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Apresentação 11

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MACROECONOMIA
Demanda agregada e Oferta agregada 
(cap. 33)
MANKIW, N. G. Introdução à Economia. 5ª edição.
Explicando as flutuações econômicas no CP
Nos capítulos anteriores vimos:
Cap. 25 – abordou o nível de crescimento da produtividade e do PIB real.
Cap. 26 – explicou como o sistema financeiro e como a taxa de juros real se ajusta para equilibrar poupança e investimento.
Cap. 28 – explicou porque sempre há desemprego.
Cap. 29 e 30 – abordaram o sistema monetário e como as alterações na oferta de moeda afetam o nível de preços, a taxa de inflação e a taxa de juros nominal.
Cap. 31 e 32 – estenderam essa análise às economias abertas a fim de explicar a balança comercial e a taxa de câmbio.
PRESSUPOSTOS DA ECONOMIA CLÁSSICA:
Toda essa análise anterior baseou-se em duas ideias relacionadas:
A dicotomia clássica - var reais (medem quantidade ou preços relativos) e var nominais (medidas em termos de moeda);
A neutralidade da moeda.
COMO RESULTADO DESSA NEUTRALIDADE EXAMINAMOS OS DETERMINANTES DAS VARIÁVEIS REAIS (PIB real, taxa de juros real e desemprego) SEM INTRODUZIR VARIÁVEIS NOMINAIS (oferta de moeda e nível de preços).
A realidade das flutuações no CP
A maioria dos economistas acredita que a teoria clássica descreve o mundo no LP, mas não no CP.
Para entender como a economia funciona no CP precisamos de um novo modelo, que é elaborado com ferramentas já estudadas, no entanto abandonaremos a dicotomia clássica e neutralidade da moeda.
Não podemos mais separar nossa análise de variáveis reais, como produção e emprego, de variáveis nominais, como moeda e níveis de preço.
Esse novo modelo se concentra na interação dessas variáveis.
O modelo de DA e OA
É o modelo utilizado para explicar flutuações de CP na atividade econômica em torno de sua tendência no LP.
As flutuações econômicas no CP concentram-se no comportamento de duas variáveis:
Produção de bens e serviços da economia (PIB real) – var real.
Nível geral de preços da economia (IPC ou deflator do PIB) – var nominal.
A curva demanda agregada mostra a quantidade de bens e serviços que as famílias, as empresas, o governo e clientes estrangeiros desejam comprar a cada nível de preços.
A curva de oferta agregada mostra a quantidade de bens e serviços que as empresas decidem produzir e vender a cada nível de preços.
A curva de demanda agregada (DA)
TEM INCLINAÇÃO NEGATIVA (tudo o mais constante)
Queda no nível geral dos preços aumenta a quantidade demandada de bens/serviços. Por quê?
Y = C + I + G + XL , (G variável de política – fixa)
C, I, XL: contribuem para a demanda agregada e dependem das condições econômicas e do nível de preços.
Para entender a inclinação negativa da curva de DA, devemos examinar como o nível de preços afeta a demanda de bens e serviços para consumo, investimento e exportações líquidas.
NÍVEL DE PREÇOS E CONSUMO: (EF. RIQUEZA)
Redução nos preços :. O valor da moeda sobe :. Incentiva o consumo :. Aumenta a demanda
	A diminuição no nível de preços aumenta o valor real da moeda, tornando os consumidores mais ricos, por sua vez, isso os encoraja a gastar mais. O aumento das despesas do consumidor significa maior quantidade demandada de bens e serviços. 
NÍVEL DE PREÇOS E INVESTIMENTOS (EF. TX. DE JUROS)
Redução nos preços :. Diminui a quantidade de moeda que as famílias necessitam para comprar bens e serviços :. Menos moeda é retida.
	
Essa moeda é destinada para poupança e para compra de títulos (rendem juros) :. Os juros caem :. Isso estimula os investimentos :. Aumenta a demanda
Em quaisquer dos casos, à medida que as famílias tentam converter parte de sua moeda em ativos que rendem juros, elas empurram a taxa de juros para baixo.
