Buscar

resumo insuficiência respiratória aguda

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Habilidades Clinicas – UTI
Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA)
Dois diferentes tipos de IRpA podem ser achados: Tipo I (hipoxêmica), Tipo II (ventilatória ou hipercápnica). 
Tipo Ventilatória ou Hipercápnica: 
Hipercapnia: a grande característica desse tipo é a hipercapnia, que se dará devido a retenção de CO2, gerando acidose respiratória. Na hipoventilação a troca alveolar não ocorre de forma ideal. O CO2, entretanto, não deixa de continuar seu fluxo, se acumulando na circulação sanguínea e acidificando o pH da mesma. Na gasometria, o PCO2 (PACO2) aumenta, levando ao aumento consequente da PCO2 arterial. 
Se a insuficiência for crônica, o BE (bicarbonato renal retido) estará elevado, como forma de compensação à acidificação sanguínea, mantendo o paciente estável. Nos casos de IRpA, o pH estará acido, o PACO2 elevado e o BE não estará alterado. O quadro clinico neste momento evolui para carbonarcose (acidose liquórica grave, rebaixamento do nível de consciência, edema cerebral (PIC elevada) e instabilidade hemodinâmica)). Se o quadro não for revertido a tempo, o paciente entra em PCR e vai a óbito. Há ainda a forma crônica agudizada, que se estabelece por uma descompensação de quadro crônico de IR. Nessa gasometria, o PACO2 estará altamente elevado, assim como o BE.
Hipoxemia: por falha na renovação do O2 nos capilares e seu continuo consumo, o PO2 alveolar diminui, assim como a PaO2. Pode-se tentar corrigir essa hipoxemia ao ofertar O2, mas essa é uma manobra complicada, pois pode piorar o quadro de hipercapnia. 
Causas: neste quadro estão expostas as causas extrapulmonares.
Outra causa que pode ser abordada é quanto à fadiga da musculatura respiratória, seja por falência primaria devido a doença neuromuscular (miastenia gravis, ELA, huntington, etc) ou em falência secundaria por aguda grave (SDRA, DPOC descompensado, crise asmática, pneumonia, EAP, etc). Nesses casos, o seguinte ocorre: hiperventilação > exarcebação do trabalho muscular > falência da musculatura > PCR por carbonarcose e hipoxia. 	Comment by Cliente: Acidose respiratória+ hipoxemia	Comment by Cliente: Sinais de esforço respiratório: batimento da asa do nariz, tiragem intercostal, tiragem supraclavicular, uso de musculatura acessória. 	Comment by Cliente: Ao exame físico: respiração agônica (boca aberta, extensão do pescoço, contração dos músculos cervicais, bradipneia)
O aumento do espaço morto respiratório não é causa comum de IRpA, por efeitos compensatórios, exceto nos casos de DPOC avançado e pacientes em VM, em que os mecanismos de aumento do vol/min estão prejudicados. 
 TTO: VM com pressão positiva, sendo VI ou VNI. Pacientes com grave fadiga ou com pH < 7,25, devem ser intubados imediatamente e ventilados de forma invasiva! Pacientes com DPOC descompensado ou com sd. De Pickwick devem ser mantidos com baixo fluxo de O2 (1-3L/min), a fim de estabelecer PaO2 proxima do fisiologico (60-80mmHg) ou com SaO2 entre 90-92%. 	Comment by Cliente: Retentores de CO2
Tipo hipoxêmico: trata-se do déficit grave na troca gasosa, mesmo com ventilação pulmonar normal ou elevada. Ocorre por ma distribuição na ventilação alveolar ou por perda de função ventilatoria em alguns alvéolos. O sangue desoxigenado percorre o alvéolo afetado ou não o percorre, fazendo com que este sangue se misture ao rico em O2, proveniente do restante do parênquima, levando à hipoxemia. 
Causas: são 4 os principais mecanismos, sendo que dois deles não estão inclusos nesse grupo (IRpA ventilatoria e por hipoxemia do ar rarefeito). Os dois subseqüentes, são os representantes desse tipo de IRpA. O distúrbio V/Q é a causa mais comum de falha na hematose. Os principais agentes causais estão nas pneumopatias que afetam a distribuição de ar no alvéolo (DPOC, crise asmática, atelectasia, pneumonia, EP, EAP, SDRA, etc). O O2 é carreado pela hemoglobina, sendo essa essencial para a medida de saturação de oxigenio no sangue (SaO2), que deve estar acima de 90%. Quando um grupo de alvéolos é mal ventilado e bem perfundido, o sangue mal oxigenado se misturará ao normo/hiperoxigenado. A hiperfuncionalidade dos alvéolos saudáveis não resolve o problema, pois eles podem operar ate determinada capacidade (100%), não podendo suprir totalmente a função em falha dos alvéolos restantes. O resoltado é a mistura de sangue bem perfundido (SaO2 100%) com um de baixa troca (SaO2 80%, p.e.), gerando um sangue hipoxemico. Quanto maior o numero de alvéolos mal ventilados e de perfusão normal, maior será a hipoxemia. 	Comment by Cliente: Se a SaO2 estiver acima de 90, auxiliará aPaO2 a ficar em niveis acima de 60mmHg (mínimo fisiológico)
A outra causa, o shunt arteriovenoso, se trata da passagem de sangue advindo das AA. Pulmonares por áreas sem nenhuma ventilação. Ou seja, sangue desoxigenado (SvO2 75% e PvO2 40mmHg) se mistura ao sangue oxigenado. Quanto maior a quantidade de sangue misturado, maior a hipoxemia. Dentro desta anormalidade, ainda há dois tipos: 	Comment by Cliente: Começa a ocorrer quando mais de 5% do sangue do corpo está shuntado. Shunt < 5% pode ser considerado fisiológico. 
Shunt parenquimatoso pulmonar: é o tipo mais comum, que acontece por congestão ou colapso (colabamento) alveolar, impedindo que haja fluxo ali. As causas mais comuns são EAP e SDRA. 
Shunt vascular pulmonar: ocorre por passagem de sangue por vasos que fazem comunicação direta entre AA e VV (bypass alveolar). As causas mais comuns são: presença de fistulas pulmonares congênitas (sd. Osler-Weber-Rendu) ou pela sd. Hepatopulmonar, ligada à cirrose hepática. 
Diagnosticando o mecanismo de hipoxemia: primeiramente, para definição da PaO2, deve ser levada em consideração a idade do paciente, pois: PaO2 = 100mmHg – 0,3 x idade (anos). Se o problema é hipoventilaçao, a hipercapnia e acidose respiratória estarão associadas ao quadro. Uma causa clássica de hipoxemia por distúrbio V/Q é a DPOC. 	Comment by Cliente: A cada ano de idade acrescido, caem 0,3 mmHg nessa medição.
Para diferenciar o tipo de IRpA (se ventilatoria ou hipoxemica), basta calcular o gradiente alvéolo-arterial de O2, que varia de acordo com a FiO2 (fração inspirada de O2), ou seja, normal ate 15mmHg para FiO2 de 21% e de até 150mmHg para FiO2 de 100%. Na IR ventilatória, a P(A-a)O2 estará < 15mmHg; já no shunt e no dist. V/Q, ela estará > 15 mmHg. 	Comment by Cliente: P(A-a)O2: serve para ver se a passagem de O2 do alveolo para o capilar está normal.	Comment by Cliente: 21% ou 0,21	Comment by Cliente: Ao ar ambiente
	
