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DA OPOSIÇÃO

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DA OPOSIÇÃO
A oposição é procedimento especial pelo qual alguém deduz pretensão contra as partes de outro processo em trâmite. Considerando que a oposição provoca uma nova ação, o novo código deixou de considerá-la como modalidade de intervenção de terceiros. Todavia, não exclui a oposição, tratando-a no título dedicado aos procedimentos especiais. Assim, prevê que “quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos”. O opoente deduzirá seu pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da ação. Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa de seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de quinze dias. Ainda, se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente. Admitido o processamento da oposição, será esta apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução mais bem atende ao princípio da duração razoável do processo. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar.
O autor da ação de oposição é o opoente; os réus, em litisconsórcio necessário ulterior e simples, são os opostos.
Quando se diz processo cognitivo pendente, quer-se dizer que não houve, ainda, prolação de sentença nos autos em que se pretende intervir, pois a rigor do disposto no artigo 268 do CPC, ao juízo de primeiro grau caberá a análise da ação de oposição, sendo esta prejudicial à ação principal.
O opoente exerce pretensão própria, de cunho a declarar-se vencedor, no todo ou em parte, contra o autor, e de condenar, na medida de seu êxito, o réu. Sua pretensão vai de encontro à pretensão de autor e réu.
A oposição não pode introduzir discussão de direito não controvertido na lide desenvolvida entre os opostos.
Admita-se, todavia, que a doutrina costuma atribuir à oposição a característica da facultatividade, pois, o opoente pode, em tese, aguardar o desfecho da ação pendente, voltando-se contra aquele a quem coube a coisa ou direito então disputado.
Arruda Alvim destaca que “após a sentença de primeiro grau, aquele que teria tido direito a ser opoente poderá aguardar o trânsito em julgado da decisão, a fim de fazer valer seu direito contra o vencedor da demanda; ou, então, mover, se quiser, ação autônoma contra autor e réu do primeiro processo, mesmo que pendente, ainda, no segundo grau de jurisdição, embora deva fazê-lo no primeiro grau de jurisdição e com autonomia plena”.
Conclui-se, portanto, serem dois os momentos adequados à propositura da ação de oposição: antes da audiência e depois da audiência, mas antes da prolação da sentença. Para ambos os casos, a competência é do juízo da causa originária.
Na ação de oposição, o opoente, é autor e deve apresentar sua petição inicial em consonância com os requisitos previstos no artigo 319 e 320 do NCPC, além de preencher os pressupostos processuais e as condições da ação.
A oposição deve ser distribuída por dependência.
O valor da causa, na oposição, seguirá a regra estabelecida na lei processual, e coincidirá com a principal quando a oposição se der no todo do direito ou coisa reclamada nos autos principais.
Autor e réu da ação principal serão incluídos no polo passivo da oposição, necessariamente. Trata-se de litisconsórcio necessário. Todavia, Athos Gusmão Carneiro destaca que não se cuida de litisconsórcio necessário unitário, pois o juiz não decide a lide de modo necessariamente idêntico em relação aos opostos.
Autor e réu tornam-se litisconsortes, na oposição, no entanto, a confissão de um dos opostos, por exemplo, não prejudicará o outro (artigo 684). Esta regra reafirma o princípio da autonomia entre os litisconsortes, segundo o qual “os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros”.
O prazo para contestar a ação de oposição, de quinze dias, é comum aos opostos, ou seja, inicia sua contagem a partir da citação de todos.
Luiz Rodrigues Wambier destaca que os opostos podem apresentar as três espécies de resposta: exceção, contestação e reconvenção.
Caso a oposição tenha sido proposta antes da audiência de instrução e julgamento, o julgamento seguirá a regra proposta pelo artigo 685 do Código de Processo Civil:
Art. 685. Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença
Se o opoente obtiver total procedência de sua pretensão, o pedido da ação principal será julgado improcedente. É possível, todavia, que haja parcial procedência em ambas as ações. Se a oposição for julgada improcedente, a ação principal toma rumo para a procedência ou improcedência.
Em síntese, “a sentença sobre a oposição poderá referir-se a todo o direito ou coisa disputada no processo principal e na relação processual da oposição, ou apenas parcialmente, tudo em consonância com as dimensões do pedido de oposição, pois nesta também há uma lide, fixada pelo opoente quando da dedução da oposição e sobre a qual deverá o juiz decidir”.
Se o autor reconhecer a procedência do pedido do opoente, ademais, estará “renunciando, obviamente, à pretensão contra o réu da demanda originária”.
Por outro lado, se ambos os opostos reconhecem a procedência do pedido do opoente, haverá em favor deste uma resolução de mérito.
O STJ já se manifestou acerca da possibilidade de julgamento da oposição antes da ação principal, mesmo quando distribuída antes da audiência, quando se verificar demora ou intuito das partes em obstar o andamento da ação principal, de modo a prejudicar a regra disposta no artigo 685 do CPC, a qual estabelece o julgamento conjunto das ações.
A oposição não é admitida nos Juizados Especiais, conforme disposto no artigo 10, da Lei 9.099/95:
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio.
A oposição é procedimento especial pelo qual alguém deduz pretensão contra as partes de outro processo em trâmite. Considerando que a oposição provoca uma nova ação, o novo código deixou de considerá-la como modalidade de intervenção de terceiros. Todavia, não exclui a oposição, tratando-a no título dedicado aos procedimentos especiais. Assim, prevê que “quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos”. O opoente deduzirá seu pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da ação. Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa de seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de quinze dias. Ainda, se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente. Admitido o processamento da oposição, será esta apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução mais bem atende ao princípio da duração razoável do processo. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar.
Bibliografia (dos dois temas):
(Pedro Garcia Verdi Mestrando em Direito Processual Civil Especialista em Direito Empresarial Advogado - Novo código de processo civil anotado / OAB.)
www.jusbrasil.com.br

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