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L¡ngua Literatura e Produção de Textos vol 3 ALUNO

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Sumário
PARTE 1
A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
Capítulo 1
Conectivos: conjunção 
e preposição ..................................... 10
A gramática da palavra ............................. 11
• Conjunção .............................................. 11
• Preposição .............................................. 11
Atividades .................................................. ..12
A gramática da frase ................................. 16
• A conjunção na frase .............................. 16
 Classificação − em foco: o tipo de relação 
sintática .................................................. 16
• A preposição na frase ............................. 17
• Um caso à parte: a crase ........................ 17
Atividades .................................................. ..18
A gramática do texto ................................. 20
• A conjunção alternativa e o peso das 
palavras .................................................. 20
• A conjunção adversativa e o peso das 
palavras .................................................. 20
• A complexidade das noções semânticas 
das conjunções ....................................... 21
• A conjunção sem junção aparente ......... 21
• A relevância da preposição na construção 
do sentido .............................................. 22
• Os conectivos como alavancas na 
argumentação ........................................ 22
Atividades .................................................. ..23
Questões de exames ................................. ..26
Capítulo 2
Regência ............................................. 27
• Sintagma preposicionado: múltiplas 
funções ................................................... 28
• Regência ................................................. 28
• Regência nominal ................................... 30
• A construção das relações ...................... 30
Atividades .................................................... 31
A gramática do texto ................................. 34
• Os efeitos do deslocamento na 
construção do texto ................................ 34
• Sintagmas, posições e funções ............... 36
• Falsas equivalências ............................... 37
• As alterações de regência cristalizadas na 
fala ............................................................ 37
Atividades .................................................... 38
Questões de exames ................................... 40
Capítulo 3
A coordenação ................................ 41
A gramática da frase ................................. 42
• Período simples e período composto ...... 42
• Período composto por coordenação ....... 43
 Orações coordenadas sindéticas e 
assindéticas ............................................. 43
 Classificação das orações coordenadas 
sindéticas .............................................. 43
Atividades ....................................................... 45
A gramática do texto ................................. 47
• A classificação das orações coordenadas 
assindéticas contextualizadas ................ 47
• A conjunção unindo períodos ................. 48
 Polissíndeto e assíndeto ........................... 48
Atividades ....................................................... 50
Questões de exames ................................... 53
Capítulo 4
A subordinação .............................. 54
A gramática da frase ................................. 55
• Período composto por subordinação ...... 55
 Orações subordinadas substantivas .......... 56
 Orações subordinadas adjetivas ............... 58
Atividades .................................................... 59
 Orações subordinadas adverbiais ............. 61
 Orações subordinadas desenvolvidas e 
reduzidas ................................................. 62
Atividades .................................................... 63
A gramática do texto ................................. 66
• A subordinação além do período ........... 66
• As orações adjetivas e a 
semântica - I ........................................... 68
• As orações adjetivas e a 
semântica - II .......................................... 69
• As orações condicionais e a 
semântica ............................................... 70
Atividades .................................................... 71
Questões de exames ................................... 73
4
LLPT_v3_PNLD2015_001a007_P1_Iniciais.indd 4 5/27/13 9:02 AM
Capítulo 1
Por que escrever?
Como escrever? .............................. 76
• Escrever... por quê? ................................ 77
 O objetivo pr imeiro da modalidade escrita: 
a interação .............................................. 77
 O que escrever? Como escrever? ............. 77
Atividades .................................................... 78
 A produção de textos e a gramática......... 80
Trocando ideias ............................................ 81
 Texto escrito é sinônimo de texto 
“certinho”? ............................................. 82
Atividades .................................................... 82
Mãos à obra! ............................................... 84
Questões de exames ..................................... 86
Capítulo 2
Produção de textos:
da escola para a vida ................. 87
• Do currículo para o dia a dia .................. 89
Atividades .................................................... 90
• A redação nos exames ........................... 92
• O papel da leitura .................................. 93
 A coletânea ou painel de leitura .............. 93
 A diversidade de textos e linguagens ....... 94
 Textos, tema e recorte temático ............... 94
 Em foco: a situação e a função ................ 94
 Os modelos e arranjos linguísticos e a 
adequação .............................................. 95
 E a gramática? ........................................ 95
 Articulação ............................................ 96
• As pequenas redações nos exames ........ 96
 Alguns exemplos interessantes ................ 97
 Exemplo 1 ............................................. 97
Atividade ..................................................... 98
 Exemplo 2 ............................................. 98
 Exemplo 3 ............................................. 99
Trocando ideias .......................................... 103
 Exemplo 4 ........................................... 103
Atividades .................................................. 106
 Exemplo 5 ........................................... 106
Atividades .................................................. 108
 Exemplo 6 ........................................... 108
Mãos à obra! ............................................. 109
Questões de exames ................................... 110
Capítulo 3
Os textos injuntivos-
-instrucionais ............................... 111
• Ordens, regras, instruções, propagandas... 112
• Os textos injuntivos-instrucionais e os 
gêneros textuais... ................................ 112
Trocando ideias .......................................... 115
Atividades .................................................. 116
Mãos à obra! ............................................. 118
Questões de exames ................................... 119
Capítulo 4
A argumentação ......................... 120
• A argumentação ................................... 121
 A argumentação: um arranjo
linguístico característico ......................... 121
 Operadores argumentativos ................... 122
 A organização interna do texto 
argumentativo ....................................... 124
Atividades ..................................................125
• Os textos argumentativos .................... 125
Trocando ideias .......................................... 126
 Dissertação ou argumentação? ...................126
Mãos à obra! ............................................. 128
Questões de exames ................................... 134
Capítulo 5
A construção do texto
persuasivo ....................................... 135
• A persuasão.......................................... 136
Trocando ideias .......................................... 136
 Argumentação e persuasão.................... 137
 Recursos argumentativos ...................... 138
Atividades .................................................. 138
Mãos à obra! ............................................. 139
Questões de exames ................................... 142
PARTE 2
A CONSTRUÇÃO DOS TEXTOS
5
PARTE 3
TEXTOS, ARTE E CULTURA
Capítulo 1
As vanguardas: a
revolução artística do
início do século XX ................... 146
• Às portas da guerra .............................. 147
Lendo a pintura .......................................... 148
Trocando ideias .......................................... 149
• O cubismo ............................................ 149
Lendo as pinturas ....................................... 150
 O cubismo na literatura ......................... 150
• O futurismo .......................................... 152
Lendo os textos .......................................... 154
• O expressionismo ................................. 155
 O expressionismo no Brasil .................... 157
• O dadaísmo .......................................... 157
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6
• O surrealismo ....................................... 160
Texto e intertexto ........................................ 162
Velhos temas, novas leituras ........................ 163
Questões de exames ................................... 166
Capítulo 2
O Modernismo em Portugal:
Fernando Pessoa e seus
heterônimos .................................. 167
• Os movimentos de vanguarda
em Portugal .......................................... 168
• O modernismo português ..................... 168
 Fernando Pessoa, criador de poetas ....... 169
Lendo os textos ..............................................170
Trocando ideias ..............................................174
 Alberto Caeiro, o conceito direto das coisas ..174
Lendo os textos ..............................................175
 Álvaro de Campos, um futurista 
inadaptado ............................................ 176
Lendo o texto .................................................176
 Ricardo Reis, a cultura clássica 
revisitada ............................................... 178
Lendo os textos ..............................................178
 Fernando Pessoa, ele-mesmo, e a tradição 
da poesia lírica .........................................180
Lendo o texto .................................................180
 Fernando Pessoa, ele-mesmo, revisitando 
Camões ................................................. 182
Texto e intertexto ........................................ 182
Velhos temas, novas leituras ........................ 184
Questões de exames ................................... 188
Capítulo 3
O Brasil antes da Semana
de Arte Moderna: a 
transição entre o passado
e o moderno .................................. 189
• Retratos do Brasil: revistas e caricaturas 
no início do século ..................................190
• Que país é esse? .................................. 191
• A jovem República e seus conflitos ...... 192
 A revolta da armada .............................. 192
 A Guerra de Canudos ............................ 193
 A revolta da vacina ................................ 194
 A revolta da chibata .............................. 194
 As greves proletárias urbanas ................ 195
• A produção literária ............................. 195
 Euclides da Cunha, a denúncia de um 
crime ..................................................... 195
Lendo o texto ............................................. 196
Texto e intertexto ........................................ 197
 Lima Barreto, uma crítica ao nacionalismo 
exagerado e aos preconceitos ..................199
Lendo os textos .......................................... 200
Trocando ideias .......................................... 203
 Monteiro Lobato e suas metáforas do 
Brasil ..................................................... 204
Lendo os textos .......................................... 205
 Augusto dos Anjos: um singular poeta ... 207
Lendo os textos .......................................... 207
Velhos temas, novas leituras ........................ 209
Questões de exames ......................................211
Capítulo 4
O Brasil de 1922 a 1930:
tupi or not tupi............................. 212
• Os artistas plásticos da semana de 22 ..... 213
A pintura .................................................. 214
A escultura.....................................................214
A arquitetura .................................................215
A música ..........................................................215
• A Semana de Arte Moderna ................. 216
 São Paulo, Teatro Municipal, 1922 ......... 216
 Aristocratas, burgueses, trabalhadores 
rurais, operários urbanos ........................ 217
 Os antecedentes da Semana .................. 218
 Os três espetáculos da Semana .............. 219
Texto e intertexto ........................................ 220
 As revistas e os manifestos .................... 223
 Klaxon ................................................ 223
 Manifesto da Poesia Pau-Brasil.............. 223
 Verde-amarelismo ................................ 224
 Revista de Antropofagia ....................... 224
• Características gerais do primeiro 
momento modernista ........................... 226
Trocando ideias .......................................... 226
• A produção da geração dos anos 1920 .....227
 Mário de Andrade: “Minha obra badala 
assim: Brasileiros, chegou a hora de 
realizar o Brasil” .................................... 227
Lendo os textos .......................................... 228
 Oswald de Andrade: “Como poucos, eu amei 
a palavra liberdade e por ela briguei” ...........229
 Análise crítica da sociedade burguesa 
capitalista ........................................... 229
Lendo os textos .......................................... 230
Trocando ideias .......................................... 231
 Manuel Bandeira: “Não quero mais saber 
do lirismo que não é libertação” ............ 232
Lendo os textos .......................................... 232
 Alcântara Machado: retratos da São Paulo 
macarrônica ................................................ 236
Lendo os textos .......................................... 236
Velhos temas, novas leituras ........................ 238
Questões de exames ................................... 243
Capítulo 5
O Brasil de 1930 a 1945 −
a lírica ................................................ 244
• As artes brasileiras nas décadas
de 1930/1940 ....................................... 245
A pintura .......................................................245
A arquitetura .................................................246
• Os anos 1930 ....................................... 246
 Características da lírica da década de 1930 ..248
Texto e intertexto ........................................ 249
• A lírica dos anos 1930 .......................... 251
 Carlos Drummond de Andrade:
“E agora, José?” ................................... 251
 O poeta e suasvárias faces .................. 251
Lendo os textos .......................................... 253
 Murilo Mendes: “Sou a luta entre o 
homem acabado / e o outro que está 
andando no ar” ..................................... 255
 O mundo (e a poesia) em pânico ........... 255
Lendo os textos .......................................... 257
 Jorge de Lima: “Só tenho poesia para vos 
dar, / Abancai-vos meus irmãos” ............ 257
 Denúncia das desigualdades sociais ....... 258
Lendo o texto ............................................. 258
 Cecília Meireles: “A vida só é possível 
reinventada” ......................................... 259
 Uma permanente viagem ao mundo interior ..259
Lendo os textos .......................................... 260
 Vinícius de Morais: “A vida é a arte do 
encontro, embora haja tanto desencontro 
pela vida” ............................................. 261
Lendo o texto ............................................. 261
Trocando ideias .......................................... 263
Velhos temas, novas leituras ........................ 264
Questões de exames ................................... 268
Capítulo 6
O Brasil de 1930 a 1945 −
o romance ........................................ 269
• Romance dos anos 1930 e 1940 .......... 270
 Manifesto Regionalista de 1926 ............. 270
Texto e intertexto ........................................ 270
 Rachel de Queiroz: o sertão do Ceará nas 
páginas dos livros .................................. 272
 Análise social e psicológica ................... 272
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Código de cores utilizado nesta coleção para identificar as classes gramaticais
● verbo ● artigo ● advérbio ● numeral ● conjunção
● substantivo ● adjetivo ● pronome ● preposição ● interjeição 
7
Lendo os textos .......................................... 272
 Jorge Amado: as histórias do cacau e do 
cais da Bahia ......................................... 276
 A vez e a voz dos marginalizados .......... 276
Lendo os textos .......................................... 277
 José Lins do Rego: a decadência dos 
engenhos destruídos pelas usinas .......... 281
 Fazendeiros, trabalhadores, cangaceiros, 
figuras quixotescas perambulam pelos 
engenhos do Nordeste ......................... 281
Lendo os textos .......................................... 282
 Graciliano Ramos: a ficção atinge o grau 
máximo de tensão ................................. 285
 Tensão e concisão ................................ 285
Lendo os textos .......................................... 285
Trocando ideias .......................................... 288
 Érico Veríssimo: criador de heroicos 
personagens gaúchos ............................ 289
 A história e as tradições gauchescas ...... 289
Lendo os textos .......................................... 290
Velhos temas, novas leituras ........................ 293
Questões de exames ................................... 297
Capítulo 7
O Brasil depois de 1945 ........... 299
• A valorização dos espaços: ângulos, 
retas e curvas ....................................... 300
 A arte concreta ...................................... 300
 As Bienais ............................................. 300
 Uma nova concepção de
cidade: Brasília ...................................... 301
 As bandeirinhas de Alfredo Volpi: 
geometria e abstração ........................... 301
• 1945: uma nova ordem - no mundo, no 
Brasil .................................................... 302
• Os rumos da poesia e da prosa ............ 302
• Autores representativos ....................... 303
 João Cabral de Melo Neto: a engenharia 
da palavra ............................................. 303
Lendo os textos .......................................... 305
Trocando ideias .......................................... 310
 Ferreira Gullar: lirismo e poesia social .... 311
Lendo o texto ............................................. 312
Trocando ideias .......................................... 312
 Concretismo: poesia e espaços............... 312
 Propostas da poesia concreta ................ 313
Lendo os textos .......................................... 314
Texto e intertexto ........................................ 315
 Manoel de Barros: quando o nada é tudo ....316
 Guimarães Rosa: alquimista de palavras ..317
 O sertão, por João Guimarães Rosa ....... 318
Lendo os textos .......................................... 319
Trocando ideias .......................................... 321
 Clarice Lispector: o mundo interior e o 
universo da linguagem........................... 322
Lendo os textos .......................................... 323
Velhos temas, novas leituras ........................ 327
Questões de exames ................................... 331
Capítulo 8
O teatro brasileiro no
século XX ......................................... 332
• O teatro brasileiro no século XX........... 333
• Três textos fundamentais ..................... 334
 O rei da vela − o primeiro texto 
revolucionário ........................................ 334
Lendo o texto ............................................. 335
 Vestido de noiva − texto e encenação 
revolucionários ...................................... 337
Lendo o texto ............................................. 338
 Auto da Compadecida − o teatro popular 
revigorado ............................................. 343
Lendo o texto ............................................. 343
Velhos temas, novas leituras ........................ 348
Questões de exames ................................... 351
Capítulo 9
Portugal contemporâneo:
três autores exemplares ........ 353
• A pintura portuguesa contemporânea.. 354
• A ditadura salazarista .......................... 354
Texto e intertexto ........................................ 356
• Três autores contemporâneos ............... 357
 José Saramago, a história reinventada .... 357
Texto e intertexto ........................................ 357
Trocando ideias .......................................... 360
 Lobo Antunes, a ditadura desmascarada ..360
Lendo o texto ............................................. 361
 Eugénio de Andrade, o sal da língua ...... 364
Lendo os textos .......................................... 364
Trocando ideias .......................................... 365
Velhos temas, novas leituras ........................ 365
Questões de exames ................................... 370
Capítulo 10
Literatura africana de 
língua portuguesa ..................... 371
• Um novo olhar sobre o continente 
africano ................................................ 372
• Portugal e a conquista da África .......... 372
• De colônias a países independentes ..... 373
• O papel da língua portuguesa .............. 374
• A poesia africana de língua portuguesa: 
os temas recorrentes ............................ 375
 A luta contra o Império .......................... 375
 A reconstrução ...................................... 377
 A africanidade ....................................... 379
Trocando ideias .......................................... 380
 Amor ..................................................... 383
 A poesia contemplada ........................... 385
Lendo o texto ............................................. 386
Trocando ideias .......................................... 387
• A prosa africana de língua portuguesa ..387
 Angola .................................................. 387
 Moçambique ......................................... 390
Velhos temas, novas leituras ........................ 392
Questões de exames ...................................396
■ Bibliografia ......................................... 397
■ Siglas das instituições promotoras 
dos exames ......................................... 400
Objetos educacionais 
digitais
Ícone de atividade 
interdisciplinar
LLPT_v3_PNLD2015_001a007_P1_Iniciais.indd 7 5/27/13 9:03 AM
PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
8
Capítulo 1
Conectivos: conjunção e preposição
Capítulo 2
Regência
Capítulo 3
A coordenação
Capítulo 4
A subordinação
8
LLPT_v3_PNLD2015_008a026_P1C1_.indd 8 5/27/13 9:05 AM
CAPÍTULO 1CONECTIVOS: CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
9
A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
9
Parte 
LLPT_v3_PNLD2015_008a026_P1C1_.indd 9 5/27/13 9:05 AM
PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
10
111CAPÍTULO 1Conectivos: conjunção 
e preposição
Fez alguma diferença a troca da preposição por do 
primeiro quadrinho pela preposição para no terceiro, 
feita pelo personagem Queromeu, o corrupião 
corrupto? É claro que fez; aí reside o humor da 
tirinha. Essas preposições cumprem dois papéis 
nos enunciados: um funcional, ligando elementos 
linguísticos (pense como os enunciados ficariam 
sem sentido ou com outro sentido sem elas: “o 
empresário honesto paga o corrupto”; “tem que 
pagar o corrupto”); outro semântico, explicitando 
um tipo de relação entre os elementos que estão 
sendo relacionados: no primeiro caso, por = no lugar 
de (o empresário honesto paga no lugar do 
empresário corrupto, que não paga); no segundo, 
para = destinação (o destino do pagamento do 
empresário tem de ser o corrupto).
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10
■ VERISSIMO, Luis Fernando. As cobras. Porto Alegre: L&PM, 1997.
LLPT_v3_PNLD2015_008a026_P1C1_.indd 10 5/27/13 9:05 AM
CAPÍTULO 1CONECTIVOS: CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
11
Neste capítulo, estudaremos duas categorias de palavras que têm como função básica estabelecer cone-
xão, isto é, ligar elementos linguísticos: a conjunção e a preposição. Os conectivos, isolados, praticamente não 
produzem sentido; quando unem elementos, podem ou não vir carregados de significado.
Observe: 
O empresário honesto não deveria pagar pelo corrupto, mas pagar para o corrupto.
 
por e para (preposições) e mas (conjunção), além de estabelecerem ligação entre elementos linguísticos, 
são responsáveis por noções semânticas importantes para a compreensão do enunciado
Em:
Queromeu quer que lhe paguem.
 
a conjunção integrante que é vazia de significado, apenas estabelece 
ligação entre elementos linguísticos (introduz uma oração subordinada)
CONJUNÇÃO
Conjunção é a palavra invariável usada para ligar elementos linguísticos: palavras, grupo de palavras, ora-
ções, frases. Pode ser constituída por mais de um elemento, formando uma locução conjuntiva.
Na maioria dos casos, a conjunção transmite noções semânticas à relação que estabelece:
O corrupião Queromeu quer dinheiro e poder.
 
 aditiva
O corrupião Queromeu pensa como corrupto porque ele é um corrupto.
 
 comparativa causal
Queromeu afirma que somos todos corruptos.
 
 junção apenas sintática
Queromeu não quer que o empresário honesto tenha ônus, salvo se for em benefício do corrupto.
 
 condicional
PREPOSIÇÃO
Preposição é a palavra invariável que une elementos linguísticos de uma frase, estabelecendo entre eles 
variadas relações. Pode ser constituída por mais de um elemento, formando uma locução prepositiva.
A palavra preposição tem origem no latim praepositione e significa o “ato de prepor”. Como o próprio nome 
indica, a preposição vem antes, ocupa uma posição anterior. Na verdade, ela estabelece uma relação entre dois 
elementos, subordinando o segundo ao primeiro. O primeiro termo rege a preposição. Daí falar-se em regência 
(ou regime) de verbos, substantivos, adjetivos e advérbios.
Nas relações estabelecidas pelas preposições, observam-se dois tipos de elemento: o antecedente ou 
regente (o primeiro termo) e o consequente ou regido (o segundo termo). 
[A casa era] distante de tudo.
termo regente termo regido
A GRAMÁTICA
DA PALAVRA
////////////////////////////////////
NÇNÇ
/////////////////////////////////////
PREPOSIÇPREPOSIÇ
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PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
12
A preposição de, por exemplo, pode estabelecer inúmeras relações:
 
ideia de posse
Esposa de José. 
 
ideia de assunto, conteúdo
Livro de arte. 
 
ideia de causa
Geme de dor. 
 
ideia de finalidade
Casa de repouso.
 
ideia de matéria
Pingente de ouro.
 
ideia de idade, de tempo
Aniversário de cinquenta anos.
O emprego de uma ou de outra preposição modifica toda a relação entre os dois termos, subordinando o 
segundo, como vimos na história em quadrinhos, com as preposições por e para. Observe outras noções:
 
ideia de afastamento
Venho de Salvador.
 
ideia de aproximação
Vou a Salvador.
 
ideia de origem
Sou de Salvador.
 
ideia de união, companhia
Estou com Minas.
 
ideia de finalidade, propósito
Luto por Minas.
Atividades
Texto para as questões de 1 a 10. 
No Portal do Consumidor do Governo Federal, podemos ter acesso a algumas entrevistas 
esclarecedoras, relacionadas com o cidadão na sua condição de consumidor. A partir da leitura da 
ficha que antecipa a entrevista, faça as atividades.
Direito do Consumidor
Entrevistado: Drª Vera Araújo
Especialidade: Coordenadora do Procon do estado do Rio de Janeiro
Data da entrevista: 15/3/2011
Descrição da entrevista
Dia Mundial do Consumidor – A coordenadora nos concedeu uma entrevista, que é um breve retrato 
do perfil do consumidor que procura o órgão para atuar na sua proteção.
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CAPÍTULO 1CONECTIVOS: CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
13
 1. Lendo os dados da ficha, podemos afirmar que a entrevista aborda um tema universal a partir de um caso 
particularizado. Por quê?
 2. Observe o emprego da contração da preposição de e do artigo definido o em: “Direito do Consumidor” e 
“Dia Mundial do Consumidor”. Mesmo com a presença do artigo definido, nesses casos, o sentido é genérico, 
equivalente a dizer “de todos os consumidores”.
a) Qual é o sentido do emprego do artigo definido a em “Descrição da entrevista”? É equivalente ao de 
“Direito do Consumidor” e “Dia Mundial do Consumidor”?
b) E em “breve retrato do perfil do consumidor que procura o órgão para atuar na sua proteção”? Trata-se 
de qualquer consumidor? Por quê?
 3. Omitiu-se uma preposição na ficha. Localize o trecho e transcreva-o, incluindo a preposição já contraída 
com o artigo.
 4. Considerando a pessoa entrevistada, que alteração você faria nas entradas da ficha?
 5. Que ideia a preposição para introduz em “... que procura o órgão para atuar na sua proteção”? Como você 
reformularia o final do enunciado sem alterar essa ideia?
Agora, leia a entrevista e confirme ou não as hipóteses levantadas na atividade 1. Relembre algumas carac-
terísticas do gênero.
Entrevista
Originalmente um evento comunicativo no qual há interação entre um entrevistador e um entrevistado, 
o resultado dessa troca constitui-se no gênero entrevista, em que se reproduzem perguntas de um interes-
sado e respostas de um especialista/uma autoridade (ou de personalidades do mundo artístico, político, 
esportivo, etc.) sobre assunto de interesse comum. A entrevista costuma vir precedida de uma apresentação 
na qual se contextualizam o assunto e o entrevistado.O entrevistador, conhecedor do assunto em pauta, 
deve reorientar as perguntas em função das respostas recebidas e da interação do momento. Atualmente, 
as facilidades tecnológicas têm possibilitado ocorrerem entrevistas a longas distâncias ou realizadas por 
e-mail: perguntas são enviadas e respondidas por escrito, perdendo-se, assim, as características espontâneas 
da fala. Circulando principalmente na esfera jornalística, a entrevista, cada vez mais presente na imprensa e 
no entretenimento em geral, tem se tornado uma forma importante de aquisição de informações sobre 
fatos ou pessoas. A linguagem é adequada às características do público-alvo ou do entrevistado.
GÊNERO TEXTUAL
Direito do Consumidor – 15/3/2011
Drª Vera Araújo - Coordenadora do Procon do estado do Rio de Janeiro
Portal do Consumidor – Qual o problema que gera mais demanda no Procon-RJ e qual a avaliação do 
Procon em relação a esse problema?
Coordenadora do Procon-RJ – Telefonia responde por 30% das reclamações. Os clientes reclamam tanto 
do serviço como do defeito em produtos. Informações mais claras devem ser prestadas pelas empresas, pois 
a falta de esclarecimentos gera dúvidas quanto à forma do uso do serviço. As primeiras dicas são ler com 
atenção o contrato, além de solicitar por escrito todas as ofertas e os direitos oferecidos pelos planos.
Portal do Consumidor – Qual a Avaliação do Procon em relação à passividade do consumidor contem-
porâneo?
Coordenadora do Procon-RJ – A passividade do consumidor se dá em razão do desconhecimento dos 
seus direitos. A maioria ainda não sabe da existência do Código de Defesa do Consumidor. Aqui no estado do 
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PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
14
Rio estamos intensificando as relações com os municípios para, através das Prefeituras e das Câmaras 
Municipais, serem aprovadas as leis de criação do Sistema Municipal de Defesa do Consumidor, com o obje-
tivo principal de levar a todos as informações sobre seus direitos.
Portal do Consumidor – Qual a média de atendimento do Procon hoje na cidade do Rio?
Coordenadora do Procon-RJ – O Procon-RJ atende uma média de 8 500 consumidores por mês.
Portal do Consumidor – Como você avalia o nível de informação do consumidor, hoje, em relação aos 
seus direitos e deveres?
Coordenadora do Procon-RJ – Na cidade do Rio de Janeiro a grande imprensa e os veículos de comuni-
cação de massa já abrem sua programação para o tema dos direitos do consumidor, o que vem facilitando 
o trabalho do Procon-RJ, do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública, do Ministério Público, 
da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj e da Delegacia de Defesa do Consumidor. Esses órgãos vêm 
buscando atuar de forma integrada. Nos demais municípios, a informação ao consumidor ainda é muito 
deficiente. Por isso a necessidade da municipalização do Procon.
Portal do Consumidor – Qual a mensagem do Procon para o consumidor nessa data?
Coordenadora do Procon-RJ – A toda a população do nosso Estado, queremos manifestar nosso compro-
misso de intensificar e aprimorar a utilização de todos os meios de comunicação disponíveis, a fim de faci-
litar o acesso aos instrumentos que possam garantir os direitos do cidadão consumidor.
■ Disponível em: <www.portaldoconsumidor.gov.br/integracao.asp?abrepagina=listaEntrevistas.asp>. 
Acesso em: 19 fev. 2013.
 6. Que relações de sentido estabelecem as conjunções e, pois e por isso no texto da entrevista?
 7. Observe a locução prepositiva “em relação a” ao longo do texto e comente:
a) reformulações possíveis;
b) o emprego (ou não) de crase. 
 8. Qual é a função sintática dos sintagmas introduzidos pela preposição por em “pelas empresas” e “pelos 
planos”? Que noção a preposição introduz?
 9. Com relação às preposições e locuções prepositivas que introduzem ideia de finalidade no texto:
a) Cite quais são elas.
b) Explique o propósito comum que as relaciona.
 10. A entrevista esclarece o leitor sobre o assunto que a motivou? Justifique.
Leia a lei federal n. 12 291 e faça as atividades.
Texto para as questões de 11 a 15.
Lei
Este gênero circula preferencialmente nas esferas jurídicas. O texto de lei apresenta estrutura em itens 
nomeados ou numerados que precisam ser suficientemente detalhados e abrangentes para incluir todas 
as situações que regulará. Normalmente, apresenta a seguinte hierarquia: títulos constituídos de capítulos 
apresentando seções com artigos (Art. 1º, 2º, 3º) esclarecidos por parágrafos (§ 1º, § 2º) e incisos (I, II, III, IV). 
Estes podem, ainda, vir complementados por alíneas (a, b, c). A lei é produzida e votada por legisladores; sua 
sanção ou veto depende da autoridade máxima de sua abrangência. A linguagem deve ser clara e precisa, 
sem deixar margem a dúvidas. Em razão da especificidade de alguns termos empregados e da formalidade 
da linguagem, o texto de lei nem sempre é acessível ao cidadão comum. 
GÊNERO TEXTUAL
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CAPÍTULO 1CONECTIVOS: CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
15
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI N. 12 291, DE 20 DE JULHO DE 2010.
Mensagem de veto
Torna obrigatória a manutenção de exemplar do Código de 
Defesa do Consumidor nos estabelecimentos comerciais e 
de prestação de serviços.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei:
Art. 1º São os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços obrigados a manter, em local 
visível e de fácil acesso ao público, 1 (um) exemplar do Código de Defesa do Consumidor.
Art. 2º O não cumprimento do disposto nesta Lei implicará as seguintes penalidades, a serem 
aplicadas aos infratores pela autoridade administrativa no âmbito de sua atribuição:
I - multa no montante de até R$ 1 064,10 (mil e sessenta e quatro reais e dez centavos);
II – (VETADO); e
III – (VETADO).
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 20 de julho de 2010; 189º da Independência e 122º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
■ Disponível em:<www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12291.htm>.
Acesso em: 19 fev. 2013.
 11. De que forma a lei dialoga com o assunto da entrevista?
 12. Alguns elementos do texto transmitem ao leitor a informação de que ele está diante de uma lei, antes 
mesmo da realização da leitura. Enumere-os.
 13. Observe, no artigo 2º, a noção que as preposições a e por introduzem em “aos infratores pela autoridade admi-
nistrativa”. O que aconteceria se fossem trocadas, ficando: “pelos infratores à autoridade administrativa”?
 14. No texto há indicação do percurso da lei, bem como do papel do Congresso Nacional e do presidente da 
República. Qual é a função de cada um?
 15. Na epígrafe da lei há a seguinte informação: “Mensagem de veto”. Como você entende essa informação?
Você já observou a presença do Código de Defesa do Consumidor nos estabelecimentos comerciais ou 
de prestação de serviços? Você já o consultou?
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PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
16
A CONJUNÇÃO NA FRASE
Quando a conjunção liga elementos linguísticos, percebem-se duas situações distintas, dependendo do 
tipo de relação sintática estabelecido pela conjunção:
 
junção de dois elementos linguísticos equivalentes: 
dois predicativos do sujeito
Joana está sempre cansada ou aborrecida.
 
junção de dois elementos linguísticos equivalentes: 
dois complementos verbais
A nova função exigia disciplina e seriedade.
 
junção de dois elementos linguísticos equivalentes: 
duas orações absolutas
Luís apresentou os problemas, mas não sugeriu nenhuma solução.
 
junçãode dois elementos linguísticos não equivalentes: 
uma oração principal e uma oração subordinada
Eloísa comentara que estava tudo em ordem.
 or. princ. or. subord.
 