A taxa de juros mais barata incentiva as empresas a pedir mais empréstimos para investir em novas fábricas e equipamentos, e também incentiva as famílias a fazer empréstimos para investir em novas moradias.
NÍVEL DE PREÇOS E EXPORTAÇÃO LÍQUIDA (EF. TX. DE CÂMBIO)
Redução dos preços :. Reduz os juros internos :. Investidores procuram retornos maiores no exterior :. Aumenta a oferta de moeda local (ex: o Real) no mercado de câmbio :. O Real deprecia (cada real compra menos unidade de moeda externa) :. Produtos estrangeiros ficam mais caros :. as exportações aumentam :. As importações diminuem :. As export. líquidas aumentam :. Demanda aumenta
RESUMO: 3 MOTIVOS PELOS QUAIS UMA REDUÇÃO NOS PREÇOS A AUMENTA A QUANTIDADE DEMANDADA:
Os consumidores se sentem mais ricos
A taxa de juros se reduz
A taxa de câmbio se deprecia
FATOS QUE DESLOCAM A D.A.
CONSUMO: poupança aumenta :. consumo reduz (esq.)
TRIBUTAÇÃO (por meio do consumo): impostos diminuem :. Gastos com consumo aumentam (dir.)
INVESTIMENTO: investimento aumenta :. quantidade demandada aumenta (dir.)
TRIBUTAÇÃO (por meio do investimento): impostos diminuem (condicionada à despesas com investimento) :. quantidade de bens de investimento demandado pelas empresas aumenta (dir.)
AQUISIÇÕES DO GOVERNO: redução nos gastos do gov. :. Reduz a quantidade dem. (esq.)
EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS: uma economia em recessão importa menos de outro país, isso reduz as EL desse país (esq.)
A CURVA DE OFERTA AGREGADA
A inclinação depende do horizonte temporal:
TEM INCLINAÇÃO POSITIVA (no CP) 
É VERTICAL (no LP) 
Por que a curva de oferta agregada é vertical no LP?
No LP a oferta de bens e serviços depende da disponibilidade de: capital, trabalho, recursos naturais e tecnologia.
No LP o nível de preços não afeta estes determinantes!!
A oferta agregada de LP é uma aplicação da teoria clássica:
	
Preços variáveis e economia no pleno emprego;
A quantidade de produto (var. real) não depende do nível de preços (var. nominal);
FATOS QUE DESLOCAM A O.A.LP
Como o equilíbrio ocorre na produção de pleno emprego e o pleno emprego corresponde à situação em que os fatores de produção são plenamente utilizados, para que haja deslocamento da curva de O.A.L.P. é preciso que haja alterações na quantidade de fator de produção.
TRABALHO: aumento de imigrantes :. aumento do número de trabalhadores :. aumento da oferta de bens e serviços (OALP dir.)
TX. NATURAL DE DESEMPREGO: aumento do salário mínimo :. empresários contratam menos :. desemprego aumenta :. economia produz menos (OALP esq.)
CAPITAL: aumento do estoque de capital da economia :. aumento da produtividade. :. aumento da oferta de bens (OALP dir.)
RECURSOS NATURAIS: descoberta de nova jazida :. aumento do fator de produção (OALP dir.)
TECNOLOGIA: melhoria tecnológica :. aumento da oferta (OALP dir.)
A CURVA DE OFERTA AGREGADA NO CP
Tem inclinação positiva 
Por que a curva de oferta agregada tem inclinação positiva no CP?
No CP o nível geral de preços afeta a capacidade de produção da economia.
A diferença-chave entre a economia no CP e no LP é o comportamento da oferta agregada. A curva de oferta agregada de LP é vertical. Porque, no LP, o nível geral de preços não afeta a capacidade da economia de produzir bens e serviços. No entanto, no CP, o nível geral de preços afeta a capacidade de produção da economia.
3 teorias explicam a inclinação positiva:
1. Rigidez salarial
2. Rigidez de preços
3. Informações imperfeitas ou percepções equivocadas
Embora cada uma das teorias se diferenciem, elas têm um tema em comum: a quantidade ofertada se desvia de seu nível de LP, ou natural, quando o nível real de preços se desvia do nível real de preços que as pessoas esperavam que prevalecesse. 
