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Introdução Fitopatologia 2014

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História da Fitopatologia 
Universidade Federal de Goiás 
Escola de Agronomia 
Disciplina: Fitopatologia 1 
2º Semestre / 2014 
Prof. Renato Andrade Teixeira 
 
renato.ateixeira@terra.com.br 
 
1. Introdução 
Fitopatologia – grega 
Phyton: planta; pathos: doença; logos: estudo 
 
Ciência que estuda as doenças das plantas 
em todos os aspectos: sintomatologia, 
diagnose, etilogia, epidemiologia e 
controle. 
 
Quatro grande grupo de agentes: fungos, bactérias, 
nematóides e vírus. 
O que é doença ? 
(Agrios ,2005) 
É o mal funcionamento da fisiologia da planta 
(hospedeiro), causada pela irritação contínua de 
um fator biótico (patógeno), ou abiótico 
(ambiente), que resulta no desenvolvimento de 
sintoma. 
 
Patógeno? 
• FITOPATOLOGIA 
– Fitopatologia é a área que busca entender os 
princípios e interações entre patógeno, 
hospedeiro e ambiente. 
– Avalia os sintomas e sinais causados por 
bactérias, vírus, fungos e nematóides em 
plantas atacadas para facilitar o seu 
diagnóstico. 
• FITOPATOLOGIA 
– Estuda também o emprego e a seqüência de 
medidas que reduzem ou eliminam os 
patógenos das áreas ou ambientes da 
produção agrícola ou dos produtos colhidos, 
auxiliando no monitoramento da sanidade do 
solo das áreas de produção. 
Doenças mais antigas: “Ferrugens” e “mildios” – 
Encontradas na Bíblia. – Primeiro registro de 
doenças 
 
Antiguidade: Gregos, hebreus e romanos - 
Castigos divinos (Deuses Robigo e Robigus) 
 * Romanos: 3 feriados relacionados a 
agricultura: 
 - Cereália – 12 a 19 de abril 
 - Robigália (sacrifícios aos deuses pedindo proteção a 
ferrugem dos cereais – morte raposa queimada viva) – 25 de abril 
 - Florália – 28 de abril 
 
 
Períodos do conhecimento das doenças de 
plantas. 
 Causa-efeito 
 
1.1 Período místico 
1.2 Período da predisposição 
1.3 Período etiológico 
1.4 Período ecológico 
1.5 Período atual 
1.1 Período místico 
- Remota antiguidade – início séc. XIX 
- Causas místicas – ausência de explicação racional 
- Final do período: botânicos - descrições doenças – com 
base na sintomatologia; 
 
- 1728, DuHamel de Monceau: 1º experimento 
fitopatológico – inoculação com sucesso de escleródios de 
Rhizoctonia violacea em diversas plantas 
-Tillet, 1755: cárie trigo era causada por fungo – Havia uma 
toxina ou substância venenosa no “pó preto” 
- Tozzetti, 1767: ferrugens e carvões – causado por fungos 
debaixo da epiderme das plantas. 
 
- Surgimento de fungos - Teorias de geração 
espontânea e perpetuidade das espécies (Lineu). 
- Doenças eram atribuída com base na sintomatologia 
e classificadas pelo sistema binomial 
1.2 Período da predisposição 
- início séc. XIX → Evidente associação fungos e pl. doentes 
 
-Prévost, 1807: Confirmou idéias de Tillet -Tilletia tritici – 
cárie do trigo. As teorias não eram estendidas a outras 
doenças – Cárie era exceção – geração espontânea. 
 
