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Cap.10 – Fundações em Tubulões 1 Prof. José Mário Doleys Soares FUNDAÇÕES EM TUBULÕES Definições e Procedimentos Gerais de Projeto Tubulões a céu aberto Os tubulões a céu aberto são elementos estruturais de fundação constituídos concretando-se um poço aberto no terreno, geralmente dotado de uma base alargada (Fig. 1). Este tipo de tubulação é executado acima do nível da água natural ou rebaixado, ou, em casos especiais, em terrenos saturados onde seja possível bombear a água sem risco de desmoronamentos. No caso de existir apenas carga vertical, este tipo de tubulões não é armado, colocando-se apenas uma ferragem de topo para ligação com o bloco de coroamento ou de capeamento. Nota: Não se deve confundir bloco de capeamento com blocos de fundação, definidos no Cap. 1. Os blocos de capeamento são os construídos sobre estacas ou tubulões, sendo os mesmos armados de modo a poder transmitir a carga dos pilares para as estacas ou os tubulões. Figura 1 Nota: É conveniente usar H 2 m. O fuste, normalmente, é de seção circular (Figuras 1 e 2), adotando-se 70 cm como diâmetro mínimo (para permitir a entrada e saída de operários), porém a projeção da base poderá ser circular (Figura 2.a) ou em forma de falsa elipse (Figura 2.b). Neste caso, a relação a/b deverá ser menor ou igual a 2,5. Cap.10 – Fundações em Tubulões 2 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 2 Fases de execução de tubulão a céu aberto 1. Escavação Manual ou mecânica do fuste; 2. Alargamento da base e limpeza; 3. Colocação da armadura e concretagem; 4. Tubulão pronto. Cap.10 – Fundações em Tubulões 3 Prof. José Mário Doleys Soares Tubulão a Céu Aberto Cap.10 – Fundações em Tubulões 4 Prof. José Mário Doleys Soares A área da base do tubulão é calculada da maneira análoga à exposta no Cap. 1 para fundações rasas, visto que tanto o peso próprio do tubulão quanto o atrito lateral entre o fuste e o terreno são desprezados Assim, a área da base será Se a base tiver seção circular, como está indicado na Figura 2.a, o diâmetro da mesma será dada por ss PDPD 4 4 2 Se a base tiver seção de uma falsa elipse, como indica a Figura 2.b, deve-se ter s Pbxb 4 2 Escolhido b (ou x), pode-se calcular x (ou b). A área do fuste é calculada analogamente a um pilar cuja seção de ferra seja nula cff fckAP /85,0 em que, segundo a NB51/78, f = 1,4 c = 1,6 A fórmula acima pode ser escrita de maneira simplificada: em que cf c fck 85,0 , que, para o caso de concretos com fck 13,5 MN/m2, obtém-se c = 5 MN/m2. Este é o valor que será usado nos exercícios, visto que NB51 limita fck a um valor de 14 MN/m2. O valor do ângulo indicado na Figura 1.b pode ser obtido a partir da Figura 1.2, entretanto, no caso de tubulões a céu aberto, adota-se = 60°. Assim o valor de H será s b PA c f PA Cap.10 – Fundações em Tubulões 5 Prof. José Mário Doleys Soares elipse.falsaforbaseaquando0,866D ou866,060 2 d DHtgDH O valor de H deverá ser no máximo 2 m, a não ser que sejam tomados cuidados especiais para garantir a estabilidade do solo. No presente trabalho, será adotado H 2 m. O volume da base pode ser calculado, de maneira aproximada, como sendo a soma do volume de um cilindro com 20 cm de altura e um “tronco” de cone com altura (H – 20 cm), ou seja, fbfbb AAAAHAV 3 2,02,0 , em que V será obtido em metros cúbicos (m3), entrando-se com Ab (área da base) e Af (área do fuste) em metros quadrados (m2). Tubulões a ar comprimido Pretendendo-se executar tubulões em solo onde haja água e não seja possível esgota-la devido ao perigo de desmoronamento das paredes, utilizam- se tubulões pneumáticos com camisa de concreto ou de aço. No caso de a camisa ser de concreto (Figura 3), todo o processo de cravação da camisa, abertura e concretagem de base é feito sob ar comprimido visto ser esse serviço feito manualmente, com auxílio de operários. Se a camisa é de aço, a cravação da mesma é feita com auxílio de equipamentos e, portanto, a céu aberto (Figura 4). Só os serviços de abertura e concretagem da base é que são feitos sob ar comprimido, analogamente ao tubulão de camisa de concreto. Cap.10 – Fundações em Tubulões 6 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 3 Cap.10 – Fundações em Tubulões 7 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.10 – Fundações em Tubulões 8 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 