1ª TEORIA: RIGIDEZ SALARIAL
Como os salários nominais não se ajustam instantaneamente ao nível de preços, um nível de preços menor torna o emprego e a produção menos lucrativos, o que induz as empresas a reduzir a quantidade de bens e serviços produzido. Ou seja, são rígidos.
Em certa medida, o lento ajustamento dos salários nominais pode ser atribuído aos contratos de LP entre os trabalhadores e as empresas, que fixam salários nominais, por
períodos que algumas vezes podem chegar a até 3 anos.
Ex.: Imagine que, há um ano, uma empresa esperava que o nível de preços fosse 100 e, com base nessa expectativa, assinou um contrato com os empregados para pagar , $20 por hora. Na verdade, o nível de preços, P, acaba sendo apenas 95. Como os preços caíram abaixo das expectativas, a empresa recebe 5% a menos do que o esperado para cada unidade de produto que vende.
O custo de mão de obra da produção, porém, permanece $20 por hora. A produção agora dá menos lucro, então a empresa contrata menos trabalhadores e reduz a quantidade de produtos ofertados.
Com o tempo, o contrato de trabalho expira e a empresa pode renegociar um salário mais baixo com os trabalhadores (que podem aceitar, pois os preços estão mais baixos), mas, enquanto isso, emprego e produção permanecerão abaixo de seu nível no LP.
Em resumo:
Segundo essa teoria, a curva de oferta agregada de CP tem inclinação positiva porque os salários nominais se baseiam na expectativa de preços e não respondem imediatamente quando o nível real de preços é diferente do esperado. Essa rigidez de salário dá às empresas um incentivo para produzir menos quando o nível de preços é menor que o esperado e para produzir mais quando o nível de preços é maior que o esperado.
P abaixo do esperado
w permanece constante
(w/P ) salário real aumenta
O salário real é parte considerável dos custos de produção
Custos 
Contratações
Qde. produzida
Um nível de preços inesperadamente baixo eleva o salário real, fazendo que as empresas contratem menos trabalhadores e produzam uma quantidade menor de bens e serviços.
2ª TEORIA: RIGIDEZ DE PREÇOS
Como nem todos os preços se ajustam imediatamente às condições alteradas (custos de menu), uma queda inesperada nos níveis de preços faz com que algumas empresas apresentem preços maiores do que o desejado, e esses preços maiores deprimem as vendas e levam as empresas a reduzir a quantidade de bens e serviços que produzem.
Suponha que cada empresa da economia anuncie seus preços antecipadamente, com base nas expectativas em relação às condições econômicas para o ano seguinte. 
Então, depois de os preços terem sido anunciados, a economia passa por uma flutuação inesperada na oferta de moeda, que reduz o nível geral de preços no LP.
Embora algumas empresas reduzam seus preços imediatamente em resposta à mudança inesperada nas condições econômicas, outras podem não desejar incorrer em custos adicionais de menu e, portanto, podem temporariamente ficar para trás.
Como os preços das empresas ficam excessivamente altos, suas vendas declinam. O declínio nas vendas, por sua vez, faz que essas empresas cortem a produção e o emprego.
Como nem todos os preços se ajustam imediatamente a mudanças das condições econômicas, uma queda inesperada no nível de preços deixa algumas empresas com preços mais altos do que o desejado, e esses preços altos deprimem as vendas e induzem as empresas a reduzir a quantidade de bens e serviços que produzem.
Assim, durante o período que as empresas operam com preços defasados, existe uma associação positiva entre nível geral de preços e a quantidade produzida.
Um nível de preços inesperadamente baixo deixa algumas empresas com preços acima do desejado, deprimindo suas vendas e levando-as a reduzir a produção.
3ª TEORIA: INFORMAÇÕES IMPERFEITAS
As variações no nível geral de preços podem temporariamente levar os empresários a interpretar de forma errônea o que está acontecendo nos mercados em que oferecem seus produtos. A consequência será alteração no nível de preços, por parte dos empresários.