-Unger, 1833: doenças atribuídas distúrbios funcionais – 
desordens nutricionais – predispunham produção de fungos 
– considerados excreções que cresciam por geração 
espontânea --- Sob determinadas condições, qualquer 
planta produziria fungos (Relacionando doença e ambiente) 
-Micologistas- catálogos fungos – pl. doentes: Uredinales, 
Ustilaginales, Erysiphales ... 
- De Bary, 1853: requeima da batata – 
Phytophthora infestans – idéias revolucionárias 
De Bary – Pai da Fitopatologia e criador da Moderna Micologia 
1.3 Período etiológico 
- Início com De Bary e Kuhn 
 
- Microbiologia: Pasteur, 1860 → provou origem 
bacteriana de doenças em humanos e animais e 
acabou com a teoria da geração espontânea 
 
- Koch, 1881: Postulados de Koch – determinação 
exata dos patógenos. 
 
- Biologia: teoria da evolução Darwin contrapunha-se 
a perpetuidade das espécies de Lineu 
 
- Postulados de Koch: 
 O microrganismo deve estar sempre presente nas lesões 
das plantas doentes (ASSOCIAÇÃO CONSTANTE); 
 
 O microrganismo deve ser isolado e cultivado em CULTURA 
PURA; 
 
 O microrganismo isolado, deve REPRODUZIR OS 
SINTOMAS quando inoculado em uma planta sadia; 
 
 O microrganismo deve ser REISOLADO da planta inoculada 
artificialmente e corresponder, em todas as suas 
características, com o isolado das lesões. 
- Fitopatologia surge como ciência: 
- Descrição das principais doenças: oídios, míldios, ferrugens, 
carvões – estudadas com detalhes 
- Novas descobertas: 
- Burril, 1876: bactéria em pereira – inicio da bacteriologia vegetal 
(Hoje sabe o causador: Erwinia amylovora) 
- Mayer, 1886: caráter infeccioso viroses em fumo; 
- Berkeley, 1855 – Nematóide formador de galhas (Meloidogyne 
spp.) 
- Millardet, 1882: CALDA BORDALESA – 1º fungicida 
- Fitopatologistas: relato de novos parasitas – provar sua 
natureza parasitária 
Calda Bordalesa 
- Diferentes Proporções: 
- Sulfato de Cobre (CuSO4) 
- Cal Virgem (CaO) 
- Diluídos em Água. 
 
- Mais comum é a proporção 10:10 
- 100 litros de calda – 1000 g de Sulfato de Cobre e 
1000 g de Cal Virgem. 
1.4 Período ecológico 
- Inicia após a catalogação das principais doenças e 
seus agentes. 
- Reconhece a importância vital do meio ambiente – 
manifestação da doença; 
- Estudos climáticos, edáficos, nutricionais, 
estacionais e outros; 
- Doenças passaram a ser vista: interação planta-
meio-patógeno; 
- Hospedeiro-ambiente-patógeno 
- pesquisas: resistência e predisposição das espécies 
aos patógenos, genética e melhoramento; 
 
- variabilidade dos fitopatógenos: formae speciales, 
raças fisiológicas, variedades, biótipos, etc. 
 
- 1913 - fungicidas mercuriais orgânicos – trat. 
sementes; 
- 1934 - fungicidas orgânicos (tiocarbamatos). 
1.5 Período atual 
- Déc. 40 e 50: Várias pesquisas - fisiologia de 
fungos e de plantas e Progresso da doença em 
condições de campo; 
 
Fatos foram relacionados e novas teorias 
estabelecidas na relação planta/patógeno e 
a resultante - DOENÇA 
 
- Novas abordagem: fisiológica e epidemiológica – 
Princípios de Infecção de Plantas, Gaumann, 1946. 
-Abordagem fisiológica: A doença passa a ser 
encarada com base nas relações fisiológicas, 
dinâmicas, entre a planta e o patógeno 
 
-Abordagem epidemiológica: Baseada numa visão 
de como a doença cresce no campo 
 
-Nova tendência: “Período biotecnológico ??”– Últimos anos 
- Cultura de tecidos 
- Biologia molecular → plantas transgênicas resistentes a 
diversas doenças e o sequenciamento genômico de 
microorganismo tem sido realidade 
(gene R) 
1.6 Fitopatologia no Brasil 
 
 Fim do séc. XIX: Duas linhas diferentes e paralelas: 
 
- Levantamento de fungos - classificação e 
catalogação, sem preocupar com a importância da doença 
 
- Estudo de doenças que afetavam as culturas de 
interesse econômico – propondo soluções para diminuir os 
efeitos e prejuízos. 
 