4 Cap.10 – Fundações em Tubulões 9 Prof. José Mário Doleys Soares Diâmetro do fuste (cm) 70 80 90 100 110 120 130 150 170 200 Carga (MN) 1,92 2,51 3,18 3,93 4,75 5,66 6,63 8,83 11,34 15,70 Tubulão a ar comprimido: => usado onde haja água e não seja possível esgotá-la devido ao perigo de desmoronamento das paredes. => tubulões pneumáticos com camisa de concreto (manual) ou de aço (cravação por equipamentos). => profundidade limitada a 30 m pressão de 3 atm. Tubulão com camisa de concreto: 1,4 . P = 0,85 . Af. fck/ 1,5 + As. fyk /1,15 As, = armadura longitudinal Cap.10 – Fundações em Tubulões 10 Prof. José Mário Doleys Soares F = 1,3.p.R – Estribos – Ac = 1,61. F/fyk p = pressão interna Tubulão com camisa de aço: => camisa considerada como armadura. => adotar como carga a menor das abaixo: 1,4 . P = 0,85 . Af. fck/ 1,5 + As. fyk /1,15 fyk = 240 mpa P = 0,85.Af.fck/1,3 => Armadura de transição do base para o fuste (camisa). Tabela 1 – Cargas máximas resistidas por tubulões com camisa de aço incorporada Chapa ¼ pol Chapa 5/16 pol Chapa 3/8 polDiâmetro do fuste (cm) Nmáx (kN) Ferragem de transição Nmáx (kN) Ferragem de transição Nmáx (kN) Ferragem de transição 70 80 90 100 110 120 130 140 150 3.700 4.600 5.600 6.700 13 25 15 25 16 25 18 25 3.850 5.050 6.150 7.300 8.550 9.900 11.350 12.900 14.550 14 25 19 25 21 25 24 25 26 25 28 25 31 25 33 25 36 25 6.400 7.900 9.300 10.700 12.200 13.800 15.500 25 25 29 25 33 25 35 25 38 25 41 25 44 25 Notas: 1) A ferragem de transição é CA 50A. 2) Foi descontado 1,5 mm de espessura da camisa para levar em conta o efeito de corrosão. 3) Resistências características: l1 dm = di + e di l2 ee . dm . e. fyd = . di δRd .l1 di dm e = peq. l1 = e. fyd / δRd l2 = 0,80 (adotado) Cap.10 – Fundações em Tubulões 11 Prof. José Mário Doleys Soares 3.1. Concreto fck = 16 MN/m2 3.2. Camisa fck = 240 MN/m2 4) 150 cm para camisa de ¼ pol de espessura 180 cm para camisa de 5/16 pol de espesura 200 cm para camisa de 3/8 pol de espessura 5) A ferragem de transição indicada na tabela corresponde ao valor máximo da carga. Empuxo provocado pelo ar comprimido camisa metálica: E = p..di2 / 4 para não precisar ancorar => E < (peso do tubo + peso da campânula) / 1,3 E < P/1,3 P/ E < 1,3 (P+F) / E =1,3 F = 1,3.E – P F = força a ancorar. l1= Tubulão di p Campânula de ar comprimidoPressão equilibrada Pressão desequilibrada Cap.10 – Fundações em Tubulões 12 Prof. José Mário Doleys Soares Tabela 2 – Empuxo devido à pressão interna em tubulões (em kN) di (cm) p (MN/m2) 70 80 90 100 110 120 130 140 150 0,03 0,05 0,07 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 12 19 27 39 58 77 96 116 15 25 35 50 75 100 126 151 19 32 45 64 95 127 159 191 24 39 55 79 118 157 196 236 29 48 67 95 143 190238 285 34 57 79 113 170 226 283 339 40 66 93 133 199 265 332 398 46 77 108 154 231 308 385 462 53 88 124 177 265 353 442 530 Tabela 3 – Peso de camisa de aço para os diâmetros (em kN/m) fuste (cm) Espessura da camisa 70 80 90 100 110 120 130 140 150 ¼ pol 5/16 pol 3/8 pol 1,10 1,38 1,65 1,26 1,58 1,88 1,41 1,78 2,12 1,57 1,98 2,36 1,73 2,18 2,59 1,88 2,18 2,59 2,04 2,57 3,06 2,20 2,77 3,30 2,36 2,97 3,53 Artigo Cap.10 – Fundações em Tubulões 13 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.10 – Fundações em Tubulões 14 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.10 – Fundações em Tubulões 15 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.10 – Fundações em Tubulões 16 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.10 – Fundações em Tubulões 17 Prof. José Mário Doleys Soares Tabela 4– Dimensionamento de tubulões a céu aberto Cargas em MN, para taxas no terreno (MN m2)Diâmetro da base (cm) 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,2 1,5 150 155 160 165 170 175 180 185 190 195 200 1,02 1,07 1,13 1,19 1,26 1,00 1,07 1,13 1,20 1,27 1,34 1,42 1,49 1,57 1,06 1,13 1,20 1,28 1,36 1,44 1,52 1,61 1,71 1,79 1,88 1,24 1,32 1,41 1,49 1,59 1,68 1,78 1,88 1,08 2,09 2,20 1,41 1,51 1,61 1,71 1,82 1,92 2,03 2,15 2,27 2,39 2,51 1,59 1,70 1,81 1,92 2,04 2,16 2,28 2,42 2,55 2,69 2,83 1,77 1,89 2,01 2,14 2,27 2,40 2,54 2,69 2,84 2,99 3,14 2,13 2,26 2,41 2,56 2,71 2,87 3,05 3,12 3,39 3,57 3,76 2,65 2,83 3,00 3,20 3,39 3,59 3,81 4,02 4,24 4,46 4,70 205 210 215 1,03 1,08 1,32 1,38 1,45 1,65 1,73 1,82 1,98 2,08 2,18 2,31 2,42 2,54 2,64 2,77 2,80 2,98 3,12 3,27 3,31 3,46 3,63 3,95 4,14 4,34 4,94 5,19 5,42 