Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 1 CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS Definição fisiológica Hipóxia tecidual decorrente da diminuição da capacidade de transporte do oxigênio pelo sangue REDUÇÃO NA MASSA DE ERITRÓCITOS CIRCULANTES Hemoglobina não funcionante. Critérios para diagnóstico laboratorial da Anemia Definição Laboratorial Eritrócitos (milhões/μL) Hematócrito (%) Hemoglobina (g/dL) Critério da OMS (1968): Diminuição da Hemoglobina - HOMENS < 13 g/dL - MULHERES < 12 g/dL - Gestantes e crianças < 11g/dL Classificação Fisiopatológica 1) Problemas na produção de eritrócitos Por deficiência de nutrientes essenciais à eritropoese Deficiência de ferro Deficiência de vitamina B12 Deficiência de ácido fólico Por condições que pertubem a eritropoese Infecções Aplasias 2) Aumento da destruição dos eritrócitos Anemias hemolíticas por mecanismos intracorpusculares: Hemoglobinopatias Defeitos na membrana do eritrócito Defeitos enzimáticos Anemias hemolíticas por mecanismos extracorpusculares: Anticorpos na membrana do eritrócito Agentes infecciosos (toxina bacteriana) 3) Perda sanguínea: hemorragias Classificação das Anemias Classificação Morfológica (VCM e HCM) 1) Anemia Normocítica e Normocrômica Perda sanguínea Insuficiência da medula óssea Algumas Anemias Hemolíticas 2) Anemia Microcítica e Hipocrômica Anemia Ferropriva Síndromes Talassêmicas Anemia da Doença Crônica 3) Anemia Macrocítica e Normocrômica Anemia Megaloblástica Síndrome Mielodisplásica Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 2 Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 3 Classificação CINÉTICA das Anemias ÍNDICE DE PRODUÇÃO DE RETICULÓCITOS Contagem relativa: 0,5 a 2,0% Contagem absoluta: 25.000-75.000/μL IPR = Reticulócitos (%) x Hematócrito (%) tempo de maturação 45 (%) Diagnóstico de Anemias História do paciente (quando a anemia começou, possibilidade de perda sanguínea crônica, sintomas de distúrbios cerebrais, circulatórios ou neurológicos, tratamento prévio para anemia, utilização de medicamentos, exposição a toxinas, história dietética, história familiar, origem racial...) Exame físico (pele, fundo de olho, boca, abdome, linfonodos...) Avaliação laboratorial inicial: hemograma (eritrograma e esfregaço sanguíneo) e contagem de reticulócitos. Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 4 METABOLISMO DO FERRO FERRO Elemento essencial de vários processos fisiológicos do organismo, sendo um mineral vital para a homeostase celular; Pode ser encontrado na forma Ferrosa (Fe2+) ou Férrica (Fe3+) combinando-se com proteínas de transporte ou de armazenamento, ou como componente de compostos heme e de metaloenzimas. • Deficiência: consequências para todo o organismo, tendo a anemia a manifestação mais relevante. • Excesso ou acúmulo: nocivo aos tecidos. O Ferro livre promove formação de radicais livres que são tóxicos e lesam proteínas, DNA e lipídeos. • Aquisição de Ferro: dieta ou reciclagem de eritrócitos senescentes • Absorção: regulada pela necessidade do organismo. Gravidez, puberdade, hemólise = maior absorção de Ferro • Reciclagem: 25-30 mg/dia – suficiente para manter a eritropoese Macrófagos do baço, MO, Fígado = Reconhecem alterações bioquímicas nas hemácias senescentes – fagocitam – catabolismo intracelular (CO, Fe2+, bilirrubina). Fe2+ - estocado (Ferritrina) ou oxidado e transportado predominantemente para MO (eritropoese). Absorção de Ferro • Ferro da dieta: Ferro Hemínico e Ferro Não Hemínico Ferro Hemínico: fontes animais Ferro Não Hemínico: Forma inorgânica (Fe3+) presente em vegetais, frutas, cereais, gema do ovo • Absorção: Epitélio duodenal e jejuno proximal (enterócito) Forma Ferrosa (Fe2+) • Proteínas envolvidas na absorção: Dcytb (citocromo b duodenal redutase): Converte Fe3+ em Fe2+ Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 5 DMT-1 ou Nramp2 (proteína transportadora de metal divalente 1) Transporta o íon Fe2+ do lúmen para o interior do enterócito (membrana apical) HCP-1 (Proteína transportadora do Heme 1): Internalização do Heme (redistribuição membrana plasmática ↔ citoplasma) Hemeoxigenase: Libera íon Fe2+ da protoporfirina para o citoplasma Absorção e Reserva de Ferro Reserva de