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Cap.11 –Patologia das fundações 1 Prof. José Mário Doleys Soares Patologia das Fundações Investigação do Subsolo 1. Causa mais frequente de problemas de fundações. a) Ausência pe investigações • 80% dos casos de mau desempenho de obras pequenas e médias b) Investigação insuficiente • número insuficiente de sondagens ou de ensaios (área extensa ou subsolo variado) • profundidade de investigação insuficiente • propriedade de comportamento não determinada por necessitar de ensaios especiais (expansibilidade, colapsividade) • situações com grande variação de propriedades c) Investigação falha • erro na localização do sítio (local) • procedimentos indevidos ou ensaio não padronizado • equipamento com defeito ou fora de especificação • procedimentos fraudulentos • ensaios de campo-labotarório - representativadade d) Interpretação inadequada dos dados de investigação • adoção de valores não representativos ou ausência de identiicação de problemas • podem provocar desempenho inadequado das fundações e) Casos especiais • influência da vegetação - raízes (umidade> • colapsividade pc=ae/(l+e0) pc(%) severidade do problema 0-1 nenhum problema 1-5 problema moderado 5-10 problemático 10 - 20 muito problemático > 20 excepcionalmente problemático Cap.11 –Patologia das fundações 2 Prof. José Mário Doleys Soares • expansibilidade - argilomineral expansivos - grande av • zonas de mineração - galerias • zonas cársticas - rochas cálcareas • ocorrência de matacões - problemas de interpret. e execução Problemas envolvendo o comportamento do solo - adoção de perfil de projeto otimista (superest1mativa do comportamento (camadas resistentes). - representação inadequada do comportamento do solo pelo uso de correlações empíricas não aplicáveis à situação. - erro de estimativa das propriedades de comportamento do solo pela extrapolação indevida - Cap.11 –Patologia das fundações 3 Prof. José Mário Doleys Soares - existência de aterro assimétrico sobre camadas subsuperficiais de solos moles - solicitações horizontais nas estacas. - uso de modelos simplificados indevidos (ex. arrancamento de fundações superficiais ou profundas). - falta de travamento em duas direções no topo de estacas isoladas esbeltas, em presença de solos da baixa resistência. - utilização de cargas de trabalho nominais sem verificação de flambagem de estacas muito esbeltas em solos moles (ex. trilhos). Problemas envolendo o desconhecimento do comportamento real das fundações - adoção de sistemas de fundações diferentes na mesma estrutura, em razão das características de variação de cargas, variação de profundidade de camadas resistentes do subsolo, sem separação por junta de comportamento ou avaliação da compatibilidade de recalques em diferentes fundações. - obtenção de correlações com ensaios de penetração, de valores de capacidade de carga de fundações profundas sem observar números limites de atrito lateral e resitência de ponta. - adoção de fundações profundas para cargas da estrutura e pavilhões, com presença de aterros compactados assentes sobre camadas compressíveis. - desconhecimento do mecanismo de mobilização da resistência de ponta que necessita de deslocamento proporcional ao diâmetro das estacas escavadas de grande seção - recalques diferenciais. - níveis muito desiguais de carregamento numa mesma estrutura, com mesmo tipo de fundação - recalques diferenciais. - uso de elementos de fundação como reforço (fundações profundas) - avaliar efeitos - deslocamentos necessários, rigidez. - uso de fundações de comportamento diferenciado ( ex. estacas no entorno do silo e sapatas no centro). Problemas envolvendo a estrutrua de fundação - erro na determinação das cargas atuantes nas fundações. - fundação projetada apenas para a carga final atuante (ex. pré-moldadas podem ocorrer esforços críticos na montagem). Cap.11 –Patologia das fundações 4 Prof. José Mário Doleys Soares - erros decorrentes da indicação apenas de cargas máximas em casos de fundações em estacas com solicitações de compressão e momentos atu antes (ex. reservatório metálico cheio -vazio). - erros de dimensionamento de elementos estruturais das fundações como vigas de equilíbrio, estacas com cargas horizontais, etc). - armaduras de estacas tracionadas calculadas sem verificar a fissuração. - uso de emendas padrões em estacas metálicas sem verificar a tração. - adoção de solução estrutural na qual os esforços horizontais não são equilibrados pelas fundações. - uso de armaduras muito densas causando dificuldades construtivas (recobrimento e integridade). - ausência de exame da situação - como construído -(excentricidades, etc). Problemas envolvendo as especificações construtivas - fundações diretas - pela ausência de indicação precisa: * cota de assentamento. * tipo e característica do solo a ser encontrado. * ordem de execução (cotas diferentes). * tensões admissíveis adotadas sem a devida identificação das condições a serem satisfeitas pelo material da base. * características do concreto. * recobrimento das armaduras. - fundações profundas - pela ausência de indicação * profundidade mínima de projeto. * peso mínimo ou característica do martelo de cravação. * tensões características dos materiais das estacas. * detalhamento de emendas. * exigência do controle de comportamento