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Casos concretos Penal 2 CASOS COM RESPOSTA

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Casos concretos Penal II 
 
Semana 01: 
 
!) Ricardo, menor inimputável com 14 anos de idade, disse para Lúcio, maior de idade, que pretendia subtrair 
aparelhos de som (CD player) do interior de um veículo. Para tanto, Lúcio emprestou-lhe uma chave falsa, plenamente 
apta para abrir a porta de qualquer automóvel. Utilizando a chave, Ricardo conseguiu seu intento. Na situação acima 
narrada, quem é partícipe de furto executado por menor de idade responde normalmente por esse crime? 
Fundamente sua resposta de acordo com a teoria adotada pelo código penal quanto a natureza jurídica da participação 
DANDO BIZÚ: Você tem que falar sobre a ACESSORIEDADE LIMITADA obrigatoriamente. Se quiser complementar 
pode citar também sobre o art. 29 – CP na parte final: “Na medida da sua culpabilidade” e falar sobre o princípio da 
Individualização da Pena. 
Modelo de resposta: Sim, o partícipe responde pelo crime mesmo que o autor seja inimputável por ser menor, o 
que exclui a culpabilidade, segundo a Teoria da Acessoriedade Limitada. Porém será levado em conta a medida da 
culpabilidade, pois a participação deve ser avaliada individualmente pela conduta de cada agente dentro do caso 
concreto, seguindo o princípio da Individualização da Pena. 
Modelo da professora: A participação será sempre considerada acessória à conduta Principal pois sem a conduta 
principal não há que se falar em punição do partícipe. Certo é que quem é partícipe de furto executado por menor 
responde normalmente pelo crime pois pela Teoria da Acessoriedade Limitada basta que o autor do fato pratique 
um fato típico e ilícito, ainda que não culpável. 
 
2) Caio, com a intenção de matar, coloca na xícara de chá servida a Tício certa dose de veneno. Mévio, igualmente 
interessado na morte de Tício, desconhecendo a ação de Caio, também coloca certa dose de veneno na mesma xícara. 
Tício vem a falecer por efeito combinado das duas doses ingeridas, já que cada uma delas, isoladamente, seria 
insuficiente para produzir a morte, segundo conclusão da perícia. Caio e Mévio agiram individualmente, cada um 
desconhecendo o plano, a intenção e a conduta do outro 
A) Caio e Mévio respondem, como coautores, por homicídio doloso, qualificado, consumado. 
B) Caio e Mévio respondem por lesão corporal dolosa, seguida de morte. 
C) Caio e Mévio respondem cada um, por homicídio culposo. 
D) Caio e Mévio respondem por tentativa de homicídio doloso, qualificado. (CORRETO) 
 
3) Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de entidade paraestatal, valendo-se da facilidade que 
lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstância, entretanto desconhecido por Eduardo. Mais tarde, em local 
seguro, dividem o produto do crime, quando são surpreendidos pela polícia e presos em flagrante, sendo apreendido 
todo o dinheiro subtraído, enfim devolvido à vítima. Entende-se que: 
A) Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado. 
B) Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados. (CORRETO) 
C) Bruno e Eduardo cometeram furto tentado. 
D) Bruno cometeu apropriação indébita e Eduardo cometeu furto. 
 
 
 
Semana 02: 
 