Cap.10 – Fundações em Tubulões 18 Prof. José Mário Doleys Soares 220 225 230 235 240 245 250 255 260 265 270 275 280 285 290 295 1,14 1,19 1,24 1,30 1,35 1,41 1,47 1,53 1,59 1,65 1,71 1,78 1,84 1,91 1,98 2,05 1,52 1,59 1,66 1,75 1,81 1,88 1,96 2,04 2,12 2,20 2,29 2,38 2,46 2,55 2,64 2,74 1,90 1,99 2,07 2,19 2,26 2,35 2,45 2,55 2,65 2,75 2,86 2,97 3,08 3,19 3,30 3,42 2,28 2,39 2,49 2,63 2,72 2,82 2,94 3,07 3,18 3,31 3,44 3,56 3,69 3,83 3,96 4,10 2,66 2,78 2,90 3,50 3,17 3,29 3,43 3,58 3,71 3,86 4,00 4,16 4,31 4,47 4,62 4,78 3,04 3,18 3,32 3,50 3,62 3,76 3,92 4,08 4,24 4,10 4,58 4,75 4,92 5,10 5,28 5,47 3,42 3,58 3,73 3,94 4,07 4,23 4,90 4,60 4,77 4,96 5,17 5,35 5,53 5,73 5,94 6,16 3,80 3,98 4,15 4,38 4,53 4,70 4,90 5,11 5,30 5,51 5,72 5,94 6,15 6,38 6,60 6,84 4,55 4,75 4,96 5,19 5,41 5,65 5,87 6,11 6,35 6,60 6,85 7,10 7,35 7,61 7,90 8,16 5,69 5,93 6,21 6,49 6,75 7,05 7,32 7,65 7,91 8,25 8,58 8,88 9,20 9,51 9,85 10,20 300 305 310 315 320 325 330 335 340 345 350 355 360 365 370 375 380 385 390 395 2,12 2,19 2,26 2,33 2,41 2,48 2,56 2,64 2,72 2,80 2,88 2,96 3,05 3,13 3,22 3,31 3,40 3,49 3,58 3,67 2,82 2,92 3,02 3,11 3,22 3,32 3,42 3,72 3,62 3,74 3,84 3,96 4,07 4,18 4,30 4,42 4,54 4,66 4,78 4,90 3,53 3,65 3,77 3,89 4,02 4,14 4,27 4,40 4,53 4,67 4,81 4,95 5,08 5,23 5,38 5,52 5,67 5,82 5,98 6,13 4,23 4,38 4,52 4,67 4,82 4,97 5,12 5,28 5,44 5,61 5,77 5,94 6,11 6,27 6,46 6,62 6,81 6,98 7,17 7,35 4,93 5,12 5,28 5,45 5,63 5,80 5,98 7,16 6,34 6,54 6,72 6,92 7,12 7,32 7,53 7,22 7,95 8,15 8,37 8,58 5,65 5,84 6,03 6,22 6,43 6,63 6,84 7,05 7,25 7,48 7,68 7,92 8,14 3,37 8,62 8,82 9,08 9,31 9,56 9,80 6,35 6,57 6,78 7,00 7,23 7,46 7,70 7,82 8,15 8,42 8,65 8,92 9,16 9,41 9,68 9,93 10,22 10,48 10,76 11,02 7,06 7,31 7,55 7,78 8,04 8,28 8,55 8,80 9,07 9,35 9,62 9,99 10,18 10,45 10,75 11,02 11,34 11,63 11,95 12,25 8,45 8,75 9,01 9,30 9,61 9,91 10,21 10,58 10,81 11,19 11,50 11,81 12,19 12,50 12,90 13,20 13,59 13,90 14,30 14,61 10,60 10,90 11,30 11,61 12,01 12,40 12,80 13,19 13,59 13,98 14,40 14,79 15,20 15,61 16,10 16,50 16,95 17,40 17,81 18,30 400 3,76 5,02 6,28 7,54 8,80 10,05 11,30 12,57 15,00 18,80 Tabela 5 – Cálculo de altura, volume do alargamento de base (b1) e volume total da base (b2) (unidades em cm e m3) 70 cm 80 cm 90 cm 100 cm 110 cm 120 cm 130 cm 140 cm 150 cmbase (cm) alt V1 V2 alt V1 V2 alt V1 V2 alt V1 V2 alt V1 V2 alt V1 V2 alt V1 V2 alt V1 V2 alt V1 V2 base (cm) 150 70 0,58 0,85 60 0,48 0,78 55 0,41 0,76 45 0,31 0,67 35 0,22 0,55 25 0,15 0,43 150 155 75 0,66 0,95 65 0,56 0,88 55 0,45 0,80 50 0,37 0,77 40 0,27 0,65 30 0,19 0,53 25 0,13 0,46 155 160 80 0,75 1,06 70 0,64 0,99 60 0,52 0,90 55 0,44 0,87 45 0,33 0,76 35 0,23 0,63 25 0,15 0,46 160 165 85 0,84 1,17 75 0,73 1,10 65 0,60 1,02 55 0,50 0,93 50 0,41 0,88 40 0,30 0,75 30 0,20 0,60 25 0,14 0,52 165 170 85 0,90 1,23 80 0,82 1,22 70 0,69 1,14 60 0,57 1,04 55 0,48 1,00 45 0,36 0,87 35 0,25 0,72 25 0,17 0,55 170 175 90 1,00 1,36 85 0,93 1,35 75 0,78 1,26 65 0,66 1,17 55 0,53 1,05 50 0,44 1,00 40 0,32 0,85 30 0,22 0,68 25 0,14 0,58 175 180 95 1,12 1,49 85 0,99 1,41 80 0,89 1,40 70 0,75 1,30 60 0,61 1,15 55 0,52 1,14 45 0,38 0,98 35 0,27 0,87 25 0,18 0,62 180 185 100 1,24 1,63 90 1,10 1,55 85 1,00 1,54 75 0,85 1,44 65 0,70 1,32 55 0,57 1,19 50 0,47 1,13 40 0,34 0,96 30 0,23 0,76 185 190 105 1,37 1,78 95 1,23 1,70 85 1,07 1,61 80 0,96 1,59 70 0,81 1,47 60 0,65 1,53 55 0,55 1,28 45 0,42 1,11 35 0,29 0,91 190 195 110 1,50 1,93 100 1,35 1,85 90 1,18 1,76 85 1,08 1,75 75 0,92 1,63 65 0,76 1,49 55 0,60 1,33 50 0,49 1,26 40 0,36 1,07 195 200 115 1,64 2,09 105 1,50 2,02 95 1,32 1,93 85 1,15 1,82 80 1,03 1,79 70 0,87 1,66 60 0,70 1,50 55 0,58 1,43 45 0,43 1,23 200 205 120 1,79 2,26 110 1,64 2,19 100 1,46 5,10 90 1,28 1,99 85 1,15 1,96 75 0,96 1,83 65 0,81 1,67 55 0,64 1,49 50 0,53 1,41 205 210 120 1,89 2,36 115 1,80 2,37 105 1,61 2,28 95 1,42 2,17 85 1,23 2,04 80 1,11 2,01 70 0,92 1,85 60 0,75 1,67 55 0,62 1,59 210 251 125 2,08 2,55 120 1,96 2,56 110 1,76 2,46 100 1,57 2,36 90 1,38 2,23 85 1,24 2,20 75 1,04 2,04 65 0,86 1,88 55 0,68 1,65 251 220 130 2,23 2,74 120 2,06 2,66 115 1,92 2,66 105 1,72 2,55 95 1,52 2,42 85 1,32 2,28 80 1,18 2,24 70 0,97 2,05 60 0,79 1,85 220 225 135 2,41 2,94 125 2,24 2,86 120 2,10 2,87 110 1,89 2,76 100 1,68 2,63 90 1,47 2,48 85 1,31 2,44 75 1,11 2,26 65 0,91 2,06 225 230 140 2,60 3,15 130 2,42 3,07 120 2,20 2,97 115 2,06 2,97 105 1,84 2,84 