Para diferenciar os tipos de shunt (pulmonar X cardíaco), são utilizados alguns exames: ecodoppler (cardíaco), RX de tórax > TC > cintilografia de perfusão (pulmonar parenquimatoso X vascular). 
Gravidade de IR hipoxemica: a razão entre PaO2/FiO2 normal deve estar acima de 400 (100/0,21=476). Se esta se encontrar abaixo de 300, a IR hipoxemica esta instalada. Se < 200, é uma IR hipoxemica grave, critério de SDRA. 
Suplemento de O2: pode ser de 
baixo fluxo: fornece fluxo constante de O2 junto com ar ambiente. A FiO2 vai depender se o paciente está hipo (>) ou hiperventilando (<).	Comment by Cliente: Cânula nasal: é mais confortável. Produz 0,5-6L/min.Mascara de Hudson: fornece fluxo de 5-12l/min, mas não tão confortável. Se acoplado reservatório de O2, a FiO2 pode aumentar.
 alto fluxo: representada pela mascara de venturini e mascara com reservatório de O2. 	Comment by Cliente: Aumenta a velocidade do ar inspirado através de tubo estreito, com pressão negativa. O paciente, portanot, precisa puxar mais o ar para fornecer mais O2. A FiO2 varia entre 25-50% e o fluxo entre 2-12L/min. 	Comment by Cliente: Há uma bolsa coletora de O2 acoplada a ela, com valva unidirecional, fazendo com que somente o ar da bolsa seja aspirado. Com isso, mantém a FiO2 entre 70-90%. É o único dispositivo de VNI que pode dar uma FiO2 maior que 50%.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes