dos pilares é um desenho 
relativamente simples, que apresenta dois tipos de informações: 
 
a) Seções dos pilares locados em relação a dois eixos de referência do terreno (em 
geral o alinhamento e uma das divisas). 
b) Todas as cargas que serão transmitidas aos elementos de fundação (sapatas, 
estacas, tubulões, etc.) e, posteriormente, à camada resistente do solo. 
 
510
A
LI
N
H
A
M
E
N
TO 3
97
,5
300
39
7,
5
(15 t)
25/60
P7
(28 t)
25/60
P4
20
0
(15 t)P1
25/60
DIVISA
510
(31 t)
25/60
P8
(70 t)
25/60
P5
(18 t)P9
25/60
(34 t)P6
25/60
(32 t)P2
25/60
(17 t)P3
25/60
 
Figura 1: Exemplo de planta de cargas e locação de pilares. 
 
É desejável que a escolha do tipo de fundação seja feita por um profissional 
especializado em Mecânica dos Solos (engenheiro de fundações). Somente após a 
definição do tipo de fundação a ser empregada pode-se dar início à execução do primeiro 
desenho do projeto estrutural necessário ao início da obra – Desenho de Formas da 
Fundação. 
 
 
Desenhos de formas estruturais em edifícios de concreto armado 2
2. DESENHOS PARA EXECUÇÃO DAS FORMAS ESTRUTURAIS 
 
O desenho para execução de formas de um pavimento é composto por uma planta 
da estrutura que sustenta aquele pavimento, isto é, o conjunto de pilares, vigas e lajes. 
Neste desenho, os detalhes informados devem definir perfeitamente os elementos 
estruturais por meio de suas dimensões e por sua localização em relação a eixos ou linhas 
de referência importantes. Dessa forma, devem ser feitos tantos cortes e/ou elevações 
quantos forem necessários para a perfeita definição dos elementos estruturais em 
representação. 
Um desenho de formas deve ser executado em escala 1:50 ou em outra escala 
comumente usada no meio técnico, desde que a clareza do desenho não seja prejudicada. 
Para cada pavimento ou “nível estrutural” existirá um desenho para a execução de 
formas. Em um edifício usual em concreto armado, os desenhos a serem executados são os 
seguintes: Formas das Fundações, Formas do Pavimento Tipo, Formas da Cobertura, 
Formas do Piso da Casa de Máquina e do Barrilete, Formas do Reservatório Elevado, etc. 
 
ÁTICO
FORMAS DAS 
FUNDAÇÕES
 PAV. TÉRREO
 1° PAV.
 3° PAV.
 2° PAV.
FORMAS DO 2° PAV.
FORMAS DO 1° PAV.
FORMAS DO 4° PAV.
FORMAS DO 3° PAV.
FORMAS DO RESERVATÓRIO 
ELEVADO
FORMAS DA COBERTURA DA 
CASA DE MÁQUINAS
FORMAS DA COBERTURA DA CASA 
DE MÁQUINAS E DO BARRILETE
 C. MÁQ. BARR.
 4° PAV.
ELEV.RES.
FORMAS DA 
COBERTURA
 
Figura 2: Formas estruturais de edifícios de múltiplos andares 
 
Desenhos de formas estruturais em edifícios de concreto armado 3
1080
540540
82
0 V2 (20x50)
25/60
P7
25/60
P4
V
4 
(2
0x
40
)
V3 (20x50)
V
5 
(2
0x
40
)
P1
25/60
V1 (20x50)
41
0
41
0
25/60
P8
25/60
P5
25/60
P9
25/60
V
6 
(2
0x
40
)
P6
P2
25/60
P3
25/60
 
Figura 2: Formas das fundações 
 
511,5
540
V
5 
(1
9x
35
)
41
0
V2 (19x45)
25/60
P7
25/60
P4
41
0
V
4 
(1
9x
35
)
V3 (19x45)
L3
(h=10)
19
P1
25/60
L1
(h=10)
V1 (19x45)
38
1,
5
19
38
1,
5
19
25/60
P8
(h=10)
25/60
P5
L4
V
6 
(1
9x
35
)
25/60
P9
25/60
P6
511,5
19
540
(h=10)
19
P2
25/60
L2
P3
25/60
19
 
Figura 3: Formas do pavimento tipo 
Desenhos de formas estruturais em edifícios de concreto armado 4
3. REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS NO DESENHO DE FORMAS 
 