95 1,62 2,89 85 1,40 2,53 80 1,25 2,68 70 1,03 2,27 230 Cap.10 – Fundações em Tubulões 19 Prof. José Mário Doleys Soares 235 145 2,81 3,38 135 2,62 3,29 125 2,39 3,19 120 2,24 3,19 110 2,03 3,07 100 1,79 2,92 90 1,55 2,75 85 1,39 2,70 75 1,17 2,50 235 240 160 3,03 3,61 140 2,82 3,52 130 2,59 3,42 120 2,35 3,30 115 2,21 3,30 105 1,96 3,15 95 1,72 2,98 85 1,43 2,79 80 1,31 2,73 240 245 155 3,25 3,85 145 3,04 3,76 135 2,80 3,66 125 2,55 3,54 120 2,40 3,54 110 2,15 3,32 100 1,89 3,22 90 1,64 3,03 85 1,47 2,97 245 250 155 3,37 3,98 150 3,26 4,01 140 3,01 3,91 130 2,77 3,79 120 2,52 3,66 115 2,34 3,64 105 2,07 3,47 95 1,82 3,28 85 1,57 3,07 250 255 160 3,62 4,24 155 3,50 4,27 145 3,24 4,17 135 2,98 4,05 125 2,72 3,91 120 2,54 3,90 110 2,27 3,73 100 2,00 3,54 90 1,74 3,33 255 260 165 3,87 4,51 155 3,64 4,41 150 3,48 4,44 140 3,21 4,32 130 2,95 4,15 120 2,67 4,03 115 2,47 4,00 105 2,19 3,87 95 1,92 3,60 260 265 170 4,12 4,78 160 3,89 4,69 155 3,73 4,72 145 3,45 4,60 135 3,18 4,46 125 2,89 4,30 120 2,69 4,29 110 2,40 4,09 100 2,11 3,88 265 270 175 4,38 5,07 165 4,16 4,98 155 3,88 4,87 150 3,70 4,89 140 3,42 4,75 130 3,12 4,50 120 2,82 4,42 115 2,62 4,39 105 2,31 4,17 270 275 180 4,67 5,37 170 4,43 5,28 160 4,155,17 155 3,97 5,19 145 3,67 5,05 135 3,35 4,69 125 3,06 4,72 120 2,84 4,69 110 2,52 4,47 275 280 185 4,96 5,68 175 4,71 5,68 165 4,41 5,47 155 4,13 5,35 150 3,94 5,36 140 5,62 6,50 130 3,30 5,03 120 2,97 4,82 115 2,75 4,79 280 285 185 5,14 5,86 180 5,01 6,91 170 4,70 5,79 160 4,41 5,67 155 4,22 5,69 145 5,80 6,59 135 3,55 5,35 125 5,23 5,15 120 2,99 5,11 285 290 190 5,45 6,19 185 5,32 6,24 175 5,00 6,15 165 4,70 6,00 155 4,38 5,85 150 6,17 5,26 140 3,82 5,68 130 3,46 5,43 120 3,13 5,25 290 295 195 5,77 6,53 185 5,50 6,42 180 5,32 6,47 170 5,00 6,34 160 4,67 6,19 155 4,49 6,21 145 4,10 6,03 135 3,74 6,62 125 3,39 5,60 295 300 200 6,10 6,88 190 5,82 6,77 185 5,64 6,82 175 5,31 6,69 165 4,97 6,54 155 4,66 6,38 150 4,39 6,38 140 4,02 6,18 130 3,65 5,95 300 305 205 6,44 7,24 195 6,17 7,14 185 5,84 7,02 180 5,64 7,06 170 5,30 6,91 160 4,93 6,76 155 4,69 6,75 145 4,52 6,96 135 3,93 6,32 305 310 210 6,80 7,62 200 6,81 7,51 190 6,17 7,39 185 5,97 7,43 175 5,63 7,29 165 5,26 7,12 155 4,87 6,93 150 4,62 6,95 140 4,22 6,70 310 315 215 7,16 8,00 205 6,88 7,90 195 6,53 7,78 185 6,18 7,64 180 5,97 7,68 170 5,59 7,51 160 5,19 7,32 155 4,93 7,39 145 4,52 7,09 315 320 215 7,39 8,23 210 7,25 8,30 200 6,90 8,18 190 6,54 8,04 185 6,32 8,08 175 5,93 7,91 165 5,53 7,72 155 5,12 7,51 150 4,85 7,50 320 325 220 7,78 8,64 215 7,64 8,71 205 7,28 8,59 195 6,91 8,45 185 6,53 8,29 180 6,29 8,32 170 5,87 8,13 160 5,46 7,92 155 5,17 7,91 325 330 225 8,18 9,06 215 7,88 8,95 210 7,67 9,01 200 7,29 8,87 190 6,91 8,71 185 6,66 8,75 175 6,23 8,56 165 5,80 8,34 155 5,36 8,10 330 335 230 8,59 9,49 220 8,26 9,36 215 8,07 9,45 205 7,69 9,31 195 7,30 9,15 185 6,88 8,97 180 6,61 9,00 170 6,16 8,78 160 5,71 8,54 335 340 235 9,02 9,94 225 9,71 9,83 215 8,32 9,70 210 8,10 9,76 200 7,70 9,60 190 7,27 9,42 185 6,99 9,45 175 6,55 9,24 165 6,08 9,00 340 345 240 9,46 10,40 250 9,14 10,29 220 8,75 10,16 215 8,52 10,22 205 8,11 10,06 195 7,68 9,88 185 7,22 9,68 180 6,93 9,70 170 6,45 9,46 345 350 245 9,92 10,88 235 9,59 10,76 225 9,19 10,63 215 8,78 10,48 210 8,55 10,54 200 8,53 10,65 190 7,63 10,16 185 7,33 10,18 175 6,84 9,94 350 355 250 10,40 11,37 240 10,05 11,25 230 9,65 11,12 220 9,23 10,97 215 8,99 11,03 205 6,53 10,65 195 8,06 10,65 185 7,57 10,42 180 7,25 10,44 355 360 250 10,68 11,66 245 10,53 11,75 235 10,17 11,62 225 9,69 11,47 215 9,26 11,30 210 8,98 11,35 200 8,49 11,15 190 7,99 10,92 185 7,67 10,94 360 365 255 11,38 12,17 250 11,01 12,26 240 10,58 12,13 230 10,16 11,98 220 9,72 11,81 215 9,44 11,87 205 8,94 11,67 195 8,44 11,44 185 7,92 11,19 365 370 260 11,68 12,69 250 11,32 12,57 245 11,09 12,66 235 10,65 12,51 225 10,20 12,34 215 9,72 12,15 210 9,41 12,20 200 8,89 11,97 190 8,36 11,72 370 375 265 12,20 13,23 255 11,84 13,11 250 11,60 13,20 240 11,15 13,05 230 10,70 12,88 220 10,20 12,69 215 9,88 12,74 205 9,36 12,52 195 8,81 12,26 375 380 270 12,74 13,79 260 12,36 13,66 250 11,92 13,52 245 11,67 13,61 235 11,21 13,44 225 10,70 13,24 215 10,17 13,03 210 9,85 13,08 200 9,29 12,83 380 385 275 13,28 14,35 265 12,91 14,23 255 12,45 14,08 250 12,22 14,19 240 11,73 14,01 230 11,22 13,82 220 10,67 13,60 215 10,34 13,65 205 9,77 13,40 385 390 280 