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Respostas da primeira prova de Mecânica Geral I 1. a) m..x = m .v = F(v) = −F0ev/v0 → ∫ v v0 e −v′/v0 dv′ = −F0m ∫ t 0 dt ′ → v0(e−1 − e−v/v0)=−F0m t → v(t)=−v0 ln ( e−1+ F0mv0 t ) . b) O tempo decorrido τ para que a partícula encontre-se instantaneamente em repouso é determinado pela condição v(t= τ)=−v0 ln ( e−1+ F0mv0 τ ) = 0 → e−1+ F0mv0 τ= 1 → τ= mv0 F0 ( 1−e−1). c) x(t) = ∫ t0 v(t′)dt′ = −v0 ∫ t0 ln(e−1+ F0mv0 t′) dt′ = v0[t′ − mv0F0 (e−1+ F0mv0 t′)× ln ( e−1+ F0mv0 t′ )]t 0 = v0 [ t− mv0F0 e−1− mv0 F0 ( e−1+ F0mv0 t ) ln ( e−1+ F0mv0 t )] . d) A distância percorrida pela partícula até o instante τ em que ela encon- tra-se instantaneamente em repouso é dada por x(τ) = v0 [ τ− mv0F0 e−1− mv0 F0 ( e−1+ F0mv0 τ ) ln ( e−1+ F0mv0 τ )] = mv 2 0 F0 ( 1−2e−1)= mv20F0e (e−2). 2. a) x V Hx L b) Pontos de equilíbrio: V ′(x)= 0= 2V0a2 xe−2x/a− 2V0a ( x a )2 e−2x/a = 2V0xa2 e−2x/a×( 1− xa )→ x0 = 0, x1 = a. Análise de estabilidade: V ′′(x)= 2V0a2 e−2x/a (1− xa) −4V0xa3 e−2x/a ( 1− xa )− 2V0xa3 e−2x/a = 2V0a2 e−2x/a (1− 4xa + 2x2a2 ), V ′′(x0 = 0)= 2V0a2 > 0 (x0 é ponto de equilíbrio estável), V ′′(x1 = a)=−2V0a2 e−2 < 0 (x1 é ponto de equilíbrio instável). Para x→∞ temos uma situação marginalmente estável, pois V ′(x→∞)→ 0−, com V ′′(x→∞)→ 0+. Obs.: a análise de estabilidade deve ser efetuada necessariamente a par- tir do sinal de V ′′(x). Considere, por exemplo, o potencial (hipotético) unidimensional definido por V (x) = tgh 1x , V ′(x) = − 1x2 sech2 1x , V ′′(x) = 2 x4 (x− tghx) sech2 1x . A derivada V ′(x)≤ 0 sempre, a igualdade definindo a origem x = 0 como um ponto de equilíbrio, mas x = 0− é estável, en- quanto x = 0+ é instável. Para x→∓∞ temos uma situação marginal- mente instável (estável), pois V ′(x→∓∞)→ 0−, com V ′′(x→∓∞)→ 0∓. c) V (x)≈V (x0)+ 12V ′′(x0)(x− x0)2, F(x)=−dV (x)dx ≈−V ′′(x0)(x− x0) → m ..x= F(x) = −V ′′(x0)(x− x0) → ..x = −V ′′(x0) m (x− x0) ≡ −ω2(x− x0) → x(t) = A cos(ωt+ϕ), com ω≡ √ V ′′(x0=0) m = √ 2V0 ma2 . d) Trata-se da velocidade mínima necessária para escapar do poço de po- tencial formado em torno do ponto de equilíbrio estável em x0 = 0, ou seja, a energia cinética deve superar o valor do potencial em x1 = a: 1 2mv 2 escape =V (x1 = a)−V (x0 = 0)=V0 e−2 → vescape = √ 2V0 e−2 m = ωae . 3. m .v = m`..θ = −mgsenθ → ..θ = − g ` senθ ≈ − g ` θ ≡ −ω20θ, análoga à equa- ção de um oscilador harmônico simples, cuja solução é θ(t)= θ0 cosω0t. No limite de pequenas oscilações e na presença de uma força viscosa adi- cional −2m .θ√g`, temos m`..θ = −mgθ− 2m .θ√g` → ..θ+ 2√ g ` . θ+ g ` θ = .. θ+2ω0 . θ+ω20θ = 0, cuja equação diferencial é idêntica à de um oscilador harmônico criticamente amortecido (quando γ=ω0), ..x+2ω0 .x+ω20x= 0. A solução geral é dada por θ(t)= (A+Bt)e−ω0t. Aplicando as condições iniciais θ(t= 0)= θ0 e . θ(t= 0)= 0, temos θ(t= 0)= θ0 = A, . θ(t)=−ω0θ(t)+Be−ω0t,. θ(t = 0)= 0=−ω0θ0+B → B =ω0θ0. A solução satisfazendo as condições iniciais é dada, portanto, por θ(t)= θ0(1+ω0t)e−ω0t. 4. F(t)= 12a0+ ∞∑ n=1 [an cos(nωt)+bn sen(nωt)]= 12a0+ ∞∑ n=1 cn cos(nωt−ϕn)= 12a0+ ∞∑ n=1 cn [ cos(nωt) cosϕn+sen(nωt) senϕn ] → an = cn cosϕn, bn = cn senϕn → cn = √ a2n+b2n , ϕn = arctg ( bn an ) . Obs.: a rigor, há possíveis problemas de sinal, devido à função inversa arctg não ser unívoca. Matematicamente, uma forma mais rigorosa seria construir o número complexo an+ ibn = cneiϕn, a partir do qual definimos cn = |an+ ibn| = √ a2n+b2n e ϕn = arg(an+ ibn), onde a função argumento de um número complexo é definida como: arg(x+ iy) ≡ arctg ( y x ) , se x> 0, pi+arctg( yx) , se x< 0, y≥ 0, −pi+arctg( yx) , se x< 0, y< 0, pi 2 , se x= 0, y> 0, −pi2 , se x= 0, y< 0, indefinida, se x= 0, y= 0.
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