Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTRUÇÃO TÉCNICA ET-3010.66-1200-914-SXX-105 CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE REV: A DATA: 21/11/06 FL. 1 DE 8 ELABORADO POR: MARCO AURÉLIO LEITE DA SILVA REV: A APROVADO POR: ERNESTO F. MELLO DISCIPLINA: CONSTRUÇÃO – COMISSIONAMENTO DATA: 21/12/2006 1 OBJETIVO Definir a metodologia a ser seguida, na Calibração de Válvulas de Controle aplicáveis aos módulos de geração da plataforma P-53, em conforme com as normas abaixo citadas e em atendimento aos item 7.6 da ISO 9001:2000. 2 REFERÊNCIAS 2.1 Normas Petrobras 2.1.1 N-0858C – Mai/2006 - Construção, Montagem e Condicionamento de Instrumentação. 2.1.2 N-2268A - Mai/1999 - Verificação calibração e teste de instrumento de nível. 2.1.3 N-1939A – Set/1998 - Formulários para construção, montagem e condicionamento de instrumentação. 2.1.4 N-2277A – Nov/2002 - Teste de Isolação e Continuidade Elétrica de Circuito de Instrumentação 2.2 Normas ABNT 2.2.1 NBR 14105 - Manômetro com sensor de elemento elástico, recomendações. 2.3 Documento do Pré-Comissionamento 2.3.1 I-MA-3010.66-1200-914-SXX-110 – Pre-Commissioning Plan 2.3.2 ET-3010.66-1200-914-SXX-108 - Recebimento, Armazenamento E Preservação de Materiais E Equipamentos Elétricos/Instrumentação. 2.4 Normas American Petroleum Institute. 2.4.1 API RP 550 – Manual on Installation of Refinery Instruments and Control Systems 2.4.2 API 598 - Inspection and Test Standard. 3 APLICAÇÃO Aplica-se a todos os colaboradores envolvidos na execução de calibração de válvulas de controle. 4 DEFINIÇÕES 4.1 A calibração das válvulas deve ser feita seguindo os métodos indicados nos manuais dos fabricantes de acordo com as condições constantes, conforme N-858C. Todos os INSTRUÇÃO TÉCNICA ET-3010.66-1200-914-SXX-105 CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE REV: A DATA: 21/11/06 FL. 2 DE 8 instrumentos padrão a serem utilizados devem ter a certificação rastreada em laboratórios credenciados na RBC (Rede Brasileira de Calibração), verificada inclusive quanto ao prazo de validade. 5 CONDIÇÕES GERAIS 5.1 Na calibração das válvulas de controle serão utilizados documentos listados a seguir: a) Folha de dados ou especificações do projeto; b) Desenho Certificado dos instrumentos; c) Catálogos do fabricante dos instrumentos; d) Manuais de operação manutenção e calibração de válvulas; e) A documentação acima é genérica, sendo aplicada convenientemente a cada diferente tipo de instrumento que a exigir completa ou parcialmente. f) O formulário aplicável na execução de calibração e teste das válvulas, correlaciona-se no item: 6 deste procedimento. 5.1.1 Os padrões utilizados devem ter qualidade superior em relação às características de repetitividade, sensibilidade e resolução e possuírem certificados de calibração emitidos por entidade credenciada pela R.B.C. (Rede Brasileira de Calibração). 5.2 Os certificados dos padrões, emitidos pela entidade (RBC) certificadora acima citada, deverão conter no mínimo as seguintes informações: a) Órgão certificador; b) Tolerância do padrão de calibração; c) Prazo de validade; d) Data de emissão; e) Classe de precisão. 5.3 A precisão de calibração deverá ser aquela indicada pelo fabricante. 5.3.1 Caso haja omissão do fabricante, será utilizada a precisão indicada na folha de dados. 5.3.2 Todas as válvulas de controle deverão ser calibradas com valores da variável equivalentes a 0%, 25%, 50%, 75%, 100% do range. 5.4 Nas válvulas pneumáticas deverão ser verificadas a repetibilidade, a linearidade, a histerese e faixa morta. 5.4.1 Nos instrumentos eletrônicos deverão ser verificadas linearidade e repetitividade. 5.5 As válvulas que possuírem acessórios tais como: 5.5.1 Amortecedores de pulsação, limitadores de pressão e diafragma de selagem, válvula reguladora de pressão, transmissor de posição, solenóide, fim de curso etc..., terão sua calibração feita em conjunto com os mesmos. Os amortecedores de pulsação, serão verificados quanto a sua integridade e o dispositivo de proteção contra sobrecarga, serão ajustados na pressão indicada nas folhas de dados. INSTRUÇÃO TÉCNICA ET-3010.66-1200-914-SXX-105 CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE REV: A DATA: 21/11/06 FL. 3 DE 8 5.5.2 Em caso de Histerese, não Linearidade ou Zona Morta, a válvula de controle somente será considerado aprovado se estes parâmetros estiverem dentro do limite de tolerância fornecido pelo fabricante. 