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Apresentação 9

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Macroeconomia	
Macroeconomia das economias abertas: conceitos básicos (cap. 31)
Os fluxos internacionais de bens e capital
Uma economia aberta interage com as demais economias de duas maneiras: 
comprando e vendendo bens e serviços nos mercados mundiais de produtos; 
comprando e vendendo ativos de capital, como ações e títulos, nos mercados financeiros mundiais.
Exemplo:
Quando a Boeing, a fabricante de aeronaves dos EUA, constrói um avião e o vende para a Air France, a venda é uma exportação dos EUA e uma importação da França. Portanto, aumenta as XL dos EUA. 
Quando a Volvo, a fabricante sueca de automóveis, produz um carro e o vende a um residente dos EUA, a venda é uma importação dos EUA e uma exportação da Suécia. Portanto, reduz as XL dos EUA.
Se X > M :. XL > 0 :. superávit comercial
Se X < M :. XL < 0 :. déficit comercial
Se X = M :. XL = 0 :. Equilíbrio comercial
O fluxo de recursos financeiros: o fluxo líquido de capitais externos
Um residente dos EUA que tenha $ 20 mil poderia usar esse dinheiro para comprar um carro da Toyota, mas poderia, alternativamente, usar o dinheiro para comprar ações da empresa Toyota.
A primeira transação representaria o fluxo de bens e a segunda um fluxo de capital.
A expressão fluxo líquido de capitais externos, também denominada investimento externo líquido (IEL), refere-se à compra de ativos estrangeiros por residentes internos menos a compra de ativos internos por estrangeiros.
Quando um residente dos EUA compra ações da Telmex, a companhia telefônica do México, a aquisição aumenta o primeiro termo do lado direito da equação, portanto aumenta o investimento externo líquido dos EUA. 
Quando um residente do Japão compra um título emitido pelo governo norte-americano, a compra aumenta o segundo termo do lado direito da equação, portanto reduz o investimento externo líquido dos EUA.
O investimento externo entre a economia dos EUA e o resto do mundo assume duas formas.
IEL > 0 :. Capital está saindo do país.
IEL < 0 :. O país recebe mais capital estrangeiro.
Igualdade das XL e dos IEL
Para uma economia como um todo assuma que: XL = IEL.
Porque todas as transações que afetam um lado da equação também devem afetar o outro lado pelo mesmo montante.
(Casa)
Ex: Você é um programador de computadores que vive nos EUA. Você desenvolve um programa e vende a um consumidor japonês por 10.000 ienes. A venda é uma X dos EUA, e portanto é um aumento na XL.
 O que mais aconteceu para tornar essa identidade válida? 
 Depende do que você faz com os 10.000 ienes que recebeu.
Suponha que você simplesmente guarde o dinheiro debaixo do colchão.
Nesse caso, você está usando parte da sua renda para investir na economia japonesa. 
Quer dizer um residente interno (você) adquiriu um ativo externo (a moeda japonesa). 
O aumento das XL é equilibrado pelo aumento IEL.
De modo mais realista, porém, se quiser investir na economia japonesa, você não ficará com o dinheiro. Provavelmente você usará os 10.000 ienes para comprar ações de uma empresa japonesa, ou títulos do tesouro japonês.
Resumo:
Quando uma nação apresenta superávit comercial (XL > 0), significa que vende mais bens e serviços para residentes no exterior do que compra. O que faz com a moeda que recebe da venda líquida de bens e serviços para o estrangeiro? Talvez esteja comprando ativos externos. Então o capital está fluindo para o exterior(IEL >0).
Quando uma nação apresenta déficit comercial (XL < 0), significa que compra mais bens e serviços externos do que vende. Como financia a compra líquida de bens e serviços nos mercados mundiais? Deve estar vendendo ativos no mercado externo. O capital entra no país (IEL < 0).
Poupança, Investimento e sua relação com os Fluxos Internacionais
I = S, para uma economia fechada.