Ferro Ferritina (apoferrina + Ferro): 450 kDa, hidrossolúvel, composta por um centro de cristal de óxido férrico nonidratado (Fe2O3 x 9 H2O) no interior de uma concha de apoferritina. Apoferritina: 24 subunidades arranjadas em 12 dímeros formando um dodecaedro. Os monômeros podem ser H ou L (forma principal de armazenamento – maior avidez) Ferritina Maior parte no citoplasma, restante em organelas Subunidade H (heavy): coração, eritrócitos, monócitos, linfócitos - atividade ferroxidase : Reação de Fenton Subunidade L (light): fígado, baço, placenta 1mg/L ferritina = 120 mg Fe estoque/kg de peso Mobilização de Ferro da Ferritina: facilitada por agentes quelantes e redutores: ácido ascórbico, glutation, cisteína. Reserva de Ferro O Ferro liberado da Ferritina pode também agregar-se em grumos. Esses grumos coalescem em um aglomerado dentro dos lisossomos recebendo a denominação de Hemossiderina. Hemossiderina - Forma degradada da ferritina, onde a concha proteíca foi parcialmente desintegrada - Proteína de armazenamento de Ferro, encontrada no interior de lisossomos, principalmente dos macrófagos, sobretudo em sobrecarga de ferro. É insolúvel (maior proporção ferro/proteína) e se cora pelo azul da Prússia (Reação de Perls = hemossiderina corada pelo ferrocianeto de potássio). Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 6 Exportação de Ferro Saída de Ferro do enterócito para o plasma Proteínas envolvidas: FPT (Ferroportina) ou IREG1 (Iron regulated transporter protein 1): transporte do íon Fe2+ do citoplasma pala o plasma (membrana basolateral) Hefaestina: oxida íon Fe2+ em íon Fe3+ Ceruplasmina presente no plasma tem mesma função que Hefaestina HFE (proteína da hemocromatose): interage com TfR e detecta o seu grau de saturação. Desta forma, sinaliza para o enterócito se há maior ou menor necessidade de absorção de ferro na luz intestinal (HFE-TfR no citosol reduz o TfR na membrana). Transporte de Ferro no Plasma Ferro (Fe3+) transportado no plasma pela Transferrina (Tf) Transferrina: glicoproteína β2-globulina, 80 kDa, sintetizada no fígado, com dois domínios homólogos para o íon férrico (apotransferrina = Tf desprovida de Ferro). Transferrina: solubiliza o ferro, atenua sua reatividade e facilita sua liberação para as células. A Tf plasmática tem a capacidade de transportar até 12 mg de ferro, contudo, em geral, apenas 30% da Tf está saturada (mono ou diférrica). •Um produto da clivagem do TfR tecidual circula no plasma na forma solúvel (sTfR). Esta proteólise ainda não foi bem elucidada. •Esta forma solúvel (sTfR) reflete a massa de TfR celular (80% linhagem eritróide da medula): Hipoplasia eritróide (aplasia e insuficiência renal) – níveis reduzidos de sTfR Hiperplasia eritróide (hemólise) – níveis elevados de sTfR Classificação das Anemiase Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 7 Catabolismo das hemácias e reaproveitamento do ferro (Fonte importante de Ferro para manter a eritropoese) Transporte de Ferro na Mitocôndria O Ferro é transportado através da membrana mitocondrial por mecanismos ainda não esclarecido. Após este transporte, a frataxina regula a utilização do ferro, destinando-o à síntese do heme ou gerando cluster Fe-S, prevenindo a formação de radicais livres. A cadeia respiratória converte Fe3+ em Fe2 •O íon Fe2+, única forma reconhecida pela ferroquelatase, é incorporado ao anel pirrólico para formar o heme. Homeostase do Ferro REGULAÇÃO GÊNICA Sistema regulador IRE/IRP Célula é capaz de regular a utilização de seu próprio Ferro (regulação intracelular) IRP (iron regulatory protein) age como sensor celular do Fe IRP liga-se a IRE (iron regulatory elements) presentes no RNAm (30 nucleotídeos) Formação de complexos IRE/IRP - Região 5’UTR inibe tradução - Região 3’UTR previne degradação do mRNA Catabolismo intracelular do heme no Mφ (CO, Fe 2+ ,bilirrubina) Fe = armazenado como Ferritina ou exportado para a medula Ceruloplasmina Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 8 Regulação Intracelular Regulação Sistêmica Saturação da Tf é: O maior indicador sistêmico da homeostase de Ferro Determinada pela quantidade de Ferro: - Absorvida do intestino - Reciclada por macrófagos a partir de hemácias senescentes - Utilizada na eritropoese Tf diférrica afeta expressão de hepcidina •TfR/sTFR: aumenta •Ferritina: diminui •TfR/sTfR: diminui •Ferritina: aumenta Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 9 Regulação Sistêmica: Hepcidina Controle do equilíbrio do ferro depende da comunicação entre locais de absorção, utilização e estoque. Esta comunicação é feita pela Hepcidina. Hepcidina: sintetizada na forma de propolipetídeo (84aa) produzida pelos hepatócitos, mas sua forma ativa é um peptídeo de 25 aa (HAMP – peptídeo antimicrobial da hepcidina) que possui atividade antimicrobiana (rompe membrana de microorganismos) e restringe a disponibilidade do ferro (regulador negativo). A concentração de hepcidina regula negativamente: - A absorção intestinal de Ferro - A liberação de Ferro pelos enterócitos e macrófagos A ferroportina é o receptor da Hepcidina. Desta forma, o complexo ferroportina- hepcidina é internalizado na membrana basolateral dos macrófagos e enterócitos, degradando a ferroportina e bloqueando a liberação de ferro da célula, resultando em menor disponibilidade para os eritroblastos. Além disso, a hepcidina inibe a transcrição de DMT-1 nos enterócitos, inibindo a absorção de ferro. Citocinas pró inflamatórias (sobretudo a IL-6) induzem a transcrição do HAMP (peptídeo antimicrobial da hepcidina). O HAMP também é ativado pelas BMP (proteínas morfogenéticas da medula), as quais regulam proliferação, diferenciação, apoptose e migração tecidual. Outras proteínas como TfR2, HFE e hemojuvelina (HJV) também controlam a síntese da hepcidina nos hepatócitos. Ação da hepcidina no metabolismo do ferro. Ao formar o complexo com a ferroportina leva à sua degradação. • No enterócito, o ferro não é transportado para o exterior da célula, e a absorção é inibida (figura à esquerda). • No macrófago, o ferro fica acumulado no seu interior, diminuindo o ferro disponível para a eritropoiese (figura à direita). Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 10 ASPECTOS IMPORTANTES DO METABOLISMO DO FERRO Avaliação Laboratorial Hemograma Ferro sérico sTfR Ferritina sérica Transferrina sérica Capacidade Total de Ligação de Ferro ou capacidade ferropéxica total (TIBC): TIBC: mede a quantidade de ferro que a Tf pode carregar quando totalmente saturada (porção total de ferro que pode se ligar a UIBC: mede a quantidade de ferro que não se ligou à Tf quando um excesso de ferro foi adicionado ao soro (capacidade de reserva de Tf em se ligar ao Ferro). TIBC = UIBC + Ferro sérico O TIBC = Ferro sérico + Capacidade latente de fixação do ferro. O TIBC traduz qual a capacidade que a “massa” total de transferrina sérica tem de abarcar ferro. O TIBC está elevado em toda situação em que há aumento da transferrina sérica Mutações na Ferroportina e HFE: Hemocromatose (Acúmulo de Ferro no organismo e contínua absorção) Mutações na DMT-1: Anemia hipocrômica e microcíticas Carência de Ferro/hipóxia induz: Maior absorção de ferro; HCP-1 redistribuída na membrana plasmática e não no citoplasma – facilitando captação do heme e evitando que este seja eliminado pelo peristaltismo intestinal Maior expressão de ferroportina (FPT) Reduz expressão de hepcidina Alterações do metabolismo do ferro na ADC. Papel dos mediadores inflamatórios e do sistema imune nos distúrbios do ferro levando à retenção do ferro dentro dos macrófagos e limitando a sua disponibilidade para as células eritróides Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 11 ANEMIA FERROPRIVA • A causa básica da deficiência de ferro é o desequilíbrio entre as quantidades ingeridas e o consumo e/ou as perdas, que ocorrem por diversas vias, resultando no esgotamento das reservas de ferro do organismo; • O tempo necessário para que ocorra a carência e se manifeste na forma de anemia depende de numerosos fatores, os mais importantes são a magnitude dos depósitos e o grau de desequilíbrio; • A anemia é uma manifestação tardia e insidiosa da carência, que surge quando as reservas orgânicas esgotam-se em virtude do balanço negativo. Causas Anemia Microcítica e Hipocrômica Carência nutricional Menor ingestão de ferro Menor absorção intestinal Acloridria / Cirurgia gástrica / Taninos (banana)/ Fitatos Problemas no transporte