5.5.3 Toda válvula depois de calibrada, selar os pontos de ajustes e identificar com etiqueta auto- adesiva (resistente a intempéries), preencher o certificado de calibração (anexo I a XII) deverá ser mantido preservado conforme ET-3010.66-1200-914-SXX-108. 6 CALIBRAÇÃO 6.1 A calibração das válvulas de controle será feita em sua posição normal de operação, numa bancada de teste adequada, juntamente com seus acessórios. 6.2 As válvulas de controle com posicionadores serão inicialmente calibradas sem os mesmos (By-passados). 6.3 As calibrações das válvulas serão feitas no sentido ascendente da escala, nos pontos 0% ,25%, 50%, 75%, 100%. 6.4 Antes do início da calibração das válvulas de controle, deverá ser observado: a) Suprimento de pressão da válvula e o posicionador; b) Ação de operação do posicionador (direta e reversa); c) Ação de operação da válvula; d) Compatibilidade entre range de operação da válvula e do posicionador; e) Existência de BY-PASS do posicionador. 6.5 Para válvula de controle tipo “ar para abrir” Fig. 1, proceder da seguinte maneira: 6.5.1 Despressurizar a válvula até obter o ponto de menor valor do range, verificando se o curso está completo, se não estiver; ajustar a mola até obter o ponto de fechamento total. 6.5.2 Verificar se o indicador de curso esta em 0%, caso contrário ajustar para este valor; 6.5.3 Verificar a partida da válvula, no mínimo 5 (cinco) vezes, observando-se a faixa morta se situa na tolerância do fabricante. 6.5.4 Fazer levantamento da curva de linearidade, no sentido ascendente do curso, observando- se o erro se mantém dentro dos limites de tolerância. 6.5.5 Observar o ponto 100% do curso e se necessário ajustar retornando ao ponto 0% alternando os ajustes; 6.5.6 Verificar o comportamento da válvula no sentido descendente do curso, observando se a histerese é compatível com o catálogo do fabricante; 6.5.7 Verificar a classe de vedação da válvula, para Submetê-la, caso necessário, ao teste de vedação conforme norma de instrução do fabricante. 6.5.8 Identificar com etiqueta auto adesiva (resistente a intempéries) e preencher certificado de teste. INSTRUÇÃO TÉCNICA ET-3010.66-1200-914-SXX-105 CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE REV: A DATA: 21/11/06 FL. 4 DE 8 Montante válvula ar p/ abrir válvula reguladora de ar válvula reguladora de ar vent. Fig. 1 6.6 Para válvula de controle tipo “ar para fechar” Fig. 2, proceder da seguinte forma; 6.6.1 Pressurizar a válvula até obter o ponto de menor valor do range, verificando se o curso está completo; ajustar a mola até obter o ponto de fechamento total. 6.6.2 Verificar se o indicador de curso indica 0%, caso contrario ajuste para este valor. 6.6.3 Verificar a partida da válvula, no mínimo 05 (cinco) vezes, observando se a faixa morta se situa a tolerância do fabricante. 6.6.4 Fazer levantamento da curva de linearidade, no sentido ascendente do curso, observando se o erro se mantém dentro dos limites de tolerância. 6.6.5 Observar o ponto 100% do curso e se necessárioajustar retornando ao ponto 0% alternando os ajustes; 6.6.6 Verificar o comportamento da válvula no sentido ascendente do curso, observando se a histerese é compatível com o catálogo do fabricante. 6.6.7 Verificar e a classe de vedação da válvula, para submetê-la, caso necessário, ao teste de vedação conforme norma de instrução do fabricante. 6.6.8 Identificar com etiqueta auto-adesiva (resistente a intempéries) e preencher certificado de teste. INSTRUÇÃO TÉCNICA ET-3010.66-1200-914-SXX-105 CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE REV: A DATA: 21/11/06 FL. 5 DE 8 Montante válvula ar p/ fechar válvula reguladora de ar vent. válvula reguladora de ar Fig. 2 6.7 Teste de estanqueidade Fig. 3 6.7.1 As válvulas de controle tipo auto-operadas e as válvulas de controle tipo borboleta não sofrerão testes vedação. 6.7.2 Determinar, antecipadamente, as classes de vedação das válvulas de controle; 6.7.3 Estabelecida as classes de vedação e tolerância dos circuitos de teste a serem utilizados serão feitos testes pneumáticos. 6.7.4 A pressão aplicada à montante da válvula será mantida entre 40 – 60 PSI ou, nos casos em que o delta de pressão da válvula for inferior a este valor, a pressão de teste será igual ao delta de pressão máxima de operação. 6.7.5 Obtido o ponto correto, manter o atuador da válvula no valor de operação com a mesma totalmente fechada. 6.7.6 Imergir o tubo de prova no borbulhador (à jusante da válvula), não ultrapassando 6 mm. Quanto o comprimento de imersão. 