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Fixação de Complemento: Mormo Profa. Dra. Verena Hildegard Gyárfás Wolf Disciplina de Doenças Infecto-contagiosas em Animais Domésticos Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista Considerações iniciais • Enfermidade bacteriana infecto-contagiosa • Aguda ou crônica • Equídeos (homem, carnívoros e peq. rum.) • Uma das doenças mais antigas de equídeos – Aristóteles e Hipócrates no séculos III e IV a.C. • Brasil – 1811 Etiologia • Burkholderia mallei – Bastonete – Gram negativo – Imóvel – Aeróbio e anaeróbio facultativo – Oxidase +, catalase + e reduz nitrato – Não hemolítico e não esporulado – Intracelular obrigatório – Sensíveis a luz, calor e desinfetantes comuns – Colônias mucóides e brilhantes Fonte: SOUZA, 2012. Cadeia epidemiologia • FI: Animais infectados e portadores assintomáticos • VE: Secreção em trato respiratório • VT: Contato direto e indireto • PE: Via digestiva (respiratória, genital e cutânea) • S: Principalmente equídeos: animais de todas as idades e sexos (animais idosos e debilitados) Patogenia Agente penetra pela mucosa intestinal Atinge os linfonodos, se prolifera e chega a CS Pulmão, pele, mucosa nasal, baço, fígado Sinais clínicos • PI: 3 dias a meses • Febre, tosse e corrimento nasal • Forma aguda: ocorre morte por septicemia em poucos dias (asininos) • Fase crônica: – Nasal: descarga nasal serosa a purulenta (pode ser unilateral) – Pulmonar: pneumonia e pleurite – Cutânea: abscessos subcutâneos que ulceram Fonte: http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/camaras_setoriais/Equideocult ura/21RO/mormo%20Brasil.pdf Fonte: http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/camaras_setoriais/Equideocult ura/21RO/mormo%20Brasil.pdf Diagnóstico • Aspectos clínicos e histórico dos animais • Achados anatomopatológicos • Isolamento bacteriano • PCR • Inoculação em animais de laboratório • ELISA • Fixação do complemento – MAPA • Reação imunoalérgica (maleinização) – MAPA • Western Blot Maleinização • Realizada a campo por M.V. oficiais • Derivado protéico purificado de maleína (PPD) • Via intradérmica (0,1ml): pálpebra inferior • Leitura em 48 horas • Resultado +: Edema, blefaroespasmo e conjuntivite purulenta • Realizar novamente o teste após 45 a 60 dias Validade: 120 dias, durante esse período não realizar a prova de FC. Maleinização Fonte: http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/camaras_setoriais/Equideocultura/21R O/mormo%20Brasil.pdf Fixação de Complemento • Coleta feita por M.V. oficiais ou cadastrados • Método diagnóstico de eleição • Realizada em laboratórios oficiais ou credenciados ao MAPA • Alta sensibilidade e especificidade (IgG1) • 1 semana após infecção (4 a 12 semanas) Validade: 180 dias para animais procedentes de propriedades monitoradas e de 60 dias nos demais casos. Fonte: TIZARD, I. R. Imunologia veterinária: uma introdução. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. Fixação de Complemento Metodologia: • 1ª ETAPA: Mistura e incubação: AG + AC (o SC do soro deve ser inativado – 56◦C) + SC (soro de cobaia normal) • 2ª ETAPA: Adição de eritrócito de ovino recoberto por AC – A lise das hemácias (solução vermelha transparente) é o resultado negativo pois o AC não estava presente – Ausência de lise (suspensão turva de células vermelhas) indica que o SC foi fixado e o resultado é positivo Fixação de Complemento Interpretação: • 100% hemólise: Negativo (diluição 1:5) • 25% a 75% hemólise: Suspeito • Sem hemólise: Positivo (OIE, 2015) Fonte: SOUZA, 2012 Fixação de Complemento Desvantagens: • Reações falso-negativas: animais jovens, gestantes, idosos e debilitados • Reações falso-positivas: – Reação cruzada com garrotilho, influenza equina e febre petequial Prevenção e Controle • Não existem vacinas e o tratamento não é recomendado • Isolamento dos animais suspeitos • Interdição de propriedades com focos comprovados para saneamento e sacrifício imediato dos animais positivos • Controle do trânsito interestadual e participação em eventos • Desinfecção das instalações • Introduzir animais negativos Referências • Manual de Legislação: Programa Nacional de Saúde Animal (2009). Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/Manual%20de%20Legisla%C3 %A7%C3%A3o%20-%20Sa%C3%BAde%20Animal%20-%20low.pdf> Acesso em: 15 maio 2016 • SOUZA, M. M. A. Diagnóstico do mormo através da técnica e fixação de complemento utilizando-se diferentes antígenos e métodos de incubação. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife, 2012. • DITTMANN, L. R.; CARDOSO, T. O.; ROMÃO, F. G.; BARROS, L. D. Aspectos clínicopatológicos do mormo em equinos - revisão de literatura. Alm. Med. Vet. Zoo. Ourinhos, 2015. • LEOPOLDINO, D. C. C.; OLIBEIRA, R. G. ZAPPA, V. Mormo em Equinos. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. n. 12. Garça, 2009. • TIZARD, I. R. Imunologia veterinária: uma introdução. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. • Manual of Diagnostic Tests and Vaccines for Terrestrial Animals. Disponível em: <http://www.oie.int/manual-of-diagnostic-tests-and-vaccines-for-terrestrial- animals/> Acesso em: 15 maio 2016. Obrigado! Giliane Marques Juliana Almeida Lígia Souza Marcelo Adani
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