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Sistema Cardiovascular: Embriologia ANNA CAROLINE - JEFFERSON MEDEIROS - MARIA ZILDA - MARLLA HÉLEN O que é disfagia? Termo que se refere à dificuldade em deglutir ou à sensação de alimentos sólidos e/ou líquidos “presos” na garganta ou no esófago; Essa dificuldade provoca mal-estar em mastigar e engolir, o que pode conduzir a uma má alimentação e desidratação; Problema que afeta cerca de 60% das pessoas, principalmente os idosos que padecem de doenças degenerativas. Relato de Caso Paciente do sexo feminino, 26 anos, referindo história de disfagia há 3 anos, inicialmente apenas para sólidos e evoluindo nos últimos 6 meses para líquidos; Possuía uma história pregressa de hidrocefalia aos 2 meses de idade, com instalação de uma derivação ventrículo-peritoneal (DVP); Negava outras comorbidades; Com a suspeita diagnóstica inicial de um divertículo de Zenker, foi realizada uma endoscopia digestiva alta (EDA) que demonstrou ausência do divertículo, porém observou-se um abaulamento em parede póstero-lateral direita do esôfago. Divertículo de Zenker Consiste no aparecimento gradual de uma “bolsa” na parede posterior da passagem da faringe para o esôfago, provocando um desvio de parte dos alimentos do seu percurso normal em direção ao esôfago, causando assim uma dificuldade na deglutição. Quando os alimentos se acumulam no divertículo causam a sensação de se ter um corpo estranho na garganta, o que leva o doente a efetuar manobras para os desalojar, seja com movimentos do pescoço seja por compressões manuais externas. Fonte: Google Imagens Relato de Caso Uma Tomografia Computadorizada de Tórax (TAC-T) mostrou a origem anômala da artéria subclávia direita (ASD), com trajeto retroesofágico e retrotraqueal; Uma arteriografia comprovou a anomalia do arco aórtico, demonstrando um tronco único para saída das artérias carótidas esquerda e direita, além da origem anômala da ASD, posterior à artéria subclávia esquerda. Relato de Caso Foi indicada correção cirúrgica para a anomalia vascular por meio de toracotomia anterolateral esquerda, com dissecação da origem da ASD na aorta e posterior ligamento com pequena ressecção proximal da artéria, retirando assim o trecho que comprimia o esôfago; Após a manobra, a paciente apresentava pulso radial reduzido em membro superior direito, mas membro aquecido e perfundindo. Porém, no pós-operatório, evoluiu com isquemia aguda do membro superior direito; Realizou-se uma revascularização do membro através de uma transposição carotídeo-subclávia por acesso supraclavicular direito e cervicotomia lateral direita, o que possibilitou boa evolução da paciente com alta hospitalar no sétimo dia de pós-operatório. Relato de Caso Discussão A disfagia lusória decorre de uma compreensão extrínseca do esôfago por uma artéria subclávia direita (ASD) de origem anômala – a artéria lusória; 1º descrição por Bayford, em 1794; É uma variação anatômica decorrente de uma anormalidade na embriogênese mais comum do arco aórtico. Ocorre devido a uma involução anormal da artéria do quarto arco faríngeo direito e da aorta dorsal direita, bem como da persistência da sétima artéria intersegmentar como ASD definitiva. Discussão Observa-se que o tronco braquiocefálico está ausente e quatro artérias surgem do arco da aorta: Artéria carótida comum direita; Artéria carótida comum esquerda; Artéria subclávia esquerda; Artéria subclávia direita aberrante. O trajeto da ASD aberrante é retroesofagiano ou pode passar anteriormente ao esôfago. Fonte: Google Imagens Discussão Incidência média de 52% no sexo feminino e de 48% no sexo masculino; Os sintomas, quando surgem, aparecem em idades mais avançadas, podendo destacar: Maior rigidez da parede esofagiana que aumenta com a idade; Aumento da rigidez da parede da artéria aberrante devido à aterosclerose. Exames diagnósticos: arteriografia, estudo angiotomográfico, angiografia por ressonância magnética, ultrassonografia com Doppler ou radiografia de tórax; Discussão Tratamento depende do perfil clínico do paciente e da intensidade dos sintomas, variando desde mudanças alimentares até procedimentos cirúrgicos; Gross, em 1946, foi o primeiro a realizar um procedimento cirúrgico de correção da ASD anômala; A disfagia lusória é um quadro clínico que deve ser lembrado no diagnóstico diferencial das doenças do esôfago. Agradecemos! ANNA CAROLINE - JEFFERSON MEDEIROS - MARIA ZILDA - MARLLA HÉLEN
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