- Fitopatologia na graduação: início do séc. XX - ESALQ; 
 Pós-graduação: 1964 
Cursos de pós-graduação em fitopatologia no Brasil: 
 Piracicaba: Mestrado (1964), Doutorado (1970); 
 Brasília: Mestrado (1976), Doutorado (1991); 
 Viçosa: Mestrado (1977), Doutorado (1978); 
 
 - 1966 - Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF); 
- 1967 – Grupo Paulista de Fitopatologia (GPF); 
 
- 1975 – Summa Phytopathologica – GPF; 
- 1976 – Fitopatologia Brasileira (Tropical Plant Pathology)– 
SBF. 
 2. Importânciadas doenças de plantas 
 
2.1 A humanidade faminta 
- 340 a 730 milhões de pessoas não têm acesso a uma 
dieta com calorias suficientes para uma vida saudável. 
 
- Sul da Ásia, África e América Latina → dieta de ↓↓↓ 
calorias. 
 
- Soluções: controle natalidade; 
 melhoria poder compra nações pobres; 
 aumento global produção alimentos. 
Figura – População mundial real (1940 a 1990) e projetada (2025) 
(Agrios, 1997). 
2.2 Produção vegetal e danos 
O ↑ da produção de alimentos: 
- ↑ superfície explorada; 
- ↑ uso de fertilizantes; 
- métodos de cultivo + eficientes; 
- variedades melhoradas; 
- proteção vegetal + eficiente (insetos, patógenos e 
plantas daninhas) – Reduzir danos. 
 
Figura – Danos médios, em porcentagem, causados às culturas por insetos, 
plantas daninhas e patógenos, em diversas regiões do mundo 
Figura – Danos médios, em porcentagem e em dólares, causados às 
culturas por insetos, plantas daninhas e patógenos, em diversas regiões do 
mundo. 
Figura – Danos médios pré-colheita, em porcentagem, para diversas 
culturas, causados por insetos, plantas daninhas e patógenos. 
2.3 Algumas epidemias famosas 
 
2.3.1 Fome, morte e emigração: Irlanda 1845-1846 
 
- Batata - 1570 introduzida na Europa – 1670 
domesticada 1845 base da alimentação 
 
- batata – base alimentação Norte da Europa 
Ocidental; 
→ alta produtividade; 
 fácil adaptação e 
 alto valor nutritivo. 
 
→ sopa de batata – café da manhã 
 batata cozida – almoço 
 batata assada – jantar 
- Junho de 1845: requeima na Bélgica - 2 semanas 
após → Flandres e Holanda → França → Agosto - 
sul Inglaterra 
- Setembro - Irlanda: 25% queda produção 
- 1846: 80% perda → 2 milhões mortos 
 1 milhão emigrantes 
“Seria aquele fungo, invariavelmente associado às plantas 
atacadas, a causa ou a consequência da doença” - 
Predisposição 
 
- Vários pesquisadores – associado a requeima da 
batata a um fungo 
 
- ausência de provas conclusivas e confiáveis 
 
- Adeptos da “Teoria da Geração Espontânea” 
afirmava que a doença era devido ao frio e não ao 
fungo. 
 
