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CARBOIDRATOS Recife, 2016 Faculdade Estácio do Recife Curso de Nutrição Nutrição Humana Conceitos... A nutrição compreende as seguintes fases: Recordando... Nutrientes MICROS MACROS Carboidratos Proteínas Vitaminas Minerais Lipídios Hidrossolúvel Lipossolúvel Estrutura da aula Definição, estrutura química, classificação Funções Resposta glicêmica no organismo: carga glicêmica e índice glicêmico Digestão dos carboidratos Absorção na mucosa intestinal Processos pós absortivos (vias para gerar energia) Tipos de fibras alimentares Fontes alimentares Aplicação prática Quem são os carboidratos? Definição Produzidos pelos vegetais Compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio Importante fonte de energia C H O – 1:2:1 Definições Podem ser chamados de: CARBOIDRATO HIDRATO DE CARBONO GLICÍDIO AÇÚCAR SACARÍDEOS Definições Os carboidratos representam a maior fonte de energia na dieta de humanos, fornecendo o maior aporte calórico total na dieta (45 a 65%). Segundo o grau de polimerização: Monossacarídeos: (1 unidade) glicose, frutose e galactose Dissacarídeos: (2 unidades) sacarose, lactose e maltose) Oligossacarídeos: (2 a 20 unidades) estaquiose e rafinose) Polissacarídeos: (> 20 unidades) amido, celulose Classificação dos Carboidratos Recordando... Glicose Glicose + Glicose = Maltose Galactose Frutose Glicose + Frutose = Sacarose Glicose + Galactose = Lactose Polímeros de glicose = AMIDO Funções Existe diferença entre os carboidratos? Carboidratos glicêmicos e não glicêmicos Glicêmicos: alteram a glicemia Não glicêmicos: não alteram a glicemia – carboidratos fermentáveis no intestino grosso (colônicos) (ex: açúcares do álcool – manitol, sorbitol, glucitol) e amido resistente O que é e para que servem o IG e CG dos alimentos? Índice glicêmico x Carga glicêmica IG: baseia-se no potencial aumento da glicose sanguínea proporcionado por um alimento em relação a um alimento padrão. preparo, processamento e armazenamento, concentração de frutose e galactose no alimento, fibras viscosas. Carga glicêmica CG: medida de elevação da glicemia diante do consumo de um alimento específico em uma refeição (depende da qtd e tipo de carboidrato). CG: IG x teor de CHO/100 VALOR IG CG Alto ≥ 70 ≥ 20 Médio 56-69 11-19 Baixo ≤ 55 ≤ 10 IG x CG ALIMENTO IG CG Maça 40 6 Batata assada 85 26 Arroz integral 50 16 Suco de laranja 50 13 Pão branco 72 25 Açúcar refinado 58 6 IG x CG Por exemplo: A melancia, tem um pequeno efeito nas concentrações plasmáticas de insulina e glicose, embora apresente um elevado IG (IG = 80%). Isso pode ser explicado pela pequena quantidade de carboidrato (a porção de 120 g contém 6 g de carboidrato disponível) que a melancia apresenta, o que a caracteriza como um alimento de baixa CG. Processos digestivos e absortivos Fatores que influenciam na velocidade de absorção: - Grau de trituração na boca - Tamanho da partícula - Estrutura da parede celular - Teor de lipídios - Presença de inibidores enzimáticos - Presença de fibras Digestão e Absorção dos Carboidratos Enzimas envolvidas no processo digestivo Enzima Local de síntese Local de ação Substrato Amilase salivar Boca Boca e estômago Amido Amilase pancreática Pâncreas Lúmen, jejuno e borda em escova Amido Glicoamilase ID Lúmen, jejuno e borda em escova Dextrinas Maltase ID Borda em escova Maltose Isomaltase ID Borda em escova Isomaltose Sacarase ID Borda em escava Sacarose Lactase ID Borda em escova Lactose * ID = intestino delgado Processos absortivos Transporte pela membrana luminal (duodeno e jejuno proximal) Glicose e Galactose: transporte ativo de sódio-dependente Glut-2 (Glicose e Galactose) Frutose: facilitado por Glut-5 Estado pós absortivo (alimentado) INTESTINO VEIA PORTA FÍGADO FÍGADO/MÚSCULO (glicogênio) TECIDO ADIPOSO (gordura) Insulina Vias energéticas Síntese de lipídios Glicólise Sequência metabólica composta por um conjunto de dez reações catalisadas por enzimas livres no citosol, na qual a glicose é oxidada produzindo duas moléculas de piruvato, duas moléculas de ATP e dois equivalentes reduzidos de NADH+, que serão introduzidos na cadeia respiratória ou na fermentação. A glicólise é uma das principais rotas para geração de ATP