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Monitoria: Imunologia Monitor: Luís Felipe Malaquias Ferreira 1º semestre de 2016 INFLAMÇÃO Definição: “Reação complexa, fundamentalmente protetora, que ocorre no T. conjuntivo vascularizado em resposta a uma agressão, destinada a livrar o organismo tanto da CAUSA INICIAL da injúria celular (toxinas, microorganismos, etc) quanto das CONSEQUÊNCIAS de tal injúria (células e tecidos necróticos).” Caracteriza-se por alterações vasculares, levando ao acúmulo de líquido, mediadores inflamatórios e leucócitos no tecido extravascular. Resposta inespecífica. BASES DA INFLAMAÇÃO Não somente livra o organismo do agente agressor como também induz o reparo fatores de crescimento, que promoverão: Regeneração: produz um tecido praticamente idêntico ao original, por meio de mitoses. Cicatrização: leva à substituição dos tecido lesado por TC fibroso (cicatrizimal). Geralmente seguida de perda de função (substituição do parênquima pelo estroma). Dor, calor(hiperemia), rubor (eritrema), inchaço. INFLAMAÇÃO ≠ INFECÇÃO Infecção é a colonização tecidual por micro organismos, que geralmente é acompanhada por um processo inflamatório. Contudo, pode haver inflamação sem infecção (traumas, respostas autoimunes) e infecção sem inflamação. A inflamação pode ser inapropriadamente iniciada ou fracamente controlada e é então a causa da lesão e destruição tecidual em muitas desordens. (Choque Anafilático) INFLAMAÇÃO “A inflamação pode contribuir para uma variedade de doenças que não são primariamente devidas a respostas anormais do hospedeiro.” Reações imunes: hipersensibilidade ou autoimunes; P. ex. a inflamação crônica atua nos mecanismos fisiopatológicos de: Aterosclerose; Diabetes tipo 2 Desordens degenerativas (ex. Alzheimer) Câncer. AGENTES INICIADORES Infecciosos (bactérias, vírus, fungos, vermes); Químicos e drogas. Físicos (queimaduras, traumas mecânicos, choques elétricos, radiações). Células Neoplásicas Câncer. Antígenos. Tecido necrótico. (Comum em hipóxia, choques distributivos e hipovolêmicos). OBS: término? ESTRUTURAS ENVOLVIDAS Sistema nervoso (terminações nervosas), Agressão Substância P mastócitos Histamina SNA simpático. Vasos da microcirculação. OBS: os leucócitos saem principalmente pelas vênulas. Células teciduais próprias e Componentes da matriz extracelular. Células residentes (fibroblastos, macrófagos e mastócitos). IL-1, TNF-α , prostagladinas TNF-α e Histamina MEDIADORES QUÍMICOS CELULARES: produzidos por células; Pré formados nos grânulos secretores: Histamina (mastócitos, basófilos e plaquetas); Enzimas lisossômicas (netrófilos e macrófagos). Recém-sintetizados: Prostaglandinas (todos os leucócitos, plaquetas, células epiteliais) Citocinas (linfócitos, macrófagos, C.epiteliais) Leucotrienos (todos os leucócitos). MEDIADORES QUÍMICOS PLASMÁTICOS: circulantes no plasma, geralmente são produzidos pelo fígado; Ativação do fator XII Sistema de cininas (bradicinina); Sistema da coagulação/fibronolítico (ex fibrinogênio) Ativação do complemento Anafilotoxina: C3a e C5a; Complexo de ataque a membrana: C5a-9. AÇÃO DOS PRINCIAPIS MEDIADORES: Histamina: Vasodilatação: relaxamento do m. liso arteriolar; Aumento da permeabilidade vascular: contração das células endoteliais de capilares. Ativam receptores álgicos das terminações nervosas gerando impulsos dolorosos. (BRADICININA) Prostaglandina: reduz o limiar de excitação dos neurônios (facilitação), aumentando a sensibilidade, conferindo dor ao toque. Vasodilatação; Febre. AÇÃO DOS PRINCIAPIS MEDIADORES: Citocinas: IL-1 e TNF Ativação endotelial local expressão de moléculas de adesão) Febre/dor/hipotensão Resistência Vascular Quimiocinas: Ativação de leucócitos; Quimiotaxia: locomoção orientada ao longo de um gradiente químico. (Pode ser estimulada por fatores endógenos C5a e quimiocinas, mas também por fatores exógenos como produtos bacterianos) FASES DA INFLAMÇÃO Fase Aguda: é a fase mais sintomática e que ocorre nas primeiros 24 à 48 horas. Há predomínio de neutrófilos. Fase Crônica: pode se prolongar por dias, há o predomínio de células mononucleares (macrófagos e linfócitos). Reparo: ao longo de todo o processo inflamatório e de reparo causado pelas lesões teciduais. FASE AGUDA Resposta rápida que serve para levar leucócitos e proteínas do plasma (anticorpos e mediadores). Alterações