- Atraiu a atenção de De Bary: Constatou Zoósporos, 
estudando o desenvolvimento micelial e 
sobrevivência no inverno do fungo – Identificando e 
classificando o fungo causador da doença 
Phytophtora infestans – requeima da batata 
REQUEIMA 
Phytophthora infestans 
Figura – Evolução das populações da Irlanda e da Inglaterra no período de 
1821 a 1881 (Gregory, 1983). 
8,3 milhões (1846) – 5,2 milhões (1876) 
2.3.2 A catástrofe de Bengala 
Exercito japonês às portas da Índia Oriental 
- 1942 – Bengala – hoje Índia e Bangladesh 
Dependência do Arroz para alimentação 
arroz – Helminthosporium oryzae 
 (Bipolaris oryzae) 
 ↓ 
 50% perda variedades precoces 
 75 a 90% variedades tardias 
 ↓ 
 2 milhões de mortos 
Brimânia – ocupada pelo Japão – não podiam importar 
Ingleses – não puderam ajudar. 
2.3.3 Os ingleses e o chá 
- Café – Ceilão (Sri Lanka) → exportação 
Inglaterra 
- 200 ha 1835 – 200 mil ha em 1870 
- 1869 – ferrugem: Hemileia vastatrix 
 ↓ 
 50 mil ton → ZERO 
- Consequências: 
 
- Produção de café caiu a praticamente zero; 
- Falência de 417 plantadores de café; 
- Trabalhadores indianos foram repatriados; 
- Fome dos nativos. 
- Ingleses – outra bebida, quente e estimulante: chá 
- Ceilão: 500 ha → 1880, 140 mil ha de chá 
- Ingleses passaram a bebedores de café para 
bebedores de chá 
2.3.4 O fogo de S. Antônio 
- centeio, Claviceps purpurea → esporão 
 escleródio 
 ↓ 
 alcalóides – LSD 
 
- sintomas quando ingeridos: aborto; 
 formigamento dedos dos pés e mãos; 
 febre → morte ou problemas mentais 
 dedos caem dos pés 
 Alucinações 
1095- Papa Urbano II – ordem de S. Antônio – tratar 
doentes – fogo de S. Antônio. 
-França, 1951 – Pont- Saint- Esprit: 300 doentes; 
 5 mortos; 
 vários loucos. 
 
 
Bruxas de Salém 
 
2.3.5 Helminthosporium maydis e os hambúrgueres 
perdidos 
 
- Produtores de milho hibrido: 
- déc. 50 – linhagem ♀ com pólen estéril; 
 
- Final da década todo milhos dos EUA era provindo de 
linhagens macho-estéril 
 
- 1970 – H. maydis, Flórida – 2 meses – Norte; 
- 15 dias após estava em todos os Estados nordeste 
americano 
- Prejuízos: 15% = 20 milhões de toneladas 
 ↓ 
 30 bilhões de hambúrgueres 
 
 
2.4 Epidemias brasileiras famosas 
 
 
2.4.1 O mosaico da cana-de-açúcar (Sugarcane 
mosaic virus – SCMV e Sorghum mosaic virus 
– SrMV) 
 
- Vírus introduzido no Brasil → déc. 20 
 
- Toletes contaminados da Argentina 
 
- Saccharum officinarum – cana nobre → ↑↑↑ 
suscetível ao mosaico 
- Disseminação rápida do vírus. 
 
- 1922-1925 → 1250 mil sacos açúcar, 6 milhões L 
álcool 
 ↓ 
 220 mil, 2 milhões L 
 
 
2.4.2 A tristeza dos citros (Citrus tristeza virus – 
CTV) 
 
 - Final déc. 30: SP – Causa desconhecida: 
 
crescimento paralizado; produção diminuída; seca 
generalizada galhos e morte. 
 
- laranja doce/ laranja azeda → 80% pomares 
 ↓ 
 resistente à Phytophthora - Gomose 
-9 milhões de árvores morreram em 10 
anos. 
 
- solução: trocar laranja azeda → limão 
cravo 
2.4.3 O cancro cítrico (Xanthomonas axonopodis 
pv. citri) 
- 1957- Presidente Prudente; 
- controle: erradicação 
- 1957-1979: 2 milhões de árvores destruídas. 
 
 
 
(X. axonopodis pv. citri) 
2.4.4 O mal do Panamá e a banana maçã 
- Fusarium oxysporum f. sp. cubense 
- Piracicaba 
- 1930 – SP – grupo AAB – maçã, prata e ouro 
 ↓ 
 extremamente suscetíveis 
- Exploração das variedades tornou-se nômade – 
Oeste. 
 
