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Resenha - O livro Negro do Empreendedor

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ALUNO X
RESENHA: O LIVRO NEGRO DO EMPREENDEDOR
GOVERNADOR VALADARES
2016
1 Primeira Parte – Empreender ou Aventureiro?
1.1 Primeiro Assalto – Os motivos lamentáveis do empreendedor
Não basta simplesmente ter uma ideia, pois ideia não é o fator motivante, ela é o veículo da atividade empreendedora e não uma motivação sólida e duradoura. Não gostar do seu chefe, ficar desempregado, não querer depender de ninguém, provar algo a si mesmo ou aos outros, são alguns motivos para querer abrir um negócio, mas não servem para sustentar seu trabalho em médio ou longo prazo. O importante é a motivação, ser e estar fascinado pelo ato de empreender.
Se um gestor está empreendendo para construir algo relevante, um legado, uma realização, então tudo bem, mas se está abrindo um negócio para fugir do seu atual emprego, má decisão. Se estiver empreendendo com o único objetivo de ficar rico, má decisão. Se estiver iniciando um empreendimento só porque está na moda, má decisão. Ou você escolhe algo que te dá paixão ou nem comece a empreender.
1.2 Segundo Assalto – Empreendedores e bombeiro
Devemos compreender que empreendedorismo não é somente uma fonte de renda, não é abrir uma loja ou montar um negócio, empreender vai muito além, é encarar o mundo de frente é desfrutar das incertezas e insegurança do amanhã é não ter medo do incerto é experimentar os riscos. Se não gosta ou tem medo da incerteza, não seja um empreendedor.
Um dos maiores medos enfrentados pelo empreendedor é o medo de errar. Esse medo geralmente surge da insegurança em tomar algumas decisões importantes que envolvem riscos. A maior possibilidade de aprendizado está na prática, e isso significa tentar e errar, para depois tentar novamente de outra forma, até acertar. Portanto, para o empreendedor, cometer erros faz parte do processo de aprendizagem. Só é necessário ter o máximo cuidado para não cometer erros que sejam fatais para o negócio. 
1.3 Terceiro Assalto – Salvo-conduto para viajar pela businesslândia
Sendo um bom empreendedor, gostando da incerteza e correr riscos, você tem que saber lutar diante as dificuldades, superar o fracasso, ter espirito de luta paciência, persistência e motivação interior. Tendo uma capacidade de avaliar seus erros e aprender com eles. Você pode não ter caráter de empreendedor, mas pode equilibrar esta carência com espírito de lutador e sacrifício.
Errar como empregado é uma coisa, pode ser perdoado, pode ser consertado, pode levar bronca, mas não passa disso. O pior que pode acontecer é perder o emprego, aí ele procura outro. Já o empreendedor, quando ele erra, o erro pode ser fatal, perder um cliente, perder todo um lote de produtos ou tomar uma decisão errada pode até mesmo afundar a empresa. As responsabilidades do empreendedor são proporcionalmente muito maiores do que de um funcionário, por isso, um erro pode ser fatal. Quem não aceitar o fracasso como parte do processo empreendedor não serve para esta carreira.
2 Segunda Parte – Sócios créditos em longo prazo e a 22%
2.1 Quarto Assalto – Antes só do que bem acompanhado
O autor afirma que muitas vezes o fracasso do negócio está relacionado aos sócios. Às vezes, nos associamos outras pessoas por medo, medo de as coisas não darem certo ou medo de não ser capaz de cuidar de tudo sozinho. É melhor empreender sozinho, pois no decorrer do tempo os objetivos em comum se tornam opostos, a vida muda e as circunstâncias também. E ainda considerando a globalização em que estamos vivendo em que tudo acontece muito rápido, principalmente no setor empresarial, sabemos que para acompanhar todo esse desenvolvimento e essa corrida em busca de sucesso é preciso pensar rápido, ter agilidade e saber tomar decisões. Essas são características próprias de um bom empreendedor, que não precisará consultar ninguém, pois tem autonomia para resolver sozinho. Isso faz com que ele ganhe tempo e liberdade na realização das tarefas. Ainda mais considerando um mundo em que tempo é dinheiro.
Portanto, para ser um bom empreendedor é preciso caminhar sozinho acreditando em si e em suas intuições. E lembrando-se que em todas as áreas é preciso ter alguém para comandar e ditar as regras, não tem como dois pilotos ocuparem o mesmo lugar ao mesmo tempo. Só se associe quando precisar de algo que não possa conseguir de outra maneira. 
2.2 Quinto Assalto – Com quem você entraria em um submarino para dar a volta ao mundo?
Existe situações em que é aconselhável se associar, sendo assim, selecione seus sócios observando seus valores morais e éticos. Selecionar critérios como honestidade acima de qualquer habilidade e alinhar caráter e competências e que estas sejam pessoas que somem valor a seu negócio. 
