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Apresentação 10

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MACROECONOMIA
Teoria macroeconômica da economia aberta (cap. 32)
MANKIW, N. G. Introdução à Economia. 5ª edição.
Introdução
Para entender quais fatores determinam a balança comercial de um país e como as políticas do governo podem afetá-la, precisamos estudar a teoria macroeconômica que explica como funciona a economia aberta.
Para isso consideraremos o PIB como dado. Ou seja, o PIB real será determinado pela oferta dos fatores de produção e pela tecnologia de produção disponível que transforma esses insumos em produto.
Também consideraremos o nível de preços da economia como dado. E que o nível de preços se ajusta para equilibrar a oferta e a demanda de moeda.
O objetivo é destacar as forças que determinam a balança comercial e a taxa de câmbio da economia. 
O modelo aplica os instrumentos da oferta e da demanda em uma economia aberta, envolvendo dois mercados relacionados simultaneamente: o mercado de fundos emprestáveis e o mercado de câmbio de moeda estrangeira.
REVISÃO
0ferta e demanda de fundos para empréstimos e de câmbio (casa)
Para entender as forças que operam em uma economia aberta, devemos nos concentrar na oferta e demanda em dois mercados.
O MERCADO DE FUNDOS DE EMPRÉSTIMOS, que coordena a poupança da economia, o investimento e o fluxo de fundos de empréstimos do exterior (IEL)
O MERCADO DE CÂMBIO DE MOEDA ESTRANGEIRA, que coordena as pessoas que querem trocar moeda interna pela moeda de outros países.
O Mercado de Fundos de Empréstimos
Lembre-se que supomos que o sistema financeiro é composto por apenas um mercado: o de fundos para empréstimos. 
Todos os poupadores vão a esse mercado para depositar sua poupança e todos os tomadores de empréstimos vão a esse mercado para obter seus empréstimos. Nesse mercado há apenas uma taxa de juros, que é tanto o retorno da poupança quanto o custo do empréstimo.
S = I + IEL
(Sempre que a nação poupa uma unidade monetária de sua renda, pode usá-la para financiar a compra de capital interno ou para financiar a compra de um ativo estrangeiro).
Os fundos de empréstimos devem ser interpretados como o fluxo de recursos disponíveis, gerado internamente, para o acúmulo de capital. 
A compra de um ativo de capital se acrescenta à demanda por fundos de empréstimo que pode ser interna (I) ou externa (IEL).
Dado que o IEL pode ser positivo ou negativo temos que:
IEL > 0: a compra líquida de capital no estrangeiro aumenta a demanda por fundos de empréstimos gerados internamente (o país passa por um investimento EXTERNO líquido.
IEL < 0: os recursos de capital oriundos do exterior reduzem a demanda por fundos de empréstimos gerados internamente (o país passa por um investimento INTERNO líquido)
IEL = compra de ativos estrangeiros por residentes internos - a compra de ativos internos por estrangeiros.
A quantidade ofertada e demandada de fundos de empréstimos, depende da taxa de juros real.
Quanto maior a taxa de juros, maior a poupança e portanto, haverá um aumento na quantidade ofertada de F. E. Essa elevação na taxa de juros também torna mais dispendiosa a tomada de empréstimos, desencorajando os investimentos e reduzindo a quantidade demandada de F.E.
A taxa de juros real também influencia o IEL. Considerando ainda uma elevação na taxa de juros, países com taxas de juros mais altas estimulam o ingresso de capitais estrangeiros. 
Logo, um país que adota uma taxa de juros real elevada desestimula os residentes a comprarem ativos estrangeiros e estimula os estrangeiros a comprarem ativos desse país, o que REDUZ o IEL.
A curva de oferta tem inclinação positiva porque uma taxa de juros maior aumenta a quantidade de F.E.
A curva de demanda tem inclinação negativa porque uma taxa de juros maior reduz a quantidade de F.E. (representa o comportamento do investidor interno e do IEL)
Escassez
Excesso
Empurra a tx de juros para cima
Empurra a tx de juros para baixo
O Mercado de Câmbio e a Moeda Estrangeira
Os participantes desse mercado trocam moeda nacional (dólares) por moedas estrangeiras.
IEL = EL (ou XL)
(o desequilíbrio entre a venda e a compra de ativos de capital no exterior – IEL, é igual ao desequilíbrio entre X e M, ou seja EL.
Quando EL > 0: as pessoas estão exportando mais do que importando. Essa diferença positiva deve estar sendo investida no exterior na forma de IEL.