de ferro - Ausência congênita de transferrina. Aumento da perda de ferro - Sangramento gastrointestinal (parasitoses, hemorróidas, gastrite atrófica auto-imune, diverticulose, infecção por Helicobacter pylori) - Perda menstrual: hiperfluxo menstrual (menorragia, metrorragia) - Outras causas (doença celíaca, hemólise crônica por válvula cardíaca, doações de sangue) Aumento das necessidades fisiológicas - Infância, gravidez e lactação Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 12 Sinais e Sintomas Clínicos Cansaço, sonolência, baixo desempenho Cefaléia, tontura, zumbido no ouvido, alteração da visão Pele e mucosa: palidez Boca: estomatite angular (fissuras ou úlceras no cantos da boca) Língua: glossite atrófica (atrofia do epitélio da língua), fissuras Unhas: coiloníquia (unhas côncavas, sulcadas e quebradiças) Formigamento das mãos e pés Sintomas gástricos: gastrite crônica, disfagia, geofagia, pica Estádios da Deficiência de Ferro A deficiência de ferro, geralmente, desenvolve-se de maneira lenta e progressiva e, didaticamente, pode ser dividida em três estádios de desenvolvimento: Depleção dos estoques de ferro / Deficiência de Ferro Pré-latente Eritropoese deficiente emferro / Deficiência Latente de Ferro Anemia ferropriva Sequência de eventos no desenvolvimento da Anemia Ferropriva 1º Estágio- Depleção de Ferro (Deficiência de Ferro Pré-latente) Redução da reserva de ferro (fígado, baço e medula óssea) Ferro de transporte normal Síntese de Hemoglobina normal 2º Estágio - Deficiência Latente de Ferro/Eritropoese com def. de Fe Redução da reserva de ferro no fígado, baço e medula óssea Redução do ferro de transporte Síntese de Hemoglobina normal 3º Estágio - Anemia Ferropriva Redução da reserva de ferro do fígado, baço e medula óssea Redução do ferro de transporte Redução da síntese de hemoglobina 1º Estágio - Depleção de Ferro Perda de sangue ou necessidade excedente à absorção (equilíbrio negativo de ferro) Ferro mobilizado dos estoques Estoques de ferro diminuem Ferritina sérica diminui Absorção de ferro aumenta, mas TIBC ainda normal (capacidade total de ligação ao ferro sérico). 2º Estágio - Deficiência Latente de Ferro/Eritropoese com deficiência de Ferro Estoques de ferro consumidos Concentração de ferro sérico diminui Saturação de transferrina cai abaixo de 15% Falta ferro para síntese do heme: aumenta a protoporfirina das células vermelhas. 3º Estágio - Anemia Ferropriva É detectada anemia: inicialmente normocítica e normocrômica gradualmente torna-se microcítica e hipocrômica (Carência de ferro esgotamento dos estoques de ferro oferta insuficiente de ferro para a MO síntese reduzida do heme produção reduzida de hemoglobina anemia microcítica e hipocrômica) Anemia por deficiência de ferro. (a) Coiloníquia: unhas típicas em “colher”. (b) Queilose angular: fissuras e ulceração no canto da boca. Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 13 Diagnóstico Laboratorial Hemograma • Fase Inicial Esfregaço sanguíneo: hemácias normocíticas e normocrômicas Eritrograma: normal • Fases mais avançadas Esfregaço sanguíneo: microcitose, hipocromia, poiquilocitose (eliptócitos, dacriócitos) Eritrograma: E, Hb (<10g/dl), Ht, VCM, HCM, CHCM diminuídos Reticulócitos: diminuído (exceto para terapia com ferro) Medula • Fase Inicial Hiperplasia eritróide • Fases mais avançadas Eritropoese ineficaz (eritroblastos menores e deficientes de hemoglobina) Coloração para ferro na MO: estoques ausentes. Ferro sérico: diminuído (VN: 49 a 151 μg/dl) TIBC: aumentado (VN: 242 a 359 μg/dl) Saturação da transferrina: diminuído (VN: 20 a 50%) ST= Fe sérico TIBC ST< 16% eritropoese deficiente de ferro Ferritina sérica: diminuída (VN: 10 a 200 ng/ml) Porfirina eritrocitária 1º Estágio - Depleção de Ferro Redução da reserva de ferro - Ferritina: diminuída Ferro de transporte normal - Ferro sérico: normal - TIBC: normal - Saturação Tf: normal Síntese de Hemoglobina normal - Hb: normal - VCM, HCM, CHCM: normais 2º Estágio - Deficiência Latente de Ferro/Eritropoese com deficiência de Fe Redução da reserva de ferro - Ferritina: diminuída Redução do ferro de transporte - Ferro sérico: diminuído - TIBC: aumentada - Saturação Tf: diminuída Síntese de Hemoglobina normal - Hb: normal - VCM, HCM, CHCM: normais - RDW↑ 3º Estágio - Anemia Ferropriva Redução da reserva de ferro - Ferritina: diminuída Redução do ferro de transporte - Ferro sérico: diminuído - TIBC: aumentada - Saturação Tf: diminuída Redução da síntese de hemoglobina - Hb: diminuída - VCM: diminuído Microcitose - HCM e CHCM: diminuídos Hipocromia - RDW ↑ CONTAGEM DE RETICULÓCITOS -Diminuída ou normal Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 14 Desenvolvimento da Anemia Ferropriva Distensão sangüínea de paciente com anemia ferropriva, mostrando anisocitose, pecilocitose (incluindo eliptócitos), hipocromia e microcitose. A contagem sangüínea foi – CE: 4,22 x M/μL, Hb: 7,0g /dL, Hct: 29%.VCM: 67 fL, HCM: 16,6 pg, CHCM: 24,5 g /dL. Anemia microcítica e hipocrômica com aumento do RDW. Note pequeno linfócito no campo em comparação com o tamanho das hemácias. Distensão de sangue periférico em anemia grave por deficiência de ferro. As células são microcíticas e hipocrômicas. Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 15 Histogramas de anemia ferropênica em tratamento, separadas e superpostas Esfregaço de MO na AF. Mostrando eritroblastos com assincronismo na maturação do citoplasma A B Avaliação do ferro na medula óssea: fragmento de medula corado para ferro pela reação de Perls a) Medula Normal b) Anemia Ferropriva Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 16 Tratamento da Anemia Ferropriva Ferroterapia –Via oral: Sulfato ferroso –Via parenteral: IM ou IV Indicada para pacientes com má absorção ou intolerância ao tratamento via oral Risco de anafilaxia Acompanhamento –Aumento de reticulócitos após 3-4 dias –Pico reticulocitário após 7 a 10 dias –Aumento da hemoglobina após 2 a 3 semanas –Normalização da ferritina após 4 a 6 meses Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 17 Condições Associadas Auto Imune Artrite reumatóide Lupus eritematoso sistêmico e doenças do tecido conjuntivo Doença de Crohn Infecções (agudas ou crônicas) Virais (inclusive HIV, parvovírus B19) Bacterianas (tuberculose, endocardite bacteriana subaguda) Parasitárias Fúngicas Neoplasias Hematológicas (Linfoma, Mieloma Múltiplo) Tumores sólidos ANEMIA DA DOENÇA CRÔNICA Anemia de Doença Crônica é uma síndrome clínica que se caracteriza pelo desenvolvimento de anemia em pacientes que apresentam doenças infecciosas crônicas, inflamatórias ou neoplásicas. A ADC é a anemia mais comum em pacientes hospitalizados e, em geral, incide em indivíduos com patologias inflamatórias crônicas devido aos elevados níveis de citocinas inflamatórias, que interferem na utilização da eritropoetina e no metabolismo do ferro. Associada a processos infecciosos, inflamatórios e neoplásicos que persistem por tempo superior a 1 ou 2 meses: Anemia da Inflamação. Essa síndrome tem como aspecto peculiar a presença de anemia associada à diminuição da concentração do ferro sérico e da capacidade total de ligação do ferro, embora a quantidade do ferro medular seja normal ou aumentada. Vários mecanismos envolvidos na etiopatogenia da ADC, os três principais são: Diminuição da sobrevida das hemácias, Resposta medular inadequada frente à anemia e distúrbio do metabolismo do ferro. A ADC compreende uma das alterações de um complexo de respostas metabólicas frente à estimulação do sistema imunológico celular. Esta resposta inicia-se com a ativação dos macrófagos e a elaboração e secreção de citocinas. Tem sido cada vez mais evidente a participação central dos monócitos e macrófagos na patogênese da ADC. Alterações mediadas por citocinas: Retenção de ferro nas células do SRE. Inibição da eritropoese Redução da vida média dos eritrócitos A anemia da inflamação é uma anemia imuno mediada. Sabe-se que citocinas e células do sistema reticuloendotelial (SRE) induzem alterações que potencialmente interferemem diferentes vias da eritropoese, levando à tais como: Bloqueio na mobilização do Fe de estoque do SRE: provavelmente o mecanismo etiológico mais evidente da Anemia da Inflamação (AI). A hipoferremia na presença de estoque de Fe normal ou aumentado é a alteração característica da AI e que, frequentemente, é utilizada no diagnóstico dessa condição. Alteração na diferenciação e proliferação