junção de dois elementos linguísticos não equivalentes: 
uma oração principal e uma oração subordinada
O policial apitou quando o carro se aproximou.
 or. princ. or. subord.
Classificação – em foco: o tipo de relação sintática
classificação sintática das conjunções
coordenativas subordinativas
conjunções que ligam elementos linguísticos de 
equivalente função sintática: e, ou, mas, porém, 
pois, nem... nem, etc.
conjunções que ligam elementos linguísticos 
de diferentes funções sintáticas, em que um 
subordina o outro: quando, embora, porque, 
como, quando, etc.
Como você já percebeu, a classificação da conjunção em coordenativa ou subordinativa está condicionada 
à análise sintática do enunciado.
Embora as conjunções não exerçam função sintática (são classificadas apenas como conectivos), elas são 
fundamentais na análise do período composto, pois explicitam o tipo de relação estabelecido entre as orações. 
E mais: as orações recebem a mesma denominação da conjunção que as introduz. A única exceção são as con-
junções integrantes, que introduzem orações subordinadas substantivas. Essas orações recebem o nome da 
função sintática que desempenham e não o da conjunção. As conjunções integrantes são que (exprime certeza) 
e se (exprime dúvida):
Sei que serei competente.
Não sei se serei competente.
A GRAMÁTICA
DA FRASE
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NÇNÇ
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CAPÍTULO 1CONECTIVOS: CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
17
A PREPOSIÇÃO NA FRASE
A preposição, assim como a conjunção, não exerce função sintática na oração: é um conectivo. Entretanto, 
diferentemente da conjunção, a preposição nunca liga orações; ela liga termos, palavras (um termo consequen-
te ao seu antecedente).
A preposição desempenha um papel importante na sintaxe: vários termos são regidos por preposição 
(complementos nominais, objetos indiretos, adjuntos adverbiais, por exemplo). 
UM CASO À PARTE: A CRASE
É muito comum a preposição aparecer unida a outra palavra, ocasionando, assim, duas situações: combi-
nação ou contração.
Há um caso de contração que merece destaque especial.
É a fusão da preposição a com: 
• o artigo definido feminino a(s); 
• o a inicial dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo; 
• o pronome demonstrativo a(s); 
• o a inicial do pronome relativo a qual (as quais).
A essa fusão de duas vogais idênticas, graficamente representada por um a com acento grave (à), dá-se o 
nome de crase. Veremos, a seguir, as principais situações em que a crase ocorre.
A palavra crase vem do grego krâsis e significa “mistura”. Indica a contração ou fusão de dois sons vocálicos semelhantes em um só. Na evo-
lução da língua, são alguns exemplos de crase: leer = ler; door = dor; pee = pé; soo = só.
Atualmente, no entanto, a denominação crase é quase exclusivamente reservada para o caso da fusão da preposição a com o artigo a, a ponto 
de, na linguagem popular, a crase confundir-se com o acento grave: 
− Esse a tem crase? 
Em caso de resposta positiva, coloca-se o acento grave.
Nada além
O amor bate à porta
e tudo é festa.
O amor bate a porta
e nada resta.
■ SANTOS, Cineas. Pétalas. Teresina: Oficina da Palavra, [s.d.]. p. 103.
Os dois momentos do poema coincidem com a presença e a ausência de crase no primeiro e no terceiro verso. Nos dois primeiros 
versos, descreve-se a chegada do amor e a felicidade que reina. Nos dois últimos, a partida do amor e o arraso que fica. É interessante 
notar como o poeta brinca com os sentidos do verbo bater para construir esses cenários:
a) Em “O amor bate à porta”, temos o verbo bater no sentido de dar batidas em algo para chamar, pedindo um complemento de 
lugar regido por preposição (à porta);
b) Em “O amor bate a porta”, temos o verbo bater no sentido de fechar fortemente, e, como verbo transitivo direto, não exige 
preposição (bater + a porta).
Como veremos no próximo capítulo, alguns verbos variam seu sentido de acordo com a sua regência, assim como acontece com 
o verbo bater.
A AUSÊNCIA DE CRASE MUDOU A HISTÓRIA
OPS!
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PREPOSIÇPREPOSIÇ
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PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
18
Atividades
Eureca
Tudo nos eixos
Descartes descreveu figuras geométricas com letras e números e fez o mundo ver através 
de gráficos
Por Carmen Kawano
Imagine a oscilação da bolsa de valo-
res sem visualizar um gráfico. Ou então um 
jogo de batalha naval sem as coordenadas.
Ao publicar seu mais famoso trabalho, 
o filósofo e matemático francês René 
Descartes (1596-1650) apresentou ao mun-
do uma nova maneira de pensar e ao mes-
mo tempo inaugurou uma nova área na 
matemática. No “Discurso sobre o Método 
(para bem conduzir a razão e procurar a 
verdade nas ciências)”, ele expõe sua cren-
ça de que, entre todas as áreas do conheci-
mento, só a Matemática é certa, portanto 
tudo deve ser baseado nela.
Como a extensão do título de sua obra indica, Descartes prega o uso da razão para a obtenção da 
verdade, só alcançável por meio do método. E isso deve ser feito como se procede na matemática, com 
o emprego do raciocínio lógico e dedutivo na prova de teoremas. Surge daí a clássica expressão 
“cogito, ergo sum” (penso, logo existo), começando com a dúvida de Descartes sobre sua própria exis-
tência, mas depois chegando à conclusão que uma consciência clara de seu pensamento provava sua 
própria existência.
A influência das ideias do filósofo foi tão abrangente que hoje costumamos dizer que somos 
cartesianos se agimos racionalmente, objetivamente ou de maneira lógica.
O X da questão
Só com Descartes é que passamos a enxergar um ponto no espaço como um par ordenado de núme-
ros no eixo cartesiano. As retas, os círculos e outras figuras geométricas podem então ser representadas 
por equações em x e y. Assim surgiu a chamada Geometria analítica, quando se usa a Álgebra na solução 
de problemas geométricos. As figuras que antes eram só desenhadas passaram a ser representadas por 
equações, com letras e números. Passamos então a colocar tudo em gráficos, como a variação da tempe-
ratura de um paciente e as oscilações nas vendas de um produto, em forma de pontos e curvas.
■ KAWANO, Carmen. Tudo nos eixos. Galileu, n. 154.
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT720945-2680,00.html>. Acesso em: 18 fev. 2013. 
■ Descartes na visão bem-humorada de Alexandre Camanho. 
A
le
x
a
n
d
r
e
 C
a
m
a
n
h
o
 1. Antes de ler o texto na íntegra, detenha-se no título: “Tudo nos eixos”.
a) O que você entende por “Tudo nos eixos”?
b) O subtítulo informa: “Descartes descreveu figuras geométricas com letras e números e fez 
o mundo ver através de gráficos”. Após essa informação, que sentido você constrói para 
“Tudo nos eixos”?
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CAPÍTULO 1CONECTIVOS: CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
19
 2. “Eureca” é o nome da seção da revista em que a matéria foi publicada. Leia o verbete e justifique, a partir 
do título e do subtítulo, a publicação da matéria nessa seção. 
heureca
interjeição (1899)
us. como expressão de triunfo ao encontrar-se a solução de problema difícil [Expressão atribuída 
a Arquimedes (287-212 a.C., matemático grego).]
Etimologia
gr. h� úr� ka ‘achei!’, 1ªp.s. do perf. do ind. do v.gr. heurísk� ‘encontrar, descobrir, inventar, obter’; em 
ing.eureka (1603)‘id.’ e em fr. eurêka (sXIX) ‘id.’, ficou consagrada a grafia sem o h inicial; ver heur(o)-; 
f.hist.1899 heureka
Sinonímia e Variantes
eureca
■ HOUAISS, Antonio. Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Disponível em: <http://houaiss.uol.com.br>. Acesso em: 29 mar. 2013.
 3. De modo geral, podemos classificar as revistas segundo seu foco e a temática de suas matérias. Entre as 
classificações possíveis, mencionam-se: atualidades, gastronomia, casa e decoração, ciência, cultura, saúde, 
celebridades, viagens, adolescentes... 
Após ler a matéria, responda: de que tipo de revista se trata? Qual é seu público-alvo?
 4. Releia o período a seguir e descreva o papel sintático e semântico das conjunções.
 “Descartes descreveu figuras geométricas com letras e números e fez o mundo ver através de gráficos.”
 5. Qual é o peso da noção semântica da preposição sem no primeiro parágrafo do artigo? Qual é a intenção 
de seu emprego?
 6. Observe a conjunção ou no primeiro e no último parágrafo e compare o tipo de conexão sintática que ela realiza.
 7. Fundamente o único caso de crase no texto. Faça alguma alteração para provar a ocorrência da preposição 
e do artigo.
 8. Justifique o emprego da preposição para na conexão dos elementos nos enunciados abaixo.
 “Discurso sobre o Método (para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas ciências)”
 Descartes prega o uso da razão para a obtenção da verdade, só alcançável por meio do método.
 9. Releia os enunciados e indique a função da conjunção que.
 “[...] sua crença de que, entre todas as áreas do conhecimento, só a Matemática é certa.”
 A influência das ideias do filósofo foi tão abrangente que hoje costumamos dizer que somos cartesianos 
se agimos racionalmente, objetivamente ou de maneira lógica.
 10. Atente para o emprego da conjunção como nos dois casos em que aparece no texto anterior e:
a) classifique-a segundo o tipo de conexão que faz;
b) assinale sua noção semântica em cada caso.
 11. De acordo com o tipo de conexão que fazem no texto da página anterior, classifique as conjunções portan-
to, logo e mas, indicando a sua noção semântica.
• Vamos montar um gráfico cartesiano com os seguintes dados: Variação do dólar durante o ano:
jan. = R$ 2,15; fev. = R$ 2,25; mar. = R$ 2,10; abr. = R$ 2,10; maio = R$ 2,05; jun. = R$ 2,05; jul. = R$ 2,15; 
ago. = R$ 2,10; set. = R$ 2,05; out. = R$ 1,95; nov. = R$ 1,90; dez. = R$ 2,00
• Você conhece o jogo “Batalha naval”? Crie um curto texto explicativo sobre o jogo.
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PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
20
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A GRAMÁTICA
DO TEXTO
A CONJUNÇÃO ALTERNATIVA E O PESO DAS PALAVRAS
Cota zero
Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel?
■ ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa & prosa. 3. ed. 
Rio de Janeiro: José Aguilar, 1980. p. 71.
O tipo de conjunção presente no texto liga elementos linguísticos que, embora distintos e antagônicos, 
têm o mesmo valor gramatical, o mesmo peso. Essa é uma particularidade da conjunção alternativa: funciona 
como uma balança em que os dois pratos estão perfeitamente equilibrados.
ou sobe ou desce nem bonita nem feia
 
 verbo verbo adjetivo adjetivo
No poema, Drummond coloca num prato da balança a oração “A vida parou”; noutro, “foi o automóvel [que 
parou]”. Eliminando os termos comuns, sobram, conectados pela conjunção alternativa ou, os termos vida e 
automóvel, que passam a ter o mesmo peso, devidamente equiparados. 
O título do poema, Cota zero, significa nenhuma participação (cota é a parte que cabe a alguém 
numa sociedade). Quando não sabemos se foi a vida ou o automóvel que parou no sinal fechado, é porque 
a nossa vida se transformou numa máquina, que é comandada, que não pensa, etc. Esse poema pertence 
ao grupo de poesias que têm por tema a “vida besta”, a “coisificação do homem”, tão típico na obra de 
Drummond.
A CONJUNÇÃO ADVERSATIVA E O PESO DAS PALAVRAS
Poeminha solidário
Ladrão, mentiroso, tarado,
Fanático, covarde, traidor.
Mas do nosso lado.
■ FERNANDES, Millôr. Poemas. 
Porto Alegre: L&PM, 1984. p. 53.
A conjunção adversativa mas é coordenativa e, como tal, une elementos considerados equivalentes no 
plano sintático. No entanto, essa equivalência não se mantém no plano semântico. 
No Poeminha solidário, uma sequência de seis adjetivos “negativos” (ladrão, mentiroso, tarado, fanático, 
covarde, traidor) se opõe a apenas uma informação aparentemente “positiva” (do nosso lado). O que tem mais 
peso? É evidente que a informação que vem logo depois do mas tem mais peso, é a que fica. Se trocássemos a 
ordem, tudo mudaria:
Do nosso lado, mas ladrão, mentiroso, tarado, fanático, covarde, traidor.
 
