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Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES: UMA FERRAMENTA DE AUXÍLIO À TOMADA DE DECISÃO Capítulo 08 – Contabilidade Gerencial (Garrison, Noreen & Brewer) Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: OA1: Entender o custeio baseado em atividades e saber como difere de um sistema tradicional de custeio. OA2: Atribuir custos a conjunto de custos, usando uma alocação de primeiro estágio. OA3: Calcular taxas de atividades para conjunto de custos. OA4: Atribuir custos a um objeto de custo, usando uma alocação de segundo estágio. OA5: Preparar um relatório apresentando margens de custeio baseado em atividades, usando o ponto de vista de atividade. OA6: Comparar custos de produtos calculados, usando métodos tradicionais de custeio, ao custeio baseado em atividades. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 O Custeio Baseado em Atividades (ABC de Activity-Based Costing) é um método de custeio projetado com vistas a dar aos administradores informações de custos para a tomada de decisões estratégicas e outras decisões que possam afetar a capacidade e, portanto, os custos fixos, bem como os custos variáveis. O Custeio ABC é usado complementarmente ao sistema usual de custeio da empresa, e não como sistema substituto. Na prática, o Custeio ABC possui diversas “variantes”. Consultores diversos enfatizam aspectos diferentes do custeio ABC, e as várias empresas interpretam o custeio baseado em atividades de maneiras distintas. Aspectos Básicos Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 No Custeio Baseado em Atividades: 1. Custos que não são de produção, bem como custos de produção, podem ser atribuídos a produtos. 2. Alguns custos de produção podem ser excluídos dos custos do produto. 3. Diversos acumuladores de custos gerais de produção são utilizados, sendo cada um deles alocado a produtos e a outros objetos de custo que usam sua medida específica de atividade. 4. As bases de alocação frequentemente diferem daquelas utilizadas nos sistemas tradicionais de custeio 5. As taxas de custos gerais, ou taxas de atividade, podem basear-se no nível de atividade à capacidade plena, e não no nível orçado de atividade. Aspectos Básicos Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Na contabilidade de custos tradicional, somente os custos de produção são atribuídos aos produtos. As despesas de vendas e administrativas são tratadas como despesas do período. Entretanto, muitos desses custos que não são de produção, também fazem parte dos custos de produzir, vender, distribuir e prestar serviços de assistência a produtos específicos. No custeio ABC, os produtos recebem todos os custos gerais – incluindo custos que não são de produção quanto os custos de produção – que razoavelmente se pode presumir que tenham causado. Essencialmente, determinaremos o custo completo de um produto, e não apenas o seu custo de produção. 1. COMO OS CUSTOS SÃO TRATADOS NO CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES 1.1. CUSTOS QUE NÃO SÃO DE PRODUÇÃO Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Na contabilidade de custos tradicional, todos os custos de produção são atribuídos a produtos – mesmo os custos de produção que não são custados pelos produtos. No custeio ABC, um custo é atribuído a um produto somente se decisões relativas ao produto provocam alterações no custo. 1. COMO OS CUSTOS SÃO TRATADOS NO CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES 1.2. CUSTOS DE PRODUÇÃO 1.2.1. Taxas de Custos Gerais da Fábrica como um Todo Anteriormente, supôs-se que uma única taxa de custos gerais estava sendo utilizada para toda a fábrica, e que a base de alocação era representada pelo número de horas de MOD ou pelo número de horas de uso de máquinas. Este enfoque simplificado à atribuição de custos gerais pode resultar em custos unitários distorcidos, quando usado para fins de tomada de decisão. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. COMO OS CUSTOS SÃO TRATADOS NO CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES 1.2.2. Taxas Departamentais de Custos Gerais de Produção Em lugar de usar uma taxa de custos gerais para a fábrica inteira, muitas empresas adotam um sistema no qual cada departamento tem sua própria taxa de custos gerais. A natureza do trabalho realizado num departamento pode determinar a base de alocação a ser adotada. Mesmo taxas departamentais de custos gerais não atribuirão corretamente os custos gerais em situações nas quais uma empresa possui uma variedade de produtos que diferem em termos de volume, lote padrão, ou complexidade de produção. O motivo é que o enfoque departamental normalmente baseia-se no volume como base de alocação de custos gerais de produção. