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3 1 Introdução O processo de impressão 3D pode ser utilizado para diversas finalidades tendo como principal vantagem a rapidez e o custo relativamente baixo de produção. Um exemplo que ilustra claramente as vantagens de se utilizar uma impressora 3D é o desenvolvimento de um protótipo de uma peça funcional de um motor, como um pistão, sendo que antes do avanço das impressoras 3D era preciso modelar manualmente a peça, criar o molde e então fabricar a peça através da fundição, atualmente basta desenvolver o modelo em software apropriado e imprimir, diminuindo consideravelmente o esforço envolvido na produção. Com o avanço dessa tecnologia é possível produzir qualquer tipo de objeto, desde peças simples como joias até itens mais complexos como instrumentos musicais. Ainda podem ser produzidos artigos médicos como próteses de membros e até mesmo vértebras contendo inclusive a cartilagem. Elementos maiores e elaborados também podem ser criados nas impressoras 3D, como carros, comida e até mesmo tatuagens. Para analisar o custo da impressão 3D podemos analisar como um todo, ou seja, envolvendo o valor da impressora, o que torna o processo algo mais caro. Mas se considerarmos a compra de uma impressora deste tipo como um investimento que se paga ao longo prazo e analisarmos apenas o custo do material envolvido no processo, o custo é relativamente baixo. Como a impressão 3D é um processo de modelagem por acumulação, significando que não há perda de material é possível adquirir a quantidade exata de matéria-prima para a fabricação da peça desejada. O plástico mais utilizado neste processo é o ABS que é comercializado por quilograma, sendo o valor aproximado de R$ 0,10 por grama. Como os objetos costumam ser leves, devido ao fato do interior ser oco, o custo por peça impressa é significativamente baixo. Já para as impressoras que utiliza resina líquida o custo costuma ser um pouco mais elevado, visto que o litro da resina custa em média R$ 300,00. As impressoras 3D são pensadas e desenvolvidas para revolucionar completamente o modo como objetos do nosso dia-a-dia são fabricados, diminuindo os custos de produção e possibilitando que qualquer pessoa crie as peças que desejar. 2 Histórico Diferentemente do que se acredita as impressoras 3D não surgiram tão recentemente, essa tecnologia já possui mais de 30 anos. A primeira impressora 3D foi criada em 1984 por Chuck Hull, um norte-americano do estado da Califórnia. Hull utilizou a estereolitografia para desenvolver sua máquina que tinha como principal função a confecção de partes de plástico de forma rápida. 4 Desde os seus primórdios a impressora 3D já demonstrava flexibilidade e rapidez, que são suas principais características até o presente, pois possibilitava a produção de componentes em um ambiente controlado e de maneira veloz. Alguns anos mais tarde Chuck criou a 3D Systems Corp., de forma a patentear sua criação bem como diversas formas de impressão, e então iniciar a comercialização da tecnologia. O sucesso foi tanto que a empresa ainda hoje é uma das líderes do mercado. Com o passar dos anos o desafio enfrentado foi o de reduzir o preço destas impressoras, o que foi alcançado através do avanço dos métodos de impressão bem como da diminuição dos custos de fabricação. Para se ter ideia do tamanho da redução, na década de 90 uma impressora 3D custava cerca de um milhão de dólares, atualmente é possível adquirir o equipamento por mil dólares apenas. 