 informação que prevalece
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NÇNÇ
Ilustrações: Ulhôa Cintra/
Arquivo da editora
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CAPÍTULO 1CONECTIVOS: CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
21
A COMPLEXIDADE DAS NOÇÕES SEMÂNTICAS DAS CONJUNÇÕES 
Será que a conjunção e tem valor aditivo no texto a seguir?
“Não temos expectativas quanto à apuração. Tivemos problemas porque muita gente disse que viria e 
não veio”, tentou explicar o recém-empossado presidente da escola...”
■ Disponível em: <www.viaeptv.com/epnoticia/lazerecultura/NOT,0,0,601108,Hegemonia+marca+primeira+noite+de+desfile+em+Batatais.aspx>. Acesso em: 18 fev. 2013.
Por muito tempo, na escola “tradicional”, listas e significados fixos de conjunções eram passados aos alunos 
para memorização; no entanto, as conjunções são versáteis e assumem diferentes significados, por vezes extremos 
e contraditórios. Um dos casos mais expressivos é o da conjunção e, que, convencionalmente, tem valor aditivo.
 
implicação, consequência
Abusa da sorte e verás o que te acontece.
 
causa, efeito (e = por isso)
O dia está nublado e não vamos ao parque.
 
distintivo, contrastivo
Há políticos e políticos!
 
intensidade (chorou muito)
Chorou e chorou.
 
sucessão temporal (primeiro, chorou, depois esperneou, no final dormiu)
Chorou e esperneou e dormiu.
 