Um bom motivo para a escolha de um sócio é quando não se conhece ou não se domina completamente o ramo no qual vai empreender, um sócio com tais conhecimentos é primordial para um bom desempenho. Em projetos mais complexos, mesmo havendo total conhecimento do projeto fica muito difícil acompanhar todas as partes e ainda devido à complexidade do projeto várias opiniões podem ser uteis para uma boa execução. Em alguns casos o projeto pode não ser sua prioridade, estar em segundo plano devido outros projetos, nesses casos um sócio pode ser a única opção para estar entrando nesse novo investimento, mas procurando sempre definir claramente os direitos e obrigações de cada um. Em alguns casos pode-se ocorrer de não possuir o talento ou aquela disposição essencial para empreender, então procure sócios com essas características.
2.3 Sexto Assalto – Nem a Deus o que é de Deus nem a César o que é de César
Podemos citar um dos principais pontos a se estudar quando decide-se ter um sócio é pensar que futuramente alguém possa abandonar o projeto. Portanto, é necessário acertar desde o principio como farão estes acertos. A partilha do ônus deve ser acertada antes mesmo de começar, em caso de dar errado quem paga o que. Se algum sócio se dedica, trabalha mais, tem mais responsabilidades dentro da empresa, deve-se retirar mais que o outro que trabalha menos. 
Antes de tudo, é preciso estudar se um parceiro é algo realmente necessário dentro da empresa. A relação entre os sócios é comparada a um casamento, eles se unem com um propósito específico, que é o de criação e crescimento da empresa. Porém, ter uma sociedade requer ainda mais comprometimento. Quando se tem um sócio ruim, que não ajuda, a empresa anda para o lado ou para trás. Como ele irá dividir os lucros com o empreendedor, a ineficiência pode acabar custando caro. Portanto, ainda que o sócio tenha atribuições definidas, ele não deve ser considerado um parceiro meramente pontual.
2.4 Sétimo Assalto – Exercício de futurologia
Acreditamos que não seja possível evitaras desavenças entre sócios, já que passada a ansiedade e emoção inicial de um projeto, os sócios começam a observar uns aos outros, se um investe mais que o outro, se um conseguiu mais clientes que o outro e até mesmo a desconfiança, “o que meu sócio faz quando não estou aqui? “ Por que não me avisou sobre aquela transferência bancária? ”, enfim, cada sócio tem seu estilo, devemos respeitá-lo sempre, sabendo escutar e comunicar uns com os outros, uma comunicação diária e sincera, ter confiança e liberdade para apresentar qualquer assunto a seu sócio.
Quando se tem sócios a primeira coisa a se estabelecer não é como a empresa irá começa, mas como ela deve terminar. Quem deve o quê, em caso de dar errado. A partilha do ônus, se der certo, deve ser acertado antes de começar, porque depois que der errado, ninguém quer sair prejudicado.
3 Terceira parte – Sobre a grande ideia que você disse que tinha
3.1 Oitavo Assalto – Só um infeliz confia em sua ideia feliz
Não fique prenso a uma ideia do que vai vender ou fabricar, ao em vez disso, pense no por que as pessoas vão comprar de você. Expondo as suas ideias claramente ao maior número de pessoas possível e se preciso for ter flexibilidade e humildade para modificá-latanto no início ou durante o trabalho. O empreendedor tem que aproveitar e explorar novas ideias, abrir seu leque de opções para minimizar os erros na criação da proposta de seu negócio. Ao abrir a mente e aceitar uma determinada ideia, é importante mantê-la aberta, ou seja, não permitir que a ideia inicial fique restrita a um único direcionamento. 
Além disso, quanto mais o empreendedor conhece o seu cliente, maior será a probabilidade de você ter sucesso. Mas não basta apenas ter informações do tamanho do seu público-alvo e de sua preferência. Também é importante entender o comportamento, os hábitos e as rotinas de quem você quer atingir. Com essas informações em mãos, é possível personalizar produtos ou serviços, conquistar os usuários e obter sucesso mais facilmente. Portanto, o empreendedor não deve se fixar no que vender ou fabricar, mas sim no que as pessoas vão comprar ou usar.
3.2 Nono Assalto – Nenhum iniciante ganhou o prémio Nobel
Empreenda em setores nos quais você tem interesse ou experiência, em setores que te motivem a dar o seu melhor. É de extrema importância conhecer a área que se quer atuar, só assim você saberá o que está desafiando e quais as inovações que se pode fazer para evitar o fracasso.
O empreendedor deve conhecer o mercado onde vai empreender. Mas não é só isso, precisa gostar dele. Ou seja, quem deseja abrir o próprio negócio deve se informar, antes de mais nada. É preciso conhecer o mínimo a respeito da atividade que se pretende desenvolver e do mercado no qual quer se envolver. Familiarizar-se com aquilo que se deseja vender, seja o que for, é essencial. Ou seja, dominar o ramo de atividade.
