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18 Brumário de Luís Bonaparte- Parte VII

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18 Brumário-Karl Marx (FICHAMENTO)
  Diz ainda que: as diferentes condições materiais, econômicas, da luta de classes antiga e moderna é tão completa que as criaturas políticas pertencentes a cada época não podem ter mais semelhança umas com as outras.
Marx no seu prefácio se propõe, ao contrário de alguns autores citados por ele (Victor Hugo e Proudhon), a demonstrar como a luta de classes na França criou circunstancialmente condições que permitiram o surgimento de um representante heróico medíocre e tosco.
 No prefácio de Friedrich Engels à terceira edição alemã de 1885, claramente se delineia a ação metodológica de Marx. Com especial predileção ele observou a história francesa em curso, seguindo todos os seus pormenores, reunindo materiais que enfatizassem a grande lei do movimento da história, evidenciando assim a luta de classes como força motriz das grande lutas históricas.
  No primeiro capítulo Marx parafraseia Hegel acrescentado que: todos os grandes fatos e personagens históricos surgem duas vezes, a primeira vez como tragédia e a outra como farsa,
  Acentua que os homens não fazem a sua própria história isolada dos desfechos exógenos, mas induzidos nas épocas de crise revolucionária, à circunstâncias imediatamente encontradas, dadas e transmitidas pelo pretérito, com toda sua carga representativa.
  Louvam os espíritos passados, emprestam seus nomes, suas palavras de ordem, disfarçando a nostalgia venerável como uma nova cena da história universal.
 Os heróis bem como os partidos da Revolução Francesa, cumpriram, com disfarces e frases Romanas, a missão do seu tempo: instaurar a sociedade burguesa moderna. Isto posto adequando o ambiente francês ao continente Europeu, porém criando seus próprios arautos.
Como em outras fases históricas de revoluções o empréstimo de discursos carregados de paixões e ilusões foram elementares para a revolução burguesa. Glorificando assim as novas lutas, não parodiando as antigas, reavivando assim o espírito revolucionário transcendente em todas as épocas.
Assim segundo Marx, o cânon da dissimulação do próprio conteúdo revolucionário é assegurar que toda superstição que atingiu fortemente o passado, o espírito da mudança, seja aniquilada, dissimulando assim seu próprio conteúdo.
Em vez da própria sociedade a ter conquistado um novo conteúdo, parece simplesmente que o Estado voltou à sua forma antiga de dominação “desavergonhada”.
As revoluções que iniciaram no século 18 de normativa burguesa, que são avassaladoras e catastróficas, têm vida curta e um efêmero apogeu, gerando um mal-estar na sociedade.  
 Porém, as revoluções proletárias do século 19, são auto-críticos constantemente, interrompendo-se na sua própria marcha, terminando e começando de novo.
Como Marx enfatiza, a constituição, a assembléia nacional, os partidos dinásticos, os nomes políticos, a lei civil, o direito penal tudo desapareceu em 1852, de forma fantasmagórica, como num simples passe de mágica, por um “bruxo” irreconhecível.
Tentando explicar como uma nação de 36 milhões de pessoas tornaram-se cativos de “três cavalheiros” que tomaram a direção sem resistência do país.
 Marx recapitula a história francesa em traços gerais, desde a revolução francesa a partir de 24 de fevereiro de 1848 até dezembro de 1851.
Os três períodos fundamentais são: o período de fevereiro, período considerado o prólogo da revolução pelo seu caráter improvisado se auto-declarando provisório; o de 4 de maio de 1848 a 28 de maio 1849, período de constituição da republica ou da Assembléia Nacional Constituinte; o de 28 de maio de 1849 a 2 de dezembro de 1851, período da república ou da Assembléia Nacional Legislativa.
No período de fevereiro como tudo foi proposto como provisório, pois ninguém se atrevia a reclamar o direito de existir um modo real.
As jornadas de fevereiro propuseram-se primitivamente como objetivo uma reforma eleitoral, que deveria expandir os “privilégios políticos” das classes possidentes, – a oposição dinástica, a burguesia republicana, a pequena burguesia democrático-republicana e o operariado socialdemocrata – derrubando a aristocracia financeira.
Enquanto o proletariado de Paris se embriagava pela conquista que abrira diante de si, se entregando com toda a seriedade a discussões sobre os problemas sociais, as velhas forças da sociedade tinham se agrupado, reunido, voltado a si e encontrado um apoio inesperado na massa da nação, nos camponeses e o pequeno-burgueses, que se precipitaram todos de súbito para acena política.