3 Materiais Utilizados 3.1 ABS Acrilonitrila Butadieno Estireno, ABS, é um copolímero composto pela combinação dos três compostos que lhe dão nome, resultando em um termoplástico muito utilizado na fabricação de produtos moldados para diversos usos. O plástico ABS é o material mais utilizado nas impressoras que trabalham pelo método de modelagem por fusão e depósito. É um polímero bastante rígido e leve que apresenta um bom equilíbrio entre resistência e flexibilidade. As principais características que fazem com que o ABS seja o material mais utilizado no processo de impressão 3D são: boa resistência mecânica, bom aspecto visual, fácil moldabilidade, boa resistência ao impacto, boa resistência à tração e boa dureza. Figura 01 – Filamento de plástico ABS utilizado em impressoras 3D 5 3.2 PLA O ácido polilátilo, PLA, é um polímero biodegradável produzido através de ácido láctico e fermentado muito utilizado como matéria-prima nas impressoras 3D. Em algumas modelagens o PLA é mais eficiente do que o ABS por possuir menor tendência à deformação após a aplicação, além de possuir menor ponto de fusão o que faz com que libere menos fumaça. Figura 02 – Filamento de plástico PLA utilizado em impressoras 3D 3.3 BanbooFill O BanbooFill é um tipo especial de material que vem sendo empregado nas impressões em 3D, ele é produzido a partir de uma combinação de madeira de bambu e uma mistura de PHA e PLA. O produto apresenta textura e cheiro de madeira real o que permite a criação de objetos de madeira de maneira simples e rápida, sem a necessidade de esculpir a peça. Este tipo de material ainda permite que sejam aplicados tintas e vernizes após a impressão o que gera um acabamento de alta qualidade. Figura 03 – Filamento de BanbooFill e algumas peças impressas com este material 6 3.4 Nylon O nylon costuma ser empregado na impressão 3D quando o objeto a ser impresso é alguma peça de roupa. O material é escolhido principalmente devido à sua incrível resistência, no entanto apresenta como desvantagem o fato de não ser biodegradável (leva cerca de 650 anos para ser decomposto na natureza), além de ter um alto custo. Figura 04 – Fio de Nylon utilizado para impressão 3D 3.5 Alumide O Alumide é um tipo de plástico metálico produzido misturando-se nylon, plástico e grande quantidade de pó de alumínio. Basicamente o Alumide é um plástico com características de metal, que tem como uma das principais vantagens a beleza, o que o torna um grande atrativo para a confecção de joias, por exemplo. No entanto este material é bastante frágil, o que impossibilita a confecção de estruturas que necessitem de resistência. Figura 05 – Peça impressa em Alumide 4 Partes Constituintes de uma Impressora 3D 4.1 Estrutura A estrutura de uma impressora pode variar de acordo com a marca comprada e com a sua finalidade. Para a fabricação de peças pequenas de plástico são usadas estruturas de MDF (Fibras de madeira prensados), cedro por ser de fácil manuseio e leve, alumínio (mais resistência), acrílico e peças de plástico pré fabricadas ou até mesmo feitas com a própria impressão 3D. Em 7 impressoras para a impressão de ferro são usadas estruturas de aço, pois necessitam de maior resistência. 4.2 Extrusor e Bico Aquecido Existem vários tipos de bico aquecido para diferentes tipos de materiais, em uma impressora para imprimir ferro o bico extrusor pode ser feito de tungstênio que é um material com ponto de fusão muito alto. Em uma impressora simples de plástico o bico extrusor normalmente é feito com um bloco de alumínio perfurado com um resistor 5R6 de 5W para ser a fonte de calor, e um termistor 100k para a medição da temperatura, todos os componentes são unidos ao bloco de alumínio com uma pasta de carbureto de silício. Figura 06 – Resistor 5R6 5W, fita de fibra de vidro e Termistor 100K Figura 07 – Resistor 5R6 5W acoplado ao bloco de alumínio com a pasta de silício Figura 08 – Bloco de alumínio montado com o resistor e termistor8 O bico extrusor em si é formado por qualquer metal que seja de fácil manuseio, resistente ao calor e com saída de aproximadamente 0,5mm de diâmetro para que haja maior precisão na impressão. 