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Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 RELAÇÕES ENTRE CUSTO, VOLUME E LUCRO Capítulo 06 – Contabilidade Gerencial (Garrison, Noreen & Brewer) Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: OA1: Explicar como variações no nível de atividade afetam a margem de contribuição e o lucro operacional líquido. OA2: Preparar e interpretar um gráfico da relação Custo, Volume e Lucro (CVL). OA3: Usar o índice de margem de contribuição (índice MC) para calcular variações de margem de contribuição e do lucro operacional líquido resultantes de alterações de volume de vendas. OA4: Mostrar os efeitos de alterações de custos variáveis, custos fixos, preço de venda e volume sobre a margem de contribuição. OA5: Calcular o ponto de equilíbrio em termos unitários e monetários. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: OA6: Determinar o nível de vendas necessário para atingir um nível desejado de lucro. OA7: Calcular a margem de segurança e explicar seu significado. OA8: Calcular o grau de alavancagem operacional num dado nível de vendas e explicar como o grau de alavancagem operacional pode ser utilizado para predizer variações de lucro operacional líquido. OA9: Calcular o ponto de equilíbrio para uma empresa com vários produtos e explicar os efeitos de alterações do composto de vendas sobre a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 A análise Custo, Volume e Lucro (CVL) é uma das ferramentas mais poderosas que os administradores têm a sua disposição pois ajuda a entender a relações entre estes fatores, concentrando a atenção nas interações dos seguintes elementos: a. Preço de produtos; b. Volume ou nível de atividade; c. Custos Variáveis unitários; d. Custos Fixos totais; e e. Composto de produtos vendidos. As decisões que podem ser tomadas com a ajuda da análise CVL são, entre outras: • Que produtos se devem oferecer; • Que política de preços se deve adotar; • Que estratégia de marketing se deve empregar; e • Qual deve ser a estrutura básica de custos de uma empresa. Aspectos Básicos Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 A análise da relação CVL deve ser iniciada com a elaboração de uma demonstração do resultado no formato de contribuição. 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL DRE Contribuição (400 unidades) Total Por Unidade Vendas 100.000 250 (–) Despesas Variáveis (60.000) (150) (=) Margem de Contribuição 40.000 100 (–) Despesas Fixas (35.000) (=) Lucro Operacional Líquido 5.000 Margem de contribuição: é o valor remanescente das receitas de vendas após a subtração das despesas variáveis. Trata-se do montante disponível para cobrir despesas fixas e gerar lucro no período. Se a margem de contribuição não for suficiente para cobrir as despesas fixas, então haverá prejuízo no período. 1.1. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Se alterarmos o volume de produção, obteremos: 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL DRE Contribuição (01 Unidade) Total Por Unidade Vendas 250 250 (–) Despesas Variáveis (150) (150) (=) Margem de Contribuição 100 100 (–) Despesas Fixas (35.000) (=) Lucro Operacional Líquido (34.900) DRE Contribuição (02 Unidades) Total Por Unidade Vendas 500 250 (–) Despesas Variáveis (300) (150) (=) Margem de Contribuição 200 100 (–) Despesas Fixas (35.000) (=) Lucro Operacional Líquido (34.800) Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Se vendermos o suficiente para gerar uma margem de contribuição de $35.000, então todas as despesas fixas terão sido cobertas e a empresa estará em equilíbrio, ou seja, não terá lucro nem prejuízo, apenas cobrirá todas as suas despesas. 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL DRE Contribuição (350 Unidades) Total Por Unidade Vendas 87.500 250 (–) Despesas Variáveis (52.500) (150) (=) Margem de Contribuição 35.000 100 (–) Despesas Fixas (35.000) (=) Lucro Operacional Líquido 0 O Ponto de Equilíbrio é o nível de vendas no qual o lucro é igual a zero. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Uma vez alcançado o ponto de equilíbrio, o lucro operacional aumentará pelo valor da margem de contribuição por unidade, a cada unidade adicional. 