de estacas (levant.). * proteção contra a erosão. Execução-falhas - Fundações superficiais a) Envolvendo o solo Cap.11 –Patologia das fundações 5 Prof. José Mário Doleys Soares * fundações assentes em solos de diferentes comportamentos. * amolgamento do solo (fundo da vala). * sobre escavação e reaterro mal executados. * substituição do solo por material não apropriado e sem compactação. * sapatas executadas em cotas diferentes. * sapatas em cotas superiores a canalizações (escavações e vazamentos) b) Envolvendo o elemento estrutural da fundação * qualidade inadequada do concreto. * ausência de regularização com concreto magro do fundo da cava da fundação. * execução de fundação com dimensões e geometria incorretas. * presença de água na cava durante a concretagem (qualidade e integridade). * adensamento deficiente e vibração inadequada do concreto - degradação, colapso. * estrangulamento de seção de pilares enterrados. * armaduras mal posicionadas ou insuficientes. * junta de dilatação mal executada. - Fundações profundas a) Problemas genéricos * erros de locação. * erros e desvios de execução (caso de obstruções). * erros de diâmetro ou lado do elemento. * substituição no canteiro da estaca projetada por elementos equivalentes. * inclinação final executada em desacordo com o projeto. * falta de limpeza da cabeça da estaca para vinculação ao bloco. * ausência ou posição incorreta de armadura de fretagem. * características do concreto inadequadas b) Estacas cravadas * falta de energia de cravação. Cap.11 –Patologia das fundações 6 Prof. José Mário Doleys Soares * excesso de energia de cravação. * levantamento de elementos já cravados pela execução de novas estacas. * falsa nega (devido a excesso de poro-presão) - recravar após 24 horas. * flexão dos elementos cravados. * elevação da poro pressão - ruptura de taludes próximos.. * amolgamento de solos argilosos saturados. c) Estacas de madeira * material inadequado (diâmetro, resistência e durabilidade). * falta de proteção na cabeça da estaca. * danos na ponta da estaca. * emendas inadequadas. d) Metálicas - concreto * problemas de soldagem; * elementos muito esbeltos; * elementos muito esbeltos em solos moles; * presença de obstruções; * estacas cravadas de baixa resistência; * danos no manuseio da estaca; * estacas armadas inadequadas; * estacas muito esbeltas e longas; * uso de emendas inadequadas; * estrangulamento do fuste naetapa de concretagem (solos moles); * base alargada menor; * decontinuidade do fuste (coluna de concreto dentro do tubo); * danos nas estacas vizinhas; * baixa resistência estrutural do concreto; e) Estacas escavadas * problemas de integridade e continuidade; * traço inadequado do concreto; Cap.11 –Patologia das fundações 7 Prof. José Mário Doleys Soares * concreto já em início de pega - demora para concretar; * armadura densa ou mal posicionada; * limpeza inadequada da base; * presença de água na perfuração por ocasião da concretagem; * desmoronamento das paredes; * variação de diâmetro em solos moles; * água sob pressão - concretagem complicada; * integridade do fuste (solo ou vazios no concreto); * prática de excutar vários furos antes de concretar (desmoronamento); * mistura inadequada do concreto. f) Tubulões * material da base não compatível com a tensão de projeto; * dimensões e geometria incorretas; * estabilidade do solo; * presença de água; * mau adensamento do concreto; * armaduras mal posicionadas ou insuficientes; * qualidade inadequada do concreto; * ausência da armadura de fretagem; * integridade da base ou do fuste. Eventos pós-conclusâo da fundação a) Carregamento próprio da superestrutura * alteração no uso da edificação (elevação ou alteração de cargas) * ampliações e modificações não previstas no projeto b) Movimento da massa de solo * alteração de uso de terrenos vizinhos (nova construção ou estocagem de materiais pesados próximo à divisa); * execução de grandes escavações próximo a construção; * escavações não protegidas junto à divisa ou escavações internas à obra (instabilidade); Cap.11 –Patologia das fundações 8 Prof. José Mário Doleys Soares * instabilidade de taludes; * rompimento de canalizações enterradas; * oscilações não previstas de nível de água; * extravasamento de grandes coberturas (calhas) -saturação de solos colapsíveis; * rebaixamento do nível de água; * escavação ou solapamento; * ação de animais ou do homem (escavações indevidas). c) Vibrações ou choques * equipamentos industriais; * compactação vibratória dinâmica. Cap.11 –Patologia das fundações 9 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 10 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 11 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 12 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 13 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 14 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 15 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 16 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 17 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 18 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 19 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 20 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 21 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 22 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 