- Erro fatal: mudas de novos plantio eram obtidas de 
plantas doentes. 
- Ignorância do produtor ou rizomas nem sempre 
apresentam sintomas da doença 
 
- Banana Maçã de SP não existe mais. 
 
- Grupo Cavendish – Nanica e Nanicão - resistente 
 
2.4.5 Carvão de cana-de-açúcar (Ustilago 
scitaminae) 
 
- 1946 – Chicotes de carvão - Assis - SP 
 
- Déc. 40 a déc. 80; 
 
- POJ36 e POJ213 – altamente suscetíveis – 100% 
de touceiras doentes 
- Substituição de variedade e cuidado na produção de 
mudas; 
- 1975 – PROALCOOL – Área plantada SP: 
- 760 mil ha - 1976 
-2 milhões ha - 1986 
- Expansão com uma única cultivar (45% da área): 
NA56-79 – moderadamente suscetível ao carvão 
- Governo limitou a área plantada com a variedade: 
- 20% setembro 1985 a junho 1986 
- 10% da área 
 - SP70-1143 – mais resistente 
2.4.6 O mal das folhas da seringueira 
- Inícioséc. XX – produção borracha natural – 
floresta amazônica (Brasil e Peru) 
- 1928 – Fordlândia – 4000 ha seringueiras 
 ↓ 
 Microcyclus ulei 
 ↓ 
 abandonado em 1934 
Belterra: 
1934- 6478 ha plantados 
1942 novamente abandonado 
Porto de Fordlândia, construção da Companhia Ford Industrial do Brasil 
Belterra 
Fordlândia 
(Itaituba) 
- 1876 – Botânico inglês (Sir Henry Wickham) 
coletou sementes de Hevea no Para e enviou 
para Londres 
- As mudas foram enviadas para Sri-Lanka 
- plantios: Tailândia, Indonésia e Malásia (90% da 
produção mundial) 
 
- Brasil: 
- 1912 – maior produtor 
- 1951 já era importador 
Microcyclus ulei 
2.5 Epidemias brasileiras atuais 
 
 
2.5.1 Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis) 
-1998 → Amazonas 
- AC, RO, MT, PA, AM, RR, MS, SP, PR, SC, RS, 
MG 
 → ↑ custo produção 
 ↑ danos e ↓ qualidade de frutos 
 
 
 
 
 
 
2.5.2 Ferrugem asiática na soja (Phakopsora 
pachyrhizi) 
- 2001 → Sul do Brasil 
 
- 2002 → 60% das regiões produtoras brasileiras 
 
- 2002 a 2005 → ↓12,4 milhões de t 
 custo ferrugem: US$ 5,143 bi 
 
 
 
2.5.3 Mosaico dourado do tomateiro –
Geminivírus 
 
- Bemisia tabaci biótipo B - Vetor 
 
GREENING 
Candidatus liberibacter 
asiaticus 
africanus 
americanus 
Huanglongbing = Doença do Dragão Amarelo 
Huanglongbing em citros 
Psilídeo dos citros: Diaphorina citri 
HUANGLONGBING 
sintomas 
Nematóide de cisto da soja (Heterodera 
glycines, 1991-1992) 
OCORRÊNCIA 
Estados Unidos, Canadá, Brasil, Argentina, Colômbia, China, Japão, 
Indonésia, Coréia, ex-União Soviética. 
Chapadão do Céu 
BRASIL – Safra 1991/1992 
2,5 milhões ha. 
Infestado 
Nova Ponte 
Campo Verde 
BRASIL - Atualmente 
DOENÇAS BIÓTICAS IMPORTANTES 
Requeima 
Brusone 
Ramulose 
Cancro da haste 
Nematóide do cisto 
Oídio da soja 
Cancro cítrico 
CVC 
Podridão parda 
Vassoura de brucha 
Mancha marrom (trigo) 
Mancha reticulada (cevada) 
 