adversativo, de oposição (e = mas)
... muita gente disse que viria e não veio.
Neste último enunciado, a conjunção assume um valor muito distinto do convencional: tipicamente uma 
conjunção aditiva, assume significado de adversativa.
O valor de uma conjunção, portanto, depende de vários fatores, além de sua noção semântica primeira; é o 
contexto de um determinado enunciado que vai nos indicar seu sentido real.
A CONJUNÇÃO SEM JUNÇÃO APARENTE
Leia a letra da canção “Inútil paisagem”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira:
Mas pra que
Pra que tanto céu
Pra que tanto mar,
Pra que
De que serve esta onda que quebra
E o vento da tarde
De que serve a tarde
Inútil paisagem
Pode ser
Que não venhas mais
Que não voltes nunca mais
De que servem as flores que nascem
Pelos caminhos
Se o meu caminho
Sozinho é nada
■ Disponível em:<http://www.jobim.com.br/cgi-bin/clubedotom/musicas3.
cgi?cmd=letra&letra_file=aloysio/inutil.html&idmus=123&ling=eng>. 
Acesso em: 20 fev. 2013.
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NOÇ NÇNOÇ NÇ
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Algumas conjunções, especialmente e e mas, são muito empregadas como introdutoras de novos assuntos 
outópicos, sem ter conexão com algum elemento linguístico anterior. Há apenas um segmento:
• “E com vocês... Daniela Mercury!”
• E aí, para onde vocês estão indo?
• Mas o que você estava falando mesmo?
• Mas pra que / pra que tanto céu
as conjunções, nos enunciados acima, apenas introduzem
uma informação ulterior (não há segmento anterior)
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PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
22
Essas conjunções são fáticas, isto é, têm como objetivo manter a comunicação, estabelecendo uma conexão 
que, na realidade, não existe. Trata-se de uma conexão textual dentro de um ato comunicativo, em favor da fluidez.
A RELEVÂNCIA DA PREPOSIÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO SENTIDO
Livros sobre Ciências e ambiente
CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA
Por Lázaro Zuquette, Nilson Gandolfi
A Cartografia geotécnica vem de encontro à expectativa da sociedade atual que exige uma 
inserção socioambiental das intervenções de Engenharia, ou ainda, que sejam realizadas sob um 
paradigma de planejamento. A Cartografia geotécnica tem um inequívoco papel nessa moderna 
abordagem na medida em que fornece subsídios racionais para as tomadas de decisão. 
■ Disponível em: <www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=liv&cod=_cartografiageotecnicalaz>. Acesso em: 19 fev. 2013.
Consideremos o significado da locução de encontro a:
de encontro a no sentido oposto a; em contradição, contra
Ao percebermos o significado da locução, o texto não faz sentido. Afinal, a Cartografia geotécnica tem um 
papel fundamental na sociedade moderna? A intenção do produtor do texto foi assinalar que sim. No entanto, 
no primeiro período, para não prejudicar o sentido do texto, teria de constar a locução ao encontro de (estar a 
favor de, caminhar para, em busca de, etc.) e não de encontro a:
A Cartografia geotécnica vem ao encontro da expectativa da sociedade atual que exige uma inserção 
socioambiental das intervenções de Engenharia.
OS CONECTIVOS COMO ALAVANCAS NA ARGUMENTAÇÃO
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PREPOSIÇ TRUÇPREPOSIÇ TRUÇ
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 Comportamento
 Não sou tudo isso
Entrevistamos o álcool! E ele revelou que não é tão legal assim como dizem. Tire suas 
próprias conclusões.
Por Rose Mercatelli
A Atrevida foi direto à fonte e falou com a bebida alcoólica. Confira as revelações 
dela sobre o que acontece quando a gente erra a dose e abusa dela.
1. A galera só bebe socialmente. Que mal há nisso?
É verdade que eu sou aceita pela sociedade. Por isso, ninguém é malvisto quando está com um copo na 
mão. Mas o pior é que muita gente passa da medida e isso vira um grande problema. Segundo a 
Organização Mundial de Saúde (OMS), os acidentes de trânsito matam mais de um milhão de pessoas 
ao ano em todo o mundo e cerca de 60% atingem justamente os jovens entre 19 e 25 anos que 
exageram ao me consumir antes e durante as festas e baladas. Nesta mesma pesquisa, foi constatado 
que 42% dos jovens confessaram dirigir depois de me beber, sem se importar com os riscos. 
■ Disponível em: <http://atrevida.uol.com.br/beleza-gente/168/artigo97637-1.asp>. Acesso em: 21 fev. 2013.
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CAPÍTULO 1CONECTIVOS: CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
23
 1. Nas tirinhas, em geral a sequência narrativa é dada pela sequência de imagens. No caso dessa tirinha, que 
outro elemento mantém o suspense e conduz o leitor? Que classe gramatical preencheria a fala de Hagar 
no primeiro quadrinho?
 2. Na situação em que Hagar produz o seu enunciado, haveria um motivo para não completar a fala do pri-
meiro quadrinho?
 3. Releia o enunciado do último quadrinho e classifique morfologicamente os “que” que aparecem nele.
■ BROWNE, Dik. Hagar, o Horrível. Porto Alegre: L&PM, 1999.
Atividades
Texto para as questões de 1 a 3.
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Alguns conectivos podem funcionar como operadores argumentativos, isto é, como elementos linguísticos 
que ajudam a organizar e demonstrar o que se quer expor e, ao mesmo tempo, ganhar a adesão do interlocutor. 
Observe a construção comparativa: 
[o álcool] revelou que não é tão legal assim como dizem
Nela, está se comparando a característica “legal” atribuída ao álcool. Vamos desdobrá-la:
 1. dizem que o álcool é muito legal;
 2. o álcool revela que não é muito legal.
A comparação, combinada com os verbos dizer/revelar e os sujeitos (indeterminado/o próprio álcool), 
apresenta-se a favor de uma conclusão: “o álcool não é [muito] legal”. 
É interessante ainda observar no fragmento os conectivos “por isso” e “mas”, abrindo novos períodos no 
parágrafo, e introduzindo uma conclusão e uma discrepância, respectivamente. O destaque dado ao conectivo 
abrindo o período revela também maior ênfase argumentativa; dá-se destaque à informação introduzida ora à 
maneira de conclusão, ora à maneira de contraste.
Outros conectivos que reforçam o caráter argumentativo de um texto são: 
• as conjunções bimembres como “não só... mas também”, capazes de somar argumentos a favor de uma 
mesma ideia a ser defendida e “seja... seja”/“quer... quer”, capazes de introduzir argumentos diferentes que 
evidenciam dois caminhos ou ideias diferenciadas; 
• as conjunções conclusivas como “portanto”, “pois”, “logo”, que conseguem não só introduzir uma conclusão relativa 
a uma ideia anterior, senão também a um encadeamento de ideias como um todo, à maneira de resumo conclusivo; 
• as conjunções explicativas como “porque”, “que”, “pois”, “já que”, que conseguem explicitar justificativas ou 
razões relacionadas a uma ideia a ser apresentada e/ou defendida e/ou rejeitada; 
• as conjunções adversativas como “mas”, “no entanto”, “todavia”, que além de apresentar um argumento con-
trário a uma ideia exposta, conseguem desviar todo o raciocínio de um texto no sentido contrário ao que 
vinha apresentando. 
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PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
24
2. Ah! Então quem bebe anda fora da lei?
Se o cara é maior de idade, pode me beber sem problemas legais. A menos que se meta numa 
enrascada, como direção, briga, atropelamento, batida de carro ou racha, tudo provocado graças à 
minha ajuda. Entretanto, o que muita gente não sabe é que sou considerada uma droga psicotrópica, 
atuando no sistema nervoso central e provocando mudanças no comportamento de quem me 
consome. Então, é o seguinte: apesar de eu ser prejudicial em todos os sentidos e, muitas vezes, mortal, 
sou aceita socialmente. Por isso não sou tratada como “bandida” como as outras drogas.
3. Mas pelo menos você não vicia como elas, não é mesmo?
Claro que vicio! Você nunca ouviu falar em alcoolismo? Quem costuma me beber com frequência ao 
longo do tempo pode desenvolver uma dependência. Os fatores que levam alguém a se viciar em 
mim são muitos e podem ser de origem genética, educacional, familiar, emocional, social (é o caso da 
menina que bebe para ser aceita no grupo, por exemplo) e por aí afora. Costumo passar a ideia 
enganosa de que não vicio porque a transição entre o beber moderadamente até chegar ao 
alcoolismo pode levar vários anos. Daí, todo mundo acha que só mais um gole e não faço mal algum. 
Mas, cá entre nós, não entra nessa. Eu, melhor que ninguém, sei do que estou falando.
[...]
4. Tem gente que bebe e jura que dirige até melhor. Como é isso?
É uma das besteiras mais perigosas que dizem a meu respeito. Quandosou ingerido, mesmo em 
pequenas quantidades, diminuo a coordenação motora e os reflexos, comprometendo assim a 
capacidade de dirigir. Pesquisas realizadas com jovens brasileiros mostraram que 57% dos acidentes 
de carro foram provocados por imprudência ou desatenção. E o que você acha que eu faço no sistema 
nervoso? Deixo a sua “central” trabalhando em marcha lenta e, por isso, você (ou qualquer pessoa) 
perde a concentração no que está fazendo. Tem mais: 15% das batidas, com ou sem morte, foram 
causadas por excesso de velocidade. E adivinhe o que está por trás da demonstração de ousadia e da 
falta de juízo? Eu, claro. Precisa mais? Atualmente, o Código Nacional de Trânsito penaliza o 
motorista que apresentar qualquer quantidade, mesmo que mínima, de álcool no sangue. Mas nem 
assim a turma se conscientiza do perigo que corre ao me beber exageradamente.
[...]
9. Por fim, é só o cérebro que sofre os efeitos do álcool?
Nem pensar! Sou um veneno, principalmente para o fígado. As doenças mais comuns são a 
esteatose he pá tica, a hepatite alcoólica e a cirrose, todas muito perigosas, assim como problemas 
do aparelho digestivo como gastrite e pancreatite. Isso para não falar nos problemas do coração e 