no calibre vascular que levam ao aumento do fluxo de sangue; Mudanças estruturais na microvasculatura que permitem que as proteínas do plasma e leucócitos saiam da circulação; Emigração de leucócitos da microcirculação, seu acúmulo no sítio infeccioso e sua ativação para eliminar o agente agressor. EVENTOS VASCULARES Histamina, Prostagladina,NO, Bradicinina e serotonina Relaxamento do m. liso VASODILATAÇÃO Histamina e mediadores inflamatórios Contração das C.endoteliais Aumento da permeabilidade vascular Chegada de mediadores plasmáticos; Concentração desses mediadores; Diluir toxinas, reduzindo seu efeito. Exudação e Edema Hiperemia Rubor Saída de plasma para o interstício, formando o Exudato: rico em proteínas e mediadores inflamatórios. SISTEMA DO COMPLEMENTO Consiste em mais de 20 proteínas plasmáticas, numeradas de C1 a C9, que atuam tanto na imunidade inata quanto a adaptativa na defesa contra patógenos. Presentes no plasma na forma inativa, durante a inflamação essas proteínas são ativadas e reagem entre si em cascatas enzimáticas de ativações subsequentes. Passo crítico de ativação: proteólise de C3 Via clássica (anticopros IgM ou IgG) Via alternativa: LPS, venenos ou toxinas. C3 C3b mantém-se ligado ao alvo do complemento C3a: recrutamento e ativação de leucócitos A C3a e a C5a são anafilotoxinas, atuam promovendo vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. A C5b atua na formação do complexo de ataque a membrana. Complexo de ataque a memabrana: C5b, C6, C7, C8 e poli C9. MECANISMO DE AÇÃO SC As proteínas se ligam à superfície dos moo; Reações enzimáticas em cascata; Produção e liberação dos mediadores ativos do complemento, que atuam: Opsonização dos moo facilitando a sua fagocitose (ligação do fagócito com C3b. Formação do Complexo de ataque a membrana, que cria poro na membrana do moo permitindo a entrada de íons e água causando liso osmótica. LESÃO TECIDUAL CAUSADA PELA INFLAMÇÃO Além das lesões causadas pelo agente agressor, a própria resposta inflamatória em si também causa lesões teciduais. 1º motivo: cada leucócito que entra no tecido inflamado tem que digerir a matriz tecidual para acessar o sítio de infecção. 2º motivo: durante a fagocitose enzimas e radicais livres escapam do macrófago e agridem as estruturas adjacentes. EXPLOSÃO RESPIRATÓRIA Fusão do fagossomo com lisossomo= fagolisossomo Processo de produção e forte ativação de intermediários reativos do oxigênio (ROI) e óxido nítrico (NO). São radicais livres, moléculas extremante reativas, capazes de quebrar lípideos, glicídios, proteínas e ácidos nucleicos. Juntamente os as enzimas lisossômcias levam a destruição dos moo. CASCATA DO ÁCIDO ARACDÔNICO Fosfolipase Anti-inflamatório Esteroidais (Corticosteroides). Ex: pridisona São indicados em inflamações muito intensa que ocorrem sem infecção, devido ao seu efeito imunossupressor. CASCATA DO ÁCIDO ARACDÔNICO Anti inflamatóiros não esteroidais EFEITOS DA COCX Cocx Prostagladina: Estômago: estimula a produção de muco gástrico (gastrite) Rins: estimula a diurese. (Aumento da retenção de líquido) Endotélio: produção normal de prostaciclina, que inibe a coagulação. (coágulos) Dipirona, Paracetamol e Ibuprofeno: inibem a cocx do SNC, reduzindo a febre e atuando com analgésicos Aspirina: inibe também a cocx plaquetária, reduzindo a coagulação sanguíena. FORMAÇÃO DO ABSCESSO Ocorre em razão da persistência do agente agressor. (Geralmente por bactérias piogênicas) A produção persistente de fatores quimiotáticos específicos para neutrófilos, que continuam a ser recrutados em massa. Intensa liberação de enzimas lisossômicas que digerem os agentes agressor e o tecido também. Meio de cultura anaeróbico. Exudato purulento: exudato plasmático+piócitos+ tecido necrótico. FASE CRÔNICA Começa com a eliminação do agente agressor; Há o predomínio de macrófagos e linfócitos e de citocinas menos irritativas que a histamina e prostaglandina. Recrutamento de Células Mononucleares Fagocitose e limpeza da área lesada Estímulo para cura por reparo Citocinas Fatores de crescimento CÉLULAS ENVOLVIDAS: MACRÓFAGOS: Fagocitam os moo e os tecidos necróticos, digerindo-os com maior potencia e eficiência; Secretam fatores de crescimento que estimulam o reprado tecidual (regeneração ou cicatrização). LEUCÓCITOS: (qualquer tipo pode participar, dependendo do agressor: LB: produção de anticorpos; Células NK e LTc: citotoxidade; Eosinófilos: liberação de enzimas contra vermes. REPARO Cicatrização: Angiogênese; Migração e proliferação de fibroblastos; Síntese e deposição de matriz extracelular (formação do tecido de granulação com colágeno III); Maturação e organização do TC fibroso: os fibroblastos digerem o colágeno III e sintetizam o I; Parte dos fibroblastos, vasos neo-formados e macrófagos morrem por apoptose; Cicatriz final: TC cicatricial, menos vascularizado e menos celularizado que o original. Cicatrização Por primeira intenção: bordas da ferida bem cooptadas, boa recuperação. Por segunda inteção (úlceras, abcessos) Reação inflamatória mais intensa; Maior quantidade de tecido de granulação; Demanda maior tempo para reparo; Contração da cicatriz, o que reduz o tamanho da área inicial. Captura e apresentação de antígenos ao linfócitos Antígeno: qualquer substância que pode ser especificamente ligada por uma molécula de anticorpo ou por um receptor TCR de linfócito T. Epitopo ou determinante antigênico é a menor porção de antígeno com potencial de gerar a resposta imune. É o sítio de ligação específico que é reconhecido por um anticorpo ou por um receptor de superfície de um linfócito T (TCR). Anticorpos podem se ligar a qualquer tipo (lipídio, proteína, carboidrato) macro ou micromoléculas. O receptor TCR liga-se somente a peptídeos. COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE MHC: sintetizado por genes polimórficos. Função: apresentar antígenos para os linfócitos T. MHC de classe I: apresentam para LTCD8. São expressas por todas células nucleadas. MHC de classe II: apresentam para LTCD4. Expressas somente por APC’s profissionais (macrófago, células dendríticas e LB). Cada molécula de MHC pode se ligar com vários tipos de diferentes (1 de cada vez); As moléculas de MHC apresentam para os LT tanto peptídeos estranhos (estrangeiros) quanto próprios. PROCESSAMENTO E APRESENTAÇÃO Os LT CD4 reconhecem peptídeos derivados de proteínas extracelulares (apresentadas via MHC-II) que foram endocitadas por vesículas. Edocitose ou fagocitose do antígeno; Degradação do antígeno por enzimas do fagolisossomo, formação do peptídeo; O MHC-II é sintetizado no RE com CLIP, Retirada do CLIP e ligação do MHC com epitopos; Apresentação do complexo peptídeo-MHC-II na membrana ao LTCD4. PROCESSAMENTO E APRESENTAÇÃO Os LT CD8 reconhecem peptídeos derivados de proteínas intracitoplasmáticas (apresentados via MHC-I) produzidas pela própria célula, ou que escaparam de vesículas. Antígeno presente no citosol; O antígeno é degradado por proteassomo, produzindo os peptídeos que vão para o RE; TAP forma o complexo peptídeo-MHC-I, Apresentação do complexo na membrana ao LTCD8. Reconhecimento antigênico no sistema imunológico adaptativo Para que ocorra a ativação do LT deve haver 2 sinais: Reconhecimento específico do antígeno: ligação do TCR com o complexo antígeno-MHC; Geração do 2º sinal de ativação pela adesão estável do LT e APC, feita pela ligação CD28-B7. OBS: as APCs só expressam B7 quando reconhecem PAMP. Transdução de sinais via CD3e zeta, para o interior do LT resultando em sua ativação. ANTICORPOS (IMUNOGLOBULINAS) Secretados por plasmócitos, tem como funções básicas a neutralização de moo e seu produtos, além da ativação de mecanismos efetores. Estrutura: Fab: região variável entre indivíduos, sítio de ligação com o antígeno. Fc: “Cauda” região constante (não muda entre os indivíduos): sítio de interação com células efetoras. obs: é a parte que vai variar entre as classes de anticorpos, definindo qual será o mecanismo efetor. CLASSES DE IG (ISOTIPOS) IgA: presente em secreções (leite, lágrimas, saliva, bile, escarro) e nas mucosas. Imunidade das mucosas por neutralização IgD: não é secretado, fica na membrana plasmática sendo o receptor de antígenos das células B inativas. IgE: combate vermes e ativa eosinófilos, sendo ativo na hipersensiblidade imediata. CLASSES DE IG (ISOTIPOS) IgG: produzido durante e após (memória) a infecção, realiam a opsonização de moo, ativação do Sistema do Complemento, participa da citotoxicidade celular dependente de anticorpo e imunidade neonatal. IgM: só é produzido durante a infecção, é receptor das células B inativas e também realiza ativação do S. do Complemento.
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