Mal do Panamá 
Sigatoka negra 
Mosaico da banana 
Moko da banana 
Ferrugem do cafeeiro 
Namatóide da necrose 
Fusariose do abacaxi 
Meleira 
Mosaico do mamão 
Antracnose do mamão 
Crestamento amarelo (trigo) 
Sarna da macieira 
Citrus greening 
 
2.6 Tipologia de danos 
Nem toda doença de planta é catastrófica, porém, 
esporadicamente pode provocar: 
- Perda de vidas humanas; 
- Falência de bancos e produtores; 
- Mudança de costume de toda uma nação; 
- Intoxicações que levam a loucura; 
- Perda de milhões de ton. de milho; 
 
- Colapso da agro-indústria açúcar; 
- Colapso da citricultura; 
- Desaparecimento var. preferidas pelos 
consumidores; 
- Restrição do plantio de variedades produtivas; 
-Abandono de cidades inteiras. 
 
- São exemplos extremos, reais, mas de 
ocorrência esporádica 
 
Nem toda doença é catastrófica! 
1- Pode ocorrer na ausência de medida de controle 
2- já ocorreram e que ainda estão ocorrendo 
3- danos na quantidade, qualidade e capacidade futura de 
produção 
4- Efeitos econômicos e sociais das doenças de plantas 
além do impacto agronômico imediato 
5- pré e pós-colheita devidos às doenças de plantas 
6- danos na capacidade futura de produção 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
DOENÇA X INJÚRIA 
DANO FÍSICO: 
RAIOS; GRANIZO 
PICADAS OU CORTES: INSETOS 
Perguntas: 
1- Importante personagem da história da Fitopatologia, por muitos 
considerados como o pai desta ciência, por conseguir provas científicas de 
que as doenças de plantas eram causadas por microorganismos . 
 
2- Festa realizada na era romana onde havia sacrifício de animais, por 
crença que a ferrugem dos cereais era um castigo divino. 
 
3- Período da história da fitopatologia quando se reconheceu a importância 
vital do meio ambiente na manifestação da doença . 
 
4- Personagem que em 1755, havia suspeitado ser a cárie do trigo causada 
por um fungo, contrariando o pensamento predominante da época, tendo 
suas idéias confirmadas mais de meio século depois, 
 
5- Personagem da história que confirmou as idéias anteriores de Tillet que 
havia hipotetizado ser um fungo o causador da cárie do trigo 
De Bary 
 
 
Robigália 
 
 
 
Ecológico 
 
 
 
Tillet 
 
 
 
Prévost 
6- Livro onde são encontradas as mais antigas referências sobre 
doenças de plantas. 
 
7- Período da História da Fitopatologia em que se acreditava que os 
fungos eram originados nas plantas por geração espontânea, ou seja, 
eram as doenças que produziam fungos e não o contrário. 
 
8- Primeiro período da história da fitopatologia em que se acreditava que 
as doenças eram resultados de castigos divinos 
 
9- Grupo de fungicidas orgânicos descobertos na década de 30 por 
Tisdalle e Williams 
 
9- Primeiro fungicida descoberto, por acaso, por Millardet na França, 
observando sua ação anti-fúngica em videiras 
Biblia 
 
 
 
 
Predisposição 
 
 
 
Místico 
 
 
 
Tiocarbamatos 
 
 
 
Calda Bordalesa 
Coleta e transporte de amostras 
 
- Folhas, frutos, raízes com sintomas iniciais e 
adiantados de infecção; 
- Arrancar as plantas cuidadosamente, sem puxa-
las 
- Enviar a planta inteira que apresente os primeiros 
sintomas, incluindo raízes com solo aderido 
- Árvores de grande porte, coletar as raízes junto 
com torrão de solo, na área da projeção da copa. 
 