3.1 Pilares 
 
 Os pilares são representados no desenho de forma em corte, ou seja, representa-se 
a seção transversal do pilar com as respectivas dimensões para o pavimento em questão. 
 Em geral, especialmente em edifícios de poucos pavimentos, costuma-se manter a 
mesma seção dos pilares até a cobertura. Entretanto, existem situações em que as 
dimensões da seção do pilar variam de um pavimento para outro. Além disso, podem existir 
pilares que têm início (nascem) no pavimento em representação ou pilares que são 
interrompidos (morrem) nesse pavimento. Assim, convém estipular uma notação para a 
representação dos pilares em tais situações. Uma notação usual é a indicada na figura 4. 
 
P1
P1 V1
V1
P1
20/60
20/20A
20/40
CORTE A-A
PL1
20/20
PL1
A
PILARES QUE NASCEM
PILARES QUE MORREM
PILARES QUE CONTINUAM
 
Figura 4: Representação da continuidade dos pilares nos pavimentos 
 
Deve-se notar que, na representação da figura 4, parte da seção do pilar P1 é 
interrompida (morre) no pavimento e o restante do pilar continua acima do referido 
pavimento. 
 
3.2 Vigas 
 
No desenho de formas, as vigas são representadas em planta, devendo-se fornecer 
informações tais como as dimensões da seção transversal (largura e a altura) e o 
comprimento das mesmas. Informações e detalhes construtivos adicionais devem ser 
representados por meio de cortes na própria planta ou em separado. 
Na planta de formas estruturais, as vigas são observadas de baixo para cima e são 
representadas no desenho por meio de duas linhas espaçadas de sua largura ao longo do 
comprimento da mesma. Tais linhas representam as arestas visíveis e as arestas invisíveis, 
(com o observador olhando de baixo para cima). As arestas visíveis são representadas por 
linhas cheias e as invisíveis por linhas tracejadas. 
Desenhos de formas estruturais em edifícios de concreto armado 5
No caso de vigas invertidas, pode-se ter a representação por linha cheia (aresta 
visível) e linha tracejada (aresta invisível), conforme a figura 5. 
12
/9
0
V
12
20
/4
0
L8
12/90V11
h=10
20/40V10
L7
h=10
 
 
Figura 5: Exemplo de representação de viga invertida (V11) 
 
3.3 Lajes 
 
 As lajes em um desenho de formas estão praticamente definidas após a 
representação dos pilares e das vigas. O único cuidado a ser tomado diz respeito a 
representação de rebaixos, superelevações, ou aberturas existentes nas lajes. 
 Os rebaixos e as superelevações acontecem quando o nível de uma laje não 
coincide com o nível adotado para o desenho de formas, o qual corresponde, geralmente, 
ao nível da maioria das lajes representadas no desenho de formas. 
 Um exemplo da representação de rebaixos nos desenhos de formas está ilustrado na 
figura 6. Nessa figura, a laje L2 está rebaixada 25 cm em relação ao nível das outras lajes. 
 
V5
 (2
0x
40
)
V2 (20x50)
25/60
P7
25/60
P4
V
4 
(2
0x
40
)
V3 (20x50)
L3
(h=10)
P1
25/60
(h=10)
L1
V1 (20x50)
25/60
P8
(h=10)
25/60
P5
L4
V
6 
(2
0x
40
)
25/60
P9
25/60
P6
(h=10)
25
P2
25/60
L2
P3
25/60
 
Figura 6:Exemplo de representação de rebaixos 
 
 As aberturas de lajes são representadas por duas linhas que ligam os vértices da 
abertura, conforme indica a figura 7. 
 
Desenhos de formas estruturais em edifícios de concreto armado 6
 
Figura 7: Exemplo de representação de aberturas de lajes 
 
3.4 Escadas 
 
 A escada geralmente não é representada no desenho de formas do pavimento a qual 
ela pertence. Um desenho especial deve ser feito, em folha à parte e em escala maior que a 
escala do desenho de formas, para a representação da escada. 
 No desenho de formas do pavimentos, no lugar reservado para a colocação da 
escada, faz-se a representação de uma abertura na forma, tal como ilustrado anteriormente 
na figura 7. 
 
4. DESIGNAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS NAS FORMAS 
 
É usual obedecer a simbologia a seguir para a designação dos elementos estruturais 
representados nas formas. A designação deve ser seguida pelo respectivo número de 
ordem do elemento (numeração) e também da indicação de suas dimensões (espessura das 
lajes, dimensões das seções transversais de vigas e pilares, etc). 
 
Elemento Símbolo Elemento Símbolo 
Lajes L Vigas V 
Pilares P Tirantes T 
Diagonais D Sapatas S 
Blocos B Paredes PAR 
 
5. NUMERAÇÃO E INDICAÇÃO DAS DIMENSÕES DOS ELEMENTOS 
 
5.1 Numeração e indicação das espessuras das lajes 
 
 Juntamente com a designação (símbolo) de cada laje indica-se o seu número de 
ordem. A numeração das lajes normalmente é feita partindo-se do canto superior esquerdo 
até atingir o canto inferior direito. Ou seja, a numeração é feita da esquerda para a direita, 
de cima para baixo. 
 Imediatamente abaixo da designação e numeração da laje deve-se indicar 
obrigatoriamente a espessura da mesma. O conjunto designação, numeração e indicação 
das espessuras deve ser posicionado, sempre que possível, próximo do centro da laje (ver 
exemplo da figura 3). 
 
5.2 Numeração e indicação das dimensões das vigas 
 
Juntamente com a designação de cada viga indica-se o seu número de ordem. A 
numeração das vigas é feita de maneira semelhante às lajes, ou seja, as vigas são 
numeradas da esquerda para a direita, de cima para baixo. A numeração inicia-se pelas 
vigas dispostas horizontalmente (em planta), partindo-se do canto superior esquerdo e 
prosseguindo-se por alinhamentos sucessivos até atingir o canto inferior direito. Em seguida 
Desenhos de formas estruturais em edifícios de concreto armado 7
numeram-se as vigas dispostas verticalmente, partindo-se do canto inferior esquerdo e 
prosseguindo-se por fileiras sucessivas até atingir o canto superior direito. 
Deve-se indicar, juntamente a designação e a numeração, as dimensões da seção 
transversal da viga. O conjunto designação, numeração e indicação das dimensões 
geralmente é posicionado na parte superior das linhas de representação das vigas no 
desenho de formas (ver exemplo da figura 3). Quando alguma das dimensões da seção se 
alterar ao longo do comprimento da viga, nova indicação deve ser feita. 
 
5.3 Numeração e indicação das dimensões dos pilares 
 
Juntamente com a designação de cada pilar indica-se o seu número de ordem. A 
numeração dos pilares é feita de maneira semelhante às lajes e às vigas. A numeração dos 
pilares deve ser feita partindo-se do canto superior esquerdo do desenho para a direita, em 
linhas sucessivas. 
Deve-se indicar, juntamente a designação e a numeração, as dimensões da seção 
transversal do pilar. No caso de variação destas dimensões no pavimento, deve-se indicar 
as dimensões antigas e as novas do pilar. O conjunto designação, numeração e indicação 
das dimensões de cada pilar deve ser colocado em baixo e à direita da representação deste 
pilar no desenho de formas (ver exemplo da figura 3). 
 
6. CORTES FEITOS NOS DESENHOS DE FORMAS 
 
 Os cortes verticais feitos na planta de formas são necessários para mostrar detalhes 
que não podem ser mostrados em planta, tais como os níveis das lajes (rebaixos e 
superelevações), aberturas horizontais em vigas, etc, contribuindo para a maior clareza do 
desenho. 
É comum apresentar dois cortes na forma, um transversal e outro longitudinal. Para 
formas simples, muitas vezes um só corte pode ser suficiente. 
Os referidos cortes verticais são representados na próprio local do desenho onde o 
corte é feito. Desse modo, os cortes verticais são rebatidos no plano horizontal do 
pavimento em questão, respeitando-se a convenção de que o observador vê o desenho de 
frente ou pela direita (ver exemplo da figura 3). 
 
 
Desenhos de formas estruturais em edifícios de concreto armado 8
7. DEMAIS INFORMAÇÕES IMPORTANTES NAS PRANCHAS DO PROJETO 
Extraído de BATLOUNI NETO (2005) 
 
7.1 Nível 
 
O nível de referência utilizado em todos os projetos dos subsistemas do edifício deve 
ser único para evitar equívocos no canteiro de obras. A referência adotada no levantamento 
plani-altimétrico precisa ser a mesma utilizada nos ensaios de sondagem geológica, no 
projeto de arquitetura, de estrutura e assim por diante. Essa prática, apesar de óbvia, às 
vezes não é adotada. 
 