1) Hercílio e Arnaldo, em unidade de desígnios e fortemente armados, no dia 15 de Março de 2011, por volta das 
23h, invadiram a residência de Hélio e Maria Rosa, na zona rural de Nova Iguaçu de Goiás, amarraram o casal 
e seus filhos Vitória e Lélio, de 12 e 8 anos, cerceando sua liberdade pelo período de duas horas, causando-
lhe extremo temor e traumas indeléveis. Durante o referido lapso temporal, os agentes vasculharam toda a 
casa e separaram alguns bens que a guarneciam (televisão, aparelho de som e alguns eletrodomésticos) para 
posterior subtração. Findo este prazo, levaram o casal à área externa da residência, com mãos e pés 
amarrados, os obrigaram a se ajoelhar no gramado e lhes deferiram dois tiros pelas costas, tendo as vítimas 
morrido instantaneamente. 
Do feito, Hercílio e Arnaldo restaram denunciados e condenados pelos delitos de latrocínio consumado 
(roubo seguido de morte) em concurso formal de crimes. Inconformados com a decisão proferida 
interpuseram apelação criminal com vistas à reforma do julgado e consequente descaracterização de 
incidência do art. 70 - CP, sob o argumento de que apenas ocorrera uma subtração patrimonial e a morte de 
duas vítimas, o que configura crime único de latrocínio e não concurso formal impróprio. Anteposto, com base 
nos estudos realizados sobre o tema concurso de crimes responda de forma objetiva e fundamentada: a 
pretensão dos agentes é procedente? 
DANDO BIZÚ: O objetivo da questão é ver se você sabe o que é concurso formal de crimes e suas possíveis 
aplicações, PERFEITO OU PRÓPRIO E IMPERFEITO E IMPRÓPRIO. Um jeito fácil de você gravar a diferença 
entre eles é lembrando da letra I de INTENÇÃO. Sempre que o agente tiver a INTENÇÃO...será IMPERFEITO 
(DOLO + DOLO), caso não tenha ela vai ser PERFEITO (DOLO+CULPA ou CULPA+CULPA). Se você quiser citar 
o art. 70 – CP , o informativo 494 STJ ou a súmula 610 a professora vai te achar sinistro! 
 
Modelo de Resposta: É improcedente o requerimento dos agentes com base no informativo 494/STF 
juntamente a súmula 610/STF, onde dispõe que será aplicado o concurso formal IMPROPRIO ou IMPERFEITO 
no crime de latrocínio, pois ele vai se efetivar com a consumação do homicídio da vítima, mesmo que a 
subtração não tenha sido concluída. 
 
Modelo da professora: Segundo a súmula 494-STJ, a pretensão dos agentes não deve prosperar pois de 
acordo com a súmula 610/STF, há crime de latrocínio quando o homicídio se consuma, ainda que o agente 
não concretize a subtração de bens da vítima. Em outras palavras, deve-se aplicar o concurso formal de 
IMPROPRIO entre os delitos de latrocínio em razão dos dois resultados morte, ainda que tivesse sido 
efetuada apenas uma subtração patrimonial (patrimônio do casal) 
 
2) Simplício ingressou em um ônibus linha Centro- Jardim Violeta, no centro da cidade do Rio de Janeiro com o 
dolo de subtrair pertencentes dos passageiros. Meia hora após o ingresso no ônibus sentou ao lado de um 
passageiro que cochilava e subtraiu-lhe a carteira dentro da mochila sem que ele percebesse. Em seguida, 
com o emprego de grave ameaça, atemorizou Abrilina e Lindolfo, obrigando-os a entregar seus celulares. Ante 
o exposto, sendo certo que, no caso do primeiro passageiro Simplício praticou o delito de furto e, no caso de 
Abrilina e Lindolfo, os delitos de roubo, diferencie de forma objetiva e fundamentada concurso material e 
concurso formal de crimes a partir dos sistemas de aplicação de pena adotados em cada instituto e apresente 
o sistema aplicável ao caso concreto. 
DANDO BIZÚ: O enunciado é claro no que ele quer. Simplesmente explique o que é concurso material de 
crimes e diga onde ele se aplica no caso do Simplício e faça o mesmo com o concurso formal de crimes (não 
esquecendo de escrever se no formal vais e aplicar o PROPRIO OU IMPROPRIO). Se quiser complementar 
pode citar o art. 69,70 – CP. 
 
Modelo de resposta: O concurso material de crimes, quando houver mais de um crime e mais de uma 
conduta, será aplicado no delito de furto. Já o concurso formal de crimes, quando há mais de um crime em 
uma única conduta, será aplicado no delito de roubo, mais especificamente será o concurso formal 
impróprio, onde há dolo com desígnios autônomos. Em ambos também é aplicado o sistema de cúmulo 
material, o qual somam-se as penas. 
 