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL DRE Contribuição (351 Unidades) Total Por Unidade Vendas 87.750 250 (–) Despesas Variáveis (52.650) (150) (=) Margem de Contribuição 35.100 100 (–) Despesas Fixas (35.000) (=) Lucro Operacional Líquido 100 DRE Contribuição (352 Unidades) Total Por Unidade Vendas 88.000 250 (–) Despesas Variáveis (52.800) (150) (=) Margem de Contribuição 35.200 100 (–) Despesas Fixas (35.000) (=) Lucro Operacional Líquido 200 Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Não é necessário elaborar toda uma série de demonstrações de resultado para estimar os lucros em vários níveis de atividade. Os lucros podem ser estimados tomando-se o número de unidades a serem vendidas, além do ponto de equilíbrio, e multiplicando esse número pela margem de contribuição por unidade. O resultado representará o lucro previsto no período. Para estimar o efeito de um aumento planejado das vendas sobre os lucros, basta multiplicar o aumento do número de unidades pela margem de contribuição unitária. O resultado será o aumento esperado do lucro. 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 No exemplo: Número adicional de unidades a serem vendidas 25 Margem de contribuição por unidade 100 Aumento de lucro operacional líquido 2.500 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL DRE Contribuição 400 unid 425 unid Diferença Por unid. Vendas 100.000 106.250 6.250 250 (–) Despesas Variáveis (60.000) (63.750) (3.750) (150) (=) Margem de Contribuição 40.000 42.500 2.500 100 (–) Despesas Fixas (35.000) (35.000) 0 (=) Lucro Operacional Líquido 5.000 7.500 2.500 Se não houvesse vendas, o prejuízo da empresa seria igual às suas despesas fixas. Cada unidade que é vendida reduz o prejuízo pelo valor da margem de contribuição. Uma vez alcançado o ponto de equilíbrio, cada unidade vendida adicional aumenta o lucro da empresa pelo valor da margem de contribuição unitária. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade– FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL O gráfico CVL destaca as relações em faixas amplas de atividades e pode dar aos administradores uma visão que não pode ser obtida de outra forma. Dados: Despesas Fixas 35.000 Despesas Variáveis (600 unidades x 150) 90.000 Despesas Totais 125.000 Etapas: 1. Trace uma linha paralela ao eixo para representar as despesas fixas totais. 2. Escolha algum volume de vendas em unidades e registre o ponto que representa as despesas totais no nível de atividade escolhido. 3. Trace uma linha passando pelo ponto marcado até o ponto no qual a linha de despesa fixa corta o eixo vertical. 4. Escolha algum volume de vendas em unidades e registre o ponto correspondente às vendas totais em valor monetário no nível de atividade escolhido 5. Trace uma linha ligando este ponto à origem. 1.2. RELAÇÕES CVL EM FORMA GRÁFICA Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL 1.2. RELAÇÕES CVL EM FORMA GRÁFICA Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL 1.2. RELAÇÕES CVL EM FORMA GRÁFICA Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL O lucro ou prejuízo em qualquer nível de vendas é medido pela distância vertical entre a linha de receita total (vendas) e a linha de despesas totais (despesas variáveis mais despesas fixas). O ponto de equilíbrio ocorre onde as linhas de receita total e despesas totais se cruzam. Quando as vendas estão abaixo do ponto de equilíbrio a empresa sofre um prejuízo. O prejuízo piora à medida que as vendas diminuem. Quando as vendas estão acima do ponto de equilíbrio, a empresa obtém lucro e a magnitude do lucro aumenta com o crescimento das vendas. 1.2. RELAÇÕES CVL EM FORMA GRÁFICA Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL Como o Índice de Margem de Contribuição pode ser utilizado nos cálculos de custo, volume e lucro? Primeiramente elaboramos uma demonstração de resultado por contribuição onde as despesas variáveis e a margem de contribuição são expressas como porcentagens das vendas: 1.2. ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DRE Contribuição (400 unidades) Total Por Unidade % da Receita de Venda Vendas 100.000 250 100% (–) Despesas Variáveis (60.000) (150) 60% (=) Margem de Contribuição 40.000 100 40% (–) Despesas Fixas (35.000) (=) Lucro Operacional Líquido 5.000 Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL A margem de contribuição, como porcentagem das vendas totais, é denominado Índice de Margem de Contribuição. É calculado da seguinte forma: 1.2. ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Vendas ãoContribuiç de Margem MC Índice Portanto: %40 000.100 000.40 totaisVendas totalãoContribuiç de Margem MC Índice Ou: %40 250 100 vendade unitário Preço| unitária ãoContribuiç de Margem MC Índice Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL O índice é importante porque demonstra como a margem de contribuição será afetada por uma variação das vendas totais. Isto quer dizer que, para cada aumento de vendas de uma unidade monetária (1,00), a margem de contribuição total cresce 0,40 (quarenta centavos), supondo que as despesas fixas não mudem. O impacto de qualquer alteração das vendas totais em termos monetários sobre o lucro operacional líquido pode ser calculado simplesmente aplicando-se o índice MC à variação em valor monetário. 1.2. ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DRE contribuição Atual Esperado Aumento % receita de vendas Vendas 100.000 130.000 30.000 100% (–) Despesas Variáveis (60.000) (78.000) (18.000) 60% (=) Margem de Contribuição 40.000 52.000 12.000 40% (–) Despesas Fixas (35.000) (35.000) 0 (=) Lucro Operacional Líquido 5.000 17.000 12.000 Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL O índice MC é particularmente útil em situações em que se devem trocar aumentos de vendas de um produto por aumentos de vendas em outro produto, em termos monetários. Em termos gerais, quanto se tenta aumentar as vendas, deve-se dar ênfase aos produtos cuja margem de contribuição, por unidade monetária de venda é maior. 1.2. ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL Dados gerais: 1.3. ALGUMAS APLICAÇÕES DE CONCEITOS DE CVL Margem de Contribuição Por Unidade % da Receita de Venda Preço de Venda 250 100% (–) Despesas Variáveis (150) 60% (=) Margem de Contribuição 100 40% Situação atual da empresa: DRE contribuição (400 unidades) Atual Vendas 100.000 (–) Despesas Variáveis (60.000) (=) Margem de Contribuição 40.000 (–) Despesas Fixas (35.000) (=) Lucro Operacional Líquido 5.000 Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL 1.3. ALGUMAS APLICAÇÕES DE CONCEITOS DE CVL 1.3.1. Alteração de Custo Fixo e Volume de Venda Dados gerais: O gerente de vendas acredita que um aumento de $ 10.000 da verba mensal de propaganda elevaria as vendas mensais em $ 30.000, para um total de 520 unidades. Deve o orçamento de propaganda ser aumentado? DRE contribuição Atual Com verba adicional de propaganda Aumento % receita de vendas Vendas 100.000 130.000 30.000 100% (–) Despesas Variáveis (60.000) (78.000) (18.000) 60% (=) Margem de Contribuição 40.000 52.000 12.000 40% (–) Despesas Fixas (35.000) (45.000) (10.000) (=) Lucro Operacional Líquido 5.000 7.000 2.000 Solução: Supondo que nenhum outro fator precise ser considerado, o aumento da verba de propaganda deve ser aprovado, pois aumentaria o lucro operacional líquido em $ 2.000. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL 1.3. ALGUMAS APLICAÇÕES DE CONCEITOS DE CVL 1.3.1. Alteração de Custo Fixo e Volume de Venda Simplificação 01: Margem total de contribuição esperada ($130.000 x Índice MC 40%) 52.000 (–) Margem total de contribuição atual ($100.000 x Índice MC 40%) (40.000) (=) Margem de contribuição incremental 12.000 (–) Variação das despesas fixas (Incremental despesapropaganda) (10.000) (=) Lucro Operacional Líquido adicional 2.000 Simplificação 02: Margem de contribuição incremental ($30.000 x Índice MC 40%) 12.000 (–) Variação das despesas fixas (Incremental despesa propaganda) (10.000) (=) Lucro Operacional Líquido adicional 2.000 O último enfoque não depende do conhecimento do nível anterior de vendas, sendo, também, desnecessário a elaboração de uma demonstração de resultado. As soluções alternativas envolvem enfoque de análise incremental, considerando somente aqueles itens de receita, custo e volume que se alterarão caso o novo programa seja implementado. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL 1.3. ALGUMAS APLICAÇÕES DE CONCEITOS DE CVL 1.3.2. Alteração de Custos Variáveis e Volume de Venda Dados gerais: A administração está avaliando a possibilidade de usar componentes de qualidade mais alta, o que aumentaria os custos variáveis em $ 10 por unidade. Entretanto o gerente de venda prediz que a qualidade mais alta elevaria as vendas a 480 unidades por mês. Devem os componentes de maior qualidade ser usados? O aumento de $ 10 dos custos variáveis reduzirá a margem de contribuição de $ 100 para $ 90. Solução: Supondo que nenhum outro fator precise ser considerado, os componentes de qualidade mais alta devem ser utilizados. Margem de contribuição esperada (480 unidades x $90) 43.200 (–) Margem de contribuição atual (400 unidades x $100) (40.000) (=) Lucro Operacional Líquido adicional 3.200 Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL 1.3. ALGUMAS APLICAÇÕES DE CONCEITOS DE CVL 1.3.3. Alteração de Custo Fixo, Preço de Venda e Volume de Venda Dados gerais: Visando aumentar as vendas, o gerente de vendas gostaria de reduzir o preço em $20 por unidade e aumentar o orçamento de propaganda em $15.000 por mês. O gerente crê que se essas duas medidas forem tomadas, as vendas em unidades se elevarão em 50%, ou seja, 600 unidades por mês. Devem ser efetuadas essas mudanças? Uma redução de preço de venda em $20 por unidade faria com que a margem de contribuição caísse de $100 para $80. Solução: Supondo que nenhum outro fator precise ser considerado, as alterações propostas não devem ser aceitas. Margem de contribuição esperada (600 unidades x $80) 48.000 (–) Margem de contribuição atual (400 unidades x $100) (40.000) (=) Margem de contribuição incremental 8.000 (–) Variação das despesas fixas (Incremental despesa propaganda) (15.000) (=) Prejuízo operacional líquido (7.000) Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL 1.3. ALGUMAS APLICAÇÕES DE CONCEITOS DE CVL 1.3.4. Alteração de Custo Fixo, Custo Variável e Volume de Venda Dados gerais: O gerente de vendas gostaria de pagar uma comissão de vendas de $15 por unidade vendida, em lugar dos salários fixos que atualmente totalizam $6.000 por mês. O gerente de vendas acredita que a alteração elevará as vendas mensais em 15%, ou seja, para 460 unidades por mês. Deve ser feita esta alteração? A alteração afetará tanto despesas fixas quanto despesas variáveis. • Despesas fixas: Redução de $ 6.000 $ 35.000 para $ 29.000 • Despesas variáveis: Aumento de $ 15 $ 150 para $ 165 Solução: Supondo que nenhum outro fator precise ser considerado, as alterações propostas devem ser aceitas. Margem de contribuição esperada (460 unidades x $85) 39.100 (–) Margem de contribuição atual (400 unidades x $100) (40.000) (=) Margem de contribuição incremental (900) (–) Variação das despesas fixas (salários fixos evitados) 6.000 (=) Lucro operacional líquido 5.100 Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DA RELAÇÃO CVL 1.3. ALGUMAS APLICAÇÕES DE CONCEITOS DE CVL 1.3.5. Alteração do Preço Regular de Venda Dados gerais: A empresa tem a oportunidade de fazer uma venda num lote de 150 unidades a um atacadista, caso se possa fixar um preço aceitável. Esta venda não perturbaria as vendas regulares e não afetaria as despesas fixas totais da empresa. Que preço deve ser fixado para o atacadista, caso a empresa queira que o seu lucro mensal suba $3.000? Solução: Supondo que nenhum outro fator precise ser considerado, as alterações propostas devem ser aceitas. Custo variável por unidade 150 Lucro desejado por unidade ($ 3.000 ÷ 150 unidades) 20 Preço cotado por unidade 170 Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 2.1. CÁLCULOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO A análise CVL é as vezes conhecida como análise do ponto de equilíbrio, isto não é correto. A análise do ponto de equilíbrio é apenas um ingrediente da análise CVL. Esta análise visa responder perguntas como: quanto podem as vendas cair sem que a empresa comece a ter prejuízo? Ponto de equilíbrio é o nível de vendas no qual o lucro da empresa é igual a zero. Pode ser calculado usando o método da equação ou o método da margem de contribuição. 