3.3 Décimo Assalto – Os bancos bons
Estude com atenção os setores de seu interesse antes de depositar esperança neles. Observe se este setor tem possibilidades de crescimento, se trará rentabilidade e o grau de concorrência com os demais empreendedores. Feito isso, opte por começar com negócios de pouco investimentos, que sejam atraentes e lucrativos. Avaliar a rentabilidade do setor e a situação econômica, isso é oportunidade. Ter preparo e conhecimento são condições fundamentais para garantir a abertura de um negócio
Gostar de um mercado ou atuar em um negócio sem conhece-lo é fracasso na certa. Ainda mais se for um setor decadente. O empreendedor deve estudar antes de entrar, pois as vezes pode ser que esteja entrando justamente no momento que deveria sair. Muitos são marinheiros de primeira viagem e não sabem como dar seus primeiros passos. Quanto mais eles dominarem as informações, mais segurança terão. Esse conhecimento constante sobre o negócio é fundamental para o empreendedor. É importante estar preparado para a realidade do que é abrir um negócio.
4 Quarta Parte – Não leve o CNPJ para a cama
4.1 Décimo Primeiro Assalto – Nunca ponha os ovos em uma única cesta
Não basta querer ser empreendedor, é preciso ter visão empreendedora. Estar atento aos detalhes, observar o mercado, identificar a necessidade e /ou a possibilidade de desenvolver um novo produto ou serviço são peças chave para se tornar um empreendedor de sucesso. Um empreendedor sempre terá seus desafios, geralmente maiores do que estivesse trabalhando como funcionário, e suas habilidades para lidar com estes problemas no dia a dia serão mais importantes para o sucesso do negócio do que um bom momento econômico. 
Por simples e menor que seja, o objetivo principal do negócio é manter-se sustentável no médio e longo prazos, alinhado com sua missão. O negócio não foi feito para nos servir. Pelo contrário, somos nós que decidimos abrir o negócio por acreditar em uma causa e querer defendê-la. As metas de crescimento dos negócios não devem ser norteadas por nossas metas pessoais de enriquecimento. Aliás, é possível que fique menos bem de vida no início. 
4.2 Décimo Segundo Assalto – Um equilibrista jamais será um empreendedor
Os empreendedores que querem ter sucesso nunca podem misturar a vida pessoal com a profissional. Essa mistura pode acabar prejudicando o seu projeto e acabar com seus sonhos. Além de pensar em seu negócio todo o tempo, o empreendedor normalmente também tem sua vida financeira atrelada à empresa. 
A vida de um empreendedor resulta numa vida sacrificada, onde sua vida social e familiar fica em pausa até o negócio se estabilizar. Se um indivíduo não tem tempo para empreender, então o melhor caminho é desistir, porque desta maneira nunca será um empreendedor. Empreender, portanto, não é seguir um belo caminho com raros obstáculos. É equilibrar-se na corda bamba todos os dias e lidar com inúmeras intercorrências no percurso.
5 Quinta Parte - Empreender é fácil, o difícil é crescer
5.1 Décimo Terceiro Assalto - As vendas nos escravizam e os lucros nos realizam
Se o candidato a empreendedor ficar preocupado em se preparar melhor, ou acumular aquele investimento previsto, muitas vezes a oportunidade pode não acontecer. Nenhum negócio próprio vai gerar retorno sobre o investimento feito no curto prazo. O empreendedor vai sofrer muito para começar a gerar algum resultado do negócio e este muito pode significar um ano, ou mais. Muitos empresários se frustram e desistem no meio do caminho, pois percebem que seu trabalho e responsabilidade aumentaram muito, e que o retorno financeiro não compensa o investimento pessoal.
É comum o empreendedor tomar sua decisão de abrir um negócio por uma paixão pela sua ideia ou mesmo pela necessidade de trabalhar. Muitos empreendimentos são abertos em função da necessidade de trabalho do empreendedor. Diante de uma pessoa como esta, se ele não tiver negócio bem definido, ou sua empresa não resolver problema de nenhum cliente, ou se seu plano operacional, mercadológico ou financeiro não fizer sentido algum, o melhor caminho é a pessoa procurar um emprego e não a abrir um negócio. 
 5.2 Décimo Quarto Assalto - Deus disse irmãos, mas são primos
Ser empresário é uma profissão, enquanto ser empreendedor está muito mais ligado a uma postura, uma forma de ver o mundo. O empresário é o dono da empresa, toma decisão sem fundamentos, não controla a atividade, não é capaz de inovar e crescer na atividade e sua responsabilidade termina quando sai da empresa. Já o empreendedor faz o contrário do empresário, possui planejamentos e controles eficientes, está preocupado com a empresa, está em busca de novos clientes, novos mercados, inovação constante e corre riscos calculados.
Porém se o empreendedor não tiver capacidade, ou melhor vontade, gosto pela monotonia da administração, deve contratar um administrador profissional e partir para fazer o que gosta, começar a empreender. Se não for possível a contratação, a venda do negócio é também uma possibilidade, até mesmo para os demais sócios. E nessa hora deve-se ter cuidado para não tomar por emoções. Assim, o empreendedor capitalizado pode se dedicar ao que realmente gosta: começar outra coisa.

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