Quando EL < 0: as pessoas estão importando mais do que exportando. Essa diferença negativa deve estar sendo financiada com a venda de ativos do país para estrangeiros.
O modelo de economia aberta trata os dois lados dessa identidade como representantes dos dois lados do mercado de câmbio.
O IEL representa a quantidade de dólares ofertada para comprar ativos estrangeiros.
Ex: quando um fundo mútuo dos EUA deseja comprar um título do governo japonês, precisa trocar dólares por ienes de modo que ele oferece dólares no mercado de câmbio.
As EL representam a quantidade demandada de dólares com a finalidade de comprar exportações líquidas de bens e serviços dos EUA.
Ex: quando uma empresa área japonesa deseja comprar um avião fabricado pela Boeing, precisa trocar seus ienes por dólares, de modo que demanda dólares no mercado de câmbio.
Qual o preço que equilibra a oferta e a demanda no mercado cambial? É a taxa de câmbio real.
A taxa de câmbio real é o preço relativo dos bens internos e dos bens estrangeiros, e, portanto, é um determinante-chave das EL.
NOVO
O Mercado de Câmbio e a Moeda Estrangeira
Inclinação negativa, pois uma taxa de câmbio real mais elevada torna os bens nacionais mais caros e reduz a quantidade demandada de moeda nacional para comprar esses bens.
É vertical, porque a quantidade ofertada de moeda nacional destinada ao IEL não depende da taxa de câmbio real e sim da taxa de juros real.
A taxa de câmbio real se altera para garantir o equilíbrio nesse mercado, ou seja ela se ajusta para equilibrar oferta e demanda de moeda nacional (dólares real). 
Taxa de câmbio real abaixo da de equilíbrio: a quantidade de dólares ofertada seria menor que a quantidade demandada: Escassez que empurra o valor do dólar para cima.
Excesso de oferta que leva o valor do dólar para baixo.
Equilíbrio na Economia Aberta
Recapitulando:
S = I + IEL
IEL = EL
Mercado de F.E (taxa de juros real promove o equilíbrio).
Mercado de Câmbio (taxa de câmbio real promove o equilíbrio).
O IEL liga os dois mercados (determinante-chave: tx de juros real)
Faz parte da demanda
Fonte da oferta
Uma pessoa que deseje comprar um ativo 
estrangeiro deve financiar essa compra obtendo recursos no mercado de F.E.
Uma pessoa que deseja comprar um ativo em outro país deve ofertar dólares a fim de trocá-los pela moeda daquele país.
IEL = compra de ativos estrangeiros por residentes internos - a compra de ativos internos por estrangeiros.
Equilíbrio simultâneo nos dois mercados
No painel (a), a oferta e a demanda por F.E. determinam a taxa de juros real. No painel (b), a taxa de juros determina o IEL, que provê a oferta de dólares no mercado de câmbio. No painel (c), a oferta e a demanda de dólares no mercado de câmbio determinam a de câmbio real.
Como os ativos estrangeiros devem ser comprados com moeda estrangeira, a quantidade de IEL de (b) determina a of. de dólares a serem trocadas por moedas estrang.
Vem da EL.
Os dois mercados representados no slide anterior determinam dois preços relativos – a taxa de juros real e a taxa de câmbio real.
A taxa de juros real determinada em (a) é o preço dos bens e serviços no presente em relação ao futuro.
A taxa de câmbio real determinada em (c) é o preço dos bens e serviços internos em relação aos preços dos bens estrangeiros.
Esses dois preços relativos ajustam-se simultaneamente para equilibrar a oferta e a demanda nesses dois mercados.
Quando o fazem, eles determinam a poupança nacional, o investimento interno, o investimento externo líquido e as exportações líquidas.
Como políticas e eventos afetam uma economia aberta
Tendo desenvolvido um modelo
para explicar como variáveis macroeconômicas chaves são determinadas em uma economia aberta, podemos agora usá-lo para analisar como mudanças de política econômica e outros eventos alteram o equilíbrio da economia.
3 Passos:
Primeiro, determinamos quais das curvas, a de oferta ou de demanda, o evento afeta. 
Segundo, determinamos em que direção as curvas se deslocam.
Terceiro, usamos os gráficos de oferta e demanda para examinar como esses deslocamentos alteram o equilíbrio da economia.
Analisaremos os seguintes eventos:
DÉFICITS ORÇAMENTÁRIOS DO GOVERNO
(ponto de vista dos EUA)
POLÍTICA COMERCIAL
(ponto de vista dos EUA)
INSTABILIDADE POLÍTICA E FUGA DE CAPITAIS
(ponto de vista do México)
Déficits orçamentários do governo
Para uma economia fechada:
Ocorrem quando a despesa do governo excede a sua receita. 
Representa, portanto, um poupança pública (Sg) negativa.
A (Sg) negativa reduz a (Snac).
Como a oferta de fundos é dada pela poupança nacional, a oferta de fundos também é reduzida.
Logo um déficit orçamentário de governo reduz a oferta de fundos para empréstimos, aumenta a taxa de juros e desloca o investimento.
Para uma economia aberta:
Qual das curvas em nosso modelo se desloca?
Assim como na economia fechada, na economia aberta o impacto inicial se dá sobre a poupança nacional e, portanto, sobre a curva de oferta de fundos para empréstimos.
Em que direção se desloca essa curva de oferta?
Novamente, como em uma economia fechada, déficit orçamentário representa Sg negativa, de modo que reduz a Snac e desloca a curva de oferta de fundos para empréstimos para a esquerda.
Comparando o novo equilíbrio com o antigo:
Com menos recursos disponíveis para os tomadores nos mercados financeiros, a taxa de juros se eleva a fim de equilibrar oferta e demanda. Em face de uma taxa de juros mais elevada , os tomadores de empréstimo no mercado de fundos optam por tomar menos empréstimos. Os déficits internos deslocam o investimento interno (mesmo efeito em uma economia fechada).
Em uma economia aberta, contudo, a redução na oferta de fundos para empréstimos tem efeitos adicionais.
O aumento da taxa de juros reduz o IEL. Como a poupança interna agora obtém taxas de retorno mais elevadas, o investimento exterior passa a ser menos atraente e os residentes internos compram menos ativos no estrangeiros. Taxas de juros mais altas também atraem investidores estrangeiros que desejam obter retornos mais elevados. (IEL = compra de ativos estrangeiros por residentes internos - a compra de ativos internos por estrangeiros).
Portanto, quando um déficit orçamentário eleva as taxas de juros, o comportamento tanto dos investidores residentes quanto dos investidores estrangeiros faz com que o IEL diminua. 
Como o IEL se reduz, as pessoas precisam de menos moeda estrangeira para comprar ativos estrangeiros, portanto oferecem menos dólares no mercado para trocar por moeda estrangeira, causando apreciação na taxa de câmbio real.
Essa apreciação torna os bens nacionais mais caros quando comparados aos bens estrangeiros. As X de produtos nacionais diminuem e a M de produtos estrangeiros aumentam. (EL diminui)
Portanto, em uma economia aberta, os déficits orçamentários gov. elevam as taxas de juros reais, deslocam o investimento interno, causam apreciação do dólar e empurram a balança comercial em direção ao déficit.
Déficit Orçamentário (G>T)
Sg (-)
Snac = Sg + Spriv
Snac reduz
Snac = Oferta de F.E.
Oferta de F.E. reduz
O1 se desloca para O2
Taxa de juros aumenta de r1 para r2
O IEL reduz
Reduz a oferta de dólares para serem trocados
por moeda estrangeira (O1 para O2
A taxa de câmbio aprecia (E1 para E2)
EL diminuem -> déficit comercial.
Impacto de um déficit orçamentário dos EUA sobre o mercado norte-americano de F.E
Política Comercial (Casa)
Política do governo que influencia diretamente a quantidade de bens e serviços que um país importa ou exporta.
Ex: uma tarifa, um imposto, uma cota de importação.
Suponha que os fabricantes de carros dos EUA, preocupados com a competição dos fabricantes japoneses, convençam o governo norte-americano a impor uma cota sobre o número de carros que podem ser importados do Japão. Ao defenderem seu ponto de vista, os lobistas do setor automobilístico afirmam que a restrição comercial reduziria a magnitude do déficit comercial dos EUA. Estarão eles certos?
Qual curva a Política Comercial desloca?
O impacto inicial da restrição à importação se dá, naturalmente, sobre as importações, como EL=X-M as exportações líquidas também são afetadas e como as EL são a fonte de demanda por dólares no mercado de câmbio, a política afeta a curva de demanda desse mercado.
Em que direção a curva de demanda se desloca?
Como a cota é uma restrição a importação, ela reduz as importações a qualquer taxa de câmbio real dada. Logo as EL aumentarão. Como os estrangeiros precisam de dólares para comprar as exportações líquidas dos EUA, há um aumento na demanda por dólares no mercado de câmbio.