Modelo da professora: Simplício praticou delitos de roubo em concurso formal IMPERFEITO de cumes e em 
concurso material de crimes com o delito de furto, sendo, portanto, aplicável o sistema do cúmulo material 
de aplicação de penal (art. 69,70 – CP). 
 
 
3) Otelo objetiva matar Desdêmonapara ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu favor. Para 
tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte. Todavia, a bala atravessa o 
corpo de Desdêmona e ainda atinge Lago, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais. 
Considerando-se que Otelo praticou crime de homicídio doloso qualificado em relação a Desdêmona e, por 
tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como que praticou crime de lesão corporal leve em 
relação a Lago, tendo recebido pena de 2 meses de reclusão, é correto afirmar que: 
 
A) O juiz deverá aplicar a pena mais grave e aumenta-la de um sexto até a metade. (correto) 
B) O juiz deverá somar as penas. 
C) É o caso de concurso formal homogêneo. 
D) É caso de concurso forma Impróprio. 
 
4) Sobre o concurso Material de Crimes, concurso Formal de Crimes e Continuidade Delitiva, assinale a 
INCORRETA: 
 
A) No caso do crime continuado, o ordenamento jurídico pátrio adotou a teoria da ficção jurídica, segundo a 
qual a unidade delitiva caracteriza-se como criação da lei. 
B) No caso de incidência de concurso formal de crimes se a pena calculada pelo sistema do cúmulo material 
será aplicada este. Tal situação denomina-se concurso material benéfico. 
C) Os desígnios autônomos, característicos de concurso formal imperfeito de crimes, aplicam-se a delitos 
dolosos e culposos. (correta) 
D) No caso de conflito de leis penais no tempo não se aplica o princípio da irretroatividade da lei penal mais 
gravosa para as condutas praticadas em continuidade. 
 
Semana 03: 
1) Adalto Cleto, Linaldo Reis e Ronaldo Mello, comerciantes de equipamentos de informática, foram denunciados 
pela suposta prática dos crimes de descaminho e associação criminosa em concurso material de crimes, por 
terem sido flagrados transportando no carro do corréu peças de Informática de procedência estrangeiras 
vindas do Paraguai desacompanhadas da documentação legal, bem como por, supostamente, tê-las 
introduzido clandestinamente no país. 
O flagrante delito foi convocado em prisão preventiva sob o fundamento de que os corréus, caso 
soltos, incrementariam risco à ordem pública ou econômica e à conveniência da instrução criminal. 
Sendo certo que as penas máximas em abstrato alcançam, respectivamente, 4 e 3 três anos de 
reclusão e que, por tanto, poderão vir a ser substituídas por penas restritivas de direito consoante o disposto 
no artigo 44 – CP caso os corréus sejam definitivamente condenados, na qualidade de advogado dos corréus 
apresente a tese defensiva a ser sustentada em sede habeas corpus para fim da concessão da liberdade 
provisória ao respectivo tribunal regional Federal. 
Responda de Forma Objetiva e fundamentada de acordo com os princípios norteadores da penal criminal. 
 
 
 