13,85 14,94 270 13,46 14,81 260 13,01 14,67 250 12,53 14,50 245 12,26 14,59 235 11,74 14,40 225 11,20 14,19 215 10,64 13,95 210 10,27 13,99 390 395 280 14,20 15,29 275 14,04 15,41 265 13,57 15,27 255 13,09 15,10 250 12,83 15,20 240 12,29 15,00 230 11,73 14,79 220 11,16 14,55 215 10,79 14,60 395 Exercícios resolvidos Tubulões a céu aberto: 1º Exercício: Dado o pilar abaixo, projetar a fundação em tubulão a céu aberto com taxa no solo igual a 0,6 mn/m2. P1A = 1.400 kN/m (ao longo do eixo) P1B = 1.000 kN/m (ao longo do eixo) 100 cm 50 cm 30 cm 30 cm A B Cap.10 – Fundações em Tubulões 20 Prof. José Mário Doleys Soares solução: Cálculo do centro de carga P1A = 1.400 x 0,5 = 700 kN P1B = 1.000 x 1 = 1.000 kN cmxcc 6,351700 50100015700 cmycc 5,311700 15100055700 Base: diâmetro mD 90,1 600 17004 ou 190 cm Diâmetro do fuste: m66,0 5000 17004 70 cm Altura H = 0,866 (190-70) = 104 adotado 105 cm < 200 cm 2º Exercício: Projetar um tubulão para o pilar abaixo com taxa no solo de 0,6 MN/m2. Solução: 35,6 cm 31,5 cm Ø = 70 cm D= 190 cm H = 105 cm P1 (30 X 30) 1200kNDivisa Cap.10 – Fundações em Tubulões 21 Prof. José Mário Doleys Soares Diâmetro da base mD 60,1 600 12004 não cabe, pois a distância do centro do pilar à divisa é menor que D/2. Assim sendo, deve-se adotar uma falsa elipse para a base. O valor de b será 2 x 62,5 = 125 cm, pois, ao contrário das sapatas, não é necessário deixar folga de 2,5 cm para colocação da forma visto que a base do tubulão é concretada contra o solo. Assim, pode -se escrever: mxx 65,0 600 120025,1 4 ²25,1 . Diâmetro do fuste m55,0 5000 12004 Adotado 70 cm Verificação 5,2125 190 b a Altura da base H = 0,866 (190 - 70) 105 cm < 200 cm Tubulões a ar comprimido: 1º Exercício: Projetar a fundação para uni pilar com carga vertical de 8000 kN usando tubulão a ar comprimido com camisa de concreto. Adotar taxa no solo Ø = 70 cm x = 65 cm b = 125 cm H = 105 cm Cap.10 – Fundações em Tubulões 22 Prof. José Mário Doleys Soares σs = 1MN/m2, resistência característica do concreto fck =16 MN/m2 e aço CA 50. Supor que a pressão interna do ar comprimido seja p = 0,1 MN/m2. Solução: Adotando para a espessura da camisa de concreto 20 cm e diâmetro interno de 70cm, tem-se: ²9500 4 ²110 cmA f 1,4N= 0,85.Af. fck/1,4+Ac 50/1,15=1,4 x 8000= 0,85x 9500x 1,6/1,4+ Asx 50/1,15 As = 45 cm² 23 Ø 16 ou 9 Ø 25 Estribos Ø 6r3 cada 20 cm (mínimo para a peça trabalhar como pilar). Verificação dos estribos para resistir à pressão interna do ar comprimido: F = 1,3 x 0,52 x 0,1 = 0,068 MN/m ou 68 kN/m mcmAs /²2,250 6861,1 , ou seja, Ø 6r3 cada15 cm (valor adotado) Dimensões da base: Ab = 8000 / 1000 = 8m², ou seja, D = 3,20 m H = 0,866(3,20 - 1,10)= 1,80m As características geométricas e o esquema da.armadura são apresentados a seguir. Cap.10 – Fundações em Tubulões 23 Prof. José Mário Doleys Soares 2º Exercício: Projetar o tubulão do exercício anterior em camisa de aço. Verificar se há necessidade de ancorar a campânula, admitindo que o peso da mesma seja 30 kN e que o fuste do tubulão tenha 20 m de comprimento. Cap.10 – Fundações em Tubulões 24 Prof. José Mário Doleys Soares Solução: O dimensionamento do fuste é feito com auxílio da Tab. 3 onde se vê que um tubulão à Ø = 110 cm com chapa 5/16pol atende à carga de projeto. Verificação quanto ao arrancamento produzido pela pressão interna de ar comprimido: kNE 95100. 4 ²1,1 P = 30 + 20 x 2,18 = 74kN P/E< 1,3, portanto há necessidade de ancorar a campânula para E uma força F calculada por: 3,1 E FP kNFF 5,493,1 95 74 Tensões admissíveis - Tubulões 1. Como estacas escavadas Cap.10 – Fundações em Tubulões 25 Prof. José Mário Doleys Soares Aoki – Velloso σr = qc / F1 σR = K.N / F1 σa = σR / 3 Décourt (1996) σr = α. C. N α= correção; C=f(solo); N= 3 valores σa = σR / 4 2. NBR 6122 – Tensões Básicas a) Solos Granulares – Classes 4 a 9 2. 8 5,11' 00 B B ≤ 10 m b) Aumento de σa com a profundidade σ0 pode ser acrescida de 40% a cada m e limitado a 2 σ0. Tubulões solos arenosos σa = 2. σ0 + q < 2,5 σ0 c) Solos argilosos – classes 10 a 25 Tabela aplicada para área S ≤ 10 m² s 10 .' 