Y = C + I + G + XL
Y – C – G = I + XL
Y – C – G = S
Substituindo,
S = I + XL
IEL = XL 
Substituindo,
S = I + IEL
Quando os cidadãos dos EUA poupam um dólar de sua renda para o futuro, esse dólar pode ser usado para financiar a acumulação de capital interno ou para financiar a compra de capital no exterior.
Os preços das transações internacionais: taxas de câmbio real e nominal
TAXA DE CÂMBIO NOMINAL: a taxa à qual uma pessoa pode trocar a moeda de um país pela de outro.
Ex: Se você for ao banco, pode ver anunciada uma taxa de câmbio de 2 reais por dólar. Se você der ao banco um dólar, o banco lhe dará em troca 2 reais. E se você entregar 2 reais, ele lhe entregará 1 dólar.
Obs: na prática, o banco cobrará preços ligeiramente diferentes para a compra e a venda de dólares. As diferenças proporcionam ao banco algum lucro por oferecer esse serviço (para fins didáticos ignoraremos isso);
A TAXA DE CÂMBIO PODE SER EXPRESSA POR MEIO DA:
COTAÇÃO DO CERTO: na qual a taxa de câmbio é o preço da moeda nacional expresso em moeda estrangeira.
Por exemplo: se o Brasil adotasse a cotação do certo e a taxa de cambio fosse de 1/2 (= 0,5) US$/R$ então para comprar um real seria necessário ter 0,5 dólares.
Utilizada nos países de moeda forte: da Libra, do Dólar e do Euro.
COTAÇÃO DO INCERTO: a taxa de câmbio é o preço da moeda estrangeira expresso em moeda nacional.
Exemplo: se a taxa de cambio é de 2 R$/US$ então para comprar um dólar é necessário ter 2 reais. 
Utilizada na maioria dos países, a exemplo do Brasil.
TAXA DE CÂMBIO REAL:
A taxa à qual uma pessoa pode negociar os bens e serviços de um país pelos bens e serviços de outro país.
Ex: Suponha que você vá às compras e descubra que 1kg de queijo suíço custa duas vezes mais do que o kg de um queijo brasileiro. A taxa de câmbio real é de 0,5 kg de queijo suíço por kg de queijo brasileiro.
Observe que, como a taxa de câmbio nominal, a taxa de câmbio real é expressa como unidades do item estrangeiro por unidade do item nacional. Mas nesse caso o item é um bem e não uma moeda.
As taxas de câmbio real e nominal estão estreitamente relacionadas.
Ex: Suponha que uma saca de arroz americano custe $100 e que uma saca de arroz japonês custe 16.000 ienes. Qual é a taxa de câmbio real entre o arroz americano e o arroz japonês?
Primeiro devemos converter os preços em uma moeda comum, usando a taxa de câmbio nominal. Se supusermos que a taxa de câmbio nominal é de 80 ienes por dólar, então o preço do arroz americano, de $100 por saca, é equivalente a 8.000 ienes por saca. O arroz americano custa a metade do que custa o arroz japonês. A taxa de câmbio real é 1/2 saca de arroz americano.
Portanto, a taxa de câmbio real depende da de câmbio nominal e dos preços dos bens nos dois países.
Por que a taxa de câmbio real é importante?
A taxa de câmbio real é um determinante importante de quanto um país importa e exporta.
Quando uma pessoa, empresa ou governo decide importar ele irá comparar os preços nacionais com os preços externos, no intuito de encontrar o mais barato. Essa comparação é feita por meio da taxa de câmbio real.
Ao estudar economia, os macroeconomistas concentram-se no nível geral de preços e não nos preços de itens individuais. Ou seja, para medir a taxa de câmbio real, eles usam índices de preços, como o IPC, que mede o preço de uma cesta de bens e serviços. 
Usando um índice de preços para uma cesta nos EUA (P), um índice de preços para uma cesta estrangeira (P*) e a taxa de câmbio nominal entre o dólar norte-americano e as moedas estrangeiras (e) podemos calcular a taxa de câmbio real.
Taxa de câmbio real = (e x P)/ P*
 Mede o preço de uma cesta de bens e serviços disponível internamente em relação a uma cesta de bens e serviços disponíveis no exterior.

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