Acondicionamento e remessa ao laboratório 
 
- Envolver cada amostra de planta em papel 
resistente e colocar em saco plástico 
- Vegetais frágeis e frutas devem ser 
acondicionados separadamente 
- Enviar amostras em sacos plásticos bem fechados 
- Identificação: dados do produtor, propriedade, 
cultura, cultivar, sistema de irrigação, local e 
data da coleta 
- Enviar logo após a coleta, acondicionar em 
geladeira, no máximo durante três dias 
- Programar a chegada das amostra no laboratório 
em dias úteis. 
Conservação de estruturas permanentes 
 
- Museu Líquido 
- Plantas ou partes de plantas doentes 
conservadas em meio líquido 
- Finalidade: 
 - Diagnose, levantamento fitopatológico, 
intercâmbio, Fins didáticos, Manutenção de 
estruturas de patógenos. 
- Material: Suculento e/ou pouco lenhoso (rico 
em água) 
 
Procedimento: 
- Lavar o material – tirar o pó; 
- Fixar em sulfato de cobre a 5% (6 a 24 horas) – 
não perder a cor; 
- Lavar em água corrente (2 a 6 horas) 
- Colocar o material em liquido conservante (15 a 
20 ml de ácido sulfuroso {6 a 9%} + 1,0 L de água) 
- Fechar hermeticamente – sem ar no vidro 
- Identificar com etiqueta: Hospedeiro, Agente 
causal, Quem fez, Local e data. 
Pode durar até 50 anos 
Problemas: 
- Espelhamento; 
- Liberação de pós; 
- Entrada de ar – evaporação do ácido sulfuroso 
Vantagens: 
- Forma e cor – colhidos no dia 
-Herbário fitopatológico 
 
-Plantas ou partes de plantas dessecadas visando 
a conservação do material doente. 
 
- Finalidade: 
 - Diagnose, levantamento fitopatológico, 
intercâmbio, Fins didáticos, Manutenção de 
estruturas de patógenos. 
 
- Material: Pouco suculento e/ou Lenhoso 
Dessecamento: 
- Prensa: livro, madeira; 
- Fonte de calor: Energia solar,estufa, 
 ferro elétrico, 
 forno de microondas. 
Armazenamento: 
- Papel não poroso 
- Contato com a atmosfera, Naftalina (ácaro e insetos) 
Problemas: 
- Modifica a cor; 
- As vezes altera a forma 
- Manuseio cuidadoso 
 
Vantagens: 
- Barato; 
- Simples; 
- Fácil de executar; 
- Não emprega substâncias químicas. 
Meios de cultura 
 
- Utilizado para “cultivar” microrganismos utilizando 
soluções e substâncias nutritivas necessárias ao seu 
crescimento e reprodução. 
- Exigem carbono e nitrogênio além de potássio, 
fósforo, enxofre, magnésio, zinco, manganês e 
vitaminas. 
- O Meio vai depender do Microrganismo 
Alguns meios de cultura 
 
- Meio ágar-agar (AA) 
- Meio Batata-sacarose-ágar (BSA) 
- Meio cenoura-ágar (CA) 
- Meio Suco V8-ágar (Tomate, cenoura, aipo, beterraba, 
alface,espinafre, salsa e agrião, além de sal) 
- Meio de caldo de vegetais-ágar (CVA) 
- Meio Czapek-dox-agar 
- Meio extrato de malte-agar (MEA) ou meio malte-ágar 
(MA) 
- Meio batata-dextrose-ágar (BDA) 
 Meio universal – suporta o crescimento da 
maioria dos fungos 
 Usado mundialmente em rotina de laboratórios 
 
 
Componente Quantidade 
Extrato de batata 200 g 
Dextrose (= D-glicose) 20 g 
Ágar 17 – 20g 
Água destilada 1.000 ml 
121 ºC/ 15 min 
Isolamento de fungos fitopatogênicos. 
 
- Isolamento Direto: Transferência, com o auxílio de 
um estilete, de estruturas do patógeno (esporos, 
hifas, escleródios) diretamente do órgão infectado 
para o meio de cultura. 
 
 
- Isolamento Indireto: Transferir, para o meio de 
cultura, porções infectadas de tecido do 
hospedeiro ou sementes infectadas.

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