de pressão. Enfim, pra falar a verdade, eu provoco tantos transtornos que nem eu mesma sei o 
porquê de ser tão popular entre a galera.
■ CONSULTORIA: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) - Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) <www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid>.
Disponível em: <http://atrevida.uol.com.br/beleza-gente/168/artigo97637-1.asp>. Acesso em: 21 fev. 2013.
Texto para as questões de 4 a 10.
Leia agora outros trechos da matéria “Não sou tudo isso”, de Rose Mercatelli, para a revista Atrevida.
 4. A matéria tenta, de forma criativa, convencer o leitor sobre os males do álcool. Levando em conta a afir-
mação, indique:
a) o gênero textual utilizado;
b) a figura de linguagem presente ao longo da matéria;
c) o tipo de informação a favor da ideia defendida e o tipo de informação que se questiona;
d) os efeitos argumentativos dos itens a, b e c.
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CAPÍTULO 1CONECTIVOS: CONJUNÇÃO E PREPOSIÇÃO
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 5. Nas respostas, há concordâncias no feminino (“sou aceita”; “eu mesma”) e no masculino (“sou ingerido”). 
Levante uma hipótese para explicar essas ocorrências.
 6. Com relação ao registro utilizado:
a) Como você o consideraria: formal ou informal? Dê exemplos que comprovem sua resposta e justifique 
o tipo de registro.
b) Levando em conta o suporte – revista Atrevida – e o possível interlocutor, você o considera adequado ou 
inadequado? Ajuda ou não no intuito persuasivo do texto? Por quê?
 7. Extraia do texto conectivos que estejam introduzindo:
a) uma ideia contrária ao exposto anteriormente;
b) uma conclusão;
c) uma explicação.
 8. Explique o valor argumentativo das expressões “cá entre nós” e “pra falar a verdade” no texto.
 9. Qual é o objetivo da entrevista: entreter o leitor da revista, informar sobre o álcool ou induzir um compor-
tamento? 
 10. Que efeito produz a informação final sobre a consultoria?
 11. Leia o texto do banner ao lado, do Portal Álcool para 
Menores é Proibido, do Governo do Estado de São Paulo, 
criado para divulgar a Lei estadual n. 14 592, de 19 de outu-
bro de 2011, que regulamenta o trabalho de fiscalização e 
controle para que seja cumprida a proibição de vender, ofe-
recer, fornecer, entregar ou permitir o consumo de bebidas 
alcoólicas por crianças e adolescentes.
■ Disponível em: <http://www.alcoolparamenoreseproibido.sp.gov.br/?page_id=43>. 
Acesso em: 21 fev. 2013.
Qual é o jogo semântico que sustenta a última frase do cartaz?
 12. Leia atentamente o cartaz abaixo, do Governo Federal.
A lei estadual citada na questão anterior 
está diretamente relacionada à Lei federal 
n. 8 069, de 13 de julho de 1990, que dispõe 
sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente 
e dá outras providências. Além do artigo 
243, citado no cartaz, no artigo 81 consta 
que “É proibida a venda à criança ou ao 
adolescente de bebidas alcoólicas”. No 
entanto, a lei estadual tenta cobrir uma 
brecha deixada pela lei federal.
Qual é essa brecha? De que forma o conec-
tivo ou intervém no texto do banner do 
governo estadual, reforçando a abrangência 
da lei?
 13. Em sua localidade, os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas cumprem a lei federal? Se você não 
mora no estado de São Paulo, há uma lei estadual que reforce ou amplie a lei federal?
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PARTE 1 A GRAMÁTICA DOS TEXTOS
2626
Questões de exames FAÇA
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 1. (Unesp)
Momento Bossa Nova
Em plenos anos 1950, quando nas rádios pre-
dominava o derramamento vocal e sentimental, 
Tom Jobim já buscava um retraimento expressi-
vo pautado por um discurso poético/musical 
mais sereno, mais em tom de conversa do que de 
súplica. Se os mais jovens identificavam-se com 
essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalis-
tas viam-nas com estranheza, sendo compreensí-
vel que as descrevessem como canções bobas e 
ingênuas, não obstante a sofisticação harmônica 
e rítmica.
 ■ José Estevam Gava. A linguagem harmônica da Bossa Nova. 
São Paulo: Unesp, 2002. 
Na passagem “... sendo compreensível que as des-
crevessem como canções bobas e ingênuas, não 
obstante a sofisticação harmônica e rítmica.”, a 
sequência não obstante a poderia ser substituída, 
sem prejuízo do sentido, por:
 a) em função da.
 b) apesar da.
 c) graças à.
 d) por causa da.
 e) em relação à.
 2. (Enem)
Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verda-
deira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, 
exigiam para si, malcriados, instantes cada vez 
mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o 
fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte 
no apartamento que estavam aos poucos pagan-
do. Mas o vento batendo nas cortinas que ela 
mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse 
podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo 
horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as 
sementes que tinha na mão, não outras, mas 
essas apenas.
 ■ LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
A autora emprega por duas vezes o conectivo 
mas no fragmento apresentado. Observando 
aspectos da organização, estruturação e funcio-
nalidade dos elementos que articulam o texto, o 
conectivo mas:
 a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações 
em que aparece no texto. 
 b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreen-
são, se usado no início da frase. 
 c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso 
na abertura da frase. 
 d) contém uma ideia de sequência temporal que 
direciona a conclusão do leitor. 
 e) assume funções discursivas distintas nos dois 
contextos de uso. 
 3. (UFMS) Observe o emprego das conjunções nos 
períodos a seguir.
 I. Ora Maria estuda História, ora ela ouve música.
 II. Ou você estuda História, ou você ouve música.
 III. Se você for estudar História, não ouvirá música.
 IV. Se você for ouvir música, não estudará História.
Levando em consideração que a conjunção é um 
dos elementos linguísticos responsáveis pela orien-
tação argumentativa do discurso, é correto afirmar: 
01) O sentido de alternância só ocorre no caso de I, 
pois é possível que a pessoa, no caso Maria, 
faça as duas coisas: estudar e ouvir música. 
 02) Em II, III e IV não existe a possibilidade de as 
duas coisas se realizarem, porque há a ideiade 
uma exclusão explícita, marcada tanto pela 
conjunção “ou” como pela conjunção “se”.
 04) A ideia de alternância está presente em todos os 
períodos, uma vez que se trata de períodos com-
postos por orações subordinadas alternativas. 
 08) A alternância é nítida em II, III e IV, que são 
períodos cujas orações classificam-se como 
“condicionais”.
 16) A conjunção “ou” nem sempre expressa exclusão.
 4. (Fuvest-SP)
Belo Horizonte, 28 de julho de 1942.
Meu caro Mário,
Estou te escrevendo rapidamente, se bem que 
haja muitíssima coisa que eu quero te falar (a 
respeito da Conferência, que acabei de ler agora). 
Vem-me uma vontade imensa de desabafar com 
você tudo o que ela me fez sentir. Mas é longo, 
não tenho o direito de tomar seu tempo e te 
chatear.
 ■ Fernando Sabino.
No texto, o conectivo “se bem que” estabelece rela-
ção de:
 a) conformidade.
 b) condição.
 c) concessão.
 d) alternância.
 e) consequência.
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cAPÍTULo 2REgênciA
27
222cAPÍTULo 2Regência
Após os estudos que temos feito, você já deduziu que 
enunciado é uma unidade semântico-pragmática, isto é, 
uma unidade linguística que tem sentido e que constitui um 
ato comunicativo. Os enunciados acima foram extraídos de 
uma entrevista dada por Gilberto Gil à revista Alfa!. Nela, o 
compositor baiano comentou sua admiração pelo músico 
jamaicano Bob Marley e a influência dele em sua música. 
Nos enunciados reproduzidos, observamos termos que se 
relacionam para criar sentido e, a partir dessas relações, 
podemos identificar sua função sintática. Nessa rede de 
relações, destacam-se alguns sintagmas introduzidos por 
preposição, estabelecendo variadas relações entre um 
termo regente e um termo regido (termo preposicionado):
a) [de sedução]: termo regido, na função de complemento 
nominal de poder (termo regente);
b) [de escutar]: termo regido, na função de complemento 
indireto do verbo gostar (termo regente);
E, ainda, outros dois, um com preposição e outro não, 
relacionados com o verbo dedicar (termo regente):
c) [a quem]: termo regido, na função de complemento 
indireto do verbo;
d) [uma atenção profunda, específica e permanente]: 
termo regido, na função de complemento direto do verbo.
Marley	 é	 daqueles	 artistas	 que	 no	 meu	
caso	 tiveram	 um	 poder	 extraordinário	 de	
sedução.	[...]
Foi	 o	último	artista	 a	 quem	eu	dediquei	
uma	atenção	profunda,	específica	e	perma-
nente	enquanto	ele	teve	vigência	no	trabalho	
dele.	Hoje	em	dia,	ainda	é	das	coisas	que	eu	
mais	gosto	de	escutar.
n Disponível em: <http://musica.terra.com.br/gilberto-gil-bob-marley-teve-quotpoder-
extraordinario-de-seducaoquot,e58a24f4d865a310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html>. 
Acesso em: 20 fev. 2013.
n Bob Marley, o rei do reggae, que 
teve grande influência sobre a 
música de Gilberto Gil.
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PARTE 1 A gRAmáTicA dos TExTos
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SINTAGMA	PREPOSICIONADO:	MÚLTIPLAS	FUNÇÕES
Os	sintagmas	preposicionados	são	unidades	de	sentido	que	vêm	introduzidas	por	preposição.	Essas	prepo-
sições	desempenham	um	relevante	papel	na	organização	dos	enunciados,	 já	que	relacionam	dois	sintagmas,	
tornando	o	que	é	introduzido	por	preposição	dependente	do	outro,	como	ocorre	nos	casos	em	que	um	termo	
regente	(verbo,	substantivo,	adjetivo,	advérbio)	exige	um	complemento.	Além	disso,	as	preposições	introduzem	
sintagmas	representados	por	locuções	(adjetivas,	adverbiais).
 SAdj(p) SN(p) SN(p) SAdv(p)
Os músicos da Jamaica, amantes do reggae, gostaram da versão brasileira com entusiasmo.
 
