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Perdão Judicial+Extinção da punibilidade

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PERDÃO JUDICIAL
O conceito deste instituto consiste na clemência do Estado para situações expressamente previstas em lei, quando não se aplica a pena prevista para determinados delitos ao serem satisfeitos certos requisitos objetivos e subjetivos que envolvem a infração penal. O artigo 121, § 5º do Código Penal é um exemplo de perdão judicial. Referido dispositivo prevê que "na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária".
Segundo o professo Rogério Sanches, Perdão Judicial é o instituto pelo qual o juiz diante de um fato típico, ilícito e culpável do agente, discricionariamente deixa de aplicar a pena no caso concreto, atendendo razões de política criminal, como exemplo disto o art. 121 §5º do CP. Portanto, no homicídio culposo, se as circunstâncias demonstram que o evento atingiu o agente, se as consequências do evento atingiram o agente de forma drástica, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, ainda que não haja nenhuma relação de afetividade entre réu e vítima. O perdão judicial é causa extintiva da punibilidade, no entanto, não extingue a ilicitude, a tipicidade nem tampouco a culpabilidade. Portanto, o fato permanece típico, o fato típico permanece ilícito e o agente continua culpável. O que ocorre é a extinção do direito do Estado punir. 
 De acordo com o art. 107, IX do CP, apenas é cabível o instituto do Perdão Judicial nos casos excepcionais, isto é, aqueles expressamente previstos em lei. Ainda para o supracitado professor, outra característica do Perdão Judicial é que, este instituto não é uma mera faculdade do juiz, mas, prevalece um direito subjetivo do réu, desde que haja presentes todos os requisitos legais.
Conforme Pedro Lenza (2011), “o juiz estará obrigado a concedê-lo, tratando-se, assim, de direito subjetivo do réu, e não de mera faculdade do julgador”, pensamento similar ao do professor Rogério Sanches.
Segundo Damásio de Jesus (2004), “perdão judicial é o instituto pelo qual o juiz, não obstante comprovada a prática da infração penal pelo sujeito culpado, deixa de aplicar a pena em face de justificadas circunstâncias”.
Para CAPEZ (2011) O perdão judicial distingue-se do perdão do ofendido, uma vez que, neste, é o ofendido quem perdoa o ofensor, desistindo da ação penal exclusivamente privada. No perdão judicial, é o juiz quem deixa de aplicar a pena, independente da natureza da ação, nos casos permitidos por lei. O perdão do ofendido depende da aceitação do querelado para surtir efeitos, enquanto o perdão judicial independe da vontade do réu.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Conforme GRECO (2015) A punibilidade é uma consequência natural da prática típica, ilícita e culpável levada a efeito pelo agente transgressor. Portanto, toda vez que o agente infringe nosso direito penal objetivo, o Estado deverá estar presente para atuar fazendo valer o jus puniendi.
Em que pese o direito de punir automaticamente com a prática da infração penal, fatos posteriores a esta prática podem fazer com que o Estado perca o direito de punir o infrator. Estes fatos são chamados de causas extintivas da punibilidade. 
Conceito. Perda do poder-dever do Estado de punir, por alguma causa que incide durante a pretensão punitiva executória. As causas extintivas da punibilidade são mencionadas no art. 107, inciso I a IX do CP.
 
REFERÊNCIAS
JESUS, Damásio de. Código Penal anotado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2011. v. 1.
Código Penal: Perdão Judicial art. 120 - Rogério Sanches Cunha. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=MT9UqA-jF0g>. Acesso em 07 de set. de 2016.

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