4.3 Trilhos Os trilhos são partes fundamentais de uma impressora são neles que o bico extrusor irá percorrer e elas serão as ferramentas de transferência de posição comandadas pelos motores. Estes trilhos poderão ser feitos de várias maneiras, como rosca contínua e barra lisa com correias. Na configuração que utiliza rosca contínua o bico extrusor é preso a ela com uma porca e o movimento giratório do motor faz com que o bico se mova no sentido especificado pela rotação da rosca. No caso da barra lisa com correia o bico extrusor é preso à correia e a barra será usada como apoio, com o movimento giratório do motor a fita irá girar e então fazendo com que o bico produza o movimento especificado. 4.4 Motores Na maioria dos projetos de impressora 3D são utilizados motores de passo, ou seja, motores que produzem angulações exatas pré-definidas alternando os campos eletromagnéticos de forma eletrônica. Normalmente são usados 4 motores, 3 para a mudança das coordenadas X, Y e Z e 1 para forçar o filamento do material usado dentro do bico extrusor, para que haja um fluxo contínuo do material fundido. 4.5 Eletrônica e Micro Controladores Cada tipo de impressora usa seu próprio tipo de eletrônica interna e micro controladores. Nas impressoras amadoras mais simples de plástico normalmente são usados arduíno, Raspberry pi, etc, por serem de fácil programação e menores, a maioria deles são programados em linguagem C ou C++ e tem softwares livres, ou seja, gratuitos e são encontrados com facilidade no site do fabricante. Nas impressoras mais sofisticadas os controladores são feitos pela própria fabricante, ou seja, já vem com a programação interna pronta, sedo necessário somente a entrada do arquivo e a impressora já imprimirá. 5 Métodos de Impressão 5.1 Modelagem por Fusão e Depósito Neste processo a matéria-prima utilizada é um filamento de plástico que é colocado em um bico injetor. O bico injetor então aquece e puxa o filamento de plástico. Após derretido o material é depositado na base, seguindo as coordenadas nos eixos X e Y de comando descritas por software, formando a 9 primeira camada. Em seguida a plataforma desce (movimento no eixo Z) e o procedimento anterior é repetido de forma que uma nova camada seja criada. Estes dois processos, descida da plataforma e criação de uma camada, são repetidos até que toda a peça esteja impressa. Este método pode sofrer uma variação, a mesa pode se movimentar nos eixos X e Y e o bico injetor no eixo Z para formar as camadas da peça que está sendo impressa. No entanto os demais procedimentos se mantêm os mesmos do caso anterior. Este é o método de impressão 3D mais utilizado por ter uma configuração simples, tanto física quanto de programação. Também é o método que envolve menor custo. Figura 09 – Impressão 3D pelo método de fusão de depósito 5.2 Modelagem por Sinterização Seletiva a Laser Em algumas literaturas este método não é considerado exatamente impressão devido ao fato de que a máquina não deposita material para formar a peça, mas sim que esta é “esculpida” por um laser. No entanto esse método apresenta grande versatilidade, principalmente no quesito matéria-prima, é possível utilizar pó de plástico, metal entre outros materiais. Ainda é possível imprimir um objeto com diferentes cores, pois cada camada pode receber uma pigmentação diferente separadamente. Além da versatilidade de materiais e cores a modelagem por sinterização seletiva a laser ainda permite a criação de peças com partes móveis. Neste processo as matéria-prima preenche a câmara de impressão que é nivelada pela própria máquina. Então um laser fusiona o pó formado e cria a primeira camada. Em seguida um rolo passa por cima da camada formada depositando mais pó. Estes dois últimos procedimentos vão sendo repetidos até que se forme por completo o objeto. Ao final da impressão é necessário remover o excesso de pó do objeto formado, o que pode ser feito utilizando um jato de ar comprimido ou escovas desenvolvidas para esta finalidade. Todo o pó que não se transformou na peça impressa é reutilizado em novas impressões. 