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Administração UNIP – Aula 9 Disciplina: Governança Corporativa Profa. Ma. Vanessa 1 OS PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA CORPORATIVA E OS CÓDIGOS DE CONDUTA Princípios da Governança Corporativa Como já comentado os princípios de Governança se baseiam nos princípios básicos difundidos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico): - Ética - Transparência (disclosure) - Prestação de contas (accountability) - Cumprimento de leis (compliance) - Equidade (fairness ou equity) Códigos de Conduta Como um documento de particular importância para as organizações, o Código de Conduta contribui para a administração de conflitos ao tratar dos princípios e políticas que abrangem os relacionamentos entre conselheiros, diretores, sócios, funcionários e demais partes interessadas, envolvendo inclusive questões de natureza social e ambiental. Cada organização desenvolve seu próprio Código de Conduta, com o objetivo principal de submeter-se espontaneamente ao tipo de autorregulação que defende. MODELOS DE GOVERNANÇA Em cada país, as melhores práticas de Governança Corporativa são instituídas de acordo com o seu ambiente social, econômico, corporativo e regulatório, o que resulta na prática de um modelo de governança que seja coerente com as peculiaridades empresariais de cada país, tornando possível a existência de diferentes modelos de Governança no mundo. Diversos modelos de governança estão vigentes na atualidade, no entanto, existem dois que se destacam por serem implementados nos mercados mais desenvolvidos, os quais servem como referência aos demais países. Há duas grandes categorias, que abrigam os principais modelos adotados pelo mundo, o Outsider System (Anglo-Saxão) e Insider System (Nipo-germânico). Outros modelos se definem como a mistura dos sistemas insider ou outsider, aproximando-se mais de um ou outro sistema. Modelos de Governança Anglo-Americano ou Anglo- Saxão Nipo-Germânico ou Germânico- Japonês Administração UNIP – Aula 9 Disciplina: Governança Corporativa Profa. Ma. Vanessa 2 Principais características do modelos de Governança a) Sistema de Governança Anglo-Saxão (Estados Unidos e Reino Unido) – Outsider System Acionistas pulverizados e tipicamente fora do comando diário das operações da companhia; Estrutura de propriedade dispersa nas grandes empresas; Papel importante do mercado de ações no crescimento e financiamento das empresas; Ativismo e grande porte dos investidores institucionais; Mercado com possibilidade real de aquisições hostis do controle; Foco na maximização do retorno para os acionistas (orientado para o acionista). b) Sistema de Governança Corporativa Nipo-Germânico (Europa Continental e Japão) – Insider System Grandes acionistas tipicamente no comando das operações diárias, diretamente ou via pessoas de sua indicação Estrutura de propriedade mais concentrada; Papel importante do mercado de dívida e títulos no crescimento e financiamento das empresas; Frequente o controle familiar nas grandes companhias, bem como a presença do Estado como acionista relevante; Presença de grandes grupos/conglomerados empresariais, muitas vezes altamente diversificados; Baixo ativismo e menor porte dos investidores institucionais; Reconhecimento mais explícito e sistemático de outros stakeholders não- financeiros, principalmente funcionários (orientado para as partes interessadas). O modelo brasileiro de Governança Corporativa se aproximava mais do Insider System, com predominância da propriedade concentrada, papel relevante do mercado de dívida, forte presença de empresas familiares e controladas pelo Estado e mais orientado às partes interessadas (inclusive por disposições legais). No entanto, à medida que o mercado de capitais e os investidores institucionais ganhavam destaque como alternativa de financiamento para as empresas, aos poucos, o modelo de governança brasileiro vem adquirindo algumas características do modelo anglo-saxão, como a crescente importância do mercado acionário como fonte de financiamento, o surgimento de algumas empresas com capital disperso e ativismo de acionistas ganhando importância. Bibliografia da aula: SILVA, Edson Cordeiro da. Governança Corporativa nas empresas: guia prático de orientação para acionistas, investidores, conselheiros de administração, executivos, gestores, analistas de mercado e pesquisadores. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 300 p.
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