dos precursores eritróides (BFU-E e CFU-E): observa- se um bloqueio devido ao efeito inibitório de diversas citocinas, em especial: interferon -α, -β e -γ , TNF-α e interleucina-1 (IL-1). O mecanismo relacionado parece ser a indução de apoptose, entretanto, as citocinas também exercem um efeito tóxico direto nas células progenitoras por induzirem a formação de radicais livres. Diminuição da produção e da ação da eritropoetina (Epo): trabalhos in vitro demonstraram que a resposta da MO à Epo é inadequada para o grau de anemia, provavelmente por ação da IL-1, TNF-α , e fator de crescimento tecidual-β (TGF-β), entre outras citocinas. Além disso, o aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias interfere na regulação da expressão do gene da Epo, resultando em uma resposta diminuída na produção de Epo em relação ao estímulo anêmico. Sobrevida eritrocitária diminuída: o aumento da eritrofagocitose que ocorre durante o processo inflamatório provavelmente é fator contribuinte na hemólise. Além disso, sabe-se que citocinas e radicais livres podem causar dano direto ao eritrócito. Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 18 Diagnóstico Laboratorial da Anemia da Doença Crônica Eritrograma Anemia discreta geralmente normocítica-normocrômica pode ser microcítica hipocrômica Perfil de Ferro Ferro sérico: diminuído TIBC: Diminuída ou normal Saturação da transferrina: Diminuída Ferritina: Normal ou aumentada Alterações do metabolismo do ferro na ADC. Papel dos mediadores inflamatórios e do sistema imune nos distúrbios do ferro levando à retenção do ferro dentro dos macrófagos e limitando a sua disponibilidade para as células eritróides. Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 19 ANEMIAS MICROCÍTICAS DEFICIÊNCIA NA SÍNTESE DA HEMOGLOBINA: Anemia Sideroblástica METABOLISMO DO FERRO Balanço negativo de ferro: Anemia Ferropriva Utilização inadequada: Anemia da Doença Crônica SÍNTESE DE CADEIAS GLOBÍNICAS Talassemias alfa e beta SÍNTESE DO GRUPO HEME Anemia Siderobástica ANEMIAS SIDEROBLÁSTICAS A anemia sideroblástica é um grupo heterogêneo de desordens com duas características em comum: presença de sideroblastos em anel na medula óssea e biossíntese do heme prejudicada. • Ocorre eritropoese ineficaz com acúmulo de ferro medular e anemia hipocrômica concomitante, hiperferremia, saturação quase total da transferrina, sideroblastos em anel devido à distribuição das mitocôndrias na região perinuclear das células em desenvolvimento. Acúmulo de Ferro na Mitocôndria FORMAS HEREDITÁRIAS: mutações nas enzimas que participam na síntese da protoporfirina → ferro não é incorporado à protoporfirina → formação do sideroblasto em anel. FORMAS ADQUIRIDAS: mutações em componentes da cadeia respiratória mitocondrial levam a um defeito na redução do Fe3+ em Fe2+ → acúmulo de Fe3+ e não incorporação do Fe à protoporfirina. Causas da Anemia Sideroblástica Hereditária (rara) Adquirida Anemia Refratária com sideroblastos Neoplasias e Síndromes mieloproliferativas Adquirida reversível Alcoolismo Drogas Isoniazida Cloranfenicol Diagnóstico Laboratorial Eritrograma: anemia discreta grave Siderócitos: corpúsculo de Pappenheimer Ferro sérico: aumentado TIBC: normal ou diminuída Saturação de transferrina: aumentada Ferritina: aumentada Ferro Medular: aumentado com sideroblastos em anel Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 20 Sideroblastos em anel corado com azul da Prússia A B C D A e B – Esfregaço sanguíneo de pacientes com anemia sideroblástica leve e grave. C - Esfregaço de MO (coloração com azul da Prússia) com sideroblastos em anel. D - Siderócitos. Esquema da Classificação Morfológica das Anemias Microcíticas/Hipocrômicas Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 21 ANEMIA MEGALOBLÁSTICA Classificação morfológica: Anemia Macrocítica e Normocrômica Classificação fisiopatológica: Anemia Carencial por deficiência de substâncias essenciais à eritropoese. Definição: anemia causada pela deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico (indispensáveis para a síntese da base nitrogenada TIMINA). Consequências: distúrbios na proliferação e maturação celular. Falha na síntese de DNA: duplicação do DNA bloqueada (retardo na