6.7.7 Cronometrar o nº de bolhas / minuto da seguinte forma: 6.7.7.1 Contar cinco minutos sem analisar o resultado. Decorridos cinco minutos, acionarem o cronômetro, computando então o número efetivo de bolhas/minuto. 6.7.7.2 Caso constate vedação insuficiente, de acordo com a tabela II, proceder aos reparos necessários (limpeza ou retífica com pasta carborundum). Se constatado que a vedação estiver muito baixa, reprovar automaticamente. INSTRUÇÃO TÉCNICA ET-3010.66-1200-914-SXX-105 CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE REV: A DATA: 21/11/06 FL. 6 DE 8 ju s a n t e M o n t a n t e B o r b u l h a d o r v á l v u l a r e g u l a d o r a d e a r v á lv u l a r e g u l a d o r a d e a r Fig. 3 Tabela I - Classes de Vazamento Classe de Vazamento Definição de classe em função da vazão do vazamento Tipos de válvulas Classe I Qualquer válvula pertencente às classes II, III, IV, porém mediante acordo entre fabricante e usuário, não há necessidade de teste. Válvulas listadas nas classes, I, II, III, IV. Classe II Vazamento de até 0,5% da máxima capacidade da válvula Válvulas globo sede dupla, válvulas globo gaiola balanceadas com anel de selagem superfície de assentamento Metal-Metal. Classe III Vazamento de até 0,1% da máxima capacidade da válvula Válvulas listadas com pertencente a classe II porém possuindo uma maior força de assentamento. Classe IV Vazamento de até 0,01% da máxima capacidade da válvula Válvulas globo sede simples com assentamento metal-metal, válvulas sede simples balanceadas com anéis de vedação especiais, válvula de obturador rotativo excêntrico. Classe V 5X10(-4) cm(3) / MIN DE H20 POR POLEGADA DE Ø POR PSI DE ∆P / 5X10 (-12) M3 POR SEGUNDO DE ÁGUA X mm DE Ø ORIFÍCIO P/BAR DE ∆P. Válvulas listadas na classe IV, porém utilizadas com atuadores superdimensionadas para aumentar a força de assentamento. Classe VI Estanqueidade total. Válvulas globo com assentamento composto (soft seat). Válvulas borboletas revestidas por forro de elesfrômetros ou com anéis de vedação, válvulas esferas com anéis de TFE, válvula rotativo excêntrico com assentamento composto. INSTRUÇÃO TÉCNICA ET-3010.66-1200-914-SXX-105 CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE REV: A DATA: 21/11/06 FL. 7 DE 8 6.8 Tabela II – Vazamentos permissíveis (nas válvulas classe VI). Tabela II - Vazamento Permissível nas Válvulas Classe VI Diâmetro Nominal do Orifício de Passagem Vazamento Máximo Permissível Polegadas cm3/min Bolha/min 1 0,15 1 1½ 0,30 2 2 0,45 3 2½ 0,60 4 3 0,90 6 4 1,70 11 6 4,00 27 8 6,75 45 7 TESTE HIDROSTÁTICO 7.1 Executa-se o teste hidrostático final após a válvula ter concluído todas as diversas etapas referentes à sua manutenção, os requisitos e procedimentos para este teste são dados de acordo com o fabricante. 7.2 O teste hidrostático das partes das válvulas submetidas à pressão é efetuada com água ou outro líquido que não deve ultrapassar 52 0c (125 0F). 7.3 O tempo de duração do teste é de no mínimo 15 segundos para válvula de diâmetro até 2”, 1 minuto para válvulas de até 8” e de 3 minutos para válvulas de 10” ou maiores conforme tabela 4 da API 598. 7.4 Vistoria final da mesma, pelo inspetor que acompanhou a todos os passos do controle de qualidade constatando: nome do inspetor, data e visto. 7.5 Toda válvula deve ter plaqueta metálica constatando: o cliente, data, o tag, calibração, dimensões e classes, caso não tenha sido fornecida pelo fabricante, a plaqueta deverá ser providenciada antes da instalação. 7.6 Tamponar flanges com madeira ou papelão conforme o procedimento do cliente. 7.7 Emissão do certificado de manutenção em válvula de controle. 7.8 Transporte em engradados de madeira para área do cliente. 7.9 Instalação de válvula na área conforme plaqueta de identificação. 7.10 Companhamento dos testes na área (se necessário). 8 REGISTRO DE RESULTADOS 8.1 Deve ser emitido um certificado de Calibração de Válvula de Controle. INSTRUÇÃO TÉCNICA ET-3010.66-1200-914-SXX-105 CALIBRAÇÃO DE VÁLVULAS DE CONTROLE REV: A DATA: 21/11/06 FL. 8 DE 8 8.2 As válvulas reprovados devem ser tratados como produto não conforme de acordo com prescrição do tratamento de não conformidade. 8.4 Os resultados deverão ser registrados no SGC e as pendências na lista apropriada. 9 PADRÕES APLICÁVEIS COM-ST-01-CER-006 - Certificado de Calibração de Válvula de Controle SQ-13-SQC-06-FOR-01 - Relatório de Não Conformidade (RNC)
Compartilhar