10 Figura 10 – Impressão 3D por sinterização seletiva a laser 5.3 Modelagem por Estereolitografia Este procedimento é bastante parecido com a modelagem por sinterização seletiva a laser, diferindo-se especialmente na matéria-prima utilizada que aqui é uma resina líquida. Esta resina é colocada em uma câmara onde um laser ultravioleta é utilizado para solidificar uma parte da resina formando a primeira camada da peça a ser impressa. Então a câmara contendo a resina líquida desse e é formada uma nova camada, isto se repete até que a peça esteja completa. Ao fim da impressão deve-se remover o excesso da resina assim como na sinterização seletiva e novamente surge uma pequena diferença entre os dois métodos, na estereolitografia é preciso levar a peça à uma estufa na qual o plástico terminará de se solidificar. Uma grande vantagem desse método é a possibilidade de criar peças complexas com uma boa resistência. Porém trata-se de um processo caro, uma vez que a máquina operatriz é bem mais complexa e o material utilizado também costuma ter custo mais elevado do que os materiais utilizados nos demais métodos. Figura 11 – Impressão 3D por Estereolitografia 11 5.4 Modelagem por Comando Numérico Computadorizado As primeiras máquinas que eram regidas por um Comando Numérico foram criadas em torno dos anos 50, e trabalhavam por meio de cartões perfurados, onde a máquina interpretava os pontos e se posicionava diante a peça conforme a disposição dos furos no cartão. Esta tecnologia de comandos de posicionamentos se mostrou eficiente, pois diminuía o tempo de produção e consequentemente houve uma economia de dinheiro nas indústrias. Com o passar dos anos e o advento de computadores e micro controladores este comando começou a ser totalmente computadorizado e os comandos eram feitos através de uma linguagem desenvolvida pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) nos anos 60 chamado Código – G ou Linguagem G. Esta linguagem utilizava a mesma lógica dos cartões perfurados, comandos de posição da máquina, porém totalmente feito através de um computador, sendo assim mais eficiente, rápido e com erros ínfimos. Figura 12 – Modelo de máquina que usava cartões perfurados Na linguagem CNC a sequência de comandos deve ser precisa e em ordem para que a máquina siga corretamente a lista de posições e comandos dados. Os meios mais usados para a elaboração de um programa CNC são: Linguagem de Programação Automática (APT) que foi a primeira linguagem utilizada para tal fim, Linguagem EIA/ISSO que é a mais utilizada nos dias de hoje também conhecida como Código G e M e Produção gráfica via “CAM” que não é exatamente uma linguagem de programação e sim uma maneira de gerar os códigos usados, em que o programador entra com o desenho da peça feita pelos softwares CAD, Solid Works, etc e o próprio programa gera os códigos necessários para fazer a peça. Em uma impressora 3D a programação e definição dos códigos são mais fáceis, pois o software divide a peça a ser feita em fatias horizontais milimétricas não necessitando a mudança de eixo z a todo momento e também como existe um único fluxo de material sendo depositado com um única ponta, no código não serão necessários os comandos develocidade de rotação nem troca de 12 ferramenta, sendo somente necessário os comandos de X e Y em cada eixo Z determinado. 6 Passos para a Confecção de uma Peça em Impressora 3D Para a confecção de uma peça feita com impressão 3D é preciso seguir alguns passos simples, dependendo do fabricante da impressora ou do sistema embarcado usado. Os passos são os seguintes: a confecção da peça a ser impressa em modelo virtual 3D usando softwares específicos, a transferência do arquivo para a impressora, ajustes e por fim a retirada da peça pronta. Os softwares que podem ser utilizados para a criação de um modelo virtual 3D são: Alibre Design, AutoCAD, Rhinoceros, SolidWorks, Solid Edge e Creo, porém o mais usado e conhecido é o SolidWorks pois executa com alta fidelidade, se aproximando muito com o modelo real do objeto e é de fácil manuseio. No design do objeto deve-se ter cautela com as unidades de dimensionamento, na maioria dos casos as impressoras usam a