00 (S > 10 m²) 3. Correlações Empíricas Anteprojeto de Fundações por Tubulões SPT σa = N/50 + q (q = sobrecarga) σa = N/3 (kgf/cm²) longos N= 6 a 18 N= Médio No bulbo σa = N/4 (kgf/cm²) curtos σa = 0,05 + (1+ Oab) N/100 (MPa) CPT σa = qc/ (6 a 8) σa = qc/ 10 Arenosos < 8,0 kgf/cm² σa = qc/ 8 Argilosos < 6kgf/cm² qc = bulbo médio Cap.10 – Fundações em Tubulões 26 Prof. José Mário Doleys Soares Neste capítulo, exemplifica-se a determinação da tensão admissível de fundações por tubulões na fase de anteprojeto, em que não são conhecidas ainda as cargas dos pilares do edifício. Para isso, considere a fundação, em tubulões a céu aberto, para um edifício residencial com 12 pavimentos, sem subsolo, e que no local foram realizados cinco furos de sondagem SPT, em período de estiagem, mas, como o terreno é plano, com poucas variações nos valores de SPT obtidos à mesma profundidade, "vale" o perfil "médio" apresentado a seguir. Cap.10 – Fundações em Tubulões 27 Prof. José Mário Doleys Soares 1. COTA DE APOIO Acima do N.A., tem-se N ≤ 9. Então, adota-se cota -8 m para apoio da base dos tubulões, na qual N = 9 (areia medianamente compacta). Para uma estimativa preliminar da tensão admissível, na tabela de valores básicos da NB R 6122/96 encontra-se σo = 0,2 MPa. Adotando-se o dobro desse valor, pelo efeito de profundidade, obtém-se: σa = 0,4 MPa = 400 kPa 2. METODOLOGIA Como ainda não se conhecem as dimensões das bases dos tubulões, que dependem da tensão admissível, serão estimados os valores mínimo e máximo de Db. Admitindo que a área de influência dos pilares seja de, no mínimo, 6 m2 (2 x 3 m2) e de, no máximo, 24 m2 (4 x 6 m2), e que o peso total do edifício seja de 120 kPa (12 pav x 10 kPa/pav), as respectivas cargas mínima e máxima por pilar serão estimadas em: Pmin = 120 kPa . 6 m2 = 720 kN e Pmax= 120 kPa . 24 m2 = 2.880 kN Como a área da base (A), em função da carga do pilar (P) e da tensão admissível (σa), é dada por: a b PDA 4. 2 os diâmetros mínimo e máximo da base serão da orddm de: mD 50,1 400 7204 mD 00,3 400 28804 Observa-se que esses valores de diâmetro são compatíveis com as respectivas áreas de influência dos pilares. Então, para Db = 2 e 3 m Cap.10 – Fundações em Tubulões 28 Prof. José Mário Doleys Soares por diferentes critérios, serão obtidos valores de σa para determinar a provável tensão admissível de projeto. Finalmente, será feita a verificação do recalque admissível. 2.1. REGRAS EMPÍRICAS 1ª q N a 50 (MPa) 5 ≤ N ≤ 20 N = Nmed no bulbo de tensões até a cota -8 m: areia seca, N ≤ 7 =16 kN/m3 q = 8 . 16= 128 kPa 0,13 MPa Db = 2m 8 4 32 4 7799 medN 13,0 50 8 a σa = 0,29 MPa Db = 3m 9 6 52 6 11932 medN 13,0 50 9 a σa = 0,31 Mpa 2ª 30 N a (MPa) 6 ≤ N ≤ 18 N = Nmed no bulbo de tensões Db = 2m 30 8a σa = 0,27 MPa Db = 3m 30 9a σa = 0,30 Mpa Cap.10 – Fundações em Tubulões 29 Prof. José Mário Doleys Soares 2.2. NBR 6122/96 N = 9 (areia medianamente compacta) σo = 0,20 MPa 2. 8 5,11' 00 B com B = Db (m) σa = 2 σ’0 + q ≤ 2,5 σ0 Db = 2m MPa20,022. 8 5,1120,0'0 σa = 2 0,20 + 0,13 = 0,53 ≤ 2,5 0,20 = 0,50 σa = 0,50 Mpa Db = 3m MPa24,023. 8 5,1120,0'0 σa = 2 0,24 + 0,13 = 0,61 ≤ 2,5 0,20 = 0,50 σa = 0,50 MPa 2.3. MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS Serão utilizados os métodos semi-empíricos de Aoki & Velloso (1975) e de Décourt & Quaresma (1978), considerando o tubulão a céu aberto como uma "estaca" escavada. 1º Aoki-Velloso areia argilosa: K = 0,60 Mpa N = 9 (correspondente à cota de apoio) estaca escavada —> F1 = 3 FS = 3 (pois só se considera a resistência de base) σa = 0,60 MPa 1 . F NK r MPar 80,13 9.60,0 3 80,1 3 ra Cap.10 – Fundações em Tubulões 30 Prof. José Mário Doleys Soares 2º Décourt-Quaresma Com a modificação efetuada por Décourt (1996): σr = α .C .NP areia: C = 0,40 MPa areia e estaca escavada: α= 0,50 Np = média de três valores de N (o da cota de apoio, o anterior e o posterior). 8 3 799 pN σr = 0,5 .0,40 .8 = 1,60 MPa FS = 4 (recomendado pelos autores do método para a resistência de base). σa = 0,60 MPa 2.4. RESULTADO PARCIAL Resumo de valores obtidos para Db = 2 m e Db = 3 m: Regras empíricas qNa 50 σa = 0,29 e 0,31 MPa 30 N a σa = 0,27 e 0,30 MPa NBR6122/96 σa = 0,50 Mpa Métodos semi-empíricos Aoki-Velloso σa = 0,60 MPa Décourt-Quaresma σa = 0,40 MPa Da análise desses valores, adota-se preliminarmente a tensão admissível de σa = 0,40 MPa para a verificação do recalque admissível. 