nas células e está presente em todos os tipos de tecidos. Ciclo de Krebs ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos ou Ciclo do Ácido Cítrico Ciclo de Krebs Trata-se de uma parte do metabolismo dos organismos aeróbicos (utilizando oxigênio da respiração celular); Possui reações catabólicas e anabólicas, com a finalidade de oxidar a acetil-CoA (acetil coenzima A), que se obtém da degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2, H20 e energia. Em situações de jejum e privação alimentar... GLICOGENÓLISE (glicogênio glicose) GLICONEOGÊNESE: fígado e rins (lactato, piruvato, glicerol, aminoácidos Energia) Ação de hormônios catabólicos (glucagon, cortisol, catecolaminas) FIBRAS ALIMENTARES Definição Parte comestível de plantas ou carboidratos análogos que são resistentes à digestão e absorção no intestino delgado de humanos com fermentação completa ou parcial no intestino grosso A fibra dietética é uma substância indisponível como fonte de energia, pois não é passível de hidrólise pelas enzimas do intestino humano e que pode ser fermentada por algumas bactérias. Definição A fibra alimentar inclui: Polissacarídeos, oligossacarídeos, lignina e substâncias associadas de plantas. Quanto a solubilidade, podem ser: Solúveis: Pectina, ᵝ-glicanos, gomas, frutanos - Polpa de frutas, laranja, maçã, cenoura, feijões, ervilha, lentilha, grão de bico, batatas, macaxeira, inhame, beterraba, farelo de aveia. Insolúveis: Lignina, celulose, hemicelulose - Vegetais folhosos, caule, legumes fibrosos, cascas de frutas, farelo de trigo, cereais integrais (arroz, pão, torrada). Fibras dietéticas FIBRAS SOLÚVEIS • Esse tipo de fibra interage com a água formando géis em nosso intestino. • Os géis formados pelas fibras solúveis e pela água também fazem com que a absorção gorduras, como o colesterol sejam diminuídos, pois uma parte desses nutrientes acabam sendo excretados juntos com as fibras. FIBRAS INSOLÚVEIS •Refere-se aos carboidratos não digeríveis isolados, que podem exercer efeitos fisiológicos benéficos ao homem. • Lignina, a celulose e algumas hemiceluloses Incremento do bolo fecal e o estímulo da motilidade intestinal Maior necessidade de mastigação -> SACIEDADE Efeito hipocolesterolêmicas Reduz a velocidade de esvaziamento gástrico. Diminuem a absorção de lipídeos; Possuem atividades hipocolesterolêmicas; Parecem diminuir os níveis de triglicerídeos, colesterol; Redução da glicemia. Fermentáveis pelas bactériasintestinais – AGCC (Ácidos graxos de cadeia curta)- utilizados como combustível para as células do colón. Acetato, Butirato, propionato Legenda: * Inulina e frutooligossacarídeos (FOS) Fibras – Efeito laxativo Frequência e volume fecal: parecem aumentar na presença de alimentos fontes de Psyllium, inulina, oligofrutose, celulose, produtos derivados da aveia e pectinas. Fontes alimentares dos Carboidratos Importante ingestão – alimentos veiculam além de CHO, vitaminas e minerais, fibras, antioxidantes... Principal forma consumida: amido (arroz, inhame, mandioca, milho, trigo, batata...) Frutas e vegetais: sacarose Laticínios: lactose Fibras: vegetais folhosos, legumes, leguminosas, frutas e cereais integrais Valores diários 45 a 75% do VET (OMS,1995, 2003) Ou 8g/kg/dia • Preferir os CHO complexos e integrais • Reduzir os CHO refinados e açúcares (<10% do VET) • Incluir as fibras : 25g/dia (no mínimo) ADULTOS 20 a 35g/dia (25 A 30% FS e 70 a 75% FI) Crianças até 2 anos: 5g/d; Crianças > 2 anos: idade + 5 a 10g/d. Ao longo do dia se consumir cerais, tubérculos, raízes, frutas , legumes, verduras e leguminosas, a quantidade de fibras diária é atendida. CHO fornecem 4 kcal/g do nutriente Legenda: VET – valor energético total FS – fibra solúvel ,FI – fibra insolúvel. Referências MAHAN, L. K; ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 12ª ed. São Paulo: Roca, 2010. TIRAPEGUI, D. L. Nutrição, fundamentos e aspectos atuais. 2ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2006. CHEMIN & MURA. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. 1ª ed. São Paulo: Roca, 2007. CARDOSO, M. A. Nutrição e Metabolismo – Nutrição Humana. 1ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
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