unidade milímetro. Ao final do desenvolvimento do objeto deve-se conferir se ele está preenchido internamente (caso seja um sólido maciço), pois alguns softwares quando executam algum sólido só fazem as “paredes” do mesmo, fazendo com que posteriormente a impressão fique incorreta. Figura 13 – Modelo de peça feita no SolidWorks Após conferir as dimensões da peça ela deverá ser exportada em formato compatível com a impressora usada, na maioria dos casos o arquivo deverá ser salvo em formato “.stl”, este formato salva somente a geometria pura do objeto sem qualquer informação de cor, massa, densidade, etc. Ao exportar o arquivo para a impressora podem surgir erros, que em algumas impressoras são 13 corrigidos automaticamente, caso isso não aconteça o arquivo deverá ser validado. Figura 14 – Modelo de arquivo em “.stl” em geometria pura A validação do arquivo poderá ser feita através de vários programas gratuitos de reparação de objetos virtuais como o Netfabb, nele será feito a reparação do objeto retirando e modificando polígonos ambíguos e angulações não permitidas definindo a escala e a orientação da peça na mesa da impressora. Após a validação do arquivo ele deverá ser convertido em código-G porém algumas impressoras já realizam esta conversão internamente. No entanto se a impressora for amadora, ela deverá passar pelo passo da conversão. A transformação do objeto em código-G fará com que a impressora execute “caminhos” pré-determinados para a deposição correta do material que está sendo usado para fabricar o objeto. Para isto será preciso converter o arquivo “.stl” em G-code e esta conversão poderá ser feita através de softwares específicos como o slicer. Figura 15 – Modelo desenho feito com comandos G-code 14 Figura 16 – Caminhos que serão feitos pela máquina a partir do G-code Após o sistema “aceitar” o arquivo, a temperatura do bico extrusor e da mesa deverão ser selecionados (na maioria das impressoras comerciais este parâmetro já é pré-definido), se a matéria prima for plástico a temperatura varia de 200ºC a 240ºC no bico extrusor, não podendo exceder este valor máximo pois poderá ocorrer a queima do material, e de 100ºC a 110º a temperatura da mesa de execução (todas estas temperaturas são medidas a partir de um termistor acoplado em cada um dos componentes). Após todas as especificações serem conferidas a impressora poderá ser ligada e iniciada. Após o término de todas as funções determinadas no G-code a impressora será desligada, porém o objeto ainda não poderá ser retirado porque a mesa ainda está quente, deve-se esperar esfriá-la pois a contração do plástico em seu resfriamento fará com que o objeto seja retirado com facilidade. Caso a impressora não tenha mesa aquecida o objeto não soltará com facilidade, portanto deve-se retirá-lo com o auxílio de uma espátula. 7 Principais Produtos da Impressão 3D 7.1 Ferramentas e Peças Com uma impressora 3D é possível criar protótipos de peças para qualquer tipo de máquina, bem como o desenvolvimento de protótipos de ferramentas que podem ser utilizados posteriormente como molde para a fabricação destes equipamentos através de outros processos, como a fundição, forjamento, estampagem, entre outros. É importante ressaltar que as impressoras 3D estão cada vez mais evoluídas e já é possível imprimir peças em metal, como no método de sinterização a laser, por exemplo. Com isso é possível obter objetos prontos para 15 o uso final, ou seja, imprimir uma peça que será aplicada direto à uma máquina e não o protótipo que servirá de base para outro processo de fabricação. Figura 17 – Ferramenta criada por impressão 3D 7.2 Roupas e Acessórios As impressoras 3D vêm sendo utilizadas para se obter peças de roupas, sapatos e até mesmo acessórios. Existem métodos e materiais que permitem a criação de peças coloridas e confortáveis, sendo possível obter uma infinidade de produtos relacionados ao mundo da moda. Algumas empresas estão trabalhando bastante no desenvolvimento dessa