Suponha que o nível geral de preços fique abaixo do nível que os ofertantes esperam. Quando eles veem os preços de seus produtos caírem, podem pensar, erradamente, que os preços relativos é que caíram, ou seja, eles podem acreditar que os preços caíram comparados a outros preços na economia.
Exemplo: os produtores de trigo podem perceber uma queda no preço do trigo antes de notar a queda nos preços de muitos itens que eles compram, na qualidade de consumidores. Eles podem inferir dessa observação que o rendimento da produção de trigo está temporariamente baixo e reagir reduzindo a quantidade de trigo ofertada.
De forma similar, trabalhadores podem perceber uma queda em seus salários nominais antes de notar uma queda nos preços dos bens e serviços que eles compram. E podem inferir que a remuneração pelo trabalho está temporariamente baixa e reagir reduzindo a quantidade de trabalho que oferecem. 
Nos dois casos, um nível de preço menor causa percepções equivocadas a respeito dos preços relativos, e esses erros de percepção induzem os ofertantes a reagir ao nível de preços menor pela redução da quantidade ofertada de bens e serviços.
Um nível de preços inesperadamente baixo leva alguns produtores a pensar que seus preços relativos caíram, induzindo uma diminuição na produção.
As 3 teorias destacam problemas temporários. 
Em algum momento as pessoas ajustarão suas expectativas, as percepções equivocadas serão corrigidas, os salários nominais ajustados e os preços variarão.
Por que a curva de oferta agregada de CP se desloca?
Todos os fatores que deslocam a curva de LP (fatores de produção) também deslocam a curva de CP. No caso do CP, as expectativas relativas ao nível de preços também deslocam a curva de oferta agregada.
A quantidade oferecida de
bens e serviços depende
no CP:
Percepções equivocadas
Salários rígidos 
Preços rígidos
Determinados com base nas expectativas relativas ao nível de preços
Assim, quando as expectativas mudam, a curva de oferta agregada de CP se desloca
Deslocamentos decorrentes do trabalho: um aumento na quantidade de mão de obra desloca a curva de oferta agregada para a direita.
Deslocamentos decorrentes do capital: um aumento no capital físico ou humano desloca a curva de oferta agregada para a direita.
Deslocamentos decorrentes dos recursos naturais: um aumento na disponibilidade de recursos naturais desloca a curva de oferta agregada para a direita.
Deslocamentos decorrentes da tecnologia: um avanço no conhecimento tecnológico desloca a curva de oferta agregada para a direita.
Os efeitos de um deslocamento na D.A.
Suponha que, por alguma razão, uma onda de pessimismo subitamente tome conta da economia. A razão pode ser um escândalo na Casa Branca ou um crash da bolsa de valores.
Por causa desse evento, muitas pessoas perdem a confiança no futuro e alteram seus planos. As famílias reduzem suas despesas e adiam grandes compras e as empresas deixam de comprar novos equipamentos.
Qual o impacto de tal onda de pessimismo na economia?
Um acontecimento como esse reduz a D.A. de bens e serviços. Para qualquer nível de preços dado, as famílias e as empresas passam a comprar uma menor quantidade de bens e serviços.
recessão
Menores vendas
Menor produção
Menor emprego
Preços caem
Em outras palavras, o efeito de LP de um deslocamento na D.A. é uma mudança nominal (o nível de preços é menor), mas não uma alteração real (a produção é a mesma).
Resumindo:
No curto prazo, os deslocamentos na demanda agregada causam flutuações na produção de bens e serviços da economia.
No longo prazo, os deslocamentos na demanda agregada afetam o nível geral de preços, mas não a produção.
Os efeitos de um deslocamento da O.A.
Imagine, novamente, uma economia em seu equilíbrio de longo prazo. Suponha, agora, que subitamente algumas empresas registrem um aumento em seus custos de produção. Por exemplo, o mau tempo nos estados agrícolas poderia destruir parte das safras, elevando o custo de produção de produtos alimentícios. Ou uma guerra no Oriente Médio poderia interromper o transporte de petróleo cru, elevando o custo de produção de seus derivados. 
Qual o impacto macroeconômico de tal aumento nos custos de produção? 
Para qualquer nível de preços dado, as empresas querem agora ofertar uma menor quantidade de bens e serviços.
estagflação

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