4 60,1 4 ra σa = 0,50 MPa Cap.10 – Fundações em Tubulões 31 Prof. José Mário Doleys Soares 3. VERIFICAÇÃO DO RECALQUE ADMISSÍVEL A tensão admissível deverá satisfazer o recalque admissível para o tubulão de maior base. Na falta de informações, adota-se um valor de, por exemplo: ρa = 25 mm O perfil é arenoso, para o qual é adequado o Método de Schmertmann. Mas com a subdivisão em camadas, e adoção do valor médio de Es para cada uma, também se pode utilizar a Teoria da Elasticidade, introduzindo um fator de correção devido ao coeficiente de Poisson e utilizando a tensão líquida (σ*). No caso de sapatas, não se trabalhou com a tensão líquida porque o resultado pouco se alteraria, ao contrário de tubulões. 3.1. MÉTODO DE SCHMERTMANN q= 16. 8 = 128 kPa 0,13 Mpa σ * = σ - q (MPa) v zI * .1,05,0max C1 = 1 – 0,5 . (q / σ*) ≥ 0,5 C2 =1 + 0,2 . log (t /0,1) C2 = 1,0 (recalque imediato) Es= α . K .N areia argilosa: α = 4,0 e K = 0,55 MPa ES=2,2N (MPa) Db = 3m Para utilização do Método de Schmertmann, é necessário encontrar a base "quadrada" equivalente (mesma área): mLB 70,2 4 00,3 2 σa =0,40 MPa σ* = 0,27 MPa C1 = 1 – 0,5 . (0,13 / 0,27) = 0,76 s zz E ICC ..*.. 21 Cap.10 – Fundações em Tubulões 32 Prof. José Mário Doleys Soares cota -9,35 m (z = B/2 abaixo da base do tubulão): σv = 128 + 1,35 .16 150 kPa = 0,15 MPa 63,0 15,0 27,0 .1,05,0max zI ρi = 0,76 . 1,00 . 0,27 . 99,98 = 20,5 mm < 25,0 mm Para uma nova tentativa, com σa = 0,45 MPa, encontra-se ρi= 26,6 mm. Finalmente, para o recalque de 25 mm obtém-se σa = 0,43 MPa. 3.2. TEORIA DA ELASTICIDADE Com a introdução do fator de majoração 1,21 para solos arenosos, tem- se: Camada z (mm) N Es (MPa) Iz Iz . Z/ES 1 1.350 9 20 0,36 24,30 2 650 9 20 0,58 18,85 3 2.000 7 15 0,37 49,33 4 1.000 9 20 0,14 7,00 5 400 11 24 0,03 0,50 = 99,98 Cap.10 – Fundações em Tubulões 33 Prof. José Mário Doleys Soares s i E B. .21,1 10 É conveniente subdividir a camada de areia situada abaixo da base dos tubulões. Pelo fato de N ser crescente com a profundidade, o cálculo por camada única (com valor médio de N) diminuiria os recalques e aumentaria as tensões admissíveis. Como critério de subdivisão, neste caso pode-se considerar, por exemplo, uma variação máxima de 3 no valor de N, para constituir cada subcamada. Assim procedendo, tem-se: 1a camada: de -8 m a -13 m (N = 7 a 9) 2a camada: de -13 m a -16 m (N = 11 a 14) 3a camada: de-16 m a-19 m (N = 13 a 15) Db = 3m h/Db = 8/3 = 2,67 μ0 = 0,60 camada 1: 8 5 97799 medN Es = 2,2 N = 2,2 .8 18MPa H/Db = 5/3 = 1,67 μ1 = 0,50 σa = 0,40 MPa σ* = 0,27 MPa mmi 3,1618 300027,0 .50,060,021,1)18(1 camada 2: 12 3 121411 medN E =2,2. 12 = 26 MPa H/Db = 8/3 = 2,67 μ1 = 0,55 mm4,12 26 300027,0 .55,060,021,1)26(2,1 mm3,11 26 300027,0 .50,060,021,1)26(1 ρ2 = 1,1 mmρ = ρ 1 + ρ 2 = 17,4 mm Cap.10 – Fundações em Tubulões 34 Prof. José Mário Doleys Soares contribuição da 2a camada: (1,1/17,4). 100 = 6% < 10% não há necessidade de calcular a 3a camada Portanto, ρi = 17,4 mm < 25 mm Aplicando uma regra de três à tensão líquida, tem-se: ρ a = 25 mm σ* = 0,39 MPa e, portanto, σt = 0,52 MPa 3.3. CONCLUSÃO Para o recalque admissível adotado de ρa = 25 mm e para a maior base de D = 3 m, foram obtidos os valores de 0,43 e 0,52 MPa para a tensão admissível, peblos métodos de Schmertmann e da Teoria da Elasticidade, respectivamente, resultando no valor médio de 0,47 MPa. Como conclusão, pode-se confirmar a tensão admissível de σa= 0,40 MPa, desde que não haja bases maiores que Db = 3 m. Caso contrário, a tensão admissível deverá ser verificada para satisfazer o critério de recalque admissível de ρa = 25 mm. Alternativamente, pode-se considerar a parcela de carga resistida por atrito lateral ao longo do fuste, o que reduz a tensão na base do tubulão e, consequentemente, os recalques, conforme indicado no item 5 deste capítulo. À tensão admissível de 0,40 MPa e ao diâmetro de base de 3 m está associada a carga máxima de pilar de: kNP 2800400. 4 00,3 2 max Portanto, se o projeto estrutural vier a indicar a existência de pilares com cargas superiores a 2.800 kN, a tensão admissível deverá ser verificada para o cálculo da base do tubulão desses pilares. No projeto certamente haverá tubulões com base na forma de falsa elipse, para os quais se podem considerar bases circulares de áreas equivalentes, na verificação dos recalques. Cap.10 – Fundações em Tubulões 35 Prof. José Mário Doleys Soares 4. PREVISÃO DE RECALQUES Pelos métodos de Schmertmann e da Teoria da Elasticidade, serão previstos os recalques para a menor e a maior base, com Db min = 1,50 m e Dbmax = 3,00 m 4.1. MÉTODO DE SCHMERTMANN Db = 1,50 m Para "base" quadrada com área equivalente: mLB 30,1 4 50,1 2 σa = 0,40 MPa σ* = 0,27 MPa C1 = 1 – 0,5 . (0,13 / 0,27) = 0,76 cota -8,65 m (z = B/2 abaixo da base): σv = 128 + 0,65 . 