tecnologia e garantem que futuramente só produzirão roupas por este método e que estas poderão ser desenhadas pelo próprio cliente, sendo únicas. Figura 18 – Tênis fabricado por impressão 3D 7.3 Comida Existem impressoras 3D especiais que são utilizadas para produzir comida. Elas trabalham com a tecnologia de gastronomia molecular e são capazes de transformar essências orgânicas em alimentos. No MIT (Massachusetts Institute of Technology) foi desenvolvida uma impressora de sorvetes através da modificação de uma impressora convencional. O sistema de refrigeração foi modificado para que se pudesse imprimir sorvete na forma desejada e essa forma ser mantida, garantindo que as primeiras camadas não derretessem antes que as últimas camadas fossem depositadas. 16 De maneira similar à impressora de sorvetes existem impressoras que são capazes de “criar” frutas, chocolates, panquecas, pizzas, entre outros alimentos em qualquer formato que se desejar. Figura 19 – Panquecas obtidas em uma impressora 3D 7.4 Área Médica A medicina é a área em que se concentra a maior parte das pesquisas com impressão 3D. Existem pesquisas para a criação de órgãos humanos, o que poderia acabar com as filas de espera por um transplante. Outra área bastante abordada é o desenvolvimento de próteses que está bem mais avançado do que as pesquisas com órgãos, uma vez que as próteses não precisam necessariamente serem feitas com tecido humano. As próteses podem ser criadas com materiais que já são utilizados neste tipo de impressão e já beneficia inúmeras pessoas em todo o mundo. Alguns modelos de próteses já estão disponíveis gratuitamente na internet e quem precisa desse equipamento pode fazer o download do modelo e adaptá-lo para que encaixe perfeitamente à pessoa que for utilizá-lo então é só imprimir. Os órgãos, por outro lado, não se encontram em estado de desenvolvimento tão avançado principalmente por precisarem de tecidos humanos o células-tronco para serem criados. O maior problema enfrentado pelos pesquisadores é o fato de que o processo de impressão acaba por deteriorar as células e matar os tecidos o que torna impossível a utilização do órgão impresso. A impressão 3D na área médica não se limita apenas aos órgãos e às próteses. Existem ainda desenvolvimentos de “gessos” que se adaptam anatomicamente ao membro fraturado e prometem ser bem mais confortáveis. Outra área abordada é a impressão de modelos representativos de fetos que ainda estão sendo gestados, o que permite aos médicos a identificaçãoprecoce de má formações e ainda possibilita que mães com deficiências visuais “enxerguem” seus filhos antes mesmo de eles nascerem. 17 Figura 20 – Braço mecânico obtido em impressora 3D 7.5 Casas Algumas empresas estão desenvolvendo impressoras grande o suficiente para imprimir casas inteiras, e quando se fala em casas inteiras se quer dizer inclusive a toda a parte hidráulica e elétrica o que se tornou possível com o avanço de impressoras que são capazes de trabalhar com diferentes materiais simultaneamente. A ideia surgiu pensando em casos de desastres nos quais várias casas são destruídas e as impressoras gigantes entrariam em ação e produziriam novas casas para as pessoas que ficaram desabrigadas. As impressoras de casas trabalham muito mais rápido (cerca de 20 horas para imprimir uma casa), não apresentam desperdício de material e nem necessitam de grande mão-de-obra. Tudo isso causou uma redução em cerca de três vezes no valor de uma casa. Figura 21 – Impressora 3D capaz de construir uma casa inteira 8 Conclusão As impressoras entraram no mercado com o propósito de desenvolver soluções em todas as áreas, desde roupas, comida até mesmo à medicina. Por se tratar de uma tecnologia tão promissora existem inúmeras pesquisas o que 18 faz com que surjam novidades diariamente, como as impressoras gigantes capazes de produzir casas, a custos cada vez menores. Esse tipo de processo de fabricação apresenta inúmeras vantagens, sendo as mais significativas