2.1.1. Método da Equação Está associado ao enfoque de contribuição da demonstração do resultado. Lucro = (Vendas – Despesas Variáveis) – Despesas Fixas Reorganizando: Vendas = Despesas Variáveis + Despesas Fixas + Lucro Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 2.1. CÁLCULOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO 2.1.1. Método da Equação No ponto de equilíbrio, os lucros são iguais a zero. 350 unidades x $ 250 = $ 87.500 Em valor de vendas, o ponto de equilíbrio pode ser calculado multiplican- do-se o ponto de equilíbrio em unidades pelo preço unitário de venda. Vendas = Despesas Variáveis + Despesas Fixas + Lucro portanto $ 250 Q = $ 150 Q + $ 35.000 + $ 0 $ 100 Q = $ 35.000 Q = $ 35.000 ÷ $ 100 Q = 350 unidades onde: Q = Unidades vendidas $ 250 = Preço unitário de venda $ 150 = Despesas variáveis unitárias $ 35.000 = Despesas fixas totais Em termos de quantidade pode ser calculado da seguinte forma: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 2.1. CÁLCULOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO 2.1.1. Método da Equação $ 87.500 ÷ $ 250 por unidade = 350 unidades O ponto de equilíbrio em unidades vendidas pode ser obtido da seguinte forma: Vendas = Despesas Variáveis + Despesas Fixas + Lucro portanto X = 0,6 X + $ 35.000 + $ 0 0,40 X = $ 35.000 X = $ 35.000 ÷ 0,40 X = $ 87.500 onde: X = Valor monetário das vendas 0,60 = Proporção das despesas variáveis $ 35.000 = Despesas fixas totais Em termos de vendas, pode ser calculado da seguinte forma: Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 1811372. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 2.1. CÁLCULOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO 2.1.2. Método da Margem de Contribuição Este enfoque está associado à ideia de que cada unidade vendida proporciona um dado volume de margem de contribuição à cobertura de custos fixos. unidadepor ãocontribuiç de Margem Fixas Despesas vendidasunidades em Equilibrio de Ponto Portanto: unidades 350 100 $ 35.000 $ vendidasunidades em Equilibrio de Ponto Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 2.1. CÁLCULOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO 2.1.2. Método da Margem de Contribuição Uma variante usa o Índice MC, em lugar da margem de contribuição por unidade. O resultado obtido é o ponto de equilíbrio em termos de valor monetário total. MC de Índice Fixas Despesas vendidasunidades em Equilibrio de Ponto Portanto: 87.500 $ 0,40 35.000 $ vendidasunidades em Equilibrio de Ponto Este enfoque é particularmente útil quando uma empresa possui várias linhas de produtos e deseja calcular um único ponto de equilíbrio para a organização como um todo. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 2.2. ANÁLISE DO LUCRO VISADO 2.2.1. Método da Equação do CVL As fórmulas de CVL podem ser empregadas para determinar o volume de vendas necessário para alcançar um nível visado de lucro. Em lugar de calcular o número de unidades a serem vendidas para que o lucro seja nulo, resolve-se a equação para determinar o número de unidades que façam com que o lucro seja igual a um determinado valor. Caso o lucro visado seja $ 40.000, calcula-se: Vendas = Despesas Variáveis + Despesas Fixas + Lucro $ 250 Q = $ 150 Q + $ 35.000 + $ 40.000 $ 100 Q = $ 75.000 Q = $ 75.000 ÷ $ 100 Q = 750 unidades onde: Q = Unidades vendidas $ 250 = Preço unitário de venda $ 150 = Despesas variáveis unitárias $ 35.000 = Despesas fixas totais $ 40.000 = Lucro visado Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 2.2. ANÁLISE DO LUCRO VISADO 2.2.2. Método da Margem de Contribuição Calcula-se: unidadepor ãocontribuiç de Margem Visado Lucro Fixas Despesas visadolucro oatingir para snecessária Unidades Portanto: unidadepor 750 unidadepor $100 000.40$000.35$ visadolucro oatingir para snecessária Unidades Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 2.2. ANÁLISE DO LUCRO VISADO 2.2.2. Método da Margem de Contribuição De maneira análoga, o valor