DANDO BIZÚ: nessa questão você tem que lembrar das penas de DETENÇÃO (aberto até 4 anos e semiaberto até 8 
anos) e RECLUSÃO (aberto até 4 anos, semiaberto entre 4 e 8 anos e fechado pra mais de 8 anos), mas se não lembrar 
só o art. 44 – CP também pode te ajudar a resolver. Pra piorar a salada, quando você for escrever a resposta, é 
interessante citar o PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. Como a professora não corrigiu este 
caso, coloquei três modelos: 
Modelo de resposta 1: Por força do art.44 – CP, no final do processo a pena privativa de liberdade, por não exceder 
os 04 anos, será revertida em pena restritiva de direitos. Baseado no princípio da proporcionalidade da pena, deverá 
exercer função específica ao crime cometido, de acordo com o caso concreto 
Modelo de resposta 2: No caso deve ser aplicado o princípio da proporcionalidade, uma vez que o fato do agente 
ficar preso é mais gravoso do que quando o agente receber sua pena, já que os mesmos responderão no regime 
aberto. 
Modelo de resposta 3: Pode-se aplicar o art. 44, caput e inciso I – CP, revertendo a pena privativa de liberdade para 
pena privativa de direitos, já que o caso enquadra-se perfeitamente no artigo citado. Além disso o Princípio da 
Razoabilidade e Proporcionalidade também podem ser invocados, pois não existe razoabilidade mantê-los presos 
durante o processo já que estes responderão no regime aberto 
2) Com relação à teoria da Sanção penal, analise as assertivas abaixo e assinale as opções corretas: 
I. O ordenamento Penal vigente adotou o sistema progressivo de execução de pena, segundo o qual no 
curso cumprimento da pena preenchido os requisitos de natureza objetiva e subjetiva estabelecidos em 
lei, o condenado poderá progredir de um regime mais severo para um menos severo para o cumprimento0 
de pena. Todavia, é inadmissível o contrário, ou seja, a regressão de regimes de cumprimento de pena de 
um regime menos severo para outro mais severo de cumprimento de pena. 
II. O réu primário e de bons antecedentes, condenado pela prática de crime hediondo praticado 
anteriormente à alteração da lei de crimes hediondos, cumprirá sua pena em regime integralmente 
fechado. 
III. O sistema penal brasileiro consoante o disposto no art. 59 – CP, em relação às funções e finalidades, 
adotou a teoria mista ou unitária, segundo a qual há a conciliação entre as finalidades de prevenção geral 
e especial e o caráter retributivo da pena. 
 
a) As assertivas I e II estão corretas. 
b) As assertivas I e III estão corretas 
c) Somente a assertivas III está correta. (correta) 
d) As assertivas II e III estão corretas 
e) Todas as assertivas estão corretas 
3) Sentença penal condenatória determinou a aplicação da sanção de pena privativa de liberdade ao réu e a decretação 
do perdimento de bens que, nos termos da lei, acabaram por afetar seus familiares, exatamente no montante do 
patrimônio transferido pelo réu. Considerando essa situação hipotética e os Princípios Constitucionais que regem no 
Direito Penal, assinale a alternativa correta. 
 
A) A imposição da pena privativa de liberdade ao réu e não a seus familiares que não praticaram crime, 
corresponde à aplicação integral do Princípio Constitucional da individualização da pena. 
B) A imposição do perdimento de bens aos familiares do condenado acabou por não observar o P.C da 
personalidade ou responsabilidade pessoal 
C) A extensão dos efeitos da condenação com a decretação do perdimento de bens afetando os familiares do 
condenado não poderia ocorrer, em virtude da necessidade de observar o P.C da legalidade estrita. 
D) O fato de a pena privativa de liberdade ter atingido apenas a pessoa do condenado com extensão, aos 
familiares, da obrigação de reparar o dano, atende integralmente o que prescreve o P.C da personalidade 
ou responsabilidade pessoal. 
E) O princípio da personalidade ou responsabilidade pessoal é um princípio implícito na C.F vigente. 
 
Semana 06: 
 
1) Abelardo Rocha foi condenado pela prática de dois delitos de roubo majorado pelo concurso de pessoas e 
pelo emprego de arma de fogo em concurso material de crimes à pena unificada de 16 anos, um mês e seis 
dias de reclusão a ser cumprida em regime inicialmente fechado, tendo iniciado seu comprimento em 
12/07/2007. Em 05/05/2010, progrediu para o regime semiaberto de cumprimento de pena e, em 
14/12/2012, preenchidos os requisitos para a progressão de regime para o regime aberto teve, entretanto, 
determinado pelo juiz das execuções seu cumprimento em prisão domiciliar face a ausência de vagas em casa 
de albergado. Inconformado com a decisão, um membro do MP interpôs agravado em execução com as vistas 
à cassação do benefício, o que foi provido pelo TJ. Com base nos estudos realizados sobre os princípios 
informadores da teoria da pena, desenvolva de forma objetiva e fundamentada a tese defensiva a ser 
apresentada em sede de habeas corpus em vista àmanutenção do cumprimento de pena em prisão domiciliar. 
DANDO BIZÚ: Esse caso é um pouco complicado então presta atenção. Este assunto ainda está em discussão 
no STF então seu posicionamento deve ser preciso e claro. Existe uma resposta, mas duas vertentes: 
1ª: Caso haja progressão de pena e não tenha vagas na próxima, aplica-se a prisão domiciliar (quando se 
tratar de regime aberto) com base na SV-57/STF e RE 641.320. 
2ª: Caso o réu esteja no regime aberto, progride-se para as penais restritivas de direito (em discussão) 
 