a versatilidade de coisas que podem ser produzidas por este método, o custo de produção que se torna cada vez menor, a facilidade de produção, pois qualquer pessoa pode ter acesso a um arquivo pronto ou criar seu próprio arquivo que será inserido na impressora para imprimir o objeto desejado. Existem diversos métodos de impressão, diversos materiais e diversas aplicações, portanto é necessário que se tenha um conhecimento sobre o que se deseja imprimir para poder escolher o melhor método de impressão e o material mais adequado. No entanto toda essa diversidade não chega a ser uma desvantagem, pelo contrário ela é muito bem vista, pois quer dizer que se pode imprimir praticamente tudo o que se desejar. Outra vantagem é o fato de a construção de uma impressora 3D ser relativamente simples, o que torna possível que mesmo sem um conhecimento aprofundado de engenharia seja possível construir uma impressora em casa, visto que existem diversos tutoriais pela internet e que inclusive mostram onde as peças podem ser adquiridas. Com tudo isso é possível que praticamente qualquer pessoa tenha uma impressora em casa. No entanto estas impressoras amadoras não possuem tamanha versatilidade como as industriais, produzindo peças quase exclusivamente apenas de plástico. Diante de tudo o que se disse anteriormente é possível concluir que as impressoras 3D são a revolução dos processos de fabricação, estando presentes em todas as áreas. 19 Referências Bibliográficas 3dmachine – O nascimento de uma Reprap: impressora 3D. Disponível em: < http://3dmachine.blogspot.com.br/ > Acessado em 19 jun.2015 AUM MAGIC – Descubra o que é, como surgiu e funciona a impressora 3D. Disponível em: < http://aumagic.blogspot.com.br/2014/07/descubra-como- surgiu-impressora-3d.html > Acessado em 15 jun.2015 Hardware – Entendendo as impressoras 3D. Disponível em: < http://www.hardware.com.br/artigos/3dprinter/ > Acessado em 19 jun.2015 Imprimindo3d – Impressora 3D. Disponível em: < http://www.imprimindo3d.com.br/ > Acessado em 19 jun.2015 MesaRepRap – Mesa X-Y-Z para RepRap. Disponível em: < http://mesa- reprap.blogspot.com.br/ > Acessado em 19 jun.2015 Mundo CNC – Conceitos básicos. Disponível em: < http://www.mundocnc.com.br/basic7.php > Acessado em 15 jun.2015 PEPASA: Plásticos de Engenharia – ABS. Disponível em: < http://www.pepasa.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=93: plastico-abs&catid=39 > Acessado em 20 jun.2015 RepRapBr – RepRapBr: Grupo de estudos. Disponível em: < http://reprapbr- ge.blogspot.com.br/search?updated-max=2012-05-31T20:12:00-03:00&max- results=7 > Acessado em 19 Jun.2015 Slideshare – Introdução a CNC. 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Disponível em: < http://www.tudosobreplasticos.com/materiais/abs.asp > Acessado em 20 jun. 2015 Figuras Figura 01 – Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=plastico+abs&es_sm=93&source=lnms&t bm=isch&sa=X&ei=dfmGVfy3Doja- QHhz4BI&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1280&bih=699#imgrc=O3fdhlhPBj25gM% 253A%3BG37fgrQ1wlWznM%3Bhttp%253A%252F%252Fimage.made-in- china.com%252F2f0j10ijEtvFcqZPoV%252F-filamento-3D-pl-stico-ABS-C- 001C-.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fpt.made-in- china.com%252Fco_mousemat%252Fproduct_3D-Plastic-Filament-ABS-C- 001C-_eusouiogg.html%3B800%3B800 > Figura 02 – Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=plastico+pla&es_sm=93&source=lnms&tb m=isch&sa=X&ei=UPqGVY66NsSu-QGd- KJA&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1280&bih=699#tbm=isch&tbs=rimg%3ACX7liK CZpp1UIjjv3pqyYKwwOm3ROm8D_1QFD9- t8jVibKIdqIojnWo6KUiVSOKpLOn5QcwEY9BDg- gEncWg6jHJdryoSCe_1emrJgrDA6EQU1UL6qKBkIKhIJbdE6bwP9AUMR6p1n yeF2wXUqEgn363yNWJsohxFcQ3Zs8TEkdioSCWoiiOdajopSET93A9Glri_1kK hIJJVI4qks6flAR6Mtfzfx1jisqEglzARj0EOD6ARG8s4miUy- fxCoSCSdxaDqMcl2vEQZQYDxIuQiS&q=plastico%20pla&imgrc=J3FoOoxyXa- flM%253A%3BBlBgPEi5CJInRM%3Bhttp%253A%252F%252Fg02.a.alicdn.com %252Fkf%252FHTB1ljS6HVXXXXXMXFXXq6xXFXXXq%252FPla1-75-mm-50- g-pacote-10-M-pl%2525C3%2525A1stico-borracha- consum%2525C3%2525ADveis-Material-MakerBot-RepRap-UP- Mendel.