7.2 Eixos e cotas acumuladas 
 
 Pelo menos dois eixos ortogonais precisam ser definidos de comum acordo entre o 
projetista da estrutura e o arquiteto. Com eles serão locados na obra os gabaritos, as 
fundações, a estrutura e a alvenaria. Dentre os critérios para estabelecer os eixos 
destacam-se: a ausência de alvenarias ou pilares coincidentes com a projeção dos eixos e o 
paralelismo às direções principais do projeto. Por isso, muitas vezes, os eixos estão 
localizados em corredores. Auxilia bastante a execução no canteiro o fato das cotas e 
distâncias no projeto de estrutura serem fornecidas acumuladas em relação a estes eixos, 
além de evitar a propagação de erros. 
 
7.3 Especificação das cargas permanentes e acidentais 
 
 É fundamental que os parâmetros que foram utilizados no cálculo pelo projetista da 
estrutura estejam representados no projeto. Só assim, a construtora poderá executar a obra 
segundo idealizado pelo projetista, respeitando as espessuras das alvenarias e 
revestimentos previstas no carregamento permanente. As cargas permanentes e acidentais 
devem ser explicitadas em todas as folhas de fôrmas do projeto. Devem, ainda, constar nos 
projetos os locais e as massas (ou densidades com espessuras) de carregamentos 
especiais como enchimentos, jardins, equipamentos, e assim por diante. 
 
7.4 Características do concreto e os aspectos da durabilidade 
 
 Cada vez mais tem sido importante a participação de um engenheiro tecnologista 
para a especificação correta do concreto. Cada obra deve ter um concreto especialmente 
definido, cujas propriedades atendam às peculiaridades de cada projeto. 
 O projetista da estrutura normalmente determina o fck (resistência característica do 
concreto à compressão) e o módulo de elasticidade do concreto (E), pois são valores que 
utilizou no seu cálculo. Devem ser especificados os valores de resistências do concreto para 
as etapas construtivas, tais como a retirada de cimbramento e aplicação de protensão. 
 Mas estas duas características não são suficientes para especificar o concreto com 
relação à durabilidade. Conforme a NBR 6118, deve ser feita uma correspondência entre a 
classe de agressividade ambiental do local onde o projeto será implantado e a qualidade 
necessária do concreto. Com ela, estabelecem-se a relação água-cimento (a/c) máxima, a 
classe do concreto mínima (resistência à compressão) e a espessura mínima de cobrimento, 
itens que devem estar registrados nas folhas de projeto. 
Assim, pensando na durabilidade, muitos projetistas têm também especificado o fator 
água/cimento máximo (a/c) e até o consumo mínimo de cimento, além do fck e do E. O que 
precisa ser alertado é que os valores de fck , E, a/c e consumo de cimento precisam ser 
coerentes entresi, ou este concreto não existe; daí a importância do auxílio técnico do 
engenheiro especialista em concreto. 
É importante também que o projetista indique no projeto os valores das resistências 
necessárias para o início do descimbramento. Desenformar peças colocando-as em serviço 
sem que tenham atingido esta resistência pode acentuar a fissuração dos componentes 
fletidos, com importante redução do momento de inércia e da capacidade de suporte, com 
Desenhos de formas estruturais em edifícios de concreto armado 9
pronunciamento de flechas. Além disso, é importante nesta data atentar para o módulo de 
elasticidade, pois este não cresce na mesma proporção da resistência nas primeiras idades, 
podendo causar, no caso de desmoldagem precoce, fluência mais elevada do que a 
considerada no projeto. 
 
 
8. BIBLIOGRAFIA 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1982). NBR 7191 – Execução de 
desenhos para obras de concreto simples ou armado, Rio de Janeiro. 
 
BATLOUNI NETO, J. (2005). Diretrizes do projeto de estrutura para garantia do 
desempenho e custo. Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações. Editor Geraldo C.Isaia, 
São Paulo, IBRACON. Cap.7, p. 200-231. 
 
JÚNIOR, A.L.M.; COSTA, F.O. (1993). Execução de desenhos para obras de concreto 
armado. Unicamp, Campinas. 
 
GIONGO, J.S. (1996). Concreto Armado: Projeto Estrutural de Edifícios. EESC-USP, 
São Carlos.

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