Modelo de resposta 1: Aplicando-se os Princípios da dignidade da pessoa humana, humanização e 
Individualização da Pena, juntamente à Súmula Vinculante 56/STF e o RE-61.320, o condenado que obtiver 
progressão de regime, porém não houver vagas suficientes para o ingresso dele, aplicar-se-á o regime de 
prisão domiciliar, pois não é digno, muito menos humanitário, que o condenado responda em regime mais 
gravoso devido a inadequação dos recursos mínimos que o Estado tem obrigatoriedade de prover. 
Modelo de resposta 2: Não existe razão ao Tribunal de Justiça, uma vez que, o Dr. Juiz foi feliz na sua decisão, 
pois não é cabível num regime mais gravoso por falta de vaga no presídio adequado. A Inoperância do 
Estado não pode servir de pena ao preso. Assim se faz necessário colocar o preso em regime mais favorável, 
no caso em tela no regime domiciliar. 
Modelo da professora: Se for culpa do Estado o condenado não vem cumprindo pena em estabelecimento 
prisional adequado ao regime fixado na decisão judicial (aberto) está caracterizado o constrangimento 
ilegal. A superlotação e a precariedade do estabelecimento penal permite ao condenado a possibilidade de 
ser colocado em prisão domiciliar até que seja solvida a pendência em homenagem aos Princípios da 
dignidade da Pessoa Humana, da Humanidade da Pena e da Individualização da Pena. 
 
2) Com Relação as penas, assinale as questões corretas: 
a) São três as modalidades de penas privativas de liberdade: prisão simples, detenção e reclusão; as de reclusão 
devem ser cumpridas em regime fechado ou semiaberto e a detenção em regime aberto. 
b) De cardo com o CP, considera-se como regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança 
máxima ou média; Regime semiaberto, em casa de albergado ou estabelecimento adequado; e regime aberto, 
a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou similar. 
c) A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime constitui motivação idônea para a imposição de 
regime mais severo que o permitido conforme a pena aplicada. 
d) Consideram-se absolutas as teorias que concebem a pena como um fim de si mesmo, ou seja, como uma 
retribuição pela prática de um crime; consideram-se relativas as teorias utilitaristas, que concebem e 
justificam a pena enquanto meio para a realização do fim utilitário da prevenção de futuros delitos. (correta) 
e) Segundo a teoria de prevenção geral negativa a pena constitui um instrumento de infusão, na consciência 
geral, da necessidade de respeito a determinados valores, como forma de exercício da fidelidade ao Direito e 
promoção da integração social. 
 
3) Sobre as espécies dos regimes prisionais é correto afirmar que o condenado: 
 
a) Reincidente ou não, condenado a pena de oito anos de reclusão deverá, obrigatoriamente, iniciar o seu 
cumprimento de pena em regime fechado. 
b) Não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito, poderá desde o princípio 
cumpri-la em regime semiaberto. (correto) 
c) O reincidente condenado à pena de reclusão de quatro anos jamais poderá iniciar o seu cumprimento de 
pena em regime semiaberto 
d) Nos casos de aplicação de medida de segurança, a reclusão pode acarretar a adoção de tratamento 
ambulatorial, já a detenção, a internação. 
 