total de vendas necessárias para que se atinja o lucro desejado pode ser calculado do seguinte modo: MC de Índice Visado Lucro Fixas Despesas visadolucro oatingir para snecessária Vendas de Receita Portanto: 187.500 $ 0,40 000.40$000.35$ visadolucro oatingir para snecessária vendasde Receita Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 2.3. MARGEM DE SEGURANÇA É a diferença entre as venda previstas (ou reais), em valor monetário, e o volume de receita de vendas no ponto de equilíbrio. Indica o valor pelo qual as vendas podem cair antes de haver prejuízo. Quanto mais elevada for a margem de segurança, menor será o risco de não haver equilíbrio. reais)(ou previstas totaisVendas monetário valor em Segurança de Margem Segurança de Margem Margem de Segurança = Vendas totais previstas (ou reais) – Vendas no ponto de equilíbrio A margem de segurança pode ser medida em termos percentuais ou unidades: Vendas ao volume atual (a) (400 unidades x $ 250) 100.000 (–) Vendas no ponto de equilíbrio (350 unidades x $ 250) (87.500) (=) Margem de Segurança em valor monetário (b) 12.500 Margem de segurança como porcentagem (b) ÷ (a) 12,5% Margem de segurança por unidades: $ 12.500 ÷ $ 250 = 50 unidades ou 450 unid vendidas – 350 unid no ponto de equilibrio = 50 unid de margem de segurança Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. ESCOLHA DE ESTRUTURA DE CUSTOS CONSIDERANDO AS RELAÇÕES CVL 3.1. ESTRUTURA DE CUSTOS E ESTABILIDADE DO LUCRO A estrutura de custos corresponde às proporções relativas de custos fixos e custos variáveis numa organização. Uma organização geralmente tem alguma liberdade quanto à substituição de um tipo de custo por outro. Qual a melhor estrutura de custos? DRE contribuição Empresa A Empresa B Valor Porcentagem Valor Porcentagem Vendas 100.000 100% 100.000 100% (–) Despesas Variáveis (60.000) 60% (30.000) _30% (=) Margem de Contribuição 40.000 40% 70.000 70% (–) Despesas Fixas (30.000) (60.000) (=) Lucro Operacional Líquido 10.000 10.000 Não há uma única resposta possível. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. ESCOLHA DE ESTRUTURA DE CUSTOS CONSIDERANDO AS RELAÇÕES CVL 3.1. ESTRUTURA DE CUSTOS E ESTABILIDADE DO LUCRO DRE contribuição Empresa A Empresa B Valor Porcentagem Valor Porcentagem Vendas 110.000 100% 110.000 100% (–) Despesas Variáveis (66.000) 60% (33.000) _30% (=) Margem de Contribuição 44.000 40% 77.000 70% (–) Despesas Fixas (30.000) (60.000) (=) Lucro Operacional Líquido 14.000 17.000 Não há uma única resposta possível. Depende de muitos fatores como: • Tendência de vendas no longo prazo; • Oscilações do nível de vendas de um ano para outro; • Atitude dos proprietários em relação ao risco. Caso seja esperado um aumento de 10% vendas no próximo período: A Empresa B tem um aumento maior no lucro operacional devido a seu índice de MC mais alto. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. ESCOLHA DE ESTRUTURA DE CUSTOS CONSIDERANDO AS RELAÇÕES CVL 3.1. ESTRUTURA DE CUSTOS E ESTABILIDADE DO LUCRO Dados Empresa A B Vendas totais anuais (a) 100.000 100.000 Despesas Fixas (b) 30.000 60.000 Índice de Margem de Contribuição (c) 0,40 0,70 Ponto de Equilíbrio em termos de receita de vendas (d) = (b) ÷ (c) 75.000 85.714 Margem de segurança em termos de receita de vendas (a) – (d) 25.000 14.286 Margem de segurança como porcentagem da receita de venda (b) ÷ (a) 25,0% 14,3% E se as vendas caírem abaixo de 100.000 de tempos em tempos? Quais são os pontos de equilíbrio das duas empresas? Quais são suas margens de segurança? Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. ESCOLHA DE ESTRUTURA DE CUSTOS CONSIDERANDO AS RELAÇÕES CVL 3.1. ESTRUTURA DE CUSTOS E ESTABILIDADE DO LUCRO A análise deixa claro que a Empresa A é menos vulnerável a quedas de vendas devido a: • Despesas Fixas inferiores,o que gera um ponto de equilíbrio mais baixo e uma margem de segurança mais elevada. Portanto não sofrerá prejuízos tão rapidamente quanto a Empresa B • Dado ao índice de MC mais baixo, a Empresa A não perderá margem de contribuição tão rapidamente quanto a Empresa B quando as vendas diminuírem. Logo o lucro da Empresa A é menos volátil. A Empresa A está em desvantagem quando as vendas crescem porém oferece maior proteção quando da queda das vendas. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. ESCOLHA DE ESTRUTURA DE CUSTOS CONSIDERANDO AS RELAÇÕES CVL 3.2. ALAVANCAGEM OPERACIONAL Alavancagem Operacional é uma medida da sensibilidade do lucro operacional líquido a variações percentuais das vendas. É uma espécie de multiplicador. Quando a alavancagem operacional é alta, uma pequena variação percentual das vendas pode levar a uma variação percentual muito maior do lucro operacional líquido. O grau de alavancagem operacional é uma medida, num determinado nível de vendas, de como uma variação percentual do volume de vendas afetará o lucro. Líquido lOperaciona Lucro ãoContribuiç de Margem (GAO) lOperaciona mAlavancage deGrau Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. ESCOLHA DE ESTRUTURA DE CUSTOS CONSIDERANDO AS RELAÇÕES CVL 3.2. ALAVANCAGEM OPERACIONAL Nos dois exemplos citados: 4 10.000 40.000 A Empresa GAO 7 10.000 70.000 B Empresa GAO O GAO da Empresa A é igual a quatro, portanto seu lucro operacional cresce quatro vezes mais rapidamente do que suas vendas. O GAO da Empresa B é igual a sete, portanto seu lucro operacional cresce sete vezes mais rapidamente do que suas vendas. Portanto se as vendas crescerem 10%, o lucro operacional da Empresa A crescerá 40% e da Empresa B 70% Empresa Aumento % das Vendas GAO Aumento % do Lucro Operacional Líquido A 10% 4 40% B 10% 7 70% Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4. ESTRUTURAÇÃO DE COMISSÕES DE VENDA As empresas geralmente remuneram vendedores, pagando-lhes uma comissão baseada nas vendas ou um salário mais comissões. Comissões proporcionais a receitas de vendas podem causar lucros menores. Qual dos modelos os vendedores se esforçarão mais para vender, caso recebam uma comissão de 10% da receita de venda? Provavelmente o modelo B, pois possui o preço de venda mais alto e, portanto, gera maior comissão. Por outro lado, do ponto de vista da empresa, os lucros seriam mais altos se os vendedores encaminhassem clientes para o Modelo A, pois representa maior margem de contribuição. itens Produto A B Preço de Venda 695 749 (–) Despesas Variáveis (344) (410) (=) Margem de Contribuição 351 339 Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4. ESTRUTURAÇÃO DE COMISSÕES DE VENDA Para que tais conflitos sejam eliminados, as comissões podem ser baseadas em margens de contribuição, e não apenas em preços de venda. Caso isso seja feito, os vendedores desejarão vender combinação de produtos que maximizar a margem de contribuição. Desde que os custos fixos não sejam afetados pela composição de vendas, a maximização da margem de contribuição também maximizará o lucro da empresa. Na verdade, ao maximizar sua própria remuneração, os vendedores também estarão maximizando o lucro da empresa. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5. CONCEITO DE COMPOSTO DE VENDA O termo composto de venda refere-se às proporções relativas nas quais os produtos da empresa são vendidos. A ideia é atingir a combinação, ou composto, que gere o nível mais alto de lucro. A maioria das empresas tem muitos produtos, e é comum que esses produtos não sejam igualmente rentáveis. Portanto, os lucros dependerão, em alguma medida, do composto de vendas da empresa. Os lucros serão maiores se produtos com margens mais amplas, em lugar de produtos de margens mais estreitas, representarem uma proporção relativamente grande das vendas totais. 5.1. DEFINIÇÃO DE COMPOSTO DE VENDA Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5. CONCEITO DE COMPOSTO DE VENDA As variações do composto de vendas podem gerar alterações difíceis de compreender dos lucros da empresa. Um deslocamento de produtos de margem elevada para produtos de margem reduzida pode fazer com que os lucros totais caiam, mesmo que as vendas totais cresçam. Inversamente, um deslocamento de produtos de margem baixa para produtos de margem alta pode causar o efeito contrário – os lucros aumentarem mesmo com a queda de vendas. Alcançar um dado volume de vendas é uma coisa, outra coisa bem diferente é vender o composto mais rentável de produtos. 