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. COMO OS CUSTOS SÃO TRATADOS NO CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES 1.2.2. Taxas Departamentais de Custos Gerais de Produção Em lugar de usar uma taxa de custos gerais para a fábrica inteira, muitas empresas adotam um sistema no qual cada departamento tem sua própria taxa de custos gerais. A natureza do trabalho realizado num departamento pode determinar a base de alocação a ser adotada. Mesmo taxas departamentais de custos gerais não atribuirão corretamente os custos gerais em situações nas quais uma empresa possui uma variedade de produtos que diferem em termos de volume, lote padrão, ou complexidade de produção. O motivo é que o enfoque departamental normalmente baseia-se no volume como base de alocação de custos gerais de produção a produtos. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. COMO OS CUSTOS SÃO TRATADOS NO CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES 1.2.2. Taxas Departamentais de Custos Gerais de Produção Se os custos gerais de um departamento são aplicados a produtos com base no número de horas de uso de máquinas, supõe-se que os custos gerais do departamento são causados pelas horas de uso de máquinas ou são diretamente proporcionais a elas. Entretanto os custos gerais do departamento talvez sejam mais complexos do que isso, e sejam causados por uma variedade de fatores, incluindo a amplitude dos produtos processados no departamento e o número de setups de lotes exigidos. O custeio ABC é uma técnica concebida para lidar com esse problema identificando as principais atividades que consomem recursos gerais e, portanto, geram custos. Uma atividade é qualquer evento que causa um consumo de recursos gerais. Os custos de execução dessas atividades são atribuídosaos produtos que as causam. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. COMO OS CUSTOS SÃO TRATADOS NO CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES 1.2.3. Custos da Capacidade Ociosa Na contabilidade de custos tradicional, as taxas predeterminadas de custos gerais de produção são calculadas dividindo-se os custos gerais orçados por uma atividade orçada. Esta prática faz com que os custos de capacidade ociosa sejam aplicados a produtos, e resulta em custos unitários de produtos instáveis. O custeio ABC lança aos produtos os custos da capacidade que utilizam, ou seja, os custo de capacidade ociosa não são lançados a produtos. Isto resulta em custos unitários mais estáveis e é coerente com o objetivo de atribuição a produtos somente dos custos que são realmente causados pelos produtos. Esse tratamento realça o custo de capacidade ociosa, em lugar de enterrá-lo no estoque e no custo dos produtos vendidos. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CUSTEIO ABC Características essenciais para uma implantação bem-sucedida do custeio ABC: 1. A iniciativa de implantação deve contar com o apoio firme da alta direção. 2. O desenvolvimento e a implantação de um sistema ABC devem ser responsabilidade de uma equipe multifuncional. 3. Os dados do sistema ABC devem ser vinculados ao modo pelo qual as pessoas são avaliadas e remuneradas. Isto garante que o sistema não será ignorado. O desenvolvimento de um bom sistema ABC exige o conhecimento íntimo de muitas partes das operações gerais da organização. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CUSTEIO ABC Etapas de implantação do Custeio Baseado em Atividades: 1. Identificar e definir atividades e acumuladores de custos de atividades. 2. Sempre que possível, vincular custos gerais diretamente a atividades e objetos de custo. 3. Atribuir custos a acumuladores de custos de atividades. 4. Calcular taxas de atividade. 5. Atribuir custos a objetos de custos por meio do uso das taxas e das medidas de atividade. 6. Preparar relatórios gerenciais. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CUSTEIO ABC OBJETOS DE CUSTO (por exemplo produtos e clientes) ATIVIDADE CONSUMO DE RECURSOS CUSTO Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CUSTEIO ABC Isto pode ser difícil, demorado, envolvendo muitos juízos de valor. Um procedimento comum parte de entrevistas da equipe de implantação com as pessoas que trabalham em departamentos responsáveis por custos gerais, pedindo-lhes que descrevam suas principais atividades. Geralmente, isto resulta numa lista muito longa de atividades, o que causa problemas. De um lado, quanto maior o número de atividades acompanhadas no sistema ABC, mais precisos tendem a ser os custos. De outro lado, um sistema complexo, envolvendo um grande número de atividades, será caro em termos de desenvolvimento, implantação, manutenção e utilização. Um modo útil de encarar as atividades é organizá-las em cinco níveis gerais: nível de unidade, nível de lote, nível de produto, nível de cliente e de sustentação da organização. 1ª ETAPA: IDENTIFICAR E DEFINIR ATIVIDADES E ACUMULADORES DE CUSTOS DE ATIVIDADES Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CUSTEIO ABC Níveis de atividade: 1. Atividade em nível de unidade: são realizadas cada vez que uma atividade é produzida, ou seja, devem ser proporcionais ao número de unidades produzidas. 2. Atividade em nível de lote: são realizadas cada vez que um lote é processado, independentemente de quantas unidades estão contidas no lote. 3. Atividade em nível de produto: estão associadas a produtos específicos e tipicamente devem ser realizadas independentemente de quantos lotes sejam processados ou unidades sejam produzidas ou vendidas. 1ª ETAPA: IDENTIFICAR E DEFINIR ATIVIDADES E ACUMULADORES DE CUSTOS DE ATIVIDADES Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CUSTEIO ABC Níveis de atividade: 4. Atividade em nível de cliente: dizem respeito a clientes específicos e incluem atividades tais como visitas de venda, remessa de catálogos e assistência técnica geral, não estando vinculadas a nenhum produto específico. 5. Atividade que sustentam a organização: são realizadas independentemente de quais clientes estão sendo atendidos, quais produtos são fabricados, quantos lotes são processados ou quantas unidades são produzidas. Quando as atividades são combinadas num sistema ABC, elas devem ser agrupadas no nível apropriado. 1ª ETAPA: IDENTIFICAR E DEFINIR ATIVIDADES E ACUMULADORES DE CUSTOS DE ATIVIDADES Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CUSTEIO ABC Terminologia: 1. Acumulador de custo de atividade: é uma “cesta” na qual são acumulados os custos que dizem respeito a uma única medida de atividade no sistema ABC. 2. Medida de atividade: é uma base de alocação num sistema ABC. O termo fator gerador de custo também é usado como referência a uma medida de atividade. 2.1. Geradores de transação: são simples contagens do número de ocorrências de uma atividade, tal como o número de contas enviadas a um cliente. 2.2. Geradores de duração: medem o tempo exigido para realizar uma atividade, como tempo gasto preparando contas individuais 1ª ETAPA: IDENTIFICAR E DEFINIR ATIVIDADES E ACUMULADORES DE CUSTOS DE ATIVIDADES Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE CUSTEIO ABC Exemplo: 1ª ETAPA: IDENTIFICAR E DEFINIR ATIVIDADES E ACUMULADORES DE CUSTOS DE ATIVIDADES Acumulador de Custos de Atividades Medidas de Atividade Pedidos de Clientes Número de pedidos de clientes Projeto de produtos Número de projetos de produtos Tamanho dos pedidos Horas de uso das máquinas Relacionamento com clientes Número de clientes ativos Outros Não aplicável Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC A segunda etapa da implantação de um sistema ABC é a vinculação direta de tantos custos gerais quanto possível a objetos últimos de custo. 2ª ETAPA: SEMPRE QUE POSSÍVEL,VINCULAR CUSTOS GERAIS DIRETAMENTE A ATIVIDADES E OBJETOS DE CUSTO A empresa é cobrada diretamente por pedidos de clientes que é transportado, de modo que é fácil vincular esses custos a pedidos de clientes Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC A maioria dos custos gerais é classificada numa razão geral da empresa de acordo com os departamentos nos quais são incorridos. Em alguns casos, alguns ou todos esses custos podem ser diretamente associados a um dos acumuladores de custos de atividades no sistema ABC. Entretanto, é bastante comum que um departamento de apoio geral esteja envolvido em várias das atividades que são monitoradas pelo sistema ABC. Em tais situações, os custos do departamento são divididos entre os acumuladores de custos