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Integridade Física e Direito Civil

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Civil
Aula 18
Integridade física já foi visto diversas vezes em outras aulas, quando falamos de dignidade da pessoa humana, como a integri
dade psico-física como um dos termos da dignidade, também sobre a autonomia da vontade, que discutimos sobre abuso de direito
, falando sobre a derrocada do voluntarismo jurídico, e essa passa por uma revisão pois se confronta a vontade do sujeito com
conceitos de forma relativa e não mais apenas intelectual, pois pode ser restringido se fazer algo por interesses alheios e
coletivos.
Alguns desses exemplos envolviam questões ligadas à integridade física: em que medida a vontade da pessoa prevalece ou deve
ser considerada em relação a interesses de outros. Isso remete ao artigo do CC que trabalha com os limites da minha vontade
agindo sobre as formas pelas quais eu vejo, encaro e posso dispor do corpo físico, trabalhando com os artigos 13, 14, 15.
Em que medida se pode contratar ou negociar, ou de outra forma, que medida depende apenas da vontade própria saber o destino
de partes do corpo pós-mortem de uma pessoa. No artigo 13 temos os condicionantes para uma intervenção na integridade física
de uma pessoa. Nele, se diz que a regra é que é proibido dispor quando diminua a integridade física ou contrariar os bons cos
tumes. Logo, não se pode dispor contra a integridade física, por exemplo, ao se querer doar um órgão que seja vital ou impor
tante para quem deseja doar.
O ato de praticar suspensão corporal, por acaso, é um o qual denigre a integridade física da pessoa. O CC recorre com frequên
cia ao termo "bons costumes", por mais que o termo seja subjetivo, já que costumes e hábitos mudam. Logo, a ideia do que é
bom costume é algo que será alterado ao longo dos tempos. Porém, será que esse termo é cabível, fazendo que a restrição de 
comportamento seja restringida com base em algo tão subjetivo? Essa análise moral dos bons costumes é o que pode cair em pre
conceitos de algumas pessoas.
Logo, essa intervenção sempre pode se não for permanente, ir contra os bons costumes ou exigência médica, que configura caso
que pode ser intervisto por exigência de saúde.
O art. 9º diz que é permitido ao absolutamente capaz que é possível dispor de seus órgãos para cossanguíneos ou quem quiser,
salvo questão de medula óssea que segue outro tipo de regra. Sobre dispor partes do próprio corpo, o artigo 14 regula exata
mente sobre isso.
Já no artigo 15, diz que ninguém pode ser constrangido a submeter-se, por risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção
cirúrgica. Esse assunto gera discussão por duas questões: o consentimento informado, uma figura jurídica necessária de ser
conhecida, que em várias situações existe uma defasagem de conhecimento, como já falado nas relações de consumo, que o consu
midor é caracterizado por uma posição de hipossuficiência, uma fragilidade em relação ao fornecedor, sendo técnica, jurídica,
econômica e psicológica. 
O artigo 422 do CC é reconhecido como um dos artigos mais importantes da boa fé objetiva, pois elenca uma imposição de dever
es às partes contratantes, deveres esses anexos (ou laterais, ou secundários). Ele diz que as partes devem guardar tanto na
realização quanto conclusão os deveres da probidade e da boa fé. Ele é o ponto de partida de várias questões jurídicas funda
mentais, que é onde se cria o debate que o contrato possui fases, uma pré-contratual, de execução e pós-contratual. Isso inte
ressa pois, mesmo falando em disciplina específica de contrato, se fala basicamente do que ocorre durante o contrato, mas não
é só isso que se interessa, pois existem comportamentos na fase pré-contratual e pós-contratual.
A segunda questão que emana do artigo 422 é que as partes devem respeitar deveres, interpretado pela jurisprudência e pela
doutrina como existindo deveres que não estão necessariamente estão no contrato, são laterais. Logo, para garantir que o paci
ente aceite realizar uma operação ou procedimento, é necessário que saiba de todas as possíveis situações ou sequelas que o
procedimento possa decorrer.
A segunda questão do artigo 15 é saber que a pessoa não pode ser constrangida a se sumbeter, com risco de vida, a tratamento
médico ou a intervenção cirúrgica. Mas a pessoa pode se submeter por vontade própria, a questão do artigo é apenas a respeito
de ser forçada a fazer.

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