23 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 24 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 25 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 26 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 27 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 28 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 29 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 30 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 31 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 32 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 33 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 34 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 35 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 36 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 37 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 38 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 39 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 40 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 1 – Cortes de estrutura metálica para transferência de carga Figura 2 – Esquema de substituição de sapatas por tubulões. Escavar sub solos Tubulões viram pilares Cap.11 –Patologia das fundações 41 Prof. José Mário Doleys Soares -Poros abertos passando por baixo da fundação. - Concretar, esperar o concreto adquirir resistência. - Abrir outro poço. Figura 5 - Reforço de uma fundação corrida Figura 5 – Reforço de uma sapata Figura 5 - Melhoria do solo po colunas CCP Injenção de nata de cimento. Cap.11 –Patologia das fundações 42 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 7 – Destacamento da platibanda pela dilatação térmica do piso, sem a presença de juntas intermediárias ou junta de dessolidarização no encontro piso / parede. Figura 6 - Solapamento do aterro ao lado da calçada lateral de unidade térrea. Figura 6 – Fissuração de azulejos na borda da piscina, pela dilatação térmica do piso. Cap.11 –Patologia das fundações 43 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 9 - Perigo de recalque nas zonas centrais por sobreposição de tensões. Figura 12 - Exemplo de recalque de sapata por incorreção na definição de sua cota de assentamento. Figura 11 – Perigo de inclinação do novo edifício. Figura 10 - Perigo de inclinação de um edifício em direção ao outro. Novo Solo consolidado Solo não consolidado Cap.11 –Patologia das fundações 44 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 13 Figura 15 Figura 14 Cap.11 –Patologia das fundações 45 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 16 – Cargueira para cravação de estacas prensadas Figura 17 – Reação contra a estrutura existente Figura 18 – Reforço da fundação prevendo a recuperação do desaprumo. - Peças vazadas de concreto ou perfis metálicos (0,5 a 1,0 m). - Colocar 8 barras de aço e concretar o tubo. - Encunhar. Mega -Prédio 6 pavimentos, estcas pré-moldadas de concreto (9 m). Recalque 18cm, levantam 6 cm. -Viga Emergencial, (1,3 x 1,0m). -Cargas para recuperar o prumo (lado oposto). -Desaprumo de 55 cm 3cm, 60dias Cap.11 –Patologia das fundações 46 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 19 – Esquema de posicionamento do prédio com recalque diferencial Figura 22- Posicionamento das armaduras de reforço das vigas do radier Figura 20 – Estacas e blocos da estrutura de reação Figura 21 – Posicionamento das vigas de transição - Radier com recalque. - Desnível 29 cm. Estacas e bloco para segurar os recalques - Vigas de transição . - Romper a laje do radier para colocar as vigas em serviço. - Macaquear e calçar. Cap.11 –Patologia das fundações 47 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 23 – Linhas de tubulões apoiados em aterro e em solo natural: na sondagem não foi detectado o horizonte de separação entre as camadas. Figura 24 – Recalques das fundações em função do desconfinamento do solo, ela construção de edifício vizinho. Figura 25 – A ação de força horixontal nos elementos da fundação, pela instabilização de talude. Cap.11 –Patologia das fundações 48 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 49 Prof. José Mário Doleys Soares Cap.11 –Patologia das fundações 50 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 26 – Detalhe da viga de fundação – reforço Figura 27 – Detalhe do bloco de apoio para a transferência do carregamento Cap.11 –Patologia das fundações 51 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 28 – Execução do reforço – colocação da estrutura em carga Figura 28 – Posicionamento do macaco Cap.11 –Patologia das fundações 52 Prof. José Mário Doleys Soares - Sapata ou tubulão. - Aumento da carga ou σadm inadequada. - Chumbamentocom adicionamento de resinas colantes. Cap.11 –Patologia das fundações 53 Prof. José Mário Doleys Soares Estaca Mega - Equipamentos de pequenas dimensões. - Acesso a subsolo. - Sem vibrações. - Perfuram sapatas e blocos Cap.11 –Patologia das fundações 54 Prof. José Mário Doleys Soares Figura 29 – Transmissão de cargas a micro-estcas por meio de protendido de cabos e vigas inclinadas. Cap.11 –Patologia das fundações 55 Prof. José Mário Doleys Soares - Sondagem longe das estacas (40 a 70 m) Cap.11 –Patologia das fundações 56 Prof. José Mário Doleys Soares - Recalques diferenciais, estacas Pré-moldadas. - L = cte.
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