O aumento na demanda por dólares causa uma apreciação da taxa de câmbio real E1 para E2. Como nada aconteceu no mercado de F.E. não há nenhuma alteração na taxa de juros real e, portanto, não há alteração no IEL. Logo não pode haver nenhuma alteração nas EL, muito embora a cota de M tenha reduzido as importações.
É de se estranhar que as exportações líquidas permaneçam inalteradas enquanto as importações caem.
Esse enigma é explicado pela variação na taxa de câmbio real: quando o dólar se aprecia no mercado de câmbio de moeda estrangeira, os bens internos tornam-se mais caros em relação aos bens estrangeiros.
Essa apreciação estimula as M e desestimula as X, e essas duas alterações operam para contrabalançar o aumento direto das EL em decorrência da cota de importação. 
No fim, uma cota de importação reduz tanto a importação quanto a exportação, mas as EL permanecem inalteradas.
EFEITOS DE UMA COTA DE IMPORTAÇÃO
Nada acontece:
- no mercado de F.E.
- com os IEL
O único efeito é o da EL para 
qualquer tx de câmbio real dada.
A demanda por dólares no mercado
de câmbio aumenta (D1 para D2)
Logo há apreciação do dólar (E1 para E2)
Que reduz as exportações líquidas
Compensando o efeito direto da cota de M sobre a BC
Portanto, chegamos a uma conclusão: AS POLÍTICAS COMERCIAIS NÃO AFETAM A BALANÇA COMERCIAL.
Ou seja, as políticas que afetam diretamente as exportações e as importações não alteram as EL.
Lembre-se que: EL = IEL = S – I
Logo, as políticas comerciais não afetam a BC porque não alteram a poupança nacional ou o investimento interno. Para quaisquer níveis dados de poupança nacional e investimento interno, a taxa de câmbio real se ajusta para manter o mesmo equilíbrio comercial, independentemente das políticas comerciais que o governo adote.
Instabilidade Política e Fuga de Capitais (casa)
Em 1994, a instabilidade política no México, deixou os mercados financeiros do mundo nervosos. As pessoas decidiram retirar alguns de seus ativos do país e remeter esses recursos para os EUA e outros “portos seguros”.
Um movimento tão grande e súbito de fundos para fora do país é chamado de fuga de capitais.
Para entender as implicações da fuga de capitais para a economia mexicana, seguiremos novamente as três etapas de análise de uma mudança no equilíbrio, mas dessa vez aplicaremos o modelo de economia aberta do ponto de vista do México.
Qual das curvas é afetada?
Quando os investidores de todo o mundo percebem os problemas do México e decidem retirar parte de seus ativos e usar a receita da venda para comprar ativos dos EUA. Essa ação aumenta o IEL e, portanto, afeta os dois mercados do nosso modelo.
Qual a direção do deslocamento das curvas?
Quando o IEL aumenta, há maior demanda por fundos para empréstimo para financiar essas compras de ativo de capital no exterior.
Uma vez que o IEL é maior para qualquer taxa de juros dada, a curva de IEL também desloca-se
para a direita.
Comparando o novo equilíbrio temos:
O aumento da demanda por F.E. faz com que a taxa de juros do México aumente. 
O IEL do México aumenta (embora o aumento da taxa de juros torne os ativos mexicanos mais atraentes, isso somente compensa parcialmente o impacto da fuga de capitais sobre o IEL).
Esse aumento do IEL provoca um aumento na oferta de pesos no mercado de câmbio.
Conforme as pessoas tentam se livrar de seus ativos mexicanos, há uma grande oferta de pesos para ser convertido em dólares.
O aumento da oferta faz com que o peso se deprecie.
Logo, a fuga de capitais do México aumenta a taxa de juros mexicana e diminui o valor do peso mexicano no mercado de câmbio.
A depreciação da moeda torna as X mais baratas e as M mais caras, empurrando a BC em direção ao superávit.
O aumento da taxa de juros reduz o investimento interno, o que desacelera a acumulação de capital e o crescimento econômico.
OS EFEITOS DE UMA FUGA DE CAPITAIS
IEL aumenta (IEL 1 para IEL 2) há maior 
demanda por F.E. (D1 para D2)
O que aumenta o juros de r1 para r2
E aumenta a oferta de pesos de O1 para O2
O que deprecia o peso de E1 para E2

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