 
No	caso	acima,	observamos:	
•	 um	sintagma	nominal	preposicionado	com	valor	adjetival	(da	Jamaica)	exercendo	a	função	de	adjunto	
adnominal;	
•	 um	sintagma	nominal	preposicionado	(do	reggae)	exercendo	a	função	de	complemento	nominal;	
•	 um	sintagma	nominal	preposicionado	(da	versão	brasileira)	exercendo	a	função	de	complemento	indi-
reto;	
•	 um	sintagma	nominal	preposicionado	com	valor	adverbial	 (com	entusiasmo)	exercendo	a	função	de	
adjunto	adverbial.
“Marley é daqueles artistas que no meu caso tiveram um poder extraordinário de sedução.”
“Hoje em dia, ainda é das coisas que eu mais gosto de escutar.”
Em ambos os enunciados, podemos reconhecer dois grupos: o conjunto de artistas que tiveram um poder extraordinário de 
sedução em Gil; o conjunto de coisas que Gil gosta de escutar. O músico jamaicano e sua música fazem parte dos dois grupos. Isso fica 
claro pela construção sujeito [Marley] + verbo copulativo (ser) + predicativo do sujeito [daqueles artistas/das coisas].
Em outras palavras: nessas construções, a preposição de indica que, de um determinado conjunto, o falante quer destacar uma 
de suas partes.
O TODO E A PARTE
OPS!
REGÊNCIA
Regência em sentido estrito se refere ao valor relacional das preposições, dentro da 
língua, e às caracterizações dos determinantes que por meio de cada uma delas se esta-
belecem. [...] A escolha da preposição depende: 1. da significação interna de cada uma, 
como: de “posse”; a “objeto indireto” ou “direção”; com → ‘companhia’, etc.; 2. da 
servidão gramatical, que faz com que certos determinados exijam necessariamente cer-
tas preposições, especialmente em se tratando de certos verbos com complementos 
essenciais. Num e noutro caso, há muita variação livre, que a disciplina gramatical pro-
cura eliminar, e em referência à significação interna das preposições interfere a inten-
ção estilística. 
n CÂMARA JR., J. Mattoso. Dicionário de linguística e gramática. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 1985. p. 207.
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cAPÍTULo 2REgênciA
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Como	vimos,	o	estudo	das	relações	entre	o	verbo	e	seu	complemento	ou	entre	o	nome	e	seu	complemento	
chama-se	regência.	Os	verbos	ou	nomes	que	têm	seu	sentido	complementado	são	chamados	de	regentes	ou	
subordinantes;	os	complementos	a	eles	ligados	são	chamados	de	regidos	ou	subordinados.	
A	preposição	desempenha	papel	fundamental	na	relação	estabelecida	entre	o	regente	e	o	regido.	Veja,	por	
exemplo,	o	valor	da	preposição	nas	frases:
 a	preposição	a indica	movimento,	deslocamento	no	espaço,	e	tem	como	termo	regente	um	verbo	de	movimento
Vamos ao teatro.
 a	preposição	em	indica	localização	–	no	interior	do	teatro	–	e	tem	como	termo	regente	um	verbo	de	estado
Estamos no teatro.
 não	há	preposição.	O	termo	regente	é	o	verbo	"comer"	e	o	termo	regido,	"um	pedaço	de	bolo".
Comi um pedaço de bolo.
Quando	um	verbo	pede	complemento,	ocorre	a	regência verbal;	quando	um	nome	(substantivo,	adjetivo,	
advérbio)	pede	complemento,	ocorre	a	regência nominal:
	 regência	verbal
 
A enfermeira atende o paciente.
	 regência	verbal
 
Fomos ao teatro.
	 regência	nominal
 
O ar puro é necessário à vida.
	 regência	nominal
 
Eles têm necessidade de recursos tecnológicos.
	 regência	nominal
 
Nossa vida anda paralelamente ao nosso humor.
	 regência	nominal
 
Ele é sempre afável com todos.
Jefferson Lessa assiste Dirigir-se aos homens e escreve para O Globo
Jefferson Lessa, colunista do Segundo Caderno do jornal O Globo, assistiu a peça Dirigir-se aos homens e [...] o jornal 
publicou sua crítica.
n Disponível em: <http://dirigirseaoshomens.wordpress.com/2010/03/13/jefferson-lessa-assiste-dirigir-se-aos-homens-e-escreve-para-o-globo/>.

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