Semana 07: 
 
1) O juiz da Vara de execuções penais da Comarca Y converteu a medida restritiva de direitos (que fora 
imposta em substituição à pena privativa de liberdade) em cumprimento de pena privativa de liberdade 
imposta no regime inicial aberto, sem fixar quaisquer outras condições. 
 O MP inconformado interpôs recurso alegando, em síntese, que a decisão do referido juiz da vara de 
execuções penais acarretava o abrandamento da pena, estimulando o descumprimento das penas alternativas 
ao cárcere. O recurso, devidamente contra-arrazoado, foi submetido a julgamento pela corte estadual ao qual 
de forma unanime resolveu lhe dar provimento. A referida corte fixou como condição especial ao 
cumprimento da pena no regime aberto, com base no artigo 115_LEP, a prestação de serviços a comunidade, 
o que deveria perdurar por todo o tempo da pena a ser cumprida no regime menos gravoso. Atento ao caso 
narrado e considerando apenas os dados contidos no caso concreto, responda: 
Está correta a decisão da corte Estadual levando-se em conta o entendimento jurisprudencial sumulado? 
Responda de forma objetiva e fundamentada sobre as penas substitutivas à pena privativa de liberdade 
DANDO BIZÚ: aqui você tem que ficar ligado. Quando você lê só o sublinhado aí sim vai fazer sentido. 
Basicamente a questão quer ver seu conhecimento sobre o art. 44 – CP, junto com a súmula 493/STJ e se 
você consegue contextualiza-lo. Se você quiser mostrar que é ainda mais sinistro, pode citar a violação do 
princípio NON BIS IN IDEM. 
 
Modelo de resposta 1: É incorreta, pois vai de encontro à súmula 493/STJ onde aponta que a fixação de 
pena substitutiva exposta no art. 44—CP como condição especial ao regime aberto é completamente 
inadmissível. 
Modelo de resposta 2: Não, pois as penas restritivas de direito do art. 44-CP servem como substitutos legais 
para as penas privativas de liberdade e não como complemento para torna-las mais graves. No caso o juiz 
cumulou a privativa de liberdade com a restritiva de Direitos, ou seja, além de ferir a súmula 493/STJ, 
também violou o princípio NON BIS IN IDEM. 
Modelo de resposta 3 (feito por Carol Gonçalves): Não, pois de acordo com o verbete 493 da súmula do STJ 
é inadmissível a fixação de pena substitutiva exposta no art. 44 – CP (Penas Restritivas de Direitos) como 
condição especial com regime aberto. 
 
2) No tocante às penas restritivas de direito: 
a) Há conversão em privativa de liberdade quando ocorre o descumprimento injustificado da restrição imposta, 
sem dedução do tempo cumprido da sanção substitutiva 
b) É possível a imposição de interdição temporária de direitos consistentes em proibição de inscrever-se em 
concurso, avaliação ou exames públicos. (correta) 
c) É admissível a fixação de pena substitutiva como condição especial ao regime aberto, conforme o 
entendimento sumulado do STJ. 
d) É obrigatória a conversão se sobrevier condenação à pena privativa de liberdade 
e) A perda de bens e valores pertencentes ao condenado dar-se-á, preferencialmente em favor da vítima ou de 
seus sucessores, 
 
3) Com relação às medidas alternativas e substitutivas à pena privativa de liberdade, analise as afirmativas: 
I) As penas substitutivas à pena privativa de liberdade são autônomas e sua aplicação atende aos requisitos 
previstos no art. 44 – CP. 
II) As medidas alternativas à pena privativa de liberdade são autônomas e sua aplicação atende aos requisitos 
no art. 44 – CP. 
III) Caso a pena substitutiva à pena privativa de liberdade imposta seja injustificadamente descumprida 
ocorrerá sua conversão em pena privativa de liberdade 
IV) As penas substitutivas à pena privativa de liberdade são aferidas através da pena abstrata, sendo 
irrelevante para sua aplicação a quantum de fixação da pena concreta, já individualizada. 
 
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 
b) Somente as afirmativas Ie III estão corretas. (correta) 
c) Somente as afirmativas II e III estão corretas. 
d) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.

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