5.1. DEFINIÇÃO DE COMPOSTO DE VENDA Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5. CONCEITO DE COMPOSTO DE VENDA Caso a empresa venda mais de um produto, a análise do ponto de equilíbrio será mais complexa. O motivo é que produtos diferentes terão distintos preços de venda, custos e margens de contribuição. Consequentemente, o ponto de equilíbrio dependerá das proporções nas quais os produtos são vendidos. 5.2. COMPOSTO DE VENDA E ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5. CONCEITO DE COMPOSTO DE VENDA Exemplo: Uma empresa vende dois produtos cujas informações são fornecidas a seguir: 5.2. COMPOSTO DE VENDA E ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO DRE Contribuição Produto A Produto B Total Valor % Valor % Valor % Vendas 20.000 100% 80.000 100% 100.000 100% (–) Despesas variáveis (15.000) 75% (40.000) 50% (55.000) 55% (=) Margem de Contribuição 5.000 25% 40.000 50% 45.000 45% (–) Despesas fixas (27.000) (=) Lucro Operacional Líquido 18.000 000.60 45,0 000.27 Geral MC de Índice Fixas Despesas Venda de Composto do Equilibrio de Ponto Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5. CONCEITO DE COMPOSTO DE VENDA Assim sendo, considerando o composto de vendas apresentado, temos: 5.2. COMPOSTO DE VENDA E ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO Item Receita Receita para obtenção do Ponto de Equilíbrio Valor % Valor % Produto A 20.000 20% 12.000 20% Produto B 80.000 80% 48.000 80% Total 100.000 100% 60.000 100% As vendas de $ 60.000 representam o ponto de equilíbrio da empresa somente se o composto de venda não se alterar. Caso o composto de venda se altere, então o ponto de equilíbrio também se alterará. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamentode Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5. CONCEITO DE COMPOSTO DE VENDA Caso o composto de venda se inverta, teremos o seguinte ponto de equilíbrio: 5.2. COMPOSTO DE VENDA E ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO DRE Contribuição Produto A Produto B Total Valor % Valor % Valor % Vendas 80.000 100% 20.000 100% 100.000 100% (–) Despesas variáveis (60.000) 75% (10.000) 50% (70.000) 70% (=) Margem de Contribuição 20.000 25% 10.000 50% 30.000 30% (–) Despesas fixas (27.000) (=) Lucro Operacional Líquido 3.000 000.90 30,0 000.27 Geral MC de Índice Fixas Despesas Venda de Composto do Equilibrio de Ponto Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5. CONCEITO DE COMPOSTO DE VENDA Assim sendo, considerando a alteração no composto de vendas, temos: 5.2. COMPOSTO DE VENDA E ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO Item Receita Receita para obtenção do Ponto de Equilíbrio Valor % Valor % Produto A 80.000 80% 18.000 20% Produto B 20.000 20% 72.000 80% Total 100.000 100% 90.000 100% A empresa agora está obtendo margem de contribuição menor por receita de venda, portanto são necessárias mais vendas para cobrir o mesmo montante de custos fixos. Ao se preparar uma análise de ponto de equilíbrio, alguma hipótese precisa ser feita a respeito do composto de vendas, geralmente, a hipótese é a de que ele não será modificado. Se isso acontecer, isso deverá ser explicitamente considerado para quaisquer cálculos da relação CVL Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 6. HIPÓTESES DA ANÁLISE CVL Há diversas hipóteses subjacentes à análise CVL: 1. O preço de venda é constante, ou seja, não varia com alterações do volume de venda. 2. Os custos são lineares e podem ser decompostos com precisão em elementos fixos e variáveis. O elemento variável é constante por unidade e o elemento fixo é constante no total, dentro de toda a faixa relevante. 3. Nas empresas com mais de um produto, o composto de vendas é constante. 4. Nas empresas industriais, os estoques não variam. O número de unidades produzidas é igual ao número de unidades vendidas. O maior risco em confiar na análise CVL e um administrador considerar promover uma grande alteração de volume, o que o levará para fora da faixa de intervalo relevante. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137
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