16 = 138 kPa = 0,14 MPa 64,0 14,0 27,0 .1,05,0max zI ρi = 0,76 . 1,00 . 0,27 . 44,37 = 9,1 mm Camada z (mm) N Es (MPa) I2 Iz z/Es 1 650 9 20 0,37 12,02 2 1.350 9 20 0,42 28,35 3 600 7 15 0,10 4,00 S = 44,37 Cap.10 – Fundações em Tubulões 36 Prof. José Mário Doleys Soares Db = 3,00 m Já foi calculado: ρi = 20,5 mm 4.2. TEORIA DA ELASTICIDADE Db = 1,50 m h/Db = 8,0/1,5 = 5,33 μ0= 0,55 camada 1: H/Db = 5,0/1,5 = 3,33 μ1= 0,58 mm7,8 18 150027,0 .58,055,021,1)18(11 camada 2: H/Db = 8,0/1,5 = 5,33 μ1 = 0,60 Portanto, mm2,6 26 150027,0 .55,060,021,1)26(2,1 mm0,6 26 150027,0 .58,055,021,1)26(1 ρ2 = 0,2 mm ρ =ρ1 + ρ2 = 8,9 mm contribuição da 2a camada: (0,2 /8,9). 100 = 2% < 10% não há necessidade de calcular a 3a camada. ρi = 8,9 mm Db = 3,00 m Já se calculou: ρi = 17,4 mm Cap.10 – Fundações em Tubulões 37 Prof. José Mário Doleys Soares 4.3. CONCLUSÃO Fazendo a média dos valores obtidos pelos dois métodos, tem-se que: Db = 1,50 m ρi = 9,0 mm e Db = 3,00 m ρi = 18,9 mm Esses valores indicam uma fonte significativa para explicar os recalques diferenciais entre os pilares do edifício, uma vez que, sem considerar os efeitos de interação estrutura-solo, os recalques dos tubulões isolados vão variar de 9,0 a 18,9 mm, dependendo da dimensão da base, isto é, da carga do pilar. 5. FILOSOFIA DE CARGA ADMISSÍVEL Na realidade, os recalques serão menores do que os obtidos no item anterior. Haverá uma parcela de resistência por atrito lateral ao lorgo do fuste, não considerada no cálculo, o que fará transmitir para a base urna tensão menor que a prevista, levando a recalques menores do que os estimados. Em razão disso, poderia se cogitar uma tensão admissível um pouco maior do que a calculada. Outra opção é, na fase de projeto, a partir das cargas conhecidas dos pilares, proceder aos cálculos por carga admissível, em vez de tensão admissível. Para cada pilar, pelo menos para os pilares mais carregados, calcula-se o diâmetro do fuste do tubulão e, em seguida, dimensiona-se a base, de modo a atender às exigências de segurança à ruptura do solo ao recalque excessivo. Nessa filosofia de projeto, o tubulão é tratado como estaca, com o cálculo da resistência por atrito lateral, além da resistência de base (em termos de força), e utilização de métodos de previsão de recalques de estacas. Embora seja mais trabalhosa, para tubulões é uma filosofia de projeto bem mais racional que a de tensão admissível, porque esta não reproduz o comportamento real dos tubulões, principalmente no caso de tubulões mais longos ou mais profundos. 6. EFEITO DA COLAPSIBILIDADE DO SOLO Nesse tipo de perfil, que pode ser considerado representativo de parte da região centro-oeste do Estado de São Paulo, para edifícios do porte em Cap.10 – Fundações em Tubulões 38 Prof. José Mário Doleys Soares consideração a prática profissional tem utilizado valores mais elevados para a tensão admissível de fundações por tubulões a céu aberto, de até 0,50 MPa. Isso implica contar com o atrito lateral ao longo do fuste, conforme já explicado. Ocorre que, por se tratar de solo colapsível, sua inundação causa drástica redução do atrito lateral (de até mais de 50%) e também redução na resistência de base (de cerca de 20%), o que pode implicar a ocorrência de recalques suplementares significativos. Por isso, nessa região do interior de São Paulo, edifícios com vários anos de construção, projetados com tensão admissível mais ousada, passam a apresentar repentinamente problemas decorrentes de recalques, em consequência de trincas em reservatório d'água enterrado, que provocam a inundação do solo. Obviamente, os recalques de colapso são mais acentuados nos tubulões mais próximos do reservatório, gerando recalques diferenciais importantes. Mesmo que não haja vazamento de reservatório, o N.A. encontrado a 10 m, em sondagem realizada em período de seca, pode subir até -7 m em período de chuvas mais intensas, o que provoca a inundação do solo sob a base dos tubulões, entre as cotas -8 m e -10 m, e, conseqíientemente, a redução da resistência de base e o aumento da deformabilidade. Pelas razões expostas, no presente caso, em vez de elevar a tensão admissível para 0,50 MPa, recomenda-se diminuí-la para 0,30 MPa.
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