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fpt.aliexpress.com%252Fstore%252Fp roduct%252FPLA1-75mm-50g-pack-10M-plastic-Rubber-Consumables- Material-MakerBot-RepRap-UP-Mendel-3D-printer- filaments%252F514604_32350477967.html%3B1000%3B667 > Figura 04 – Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=nylon&es_sm=93&source=lnms&tbm=isc h&sa=X&ei=c_yGVduMH8S1- AG0iK_4AQ&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1280&bih=699#tbm=isch&q=fio+de+n ylon&imgrc=YW8pUNDRO3eimM%253A%3BHH2jHkN_JenY9M%3Bhttp%25321 A%252F%252Fwww.laminaspowermax.com.br%252Fimg%252Fprodutos%252 Ffios%252520de%252520nylon%252Ffios-de- nylon_01gd.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.laminaspowermax.com.br%2 52Ffio-de-nylon-bobina.html%3B378%3B460 > Figura 05 – Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=alumide&es_sm=93&source=lnms&tbm=i sch&sa=X&ei=Dv2GVfe8FcKz- QHq1oDYAQ&ved=0CAgQ_AUoAg&biw=1280&bih=699#imgdii=OYGW3QNR Xdvw1M%3A%3BOYGW3QNRXdvw1M%3A%3BVvxpRQ6Zll- mfM%3A&imgrc=OYGW3QNRXdvw1M%253A%3Biro- nGfG5GE2gM%3Bhttps%253A%252F%252Fwww.shapeways.com%252Fword press%252Fwp- content%252Fuploads%252F2012%252F04%252Frodinpendant.jpg%3Bhttps% 253A%252F%252Fwww.shapeways.com%252Fblog%252Farchives%252F131 5-Introducing-Polished-Alumide-to-Shapeways.html%3B1632%3B1224 Figura 06 – Disponível em: < http://1.bp.blogspot.com/- _czRXw6HSS4/TsLbxLunC5I/AAAAAAAAAe4/QLb4vnLFcOs/s1600/20111121 5a-ResistNtc.jpg > Figura 10 – Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=Modelagem+por+Sinteriza%C3%A7%C3 %A3o+Seletiva+a+Laser&es_sm=93&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=fv- GVajANMix- QHotYGYBA&ved=0CAgQ_AUoAg&biw=1280&bih=699#imgrc=HzYXM8p9y_0I 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Figura 16 – Disponível em: < http://site.designoteca.com/wp-content/uploads/G- code-por-vrogy1.jpg > Figura 17 – Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=ferramentas+3d&es_sm=93&source=lnm s&tbm=isch&sa=X&ei=7wiHVaCVM4ze- QHt66PwAQ&ved=0CAcQ_AUoAQ&biw=1280&bih=699#tbm=isch&tbs=rimg% 3ACUbEREMd-mepIjh- pGo1dYL2LdNO_1C5b5Mt2JEPRpxwNn9_1E33ghxZ4IhX2tIF72MP6RGpgPo9 TMHVEs_15RMqreo2CoSCX6kajV1gvYtEXcRpCEllnJ9KhIJ0078Llvky3YRiBPg Uu_17GcwqEgkkQ9GnHA2f3xEs-fRX- 4WTnSoSCcTfeCHFngiFEcFV2WRgU8r1KhIJfa0gXvYw_1pERy2iWfxnGjtsqEg kamA- j1MwdURF7Nbynv3cQtyoSCSz_1lEyqt6jYEXFn7ZAJLw6x&q=ferramentas%20i mpressas%20em%203d&imgrc=LP- UTKq3qNi73M%253A%3BcWftkAkvDrGaaM%3Bhttp%253A%252F%252Fi2.w p.com%252F3dprintingindustry.com%252Fwp- content%252Fuploads%252F2015%252F02%252F3D-printed-umbilical- clamp.jpg%253Fresize%253D728%25252C429%3Bhttp%253A%252F%252F3 dozzer.com%252F2015%252F02%252F12-things-can-3d-print-medicine-right- now%252F%3B728%3B429 > Figura 18 – Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=roupas+impress%C3%A3o+3d&espv=2& biw=1280&bih=699&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=bguHVcuBOIb7- AH6zYGQBA&ved=0CAYQ_AUoAQ#imgrc=Tn- ZTlL_7o1qQM%253A%3BiszqhQhv76aGgM%3Bhttp%253A%252F%252F104. 236.120.151%252Fwp- content%252Fuploads%252F2014%252F01%252Fobjetos-revolucao-industrial- tenis-impressao-3d-impressoras-revolucao- 3d.blogspot.com_.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.terceiradimensao.com %252F2014%252F01%252Fimpressoras-3d-e-a-nova-revolucao- industrial.html%3B1024%3B576 > Figura 19 – Disponível em: < https://www.google.com.br/search?q=comida+impressao+3d&espv=2&biw=128 0&bih=699&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=9Q6HVdmOF8Kt- QHAz4GIDw&ved=0CAYQ_AUoAQ#imgrc=3fzl_MMEU0ypSM%253A%3BZkb9 V9Miy6WClM%3Bhttp%253A%252F%252Fs2.glbimg.com%252Fa3NwRCPbU OijMBAa2CH0ybUTFqY%253D%252F0x0%253A694x290%252F695x290%252 Fs.glbimg.com%252Fpo%252Ftt2%252Ff%252Foriginal%252F2014%252F05 %252F23%252Fpancakebot.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.techtudo.co 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