divisão celular e defeitos no reparo de DNA). Síntese de RNA não alterada: produção normal de proteínas (timidina não é necessário para sua síntese, não há, portanto, redução da formação de proteínas citoplasmáticas e do crescimento celular). Maturação citoplasmática precede maturação nuclear: célula em estado de crescimento desequilibrado. Distúrbios da Multiplicação Celular - Devido à lentidão da divisão celular na fase S do ciclo celular, há um aumento no número de células com quantidades de DNA entre o diplóide e o tetraplóide. - Morfologicamente estas células , em especial os eritroblastos, exibem um núcleo e cromatina “imatura” finamente pontilhada, enquanto o RNA não alterado continua a produzir citoplasmáticas , resultando células grandes com citoplasma “maduro” e de grande volume. Achados Laboratoriais • Medula óssea (MO): megaloblastos • Sangue periférico (SP): hemácias macrocíticas Resultados Alterações morfológicas levam a duas situações: Destruição intramedular dos megaloblastos: eritropoese ineficaz. Células de tamanho avantajado e com outras anormalidades morfológicas na MO e no SP. Obs: As alterações se estendem também às outras linhagens hematopoéticas (leucócitos e plaquetas) Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 22 Vitamina B12 (Cobalamina) Fonte: proteína animal (carnes e laticínios) Necessidade diária: 2 a 3 μg Perda diária: 1 a 2 μg (urina e fezes) Orgão de armazenamento: fígado (2 a 3 mg) Absorção: íleo terminal (pH neutro) Transporte: transcobalamina * A vitamina B12, ligada ao fator intrínseco (glicoproteína produzida pelas células parietais da mucosa gástrica), é absorvida pela associação do fator intrínseco a receptores da membrana das células da mucosa do íleo terminal. Função Bioquímica A vitamina B12 é uma coenzima de duas reações bioquímicas: • Na 1ª, como , é cofator da metionina-sintase, a enzima resposnsável pela METIL-B12 metilação da homocisteína em metionina usando Metiltetraidrofolato (Metil-B12) como doador de metila. • Na 2ª, como , auxilia na conversão de DESOXIADENOSIL B12 (Ado-B12) Metilmalonil-Coenzima A (CoA) em Succinil CoA. As dosagens séricas de homocisteína e ácido metilmalônico são usados como testes para deficiencia de Vitamina B12. Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 23 Deficiência de Vitamina B12 Causas Menor ingestão: vegetarianos radicais Má absorção:gástrica (problemas estomacais como gastrite atrófica e gastrectomias), intestinal (doenças intestinais como diverticulite e remoção de segmentos do intestino Anemia Perniciosa •É uma doença decorrente da carência da Vit. B12, quando deixa de ser absorvida por falta de produção de Fator Intrínseco pela mucosa gástrica, consequentemente má absorção de Vitamina B12 •Doençca de natureza provavelmente imunológica, em que ocorre atrofia e inflamação crônica da mucosa gástrica (gastrite atrófica), levando à ausência de FI e da secreção do ácido clorídrico, com consequente má absorção da Vit. B12 •É o tipo mais comum da carência de Vit. B12 Teste de Schilling avalia indiretamente a absorção de B12, e consiste na ingestão oral da Vit. B12 marcada, seguida de uma dose maciça de Vit. B12 injetável não marcada para saturação do organismo, facilitando que a Vit. B12 marcada, uma vez absorvida, seja em parte excretada na urina. Sinais e Sintomas Clínicos da Anemia Megaloblástica Cansaço, fraqueza, sonolência, baixo desempenho Palidez: aspecto amarelo-limão Boca: estomatite angular (fissuras ou úlceras nos cantos da boca) Língua: glossite de Hunter (proliferação de desordenada das células epiteliais da língua ocasionando um aspecto espesso e uma língua sensível a alimentos ácidos e quentes). Sinais neurológicos: formigamento dos membros tontura, insegurança da mancha, sensibilidade alterada, força reduzida (degeneração subaguda associada da medula espinhal) Baço palpável (alguns casos): pode ocorrer hematopoese extramedular Ácido Fólico (Folato) Fonte: vegetais verdes, frutas cítricas, feijões, nozes, fígado e rim Necessidade diária: 50 a 80 μg Órgão de armazenamento: fígado (5 a 10 mg) Absorção: duodeno e jejuno (principalmente) Transporte: liga-se fracamente à albumina Os Folatos são necessários em várias reações bioquímicas envolvendo transferência de unidades de um carbono em interconversões de aminoácidos, como na conversão de HOMOCISTEÍNA em METIONINA e na de SERINA em GLICINA, bem como na síntese de precursores purínicos de DNA. Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 24 Deficiência de Ácido Fólico Causas Menor ingestão: desnutrição, dietas, pessoas idosas Má absorção: intestinal (doenças intestinais como diverticulite e remoção de segmentos do intestino), medicamentos (anticonvulsivantes e barbitúricos) Aumento das necessidades fisiológicas ou patológicas: gravidez, anemias hemolíticas, neoplasias Perdas excessivas: diálises, álcool e doenças hepáticas Sinais e Sintomas Clínicos A sintomatologia da falta de ácido fólico e de vitaminas B12 é igual, com exceção dos sinais neurológicos (degeneração subaguda associada da medula espinhal) que somente são vistos na deficiência de vitamina B12. Diagnóstico Laboratorial Hemograma VCM aumentado, com casos graves 110-170 fl e casos leves 100-110fl; (macrocitose precede a anemia); RDW ↑; Hb < 7- 8g/dl e Ht < 25% Número de eritrócitos diminuído Leucopenia e plaquetopenia Número de reticulócitos diminuído (IPR<2 anemia hipoproliferativa) Esfregaço sanguíneo: hemácias macrocíticas, poiquilocitose (ovalócitos, dacriócitos, esquizócitos), megaloblastos, corpúsculos de Howell-Jolly, Anel de Cabot, anisocitose, neutrófilos hipersegmentados (mais de 5 lóbulos nucleares pleocariócitos), Bioquímica: ↑BI, ↑LDH. Medula Óssea Hiperplasia eritróide Megaloblastos. A eritropoese revela variadas alterações morfológicas como cariorréxis, micronúcleos e pontes internucleares Presença de Mielócitos e Metamielócitos gigantes. * Devido a intensa desordem de maturação nuclear que se instala nas 3 linhagens, mais evidente na série eritróide, toda a hematopoese nas anemias megaloblásticas é ineficaz, ou seja, há ↑de morte celular intramedular através da ação de macrófagos, como consequência da eritropoese ineficaz, apenas 10-20% dos eritrócitos sobrevivem e tornam-se viáveis pro SP. Dosagem das Vitaminas Vitamina B12 sérica (>300pg/ml), (200-300pg/ml), (<200pg/ml) normal subnormal diminuída Folato sérico (>4ng/ml), (2-4ng/ml), (<2ng/ml) normal subnormal diminuído Deficiência de vitamina B12 (<200pg/ml) e (>4ng/ml) B12 sérica diminuída folato sérico normal Deficiência de ácido fólico (<2ng/ml) e (>300pg/ml) folato sérico diminuído B12 sérica normal Deficiência de vitamina B12 + ácido fólico (<200pg/ml) e (<2ng/ml) B12 sérica diminuída folato sérico diminuído Dosagem dos metabólitos: Homocisteína e Ácido Metilmalônico Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 25 Aspectos morfológicos da Anemia Megaloblástica Anisocitose e Poiquilocitose na Anemia Megaloblástica Megaloblasto Policromático Macro-ovalócitos, Anisocitose, Poiquilocitose e Neutrófilo hipersegmentado Megalócito 1. Eritrócito Normal 2. Macrócito 3.Megalócito Oval 4.Neutrófilo Hipersegmentado Anemia Megaloblástica: SP mostrando macrócitos ovalados e um neutrófilo hipersegmentado (Pleocariócito). MO: Anemia megaloblástica, mostrando precursores dos granulócitos gigantes Alterações megaloblásticas na MO de paciente com anemia megaloblástica grave. (A,B,C) Eritroblatos mostrando aspecto fino, pontilhado aberto (primitivo) da cromatina nuclear, mesmo nas células diferenciadas (citoplasma pálido com alguma formação de Hb). (D) Metamielócitos gigantes anormais e formas em bastonete. A B O C D A B A – Neutrófilo Hipersegmentado. B- Macroovalócito Classificação das Anemias e Metabolismo do Ferro Alberto Galdino - Biomedicina 26 Histograma de Anemia Megaloblástica Diagnóstico Diferencial * Deve ser feito com as doenças que cursam com anemia macrocítica ou com pancitopenia com macrocitose. Síndromes Mielodisplásicas Doença Hepática Hipotireoidismo Anemia aplástica Mieloma Múltiplo Leucemia Uso de fármacos antiblásticos, que agem por comprometimento direto da síntese de DNA (Zidovudina, Drogas antifólicas (Metotrexato), pirimetamina, anticonvulsivantes (fenitoína, pimidona,fenobarbital). Tratamento Causa identificada e corrigida Dieta rica em vitamina B12 e/ou ácido fólico Vitamina B12 e/ou ácido fólico Acompanhamento Ácido fólico para profilaxia de defeitos do tubo neural
Compartilhar