por meio de um processo de alocação denominado alocação de primeiro estágio. Alocação de primeiro estágio é o processo pelo qual custos gerais são atribuídos a acumuladores de custos de atividades. As alocações de primeiro estágio normalmente baseiam-se nos resultados de entrevistas com funcionários que possuem conhecimento das atividades em primeira mão. 3ª ETAPA: ATRIBUIR CUSTOS A CONJUNTOS DE CUSTOS DE ATIVIDADE Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC 3ª ETAPA: ATRIBUIR CUSTOS A CONJUNTOS DE CUSTOS DE ATIVIDADE Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC 3ª ETAPA: ATRIBUIR CUSTOS A CONJUNTOS DE CUSTOS DE ATIVIDADE Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC As taxas de atividade que serão utilizadas para atribuir custos gerais a produtos e clientes são calculadas na tabela abaixo: 4ª ETAPA: CALCULAR TAXAS DE ATIVIDADE Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC A quinta etapa da implantação do custeio baseado em atividades é denominada alocação de segundo estágio, na qual as taxas de atividades são empregadas para aplicar custos de atividades a produtos e clientes. A empresa incorreu em um pedido que solicita dois produtos diferentes: 5ª ETAPA: ATRIBUIR CUSTOS A OBJETOS DE CUSTO Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC 5ª ETAPA: ATRIBUIR CUSTOS A OBJETOS DE CUSTO Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC Para cada acumulador de custos, o volume de atividade exigido pelo produto é multiplicado pela taxa de atividade para se chegar ao total de custos gerais aplicados ao produto. Com este procedimento de atribuição de custos gerais difere-se dos métodos tradicionais. Em lugar de apenas um único acumulador de custos gerais e uma única taxa predeterminada de custos gerais baseada em numero de horas de mão-de-obra direta ou horas de uso de máquinas, agora vários acumuladores de custos e várias taxas predeterminadas são usadas na atribuição de custos. 5ª ETAPA: ATRIBUIR CUSTOS A OBJETOS DE CUSTO Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC Os custos gerais calculados são combinados com dados de custo de matéria-prima direta, mão-de-obra direta e transporte. Para cada produto, esses custos combinados são subtraídos da receita de vendas, chegando-se assim às margens de lucro dos produtos. O sistema ABC oferece, também, uma análise da rentabilidade do cliente que fez o pedido. Essas análises de clientes podem ser feitas com facilidade, somando-se os lucros brutos de cada um dos produtos encomendados por um cliente, subtraindo a seguir o gasto médio de outras despesas. 6ª ETAPA: PREPARAR RELATÓRIOS GERENCIAIS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC 6ª ETAPA: PREPARAR RELATÓRIOS GERENCIAIS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. MECANISMO DO CUSTEIO ABC 6ª ETAPA: PREPARAR RELATÓRIOS GERENCIAIS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4. COMPARAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUTOS PELO SISTEMA TRADICIONAL E PELO SISTEMA ABC 4.1. LUCRO BRUTO Custeio por Absorção Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4. COMPARAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUTOS PELO SISTEMA TRADICIONAL E PELO SISTEMA ABC 4.1. LUCRO BRUTO No sistema tradicional a empresa utiliza uma taxa predeterminada de custos gerais para a fábrica inteira, baseada em numero de horas de uso de máquinas. Ao ser usada a taxa predeterminada de custos gerais de produção para calcular os custos de produtos, as barras apresentam prejuízo de $ 360 e a caixa de bússola tem lucro de $ 387. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4. COMPARAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUTOS PELO SISTEMA TRADICIONAL E PELO SISTEMA ABC 4.2. DIFERENÇAS ENTRE CUSTOS DE PRODUTOS Os custos dos produtos, de acordo com o sistema ABC, são substancialmente diferentes dos custos calculados segundo o sistema tradicional de custeio. Há dois motivos principais para as diferenças de rentabilidade: 1. No sistema tradicional de custeio, os custos de projetos de produtos foram distribuídos por todos os produtos, mesmo que alguns não exigissem qualquer trabalho de projeto. No sistema ABC, esses custos são atribuídos somente a produtos que efetivamente exigem esse trabalho de projeto. Consequentemente no sistema ABC os custos de projetos foram transferidos de produtos padronizados, como as barras, que não demandam qualquer trabalho de projeto, a produtos customizados, como a caixa de bússola. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4. COMPARAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUTOS PELO SISTEMA TRADICIONAL E PELO SISTEMA ABC 4.2. DIFERENÇAS ENTRE CUSTOS DE PRODUTOS 2. Os custos de Pedidos de Clientes, que são custos em nível de lote, foram aplicados no sistema tradicional com baseno número de horas de uso de máquinas, uma base de nível de unidade. Isso fez com que produtos de volume elevado absorvessem o grosso desses custos em nível de lote, muito embora não causassem mais custos desse tipo do que os produtos de baixo volume, encomendados com igual frequência. No custeio ABC, esses custos em nível de lote são atribuídos pelo seu total a cada pedido de cliente. Consequentemente, o sistema ABC transfere esses custos de pedidos de volume elevado, a pedidos de baixo volume. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4. COMPARAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUTOS PELO SISTEMA TRADICIONAL E PELO SISTEMA ABC 4.2. DIFERENÇAS ENTRE CUSTOS DE PRODUTOS Em um sistema tradicional, somente os custos de produção, são atribuídos a produtos. No sistema ABC, isso também é feito com custos que não são de produção, além dos custos de produção. Os custos de sustentação da organização e os custos da capacidade ociosa não são atribuídos a produtos pelo sistema ABC, mas eles são atribuídos a produtos no sistema tradicional de custeio. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5. IDENTIFICAÇÃO DE MELHORIAS DE PROCESSO A Gestão Baseada em Atividades (GBA) é usada em conjunto com o custeio baseado em atividades para aprimorar processos e reduzir custos. A primeira etapa de qualquer processo de melhoria é decidir o que deve ser melhorado. Na GBA, as taxas de atividades calculadas podem oferecer pistas valiosas a respeito dos pontos nos quais há desperdício e há oportunidades para melhoria numa organização. O uso de benchmarking também representa um enfoque sistemático à identificação de atividades com maior espaço de melhoria. As taxas de atividades calculadas podem indicar que talvez seja possível eliminar algum desperdício em uma atividade usando métodos de gestão de qualidade total, reengenharia de processos ou outros. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 6. RELATÓRIOS EXTERNOS Há vários motivos para que o uso do sistema ABC não seja utilizado em relatórios externos, entre eles: 1. Os relatórios externos são menos detalhados do que os relatórios internos elaborados para tomada de decisões, portanto não há divulgação sobre produtos individuais. 2. Geralmente é difícil fazer alterações no sistema contábil de uma empresa. 3. O sistema ABC, como descrito neste capítulo, não se encaixa nos princípios contábeis aceitos (GAAP). 4. Auditores tendem a se sentir pouco confortáveis com alocações baseadas em entrevistas com pessoal da empresa. Dados subjetivos podem ser facilmente manipulados pela administração para fazer com que os lucros e outros números importantes pareçam ser melhores do que realmente são. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 6. LIMITAÇÕES 1. A implantação de um sistema ABC é um empreendimento de porte, que exige volume substancial de recursos. Uma vez implantado, tem custos de manutenção superior ao de um sistema tradicional. Os benefícios podem não compensar os custos. 2. O custeio baseado em atividades produz números, tais como margem de lucro, que divergem dos números produzidos pelos sistemas tradicionais de custeio. 3. Na prática, a maioria dos administradores insiste em alocar todos os custos a produtos, clientes e outros objetos de custeio em um sistema ABC. Isto resulta em custos superestimados e lucros subestimados, além de erros na fixação de preços e outras decisões cruciais. de qual é o sistema correto. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 6. LIMITAÇÕES 4. Os dados do custeio ABC podem ser facilmente mal interpretados e devem ser usados com cuidado quanto utilizados na tomada de decisões 5. Os relatórios gerados pelo sistema ABC não se encaixam nos princípios contábeis aceitos. Consequentemente a organização tem que manter dois sistemas de custeio, o que o torna mais caro e pode causar confusão a respeito de qual é o sistema correto. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137
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