 O segundo período de 04 de maio de 1848 até o fim de maio de1849 é o período da constituição, da fundação da republica burguesa
 Sendo um período de susseções de surpresas entre as classes possidentes desde fevereiro.
Com o surgimento da Assembléia Nacional saída do sufrágio da nação – um protesto vivo contra a pretensão das jornadas de fevereiro, reduzindo a nível burguês os resultados da revolução – o proletariado de Paris em vão tentou em 15 de maio interromper a força a existência da Assembléia e dissolve-la.
A insurreição de junho foi um dos acontecimentos mais colossais na história das Guerras civis européias, mais de 3 mil insurgentes foram passados pelas armas depois da vitória e 15 mil deportados sem julgamento. Com essa derrota, o proletariado passou para o pano de fundo da cena revolucionária.
Com a Assembléia Nacional a revolução assume feições da moderna burguesia, entrando em choque com o proletariado parisiense e com o partido socialista.
Segundo Marx: “revelará que aqui a república burguesa significava despotismo ilimitado de uma classe sobre a outra.” (P-218)
Durante as jornadas de junho, todas as classes e partidos tinham se unido em um partido de ordem de frente à classe proletária, como partido da anarquia, do socialismo, do comunismo.
 “A sociedade é salva tantas vezes quantas vai se restringindo o círculo dos seus dominadores e um interesse mais exclusivo é defendido contra um interesse mais amplo. Qualquer reivindicação da mais simples reforma financeira burguesa, do liberalismo mais vulgar, do republicanismo mais formal, da democracia mais trivial é ao mesmo tempo castigada como ‘atentado contra a sociedade’ e estigmatizado como ‘socialismo’. [...] As fezes da sociedade burguesa formam por fim a sagrada falange da ordem, e o herói Krapulinski (Luis Bonaparte) faz sua entrada nas Tulherias como ‘salvador da sociedade” (P-219).
No segundo capitulo ele retoma que a Assembléia Nacional Constituinte desde as jornadas de junho, que é caracterizada por Marx como a história da dominação e da desagregação da fração burguesa.
  Em relação a monarquia burguesa de Luís Felipe, essa facção formara a oposição republicana oficial era, por tanto, parte integrante reconhecida do mundo.
 Não se tratava de um movimento organizado por uma ideologia, mas de diversos indivíduos com profissões diferentes sem coesão, mas tornado comum entre todos eles a antipatia por Luis Felipe.
O censo eleitoral restrito da monarquia de julho, que excluía da dominação política mesmo uma grande parte da burguesia, era incompatível com a existência da republica burguesa. A revolução de fevereiro proclamara imediatamente, em vez desse censo, o sufrágio universal e direto.
“O inevitável Estado-maior das liberdades de 1848 – a liberdade pessoal, de imprensa, de palavra, de associação, de reunião, de ensino de culto etc. – recebeu um uniforme constitucional, que as tornava vulneráveis. Com efeito, cada uma dessas liberdades foi proclamada como direito incondicional. [...] liberdades são ilimitadas na medida em que não são limitadas pelos ‘direitos iguais de outros e pela segurança pública” (P-224)
Como é explicitado por Marx em novembro de 1851, quando os realistas coligados começaram a luta decisiva contra Bonaparte, procuraram com o seu célebre projeto de lei sobre os “questores”, que fosse adotado o principio da requisição direta das tropas pelo presidente da Assembléia Nacional.
No final do capitulo 2 ele deixa claro que foi dessa maneira que opróprio partido de ordem, quando ainda não era Assembléia Nacional, quando apenas era ministério, estigmatizou o regime parlamentar.
  Nos últimos capítulos Marx deixa clara a dura dominação de três anos da republica parlamentar tinha libertado uma parte dos camponeses franceses da ilusão napoleônica e tinha os revolucionado, mesmo que apenas superficialmente; mas a burguesia empurrava-os violentamente para trás sempre que se punham em movimento.
Ao final Marx reafirma que o substituto de Napoleão executava todos os dias um “golpe de estado” en miniature , colocando a economia burguesa em balburdia, atenta contra tudo aquilo que a revolução de 1848 parecera intangível, torna uns pacientes para com a revolução e os outros desejosos da revolução, produz a própria anarquia em nome da ordem. (Karen Gabriely Santos)

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